Observatório Alviverde

23/05/2010

SERAPHIM DEL GRANDE, UM DIRETOR DE ATITUDE, FOI O MAIOR RESPONSÁVEL PELA VITÓRIA. PALMEIRAS GOLEOU O GREMIO (4 X 2) JOGANDO COM RAÇA E COM MUITA INTELIGÊNCIA. O MÉRITO DE PARRAGA FOI O DE ADOTAR UM ESQUEMA COMPATÍVEL COM A CARACTERÍSTICA DE CADA JOGADOR.

                                             
Um grito de liderança: SERAPHIM DEL GRANDE foi importante na goleada sobre o Grêmio.
 
Foi uma vitória e tanto essa do Palmeiras sobre o Grêmio. Dessas que nos enche de alegria, massageia-nos o ego,  devolve-nos a auto-estima,  reconstitui o nosso orgulho ferido e devolve-nos a invejada dignidade palestrina.
Foi um triunfo construído com  luta, empenho e determinação da rapaziada, focada, responsavelmente, no jogo, motivada, também por uma indomável dose de superação em relação a todos os fatos negativos que atormentaram o grupo esta semana, em mais uma crise que, finalmente, foi debelada.
Apesar do terremoto indisciplinar no elenco, do maremoto político interno no clube, e do tsunami de críticas da mídia, prevaleceu, afinal, acima de tudo e acima de todos, a própria instituição. O Palmeiras, como sempre, prova, comprova e ratifica que é sempre maior do que a crise.
Meus amigos, eu quero que estejam vocês todos cientes e conscientes de que esse novo e redivivo Palmeiras, forte em ânimo e cheio de atitude não é fruto, apenas, do esforço dos jogadores ou da inteligência de Parraga, cujo trabalho se iniciou de forma vitoriosa à frente do verdão.
Esta semana, no auge da crise, pela primeira vez esse grupo de jogadores sentiu de perto que o Palmeiras não é o time da esquina e nem casa-de-mãe-joana. Em tom elevado, severíssimo, irado e ameaçador,  o novo responsável pelo futebol do Palmeiras,  Seraphin Del Grande  abriu o verbo e disse, claramente, aos atletas tudo o que precisavam ouvir já há muito tempo e que Cipullo jamais ousou dizer.
O velho Seraphim, dos tempos gloriosos da Parmalat bradou "que quem quisesse sair que pedisse logo a conta e o Palmeiras não colocaria nenhum obstáculo". Disse mais, do pouco que fiquei sabendo, "que o Palmeiras é uma instituição de respeito e que não vai tolerar indisciplinas, por menores que sejam". É isso o mínimo que se espera de um diretor de futebol quando a indisciplina começa a tomar contra do clube. Parabéns, Seraphin Del Grande pela atitude:  Às vezes pela falta de um grito de aviso, se perde um batalhão.
Gostei do trabalho do Parraga. O time jogou direitinho, com muito empenho, é claro, mas respaldado por um sistema tático responsável e viável, defensiva e ofensivamente falando. De que adiantava ao Palmeiras ter uma defesa que sofria poucos gols, se o time, do ponto de vista ofensivo, não existia?
Parraga soltou os laterais, adiantou volantes quando necessário, e o time teve força de ataque, apesar de não ter um centro-avante fixo. Explorou bem os contrataques e atuou sempre na vertical, como determina o manual da ofensividade. Nunca teve ninguém como referência na área e Ewerthon e Vinícius procuravam tirar os zagueiros da área, jogando em deslocamentos, principalmente pelos flancos, mas sempre procurando a penetração na área, com ou sem a bola.
A ofensividade inteligente do Palmeiras tem muito a ver com o fato de Parraga ter sido atacante quando transitou pelo futebol na qualidade de atleta. Diferente de Zago que imagina ser o defensivismo a característica exponencial desse esporte. Mas se você não ataca e não chuta a gol, como poderá vencer?
O mérito maior de Parraga residiu no fato de ele explorar os jogadores em suas características. Como é que se pode cobrar de Ewerthon, um jogador essencialmente de velocidade, se ele atua como referência dentro da área? Por que não explorar a juventude de Vinicius para ajudar a marcar a saída de bola?
Em suma, vencemos mais um jogo importante deste Brasileiro e vencemos com méritos totais, pois jogamos muito melhor do que o nosso adversário, tido e havido na atualidade, como um dos melhores times do país.
COMENTE VOCÊ,TÉCNICAMENTE, A GRANDE VITÓRIA DE ONTEM.