O MAIOR PROBLEMA DO TIME DO PALMEIRAS NÃO É, TANTO, A FALTA DE ENTROSAMENTO, MAS A IMATURIDADE!
Assim está caminhando o time do Palmeiras!
Muito mais do que o imprescindível entrosamento, esse novo Palmeiras, de Oswaldo Oliveira, é carente de m-a-t-u-r-i-d-a-d-e!
Da massa heterogênea e disforme das vinte contratações de Mattos e os jogadores remanescentes do elenco de 2014, O.O. conseguiu filtrar e extrair uns quinze e montar um bom time, mas, limitado, cheio de vulnerabilidades.
Ao menos por enquanto, o Palmeiras de Oswaldo está longe de poder ser definido em termos de genialidade ou excepcionalidade, e não passa, objetivamente, de um time trivial, pouco acima de comum.
É pouco, muito pouco mesmo, convenhamos, para um clube do gigantismo, da grandeza, da responsabilidade e da ambição da SE Palmeiras.
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Quem desconhece que um time excepcional só se consegue montar com o respaldo de craques ou, vá lá, de jogadores acima da média?
Numa análise fria e objetiva do atual elenco, o Palmeiras só tem dois craques: Prass e Valdívia.
Tem, também, três candidatos a craque: João Pedro, Gabriel Jesus e Robinho.
Acima da média tem Arouca, Gabriel, Dudu, Aranha, Cleiton Xavier e o recém chegado lateral esquerdo Egídio.
Entre as promessas tem Nathan, João Vitor e até o jovem e promissor argentino Allione, a ser operado do joelho em poucos dias.
Tirante os citados, os demais são "japoneses", isto é, apenas bons jogadores, nivelados entre sí, e alternando atributos de vantagens e desvantagens.
Ressalve-se, também, algumas incógnitas de atletas ainda não aproveitados e que nem se sabe se serão. Exemplifico:
Falam maravilhas de Leandro Pereira, Rider e Kelvin, mas como analisá-los se não os vemos em ação, senão em treinos?
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Por tudo o que foi mencionado, o Palmeiras, se quiser voltar a ser grande, (hoje, agora, já, neste exato momento, como num passe de mágica) tem de renovar, imediatamente, com o craque Valdívia e colocá-lo em campo.
Apesar da ausência completa de ritmo de jogo (Viram como eu estava certo quando afirmei que ele precisaria disso para conseguir jogar bem as finais?) o chileno protagonizou lances geniais que ratificaram a sua condição de craque e de jogador imprescindível ao Palmeiras grande que tanto almejamos.
Em um deles, driblou, no atacado, cinco jogadores do Mogi, passando, literalmente, pelo meio deles, em lance a um só tempo hilário e fenomenal.
Em outro promoveu uma enfiada de bola à distância, (quilométrica e fora-de-série) a Dudu, com a precisão de um cronometro ou de um computador, com exata e perfeita noção de tempo, espaço e distância. Foi uma obra de arte! Merecia um quadro!
Do ponto de vista plástico, esse lançamento foi muito mais vistoso do que qualquer dos quatro belíssimos gols que definiram a vitória do Verdão sobre o Mogi por 3 x 1. Para quem esteve no Allianz,valeu o preço do ingresso!
Foi um toque tão preciso e tão medido que, por alguns instantes eu tive a impressão de ter me transportado e voltado ao Parque Antártica, nos anos 50(s).
Parecia que eu assistia a um lançamento quilométrico de Jair da Rosa Pinto, o maior articulador-lançador da história do futebol brasileiro, em direção ao grande artilheiro Humberto Tozzi! Foi deslumbrante, empolgante, maravilhoso, sensacional! Foi, enfim, comovente e inenarrável!
A diferença é que, em minha visão, Humberto fez o gol. Dudu, não! Dou-lhe, entretanto, o devido desconto porque, além dele não imaginar que a bola fosse chegar ao destino colimado, ele já houvera balançado a rede do Mogi duas vezes!
De qualquer forma Dudu -que é novo- deve ter aprendido que quando se atua ao lado de um gênio, tem de se acreditar em tudo o que ele crie, ainda que contrariando os inexpressivos ditames da lógica dos normais.
Se, também, fizessem uso de placas para imortalizar os melhores lançamentos, a enfiada -enciclopédica- de Valdívia para Dudu, deveria ser afixada ao lado da placa que homenageou o fantástico gol de Robinho contra os bambis.
