Observatório Alviverde

20/10/2011

OUTRA ENCRUZILHADA NA VIDA DO PALMEIRAS

ELEIÇÕES DIRETAS:

As “diretas” no Palmeiras tem de ser aprovadas “JÁ”,  em prol modernização e da grandeza do clube. 

Infelizmente a mentalidade arcaica daqueles que se arvoram em seus proprietários, tem mantido o time no limbo da mesmice, do ostracismo e da desimportância.

Alguém disse certa vez que a democracia não é um bom sistema de escolha, de governo ou de gestão mas que ainda não criaram nada melhor.

Diretas-Já, para a eleição dos futuros presidentes e pela adoção e prevalência da democracia em uma comunidade de quase 20 milhões de brasileiros que vive sob o jugo cruel de meia dúzia de três ou quatro ultrapassados e reacionários.

Diretas-Já, sim, sem o desonesto casuísmo do acoplamento do comitê gestor, que obrigará qualquer presidente eleito a mudar o próprio nome e passar a chamar-se Elizabeth, já que Vitória será pouco provável que venha a ser chamado HAHAHAHHAHAHAHA.

Essa manobra do voto casado, só compatível às maquinações dos políticos corruptos que transitam por Brasília, tenta impor, maquiavelicamente, a influência daqueles que querem controlar o segmento que, hoje, representa quase totalidade do faturamento do clube, mas que, também,  é a alma e razão da existência do Palmeiras: o futebol profissional.

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O QUE OS VELHOTES SE ESQUECERAM

O Palmeiras, a exemplo de seus Co-irmãos, Corinthians e Santos e de seu Néo-inimigo, o SPFC, de há muito deixou de ser, simplesmente, um clube de lazer que mantinha um time de futebol.

O que existe, hoje, em última análise, é um time de futebol que mantém um clube de lazer.

Embora localizado no coração da maior cidade da América Latina, o clube de lazer denominado SE Palmeiras não tem arrecadação social compatível para ser denominado auto-suficiente e manter o espaço físico, as dependências, os eventos, o fausto e o glamour sem recorrer ao futebol.

Entretanto, os nossos velhotes ainda sonham viver o romantismo anacrônico de antanho, das festas exclusivas, dos concorridos ágapes, dos bailes-da- saudade, dos boleros, dos saraus, das tertúlias, das eleições de misses e dos bailes de debutantes;

Vivem ainda o mundo da ilusório do esnobismo, se esquecendo que Francisco Petrônio morreu, Waldick Soriano e Bienvenido Granda cantam no céu e Ibrahim Sued também já não existe mais.

Tirante as academias de ginástica, as piscinas, a sauna, ainda assim muito pouco frequentadas, nada mais interessa ou tem importância no clube social, exceto para alguns “gatos pingados”.

Para sermos mais objetivos, os clubes de lazer já cumpriram os seus respectivos papéis em épocas apropriadas junto à população brasileira.

Hoje, em face do êxodo do público que prefere ficar longe das jóias e das taxas de mantutenção caríssimas, pode-se dizer que os que sobreviveram se mantém com enormes sacrifícios. O Palmeiras não se constitui em exceção.

Até o maior clube do Brasil em todos os tempos, o Clube Atlético Juventus, outrora com mais de 100 mil sócios, esvaziou-se, completamente.

Foi derrotado pela modernidade e pelos novos usos e costumes vigentes na sociedade hodierna.

Mas o magote de velhos que ainda manda no Palmeiras, continua tentando exumar tradições extintas e ressuscitar cadáveres de eventos que já nem existem mais.

Idiotas,  perderam o bonde a história! Sim, o bonde! Eles ainda andam de bonde e nem ouviram o troar do jato supersônico da tecnologia e da modernidade rompendo a barreira do tempo e do espaço, sobre as suas cabeças, rumo ao futuro, anunciando novos usos e costumes.

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MUSTAFÁ DEMODÊ

Arvorando-se em proprietário da instituição, Mustafá brada por administrações parcimoniosas e superavitárias.

