BAMBIS 0 X 1 PALMEIRAS, A VITÓRIA DO MELHOR TIME!
Para que não eu fale em demasia (certamente falarei) vou ser curto e objetivo: Venceu o melhor!
Querem mais?
A equipe (o Palmeiras) venceu o time (o São Paulo).
O time Bambi não passa de um aglomerado de jogadores.
A equipe de Felipão, cada vez mais entrosada, é, coletivamente, muito melhor.
E, ao final das contas, a equipe venceu o time, ainda que o time em muitos momentos tenha sido mais intenso.
Alguns palmeirense (li na Internet) se incomodaram com isso, mas era o rumo natural do jogo.
Os bambis, por obrigação, tinham -efetivamente- de ser muito mais intensos...
Sabem por quê?
O desespero e a necessidade os fazia assim!
O Palmeiras, ontem, deu uma amostra inquestionável de sua condição de melhor onzena nos primeiros dez minutos.
Tocou a bola magistralmente, colocou o adversário na roda, mas acabou relaxando um pouco por conta de dois detalhes:
1º ) a violência sistemática do adversário com a conivência do árbitro.
2º) a incompetência de Borja que mais parecia um zagueiro sãopaulino do que um atacante do Palmeiras!
Esses dois fatores anexados à tendência tática defensivista de Scolari, fizeram com que o Palmeiras abdicasse da posse de bola e da imposição de jogo, recuasse as suas linhas e passasse a explorar os contra-ataques. Justamente com gosta e deseja o treinador.
Só por isso os Bambis ilusoriamente cresceram e detiveram o domínio territorial na maior parte do confronto!
No entanto o Palmeiras, nos momentos em que tocou a bola e em alguns outros nos quais resolveu jogar e envolveu completamente o adversário.
Já os bambis, quando passaram a se impor no jogo e estiveram mais dispostos, mais ativos, com maior mobilidade e deslocações de seus atacantes, nada conseguiram em termos ofensivos durante o primeiro tempo.
O resumo do primeiro tempo é que as defesas se impuseram, completamente, aos dois ataques.
Aliás, é de bom alvitre mencionar-se que o São Paulo, no primeiro tempo, chegou um pouco mais ao ataque, mas sem desfrutar de chances reais para abrir o marcador.
Num resumo mental que faço acerca do primeiro tempo, há que destacar algumas situações: uma subida ao ataque do Palmeiras, que resultou num cruzamento perigoso de Dudu pela direita que passou pela boca do gol sem que aparecesse ninguém para completar.
Do lado dos bambis lembro-me de alguns arremates com pontaria, porém sem força que pararam nas mãos de Weverton e até de uma cobrança de falta de Hernanes que o goleiro palmeirense mandou a córner.
Wevwerton só teve trabalho mesmo para defender uma cabeçada de Carneiro "à queima-roupa", mas o
lance não tinha validade porque o lançamento fora fruto de um toque de mão de Pablo procurando o companheiro.
No intervalo do jogo Felipão f-i-n-a-l-m-e-n-t-e tirou do jogo quem não devia sequer ter sido escalado: Borja!
Como dizia meu grande companheiro Loureiro Júnior, um dos maiores comentaristas da história do rádio em todos os tempos, "Borges, para jogar mal ainda está faltando muito, quanto mais para jogar bem"!
Entrou, então, um jogador que, acredito, apenas este velho escriba não havia criticado, Carlos Alberto que em meu entendimento é mais jogador (perdoem-me pela inevitável oclusão gramatical) do que Keno! Quem não crê, verá! Constatará!
A partir daí o Palmeiras voltou a jogar com onze, tal a nulidade da apresentação do colombiano na primeira fase e apesar de Carlos Alberto ter entrado só teoricamente como centroavante, sendo, na realidade apenas um atacante para puxar os contra-ataques.
O jogo, a partir daí, mudou completamente de figura e a grande intensidade são-paulina deixou de existir, ao menos com a frequência com que ocorrera no primeiro tempo.
Com um esquema de marcação (quase) perfeito, a equipe, repito, a equipe do Palmeiras contornou com mestria e sabedoria todas as jogadas tentadas pelo ataque do time são-paulino,
mostrando-se imbatível no jogo aéreo que os bambis passaram a praticar em face da falta de repertório de jogadas e de competência para envolver o Palmeiras, principalmente no jogo de toque ao rés do chão.
Mesmo adotando o jogo todo (sobretudo após o gol) uma postura exclusivamente defensiva e deixando o adversário trabalhar livremente a bola até o limite de suas linhas de marcação, o Palmeiras esteve muito mais próximo de abrir o marcador.
No início da segunda etapa a defesa são-paulina errou na saída de bola e Dudu quase abriu o marcador, mas bateu com imprecisão.
Da mesma forma houve um arremate por cobertura de Goulart quando o goleiro bambi estava adiantado e quase o Palmeiras fez um golaço.
Goulart perdeu, também, duas outras chances;
Uma em contra-ataque quando Scarpa estendeu-lhe um passe perfeito e Goulart acabou sendo travado por Arboleda na hora exata do chute.
A outra quando Carlos Eduardo escorou de cabeça para o meio, mas Goulart não conseguiu completar.
O gol palmeirense aconteceu aos 34 minutos do 2º tempo em outro lance de contra-ataque pelo lado esquerdo, quando Dudu recebeu de Carlos Eduardo e com um único toque complementou a tabela deixando o companheiro livre para o arremate.
