Observatório Alviverde

12/03/2012

PALMEIRAS 6 X 2 BOTAFOGO RIBEIRÃO PRETO! UMA GOLEADA DAQUELAS DE TIRAR O CHAPÉU!


Mais do que a estupenda apresentação do Palmeiras e do que a histórica goleada imposta, animaram-me, muito, as palavras de Felipão.

Num determinado momento da coletiva ele disse, em outras palavras, “que não ficara satisfeito com a acomodação do time que abdicou de continuar atacando, após ter feito o terceiro gol”.

Vi, ouvi e não acreditei! Estaria mudando o nosso treinador? Tomara!

A escalação simultânea de Valdívia e Daniel Carvalho, por tempo reduzido, embora,  é outro indício de que o nosso treinador pode ter alterado a sua filosofia..

Se vai, efetivamente, mudar, não se sabe, mas tudo indica que sim!

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Desta vez temos de nos render à boa atuação a equipe, dona absoluta do jogo, atuando ofensivamente, pra frente, desde os primeiros minutos.

A espetacular goleada foi só o produto final, consequência da aplicação tática e da predominância coletiva, física, técnica e individual palmeirense sobre um adversário de razoável qualidade.

Sim, o Botafogo não tem este ano um time poderoso, mas está longe de ser a “galinha-morta” que alguns da mídia estão propalando, a fim de  deslustrar a linda vitória alviverde por um placar tão elástico.

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Na verdade o Verdão já entrou atacando, impondo a sua supremacia e sufocando o time de Ribeirão, só perdendo o ímpeto e o apetite após estabelecer 3 x 0 no marcador.

Quando a torcida começou a gritar o estúpido “olé” e o time passou a tocar para os lados, tomamos o primeiro gol e estivemos a pique de levar o segundo.

Foi aí que Felipão começou a gritar e a exigir empenho de um time que, outra vez, parecia querer sentar-se sobre o resultado.

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É preciso acabar essa cultura do “olé” que tantas vezes nos arruinou e causou-nos tantas decepções, transformando o Palmeiras em o time “rei do empate” do futebol brasileiro e estigmatizando-o como um time que não empolga.

Quando não ocorre de nos arruinarmos ou nos decepcionarmos ganhamos por resultados mínimos em vitórias magras e sofridas.

Como sempre acontece, quando se trata de definir classificações, pagamos um preço altíssimo pela falta de apetite de gols.

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Maicon Leite foi a figura exponencial do jogo, secundado por Valdívia e Juninho, cujas atuações pairaram acima da média geral.

Maicon Leite infernizou a defesa do Bota, como vem infernizando a defesa de todos os adversários. Imarcável, espetacular, um portento!

Valdívia é craque. Muito mais do que Ganso que a imprensa tanto exalta e incensa. Já imaginaram o que a mídia falaria sobre o chileno se ele atuasse em qualquer dos outros grandes?

Ao não admitir que Valdívia é, mais do que um jogador diferenciado, um cracasso de bola, a imprensa paulistana quer se sobrepor às imagens mostradas pela TV.

Assim, a maior parte dos profissionais midiáticos passa, publicamente, um atestado de arrogância, parcialismo, burrice e teimosia. Valdívia, com uma seqüencia de jogos tem tudo para ser o melhor jogador do Paulistão!

Juninho acertou a nossa ala esquerda. Fôlego de gato, fez o vai-vem com sobejo, anulou o setor direito do Botinha, exercendo constante cobertura no costado do veteraníssimo Assunção..

Fez um golaço, ao final do jogo, que só faz quem esteja inteiro fisicamente e quem sabe jogar, De quebra, sofreu o pênalti que selou a histórica goleada. Atuação irretocável!

Sem o brilho e o oportunismo de outros jogos Barcos foi bem, do ponto de vista tático.

Perdeu dois gols feitos, mas só perde gols o atacante que marca presença dentro da área e isso ele sempre fez.

Da mesma forma, sempre teve mobilidade e procurou tirar os zagueiros para a penetração dos companheiros da área em sucessivos deslocamentos, sempre mais pelo lado direito do campo..

Ganhou um gol de presente de Valdívia em lançamento espetacular e outro de Juninho que sofreu um penal seguido de agressão do goleiro do Botinha.

Mostrando frieza nois dois lances, Barcos não decepcionou.  Bateu o pênalti de forma exemplar!

Mostrando, também,  que está muito motivado e gostando de atuar com a camisa do Palmeiras comemorou os dois gols efusivamente, imitando um pirata. 

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Na verdade, o time inteiro jogou bem, malgrado algumas falhas individuais e outras de poscionamento, sobretudo nas bolas alçadas em nossa área..

Deola voltou a jogar bem apesar de ter calculado mal a trajetória da bola no lance do primeiro gol adversário.

Artur, mais alto e mais forte do que Cicinho, é preferência de Felipão.

Eu daria a Cicinho o lugar de João Vitor e apuraria ainda mais a qualidade técnica da equipe. Com ele o time teria mais criatividade e força ofensiva.

Cicinho é um emérito driblador, ousado tanto quanto um ponta dos tempos de Renatinho, Julinho, Gildo, Edu Bala, Dorval e tantos outros que vestiram a gloriosa “maglia” verde" na fase áurea do futebol brasileiro.

Além disso tem fôlego para voltar e ajudar na defesa até com mais eficiência do que João Vitor, mas essa é, apenas, uma tese, haja vista que João vem jogando muito bem e dando conta do recado.

Leandro Amaro não é o zagueiro dos meus sonhos, mas, como negar as suas boas atuações e o seu aprimoramento e adaptabilidade ao setor direito da zaga.

Henrique? Ou teremos de chamá-lo de Sr.Henrique, um senhor zagueiro o dono absoluto da área palmeirense!.

Marcos Assunção foi bem!  De seus pés nasceu o cruzamento que redundou no gol que abriu caminho para a vitória.

Patrik o substituiu e deu maior poder de marcação ao setor proporcionando mais liberdade para Juninho descer e apoiar. Por isso fizemos mais dois gols com a participação direta de nosso esplêndido lateral!

Registre-se que Felipão já se mostra preocupado com a queda física de Assunção no segundo tempo dos jogos.

Em razão disso o tem substituído ultimamente, o que não ocorria, por exemplo no ano passado.

Será que, finalmente, ele percebeu que podemos jogar e vencer sem a “assunçãodependência”?

Ricardo Bueno entrou aos 34 do segundo tempo no lugar de Valdívia, e ao primeiro toque na bola fez um gol de cabeça, o quarto da goleada.

Entendo as razões de Felipão na preservação física de Valdívia, mas eu seguiria com ele e Daniel por mais algum tempo.

Daniel Carvalho, com a maestria de sempre entrou no lugar de Maikon Leite, também para poupado para o jogo importante contra o Coruripe depois de amanhã em Alagoas pela Copa do Brasil.

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Um registro especial para Márcio Araújo.

Existe algum volante mais eficiente do que ele, hoje, no país?

Alguém que corra tanto e se empenhe tanto em um jogo de futebol?

Alguém que consegue jogar tantas vezes sem se contundir?

Por que a torcida paulistana do Palmeiras o persegue tanto se ele continua sendo o jogador de melhor média de produção entre todos os nossos jogadores e um atleta que honra a camisa do Verdão?

Será que ainda existem “viúvas” de Pierre?

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PS – postagem atrasou por problemas com o meu provedor. Perdão!