Ele sempre fez uso dessas bandeiras, acopladas ao loteamento conveniente de cargos, a fim de impor a sua personalidade forte e liderança férrea sobre um grupo de dirigentes e associados, a maioria fracos e despersonalizados.

Inteligentíssimo, maquiavelíssimo, de uma visão cujo espectro vai muito além do alcance comum, Mustafá, simplesmente, confirma uma afirmativa tão antiga quanto a própria humanidade, segundo a qual nem quem é muito inteligente consegue ser perfeito.

Mustafá age de forma juvenil quando fala que o Palmeiras tem de ter uma administração com “dinheiro em caixa”, haja vista que a instituição não tem fins lucrativos.

Dinheiro em caixa é ótimo, mas de que vai adiantar se o time de futebol é ruim e não atende às demandas e necessidades  de sua coletividade?

Às vezes torna-se necessário algum investimento a fim de que o clube possa ganhar os títulos e valorizar-se, e ganhar ainda mais em termos de conquistas e faturamento, um pouco à frente.

Fosse o Palmeiras uma entidade com fins lucrativos, eu o apoiaria integralmente, intransigentemente, mas o Palmeiras não é uma loja que vende sapatos e, menos ainda, uma fábrica de sabão.

Teria de ser, sim, como um hiper-mercado, com fartas ofertas de alegria, entusiasmo, vitórias, títulos e muita emoção positiva. Afinal, a matéria prima de um clube de futebol é a emoção que proporciona a sua coletividade.

Mustafá está perdendo a oportunidade histórica de ser o condestável da recuperação de um clube de dimensões populares inimagináveis, que nem ele mesmo, confinado na paulicéia, pode auferir ou imaginar.

E, por melhores que tenham sido ou sejam as suas intenções,  Mustafá, que ganhou tantos títulos, independentemente da Parmalat, vai ficar na história do Palmeiras, não na qualidade de herói, mas corporificando um vilão.

Parece que a lição do rebaixamento não serviu para que ele revisse os seus conceitos anacrônicos de administrar um clube de futebol.

Quando Levir Culpi, desesperado pela falta de consistência e marcação de nosso meio campo, sem volantes de contenção, exceção feita ao limitado Paulo Assunção, (Avallone e Luxa tinham expelido Claudecir e Magrão do elenco sob a alegação de que eram brucutus) mais do que pedir, implorou pela contratação de Djair (grande jogador, na época sem clube) Mustafá negou e deu no que deu.

Infelizmente Mustafá atira aos porcos as pérolas de sua grande e inegável inteligência e de suas poderosas influência e liderança, ao agir forma como age, sempre na contramão e na oposição daqueles que assumem o lugar que foi dele e ousam apresentar formas de gestão antagônicas àquelas por ele praticadas.

Se Mustafá, refletisse um pouco mais e tivesse o discernimento de enxergar sem os olhos das divergências clubísticas, do orgulho, da vaidade ou da ambição, ele poderia promover a distensão em nosso corpo diretivo-associativo, tanto quanto o general Geisei na política brasileira.

Promovidos o desarme dos espíritos e pacificação geral no clube ele poderia, se quisesse, a exemplo do que fez o outro General, Figueiredo, na política brasileira, fazer do Palmeiras uma democracia.

Mas Mustafá, lamentavelmente, continua indo, não ao encontro, mas, DE ENCONTRO, aos interesses de nosso amado clube. A colisão é inevitável.

Se as eleições presidenciais não forem aprovadas sem o casuísmo impróprio, paralelo, do comitê gestor imposto por Contursi “et paus-mandadus”, o Palmeiras, ex time de colônia, continuará sendo um time colonizadores como vem sendo até agora.

Mas, quem não quer controlar o segmento de maior faturamento do clube, o terceiro do país?

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É impressionante como os capos das “famiglias” tradicionais e predominantes no Palmeiras, a exemplo-de a um cão faminto, não querem largar o osso.

O que estaria por trás isso? Simplesmente o prestígio e o poder? Duvido!  Há algo mai$$$ importante nessa história sobre o que ninguém quer falar, só mamar.

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CONVOCAÇÃO À TORCIDA

http://www.verdao.net/index.php

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