Observatório Alviverde

02/09/2015

O PALMEIRAS DEVE DOIS TROCOS AO GOIÁS: DOS 6 X 0 DO ANO PASSADO E DO 1 X 0 DESTE ANO EM PLENO ALLIANZ !


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Não vou ficar repetindo e insistindo que o jogo de hoje às 22 H no Serra Dourada em Goiânia, tem tudo para ser problemático e difícil. Por que e para que chover no molhado?

Da mesma forma, na qualidade de um palmeirense de primeira hora, que ama seu clube e que tem vergonha na cara, faço questão de afirmar que o jogo me infunde receios. Explico porquê!

Não cicatrizaram-me, ainda, as feridas decorrentes da impiedosa goleada sofrida pelo Verdão para o Goiás, em Goiânia, no Brasileiro do ano passado, na conta de incríveis e impensáveis 0 x 6, que continuam atravessados na garganta dos palmeirenses de alma e raça.

Se vamos dar o troco? Só se for em suaves prestações de vários jogos, haja vista que "os" Palmeiras dos tempos modernos recusam-se a golear, ainda que o jogo lhes enseje a prerrogativa, preferindo, sempre o imbecilizado "olé", orquestrado pelas organizadas.

Aqueles que não concordaram com a postagem de outro dia que abordava o desinteresse contumaz e a falta de vocação palmeirense por marcar gols, creio que o momento é propício para que comecem a entender o que verbero a tanto tempo, mas sem nunca ser ouvido.

Se os outros times, toda a vez que podem (até o modestíssimo Goiás) goleiam o Palmeiras sem se preocupar com a elasticidade dos resultados, por que o Palmeiras modera, economiza e em nome de um ppretenso respeito, sempre abdica de goleá-los?

Entretanto, convém e é importante que se diga que antes de pensar em troco ao Goiás, em golear ou, no mais puro e castiço italiano, em uma "vendetta", se faz necessário que o Palmeiras, primeiro, procure ganhar o jogo.

Aliás, se ganhar por 1 x 0, já estará de ótimo tamanho, haja vista que todos os jogos do Brasileiro são perigosos, mormente no segundo turno, quando os times que estão à frente, (caso do Palmeiras) enfrentam as equipes situadas na parte de baixo da tabela (caso do Goiás).

Ameaçados pelo descenso, esses clubes se desdobram, se multiplicam em campo e fazem de cada jogo "o jogo da vida". É questão de sobrevivência.

O Palmeiras que se prepare, pois o jogo de hoje contra o Goiás, certamente, será assim.

A acidental vitória dos goianos sobre o Palmeiras no primeiro turno, em pleno Allianz, vem sendo colocada pela mídia como agravante de periculosidade em relação ao jogo desta noite, mas, ao meu sentir isso tem pequena relevância e vale, apenas, como advertência.

Até e pelo contrário, eu prefiro acreditar que, internamente, o jogo esteja sendo tratado e encarado pelo elenco palmeirense como uma espécie de revanche, não apenas pela goleada do ano passado, mas, principalmente,  pelos absurdos três pontos que o time perdeu dentro de casa na primeira fase do campeonato, em circunstâncias absolutamente estranhas e bizarras para um time muito mais fraco.

Lembro-me bem que, (em maio, época do jogo) num primeiro momento, em face do surpreendente triunfo do Verdinho sobre o Verdão o discurso midiático, com as exceções de praxe, passou a projetar, instantaneamente, uma campanha de grandes resultados para os goianos e uma via dolorosa, o popular calvário, para o Palmeiras.

Ocorre que, nas duas rodadas antecedentes, Goiás batera o AtléticoPr no Serra Dourada e e empatara com o Vasco em São Januário.

Já o Palmeiras empatara em 2 x 2 (no Allianz) contra o Galo, marcando o gol da igualdade além da hora.

Da mesma forma jogando mal e, sem a menor inspiração ou criatividade, empatara com o JEC em Joinvile por 0 x 0, ainda sob o comando de Oswaldo Oliveira.

Em decorrência do mau momento vivido pelo Palmeiras naqueles dias, a casual derrota para os goianos foi muito impactante e a razão determinante para que Mattos, logo em seguida, dispensasse os serviços de Oswaldo.

Com a chegada de Marcelo Oliveira (mérito de Mattos) o Palmeiras reagiu, calou a boca dos críticos da mídia oposicionista e colocou as coisas nos devidos lugares, demonstrando, de forma cabal e definitiva, que ele, sim, era o time grande, não o Goiás como insinuava a maior parte da mídia! 