À meia distância Carlos Eduardo acertou um petardo no ângulo direito de Thiago Volpi que, sequer, viu a bola tocar no travessão, bater no chão, subir e descer para dentro do do gol
Foi um golaço espetacular de linda feitura desde a tabela que nasceu de um toque magistral de Dudu para o arremate indefensável de Carlos Eduardo que mostrou para a torcida uma pequena parte apenas de tudo o que ele é capaz.
Conclusão: o Palmeiras manteve e mantém todos os tabus e deixa os bambis, agora, nas mãos do desesperado São Caetano que precisa vencer para não cair para a segunda divisão.
FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO 0 x 1 PALMEIRAS
Data: 16/03/19, sábado
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Árbitro: Thiago Duarte Peixoto - Permitiu a violência dos bambis NOTA 6
Assistentes: Marcelo van Gasse e Tatiane Sacilotti NOTA 8
Público: 17.755 pagantes Renda: R$ 689.900,00
Cartão Amarelo: Pablo e Anderson Martins (São Paulo);
Moisés, Gustavo Gómez, Antônio Carlos e Borja (Palmeiras)
Gol:
PALMEIRAS: Carlos Eduardo, aos 34 minutos do 2º tempo
TIMES
SÃO PAULO: Tiago Volpi; Igor Vinícius, Arboleda,
Anderson Martins e Reinaldo (Léo); Luan (Everton Felipe), Hudson e
Hernanes (Brenner); Antony, Pablo e Gonzalo Carneiro
Técnico: Vagner Mancini
PALMEIRAS: Weverton; Mayke, Antônio Carlos, Gustavo
Gomez e Victor Luis;
Felipe Melo, Moisés (Bruno Henrique) e Ricardo
Goulart;
Gustavo Scarpa, Borja (Carlos Eduardo) e Dudu (Jean)
Técnico: Luiz Felipe Scolari
Dou NOTA 8 ao time como um todo.
Apesar das falhas ( são normais), o time esteve aplicado, coeso e solidário.
A PERSONAGEM DO JOGO:
Carlos Alberto - pelo gol e pela personalidade.
CRAQUE DO JOGO:
Felipe Melo - Jogou muitoFELIPÃO: O MELHOR DE TODOS!
Errou ao insistir com Borja, outra vez nulo. Acertou ao tirar o colombiano no intervalo.
Cada vez que o São Paulo colocava um jogador descansado em campo, Felipão vinha com o antídoto. Quando sairam Reinaldo e Luan ele pôs em campo Bruno Henrique. Quando os bambis colocaram o garoto Brenner ele fez entrar Jean. NOTA 9 .
COMENTE COMENTE COMENTE
Assisti ao jogo pelo Première mas sem áudio...
Se mal pergunto me perdoem, mas como ouvir Cléber Machado?
Eu quero saber quem está com a bola, não dos "causos" do narrador.
Ainda mais quando o assessoram o "muralista" Noriega e o anti-palmeirense Ricardinho.
Noriega tinha (tem) tudo pra ser o melhor de todos, mas, curiosamente, declina da possibilidade pois cultiva (há muitos anos) a arte de permanecer sobre o muro.
Imaginei que com o passar do tempo ele -mais inteligente que a média dos companheiros de profissão- se corrigisse mas, parece que a opinião direta, franca e categórica, daquelas doa a quem doer, não é da índole dele, um verdadeiro "mediador".
Sem jamais descer do muro, Noriega não percebe só se desgasta perante os telespectadores.
Lamentável que ele -repito- um homem inteligente, não consegue perceber que apesar de sua condição potencial de o melhor comentarista da TV Brasileira, "só" está passando pela profissão, sem, no entanto, deixar a sua marca! É muito desperdício!
O tempo passou e ele, Noriega, em vez de melhorar, só fez (e faz) piorar, procurando "médias" e convergências com os Clébers, com os Miltons e outros narradores sabidamente tendenciosos que narram os jogos com a camisa dos clubes pelos quais torcem sob o uniforme global.
Contou-me o meu irmão que no lance do pênalti escandaloso de Reinaldo em Goulart eles, os três, (Nori, Ricardinho e Cléber) unânime e convenientemente, abdicaram de abordar o assunto e no momento em que a jogada era reprisada e falavam sobre algo que nada tinha a ver com a jogada na tela.
Em razão da reiterada exibição do lance (parabéns ao diretor de tv que foi profissional e cumpriu sua obrigação) apenas Cléber, en-pasant, afirmou bem depois que Gaciba viria "daqui a pouco"para esclarecer o lance...
Ocorre, porém que, segundo informou-me meu irmão, que Gaciba não apareceu e o lance grave de um pênalti favorável ao Palmeiras, "passou batido"!
De qualquer forma, ainda que aparecesse quem não sabe que Gaciba diria que a infração não ocorreu porque ao menos nas vezes em que eu tive o desprazer de vê-lo e de ouvi-lo na TV ele jamais disse ou admitiu que o Palmeiras foi prejudicado!
Mas ele é mesmo assim, como era Arnaldo César Coelho (aquele que tirou o título brasileiro do Palmeiras em 1978) seu mestre e antecessor.
Na verdade, Gaciba é o que chamamos de opinião óbvia e antecipada, sempre contra o Palmeiras, se o assunto é o Verdão.
Quanto ao lance da TV, foi muita falta de personalidade e de profissionalismo da trinca!
(AD)