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O time de Oswaldo, apesar da vitória fácil e inconteste ontem contra o Mogi, apresentou, algumas vulnerabilidades psicológicas perigosas que me levam, fatalmente, a concluir que o time é imaturo e que precisa de tratamento.
Raciocine comigo:
Um time que emplaca três gols de diferença sobre outro mais fraco e continua ansioso em campo, só pode ser ou estar instável emocionalmente.
Um time que constrói vantagem precoce e tão significativa no placar, e que "não tira, nunca, o pé do acelerador", envolvendo-se, infantilmente, em disputas duras e troca de pontapés com os adversários, vivencia, quem não percebe, uma situação flagrante de trauma, com desconfiança no próprio taco.
Um time que estabelece 3 x 0, mas que não se impõe ao adversário através do insubstituível recurso técnico da valorização da posse de bola, corre severos riscos de tomar gols inesperados, de complicar-se, desnecessariamente e até de empatar ou perder jogos considerados ganhos.
Isso se traduz como sentimento de inferioridade em relação a um adversário inferior, ou, permitam-me a figura, como "complexo de Ibis"!
Lembram-se da histórica virada (4 x 3), contra o Vasco, em pleno Parque Antártica, quando o Palmeiras permitiu a reação do time de Romário, Euler e Juninho, após ter estabelecido 3 x 0? É por aí!
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Vou mais longe.
Com quatro jogadores (Fernando Prass, Arouca, Vitor Hugo e Dudu, necessitando livrar-se do jugo dos cartões) o Palmeiras teve dificuldades na condução e, principalmente, no trato desse assunto, tão banal.
Como pode ocorrer semelhante situação em um clube da magnitude do Palmeiras e em um grupo de jogadores que, pressupõe-se, vividos, experientes, rodados e tão valorizados?
É ingenuidade, falta de malícia, inocência e "cabacismo" demais para o meu gosto e entendimento!
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Esta, por favor, levem, para o Oswaldo!
Lembram-se de uma falta para o Mogi, aos 27 do primeiro tempo, que, cobrada de forma rápida, quase redundou em gol?
Foi cobrada, aliás, quando os jogadores do Palmeiras, tolhidos, imóveis e distraídos, estavam parados em campo e se preparavam para formar a barreira!
Sabem, por acaso, os jogadores do Palmeiras, ou foram informados de que se as faltas forem cobradas incontinente, rapidamente, que os árbitros não paralizam o jogo, haja vista que a barreira, antes de ser um recurso da defesa é um direito do time que bate a falta?
O Palmeiras sofreu vários gols dos bambis, nos tempos em que Cilinho os dirigia, em cobranças relâmpago de na intermediária ou nas imediações da nossa grande área.
Por acaso lembro-me de uma, batida por Lê, (atacante que foi da Inter de Limeira), nessas circunstâncias cujo lance redundou em gol.
Os jogadores do Palmeiras após o cometimento das faltas, ficavam esperando as ordens do árbitro para a montagem da barreira, mas as faltas eram cobradas velozmente, imediatamente e de forma antecipativa, imediatamente após as marcações (a regra prevê isso)!
Ontem aconteceu de novo e quase saiu o gol!
Oswaldo precisa alertar a rapaziada e, de quebra, quem sabe, ele próprio fazer uso do recurso que, muitas vezes, pode encaminhar a feitura de um gol.
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Com tudo e apesar de tudo, o Palmeiras poderia ter estabelecido uma goleada homérica, ontem, sobre o Mogi, mas não rolou porque o Palmeiras, time condicionado e vocacionado, por índole, a contra-atacar, não contra-atacou.
Na verdade, parece que não está no DNA palmeirense marcar muitos gols e estabelecer grandes goleadas
O time, curiosamente, é o único entre os grandes que se acomoda após estabelecer qualquer vantagem de dois ou três gols sobre qualquer adversário.
Outro fator que explica porque a goleada não sobreveio foi o fato de o árbitro deixar de assinalar três pênaltis para o Verdão.
Em dois lances ocorreram toques na área dos jogadores do Mogi, sendo um voluntário e o outro, involuntário.
Um, de mão na bola, em meu entendimento, existiu e outro, de bola na mão, não.
Mas, por que, (se quando a bola bate na mão de jogadores do Palmeiras a juizada marca pênalti, como aconteceu, ano passado, naquele lance do Renato, contra o Flamengo) eu, agora, vou dizer que não houve o pênalti?