De lá a este dias (os números não mentem) existe um abismo numérico considerável separando a campanha das duas equipes, cuja tendência, independentemente do resultado desta noite. é aumentar.

O Palmeiras, no G4 tem 34 pontos.
O Goiás, no Z4, tem 22.

O Palmeiras ganhou 10 jogos, empatou 4 e perdeu 7.
O Goiás ganhou 5 jogos, empatou 7 e perdeu 9.

O Palmeiras marcou 36 gols, sofreu 22 e tem um saldo de 14 gols.
O Goiás marcou 19 e sofreu 19, não apresentando saldo e nem deficit.

O Palmeiras tem um percentual de aproveitamento de 54%.
O Goiás tem um percentual de aproveitamento de 35%.

Há que se dizer, então, que o resultado adverso do primeiro jogo não serve como parâmetro para nada.

Foi um resultado flagrantemente fortuito, daqueles a que chamamos de acidente de trabalho, agravado pelo fato de que ainda contávamos com Valdívia e nem com ele em campo o Palmeiras conseguiu vencer. Só ficou perto, mas isso, de nada, adiantou.

Foi uma manhã tenebrosa, daquelas em que, apesar da casa cheia, nada dava certo para o Palmeiras em um jogo  muito bem definido por um repórter do portal  "O Globo" como Ansiedade x Contra-Ataque Fatal.

Leiam o que publicou o jornal:

(SIC)
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"O jogo Ansiedade x Contra-ataque Fatal
 

Atuando no seu usual 4-2-3-1, com Valdivia na armação, Zé Roberto na esquerda (na vaga de Dudu) e Kelvin na direita (no lugar de Rafael Marques), o Palmeiras se mostrou muito ansioso desde o início. A equipe de Oswaldo de Oliveira insistiu em tentar jogar pelo meio. Bem armado na defesa, o Goiás soube explorar os contra-ataques. Bruno Henrique foi o destaque".
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Leiam, agora, o que publicou este OAV:

"De que adianta o predomínio territorial avassalador imposto ao Goiás neste primeiro tempo, se o Palmeiras não consegue chegar ao gol?"
Para aqueles que colocam "caraminholas" na cabeça e ficam imaginando que este blog protegia Valdívia, vejam o que publicávamos em relação ao chileno no jogo contra o Goiás.

" Valdívia jogou pouco *muito aquém do que sabe e pode* e,            i-r-r-e-s-p-o-n-s-a-v-e-l-m-e-n-t-e, cavou um evitável cartão amarelo neste primeiro tempo.

Depois, também irresponsavelmente, voltou a reclamar, acintosamente, em várias outras situações. 

Acomodou-se depois, e esteve a pique de ser expulso".


Este blog não amaciou, nunca, para quem jogasse mal. Nem para Valdivia!

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 SE FOSSE O CURICA NÃO PERDERIA

O Palmeiras, antes daquele jogo fatídico contra o Goiás, repito, vinha de dois resultados incômodos, um empate com o Galo no Allianz (2 x 2), conseguido a duras penas, nos acréscimos e um empate fora dos planos (0 x 0) obtido em Joinvile, naquele jogo sem a presença da torcida.

O time ainda não havia se acertado, se soltado ou vencido no Brasileiro, mas a torcida acreditava que isso poderia ocorrer contra o Goiás, haja vista que 37.337 pessoas estiveram na arena, com renda de R$ 2.410.600,00.

A arbitragem foi o tom negativo daquela manhã, sob o comando do carioca  Marcelo de Lima Henrique, auxiliado por Guilherme Dias Camilo e Clovis Amaral da Silva.

Vejam o que disse a Mídia em relação ao gol sofrido pelo Palmeiras:

(SIC)

GOL CONTRA E EXPULSÃO 
O gol da vitória do Goiás foi contra, do zagueiro palmeirense Victor Ramos, embora Péricles tenha comemorado bastante, como se tivesse sido dele. A jogada foi toda de Bruno Henrique, atacante de 24 anos. Na comemoração, porém, ele se empolgou, levou o segundo amarelo e acabou sendo expulso. Victor Ramos, já no fim do jogo, também foi expulso, por dar um tapa na cara de Alex Alves, fora da disputa de bola.

Em relação ao flagrante pênalti ao final do jogo, transformado, simplesmente, em falta da entrada da área, nenhuma menção, "neca de pitibiriba", gíria da década de 50, mas que define bem a situação. 

