Observatório Alviverde

25/03/2010

MUDA, PALMEIRAS!

Como milhões de palmeirenses, estou enjoado de afirmar neste e em outros espaços midiáticos, a propósito de cada técnico que alimenta o rodízio interminável de nossas contratações: "não é o profissional ideal, mas vou apoiá-lo".

Há poucos dias repetimos isso, justamente no momento em que um incompetente, Cipullo, anunciava um inexperiente, Antonio Carlos.

A incoerência, absurda e irracional, instalava-se novamente no Palmeiras.

Um elenco de profissionais rodados, catimbeiros, desunidos, manhosos era entregue aos cuidados não de um técnico vivido, mas de um aprendiz, ou, simplesmente, um ex-jogador.

Como pode um neófito, sem a mais mínima rodagem na função, ser contratado para dirigir o clube mais hermético, mais misterioso, mais complicado e intrincado deste planeta, a SE Palmeiras?

Só Cipullo, mesmo, para perpetrar tal disparate e consagrar a contradição... Coisas do Palmeiras!
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Por quê, Antonio Carlos? indagam as vozes da razão...

Já não chega de inexperientes para novas experiências? O Palmeiras é porco, mas não é cobaia.
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Antonio Carlos por quê? clamam as vozes do bom-senso...

Só porque à frente do limitado São Caetano impôs ao Palmeiras outra humilhante derrota, dessas contra time pequeno, as quais já estamos tão acostumados?

Qual o mérito de Zago em derrotar esse amontoado de jogadores meias-bocas do Palmeiras, que Cipullo e a diretoria tanto insistem em enaltecer e chamar de craques?
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A contratação de Antonio Carlos, a quem, como palmeirense de corpo, alma e palma, apoiarei incondicionalmente, até onde for possível apoiar, foi outro lamentável equívoco daqueles que detêm o poder.
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Quem é que não sabe que o Palmeiras de Antonio Carlos é igualzinho a um castelo de cartas? Não aguenta um sopro. Quem soprar, derruba. Até o Rio Branco de Americana.

Para ser ruim, o time Palmeiras vai ter de melhorar demais! Quanto mais pra ficar bom!

Será que Zago vai dar conta? Receio que não! Tomara que eu esteja errado!
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Mas não pensam assim os nossos dirigentes que ficam pedindo-nos tempo e paciência para solucionar os problemas sob a falsa premissa de que o elenco e ótimo.

Se mal pergunto, eles reivindicam MAIS tempo? MAIS paciência?

MAIS do que temos tido? É brincadeira...
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As fábulas brasileiras garantem que as corujas dizem que seus filhos horrorosos são as aves mais bonitas da floresta.

Cipullo e Belluzzo imitam as corujas todas as vezes em que discorrem sobre os jogadores que contrataram para o Palmeiras.

Vivem proclamando aos microfones que o time é espetacular, formado por jogadores de ponta e que o Palmeiras não deve nada aos outros grandes de São Paulo e do país.

Mas isso é palavra de coruja e em palavra de coruja não se deve acreditar. Quem conhece futebol, sabe que não é assim.
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Com extrema boa-vontade eu diria que temos quase um time pronto e uma espinha de razoável qualidade: Marcos, Danilo, Pierre, Cleiton, mas falta o centro-avante.

Insisto, temos uma espinha de razoável qualidade, não mais que razoável.

Ainda assim, é prejudicada pela ausência de um camisa nove de ofício e referência, como falava Muricy.
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Temos, também, alguns bons jogadores para compor a equipe, porém não temos craques.

Não me venham falar que Diego é um craque, pois, efetivamente, não é.

Para mim ele encerrou seu ciclo de grandes atuações com a camisa do Palmeiras.

A não ser que mude a atitude, reinvente o seu jogo, recupere o futebol perdido de há muito e que apresente o que mais almejamos, a regularidade de rendimento.
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Também não falem em Cleiton como craque, mas como um ótimo jogador, lúcido, com lampejos de craque, sim, mas ainda longe dessa privilegiada prerrogativa.

Admitamos que Marcos em pleno 2010, ainda seja um craque, só que ele não faz gols.
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Nosso unico craque e fator de desequilíbrio, o mago Valdívia, Cipullo e Belluzzo negociaram a preço vil com o futebol árabe, consagrando as suas posturas de apedêutas em matéria de futebol profissional.

Voces acham que teríamos vencido o Paulistão há dois anos sem o concurso de Valdívia?
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Se a verdade tem de ser dita, vou dizê-la agora, doa a quem doer.

Neste Paulistão, a três rodadas do final, estamos em 10º lugar entre 20 concorrentes.

Isso significa que temos um time mediano, de jogadores medianos, formado por jogadores, em maioria, de estatura baixa e sem imposição física.
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Quando Rubens Francisco Minelli nos anos 70(s) disse que para escolher um time ele levantaria uma corda a 1,80 do chão e quem passasse por baixo não seria escolhido, a não ser que fosse um cracasso de bola, ele passou a receita mágica para que se monte, ao menos, um time de respeito.

Embora sem comungar "in totum" com a ortodoxia do velho mestre no que respeita ao tema em questão, sou obrigado a concordar que um time fisicamente alto e forte, ainda que apenas razoável do ponto de vista técnico, tem muito mais chances de chegar a melhores resultados.

O Santo André, finalista por méritos deste Paulistão, consagra a teoria minelliana.

No Palmeiras, tradicionalmente de tantos baixotes, a corda de Cipullo deve estar abaixo de 1,70.

Só isso explica a presença de Lenny e outros tantos, que não têm o menor estofo para jogar em um clube do porte e das dimensões da S.E. Palmeiras.

MUDA, PALMEIRAS!

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