PARA COMEÇAR A NÃO DEPENDER DE NINGUÉM, O PALMEIRAS PRECISA FAZER SÁBADO EM SANTOS A SUA PRIMEIRA LIÇÃO FORA DE CASA!
Amigos deste OAV
Ontem, reconheço, escrevi demais, e conquanto ninguém tenha reclamado, hoje serei mais breve. Prometo-lhes, ao menos tentarei.
Vou direto ao assunto:
Inter e Galo (jogaço) fizeram um dos clássicos mais bonitos a que eu assisti este ano, ontem no Beira Rio.
Deu Galo, 2 x 1, mas o empate, além de fazer justiça aos dois clubes, ajudaria muito o Palmeiras que os enfrenta por estes dias, na reta final do Brasileirão.
Essa vitória dos mineiros não foi nada boa para o Palmeiras.
Explico:
Com classificação iminente para a finalíssima da Copa do Brasil, que jogador quer deixar de estar na mídia e de vestir a faixa de campeão?
Receio que os jogadores do Galo irão relaxar um pouco em relação ao Brasileiro e não farão contra o Flamengo, sábado que vem, aquilo a que se chama "jogo da vida". Este é o meu receio!
Imagino que possa ocorrer, ainda que de uma forma inconsciente.
Isso pode, perfeitamente, facilitar a vida dos cariocas, que já obtiveram a facilitação de gabinete com a marcação do jogo não para o campo minado do horto, mas para a ampla praia do Mineirão.
Importante: os atleticanos sempre destacam que nada têm contra o Palmeiras e as organizadas dos dois clubes aparentemente dão-se, até, muito bem.
Porém, se mal pergunto me desculpem, mas eu gostaria de saber porquê, se tanto chamam o Palmeiras de clube amigo e se são cientes, conscientes e sabedores de que o Verdão tem capacidade e força para também ajudar a lotar o Mineirão, não abrem mão de enfrenta-lo no Horto. Por que será, hein?
A tal rivalidade Fla-Galo, cantada em prosa e verso pela mídia mineira hoje só existe mesmo entre as torcidas.
Entre todos os envolvidos na "Guerra de Goiânia", travada no longínquo 1981, tida e havida como a razão maior e definitiva de tanta repulsa entre os dois clubes e respectivas torcidas, só o massagista Belmiro e o roupeiro Juruna -parece- ainda estão na ativa.
Por isto, que nenhum palmeirense se fie na perspectiva de um Fla-Galo, desgastante para os dois clubes, sábado que vem.
Acho improvável que cause expulsões e contusões em ambos os lados por uma pegada acima da tolerância.
Sou convicto de que isto só existe mesmo entre os torcedores organizados herdeiros do ódio e alguns comuns, mais antigos, que ainda frequentam os estádios e assistem ao vivo os jogos do CAM.
Da mesma forma, pensem que os jogadores atleticanos agora sabem, perfeitamente, que as chances de o Atlético ser Campeão Brasileiro são, decididamente, muito menores do que aquelas de ganhar a Copa do Brasil.
Detalhe: "a 'estória' que diz que todo o boleiro é burro é mentirosa pois já nem existe mais. Foi-se o tempo...
Por isso lhes digo que, ao menos para mim, não será nenhuma surpresa e não causará nenhum espanto se muitos dos chamados "cobras" do Galo correrem pra não chegar, tirarem o pé e evitarem as divididas no jogo de sábado contra o Fla.
Ou vocês acham que a maioria deles já não está pensando no próximo jogo contra o Inter, na própria valorização pessoal e profissional, na polpuda gratificação e em todas as "benesses" da conquista de um titulo que só depende do próprio Galo para ser conquistado, a Copa do Brasil?
Outro detalhe importantíssimo que pesa em demasia: o Galo Mineiro já não tem mais a forte identidade mineira de antigamente!
Tudo isso, porém, não ocorre se Marcelo Oliveira resolver colocar em campo um time misto, o que, de certo modo e em tese, poderia facilitar ainda mais a tarefa carioca no Mineirão.
Entendo, porém, que pode ser uma faca de dois gumes com o poder de matar o Flamengo neste Brasileiro em razão não apenas da excelente qualidade dos jovens, tanto e quanto da garantia da imposição da velha identidade mineira.
De qualquer forma, apesar das sedes da CBF e da Globo serem no Rio, de o Departamento de Árbitros ser também no Rio, fatores estes que sempre tiveram peso hora das decisões, considero, o Galo Mineiro -se chegar-, um adversário mais perigoso do que o Flamengo nessa luta pelo título Brasileiro de 2016.
Espero que na quinta-feira, 17 de novembro, quando o Palmeiras vier a Belo Horizonte enfrentar o Galo, isto é, daqui a mais três rodadas, que o Verdão não esteja necessitando tão prementemente de uma vitória.
Do mesmo modo, espero que o time mineiro também não pontue três no domingo, 06/11 em Curitiba, onde vai travar um jogo de altíssimos risco e tensão contra um Coritiba bravo, tinhoso e cem por cento disposto a lutar por sua própria sobrevivência na Série A.
Se perder para o Coxa ou, até mesmo, empatar, o Galo já não terá mais a mesma motivação para enfrentar o Palmeiras dia 17 pelo Brasileiro.
Na qualidade de finalista da Copa do Brasil -já está quase lá- nenhum jogador vai dar tudo de si, imagino, ou se expor fisicamente contra o Verdão porque ninguém vai querer ficar fora dos dois jogos finais da Copa (dias 23 e 30 de novembro).
Para não ter de pensar, pesar, medir e sujeitar-se a todos esses aspectos, o Palmeiras tem de começar em grande estilo a sua caminhada final rumo ao título, a partir de uma importante e retumbante vitória sobre o Santos, depois de amanhã na Vila.
Por incrível que pareça o Santos ainda corre por fora nessa atropelada final do Brasileiro e tirá-lo do caminho, por si só, é a motivação maior para Cuca, irmão e para todos os jogadores do Verdão.
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