Uso, então, do mesmo critério e reivindico também esse pênalti para o Palmeiras, que o fraquíssimo soprador de apitos não marcou.
Para que não se perca a conta, o primeiro pênalti, aconteceu sobre Cristaldo, agarrado por trás, na área, aos 35 do primeiro tempo.
Foi um escândalo esse pênalti, ignorado, completamente, por um árbitro tecnicamente muito aquém da importância do jogo!
Fossem os três pênaltis para os bambis, sereias ou para a gambazada, principalmente para os gambás e os três, sou convicto, teriam sido assinalados!
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Apesar dos pênaltis não marcados e da péssima arbitragem, o Palmeiras, mesmo tão prejudicado, vai, como, de hábito, conter-se nas reclamações e recolher-se ao conveniente e costumeiro silêncio beneditino.
É por isso que a juizada extrapola, abusa e prejudica tanto o Palmeiras, clube que se acostumou a baixar a cabeça, a conformar-se com os prejuízos, a absorver os erros de arbitragem e, enfim, tomar no sedém com a maior dignidade!
É preciso reagir e colocar um ponto final nessa imoralidade!
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NA TV
Foi, apenas, nota quatro a transmissão de Milton Leite, cuja competência não discuto, mas comportamento profissional na transmissão, sim.
Até que, no quesito colocação de voz, alvo de críticas anteriores, apresentou melhoras e, desta vez, não engoliu a voz, como de costume.
Interessante que, (vou repetir mesmo sabendo que é inútil), o cara tem voz privilegiada mas cultiva escondê-la!
Outra vez, ontem, Leite enveredou desenfreadamente pela seara do comentarista que, inteiramente submisso ao comandante da jornada, limitou-se, talvez por educação, companheirismo, amizade ou "esprit de corps" a repetir ou, simplesmente, ampliar-lhe as opiniões.
Se o cara gosta tanto assim de comentar, porque, raios, ele não vira comentarista?
Por que estraga a transmissão impedindo o telespectador de saber quem está com a bola ou quem realizou esta ou aquela jogada?
No jogo anterior até gol ele perdeu . Imaginei que isso o fizesse refletir e mudar de atitude ao narrar, mas não ocorreu.
Alguns comentários que ele faz, reconheço, são compatíveis e, até, necessários, desde que curtos, objetivos e encaixados nos intervalos dos lances.
Aliás, por que Leite não pede a Noriega que lhe empreste uma fita do velho Luiz, paradigma da narração televisiva, na TV Cultura, a fim de que ele aprenda o roteiro de uma transmissão esportiva ao gosto do telespectador?
Do alto de sua vaidade de "magister dixit", Leite não se importava em deixar de identificar quem estava com a bola, para abordar assuntos triviais referentes ao descenso dos clubes,
Ele parecia, completamente, sem a menor noção de que a torcida do Palmeiras, que massivamente o acompanhava (o jogo não era em Tv aberta, ou semiaberta, mas em ppv), não estava nem aí para o que ele dizia, pois o assunto não interessava.
O auge de sua atuação mambembe de "comentarista", ocorreu quando ele falava sobre os desdobramentos da tabela em relação aos mandos das equipes na fase crucial da competição.
Esses comentários seriam pertinentes, desde que pronunciados com objetividade e moderação, não com o entusiasmo que o levou a discorrer entre três e quatro minutos sobre o desimportante tema em várias oportunidades.
Só que ele, por absoluto desconhecimento do noticiário, deixou de registrar a declaração do presidente da FPF, segundo a qual a Federação pensa em desdobrar as datas das finais, a fim de que os grandes possam jogar em suas respectivas arenas nem que os jogos ocorram em segundas-feiras.
Quanto a Noriega, ainda que eu perceba que ele goste de trabalhar com ML, ele rende, sempre, muito mais, quando trabalha com narradores que narram e não os que comentam o tempo todo e o colocam na condição de simples número ou de peça secundária nas transmissões.
Querem saber da pior?
Milton Leite, de novo, segundo ele próprio anunciou, vai transmitir o Palmeiras x Ituano, no meio da semana em Itu.
Os produtores globais, outra vez se vingam, terrivelmente, da torcida do Palmeiras!
Seremos castigados, novamente, nas finais?
Temo que sim! (AD)