Vejam o que foi dito por este blog em relação ao trio de árbitros em face de tantas inversões de marcação, e, principalmente, do excesso de cartões apresentados aos jogadores do Palmeiras, quando foi o Goiás, que jogou defensivamente, que usou e abusou da tática da paralização do jogo com falta o tempo todo:

(Sic)  

Juizão horroroso *mas quem não sabia?* esse tal Marcelo Henrique, tanto e quanto aquele bandeirinha mineiro, o tal Camilo, que parece não gostar do Palmeiras.


Mas se estivessem apitando um jogo do Cu-rintia e os homens do apito teriam outra postura e não teriam deixado passar em branco a oportunidade de assinalar o pênalti para o qual fizeram vistas estrábicas e que preferiram transformar, simplesmente, em falta da entrada da área.

Sabem porquê o Curintia está na liderança? 

Simplesmente porque quando o jogo aperta e o ataque deles não consegue fazer gols,  as arbitragens entram em ação e, simplesmente, fazem magia, tirando um coelho, digo, um um pênalti da cartola para eles baterem.

Interessante que Guerrero e o Sheik, devidamente acostumados e condicionados a esses lances capitais quando jogavam no Curica, tentaram o mesmo expediente com a camisa do Flamengo, mas para os seus desapontamentos e frustrações só conseguiram, mesmo, é livrar-se dos cartões por simulação. 

A arbitragem, como sempre, é um fator de preocupação em relação ao jogo de hoje, mas a escolha de Vuaden, de certo modo me tranquiliza. Amanhã vou dizer porquê. 

Confira a relação completa das autoridades do jogo:

Arbitro: LEANDRO PEDRO VUADEN/RS (FIFA)
Auxiliar 1: MARCELO BERTANHA BARISON/RS (ESPECIAL) 
Auxiliar 2: JOSÉ JAVEL SILVEIRA/RS (ESPECIAL)
4ºArbitro1: DANIEL NOBRE BINS/RS
4ºArbitro2: ROBERTO GIOVANNY/GO
DELEGADO ESPECIAL: DIONÍSIO ROBERTO DOMINGOS/SP
DELEGADO ESPECIAL: ANTÔNIO PEREIRA/GO

Sem Zé Roberto, em meu entendimento se poupando para o derby contra os Curicas (o que é ótimo) será este o time do Palmeiras para esta noite.

Fernando Prass; João Pedro, Victor Ramos, Vitor Hugo e Egídio; Amaral, Thiago Santos e Robinho; Dudu, Gabriel Jesus e Barrios.


Eu, particularmente, gosto da manutenção de Thiago Santos formando dupla com Amaral, em face do excelente trabalho demonstrado domingo passado contra o JEC. 

Não apenas por isto, mas, principalmente para que o meio de campo marque um pouco mais e facilite o trabalho da defesa, ultimamente, multiplicado e sobrecarregado.

Prevejo o Palmeiras, hoje, fechado, com dois volantes de contenção, jogando na espera para contra-atacar em velocidade ou atacar em rodízio visando a colocar em ação Barrios, que gosta de jogar enfiado, dentro da área.

Entendo que essa nuance de jogo será assim: quando Egídio avançar, João Pedro, do outro lado e o volante do setor ficam. Quando João Pedro apoiar, vice-versa. 

Embora respeite o desenho tático do time, (este é um pensamento meu) não creio que haja, atualmente, no Palmeiras nenhuma formação que prescinda da escalação de Rafael Marques.

Em todo o caso, é melhor esperar pra ver o que pode render o meio de campo eleito por Marcelo Oliveira como o titular que, com uma nova sistemática de marcação à frente da área, pode, perfeitamente, surpreender.

Em minha avaliação, considerando-se a dimensão do gramado do Serra Dourada, talvez a maior entre os grandes estadios brasileiros, penso que os flancos são os setores que deverão ser explorados pelos dois times.

 Resumo a minha antevisão de jogo na expectativa de que "quem tiver mais perspicácia em relação à utilização desse espaço, tem melhores perspectivas de abrir a marcação adversária e de ganhar o jogo".

Para aqueles que gostam de estatíticas, o Goiás tem sido um anfitrião muito "bonzinho".

Dos 10 jogos que disputou em casa, só venceu três,(3 x 0 no AtléticoPr, 4 x 1 no Santos e 3 x 0 no Vasco).

Perdeu três vezes em casa: (Fla 0 x 1, Flu, 1 x 2, Avaí 0 x 1) 

Empatou quatro (Chapecó 0 x 0, Galo 0 x 0, Curica 0 x 0 e Grêmio, 1 x 1.  

Nos jogos em casa, o Goiás marcou 12 gols e sofreu 6.  

Os números, embora não sejam fatores decisivos, comprovam a supremacia palmeirense na chamada teoria do jogo. Vamos ver, na prática!

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