Observatório Alviverde

09/10/2017

AQUI EM BH JÁ SE ESPECULA ABERTAMENTE A SAIDA DE MANO! SERIA PARA O PALMEIRAS?

 

Falei neste fim de semana com um repórter amigo de BH e ele passou-me esta informação, deveras importante.


Disse que "a saída do antigo diretor de futebol do Cruzeiro, muito ligado a Mano Menezes, e a chegada de um tal Itacyr, ex presidente do Ipatinga para a função, desmotivaram Mano a tal ponto que ele estaria disposto a deixar o comando técnico do Cruzeiro e mudar de clube em 2018".

Disse, também, que "a demissão solicitada 5ª feira por Tinga, ex-jogador e supervisor, outro auxiliar da irrestrita confiança de Mano, reforça a tese de que o gaúcho parece disposto a se demitir e trabalhar em outro clube".

Diante de tudo isso, Vagner Pires de Sá, o novo presidente cruzeirense que assume o clube em dezembro, fez questão de vir a público e desmentiu tudo. 

Afirmou que a nova diretoria não têm o menor interesse em se desfazer de Mano, ídolo da torcida, e que o técnico só deixa o clube se for por sua livre, "manifesta" e espontânea vontade.

O novo mandatário cruzeirense também afirmou enfaticamente (isso não é comum aqui em Minas) que não acredita na saída de Mano por vários motivos, declinando os dois mais importantes:

1) A vontade da família de Mano em continuar residindo em Belo Horizonte 
2) A classificação do Cruzeiro e a vaga garantida para a Libertadores/2017.

Com essas alegações e, certamente, uma significativa majoração salarial, Vagner Sá acredita que sossega o ímpeto de mudança de Mano e ele continua no "Palestra genérico" por outra temporada.

De qualquer forma já não há mais a irredutibilidade inicial de uma saída de Mano como divulgava e fazia supor a imprensa mineira, ele que é um sonho de consumo de tantos clubes, entre os quais do Palmeiras.

Deixando os outros times de lado e falando especificamente do Verdão em relação a Mano, a pergunta é direta:

Seria -porventura- uma boa a contratação de Mano pelo Palmeiras, considerando-se o seu estilo diametralmente oposto de pensar futebol e de preparar times, em relação a Cuca?

Não haveria riscos de o Palmeiras incorrer no mesmo problema do início deste ano, quando da troca de Cuca por Eduardo Batista?

Há, ainda, outras perguntas e considerações a ser feitas:

O Palmeiras tem contrato com Cuca até dezembro/2018.

No caso de dispensá-lo, teria de pagar-lhe de forma antecipada, segundo a CLT,  metade dos meses que faltariam para a decorrência do vínculo, salvo acordo ou algum item aposto ao documento esclarecendo a forma da rescisão.  

Valeria a pena investir toda essa grana na demissão de Cuca que, temos certeza, já iniciaria de imediato o seu trabalho em outro clube, entre os quais o Galo Mineiro que há tanto tempo o espera?

Seria de bom alvitre dispensar um técnico campeão, muito competente e com potencial para realizar uma grande campanha ano que vem, a partir das experiências negativas deste ano? Creio que não!

No entanto, reconhecemos, sim, que Cuca, em 2017, esteve bem abaixo de seu potencial, embora seja convicto de que ele pode, perfeitamente, dar a volta por cima e arrebentar a boca dos críticos!

Pensem, todos, que ganhar títulos importantes em clubes como Curica, Bambis, Fla, Santos, e até em Grêmio e Cruzeiro, os favoritos da Globo, da Mídia e das instituições que comandam o futebol, não é tão difícil!

Difícil mesmo é levantar a taça em clubes como o Galo Mineiro e o Palmeiras. Ainda mais um título de Campeão Brasileiro. Cuca conseguiu!

Em 2017, porém, Cuca não conseguiu nada e tudo tem de ser creditado às suas incontroláveis autossuficiência, teimosia e incapacidade de ouvir conselhos e considerar sugestões.

Quantas vezes nós e os comentaristas deste OAV como tantos outros blogs palmeirenses o alertamos em relação à estupidez de priorizar os campeonatos para poupar titulares, definir prioridades, agir politicamente e fazer média para escalar todos os jogadores do elenco? Isso foi fatal para o Verdão!


Do mesmo modo, Cuca jamais, definiu titularidades, tanto e quanto foi incapaz de exigir da diretoria os jogadores de que o time tanto necessitava para se reforçar e poder brigar pelos títulos: um lateral para cada lado do campo, um meia diferenciado melhor do que o frágil e mediano Guerra.

Enfim, por indicação de Cuca, o Palmeiras acabou investindo alto e contratando, apenas, um centroavante, insuficiente para resolver os problemas do time dentro de campo.

De passagem, elogie-se Deyverson indicado por Cuca, atleta cujos estilo de jogo e funções ainda não foram compreendidos pela maior parte da torcida.


Deyverson, centro-avante parede e que faz o pivô, está sendo muito sacrificado pelo fato de o time não ter um armador eficiente, enfiador de bolas e como manda o figurino, categorizado. Junte-se a isso a crônica insuficiência de canhotos n o elenco, que precisa ser revista.

Deyverson -reparem- só recebe bolas difíceis, nunca as redondas, mas aquelas às quais se chamava antigamente de "caixas de sapato". Dudu não foi, não é e jamais será um grande armador. Moisés não está sendo sombra do grande meia da temporada passada. Como jogar assim?

Aplique-se o mesmo raciocínio à Borja, essencialmente um finalizador (o melhor das Américas em 2016) que também ressentiu-se da falta de um meia inteligente, de alguém como Valdívia, isto é, de um enfiador de bolas.

Cuca foi incapaz de preparar um esquema em consonância com as virtudes e características do colombiano.

Cuca cometeu outros erros como a evitável briga que redundou no afastamento de Felipe Melo e o desprezo a jogadores que chegaram com o aval de Eduardo Batista.

Outro erro crasso foi o compadrio com Zé Roberto e a insistência em colocá-lo em campo, quando até os garotos do time fraldinha já sabiam que a sua data de validade de há muito já está vencida. 

Grande jogador, excepcional caráter, ZR tinha de ter sua imagem e reputação poupadas e só entrar em campo em circunstâncias favoráveis até o final de seu contrato no fim deste ano.

Como a postagem está ficando cada vez mais longa, quero encerrá-la por aqui dizendo isto:

Com tudo e apesar de tudo, EU, respeitando TODAS as opiniões discordantes, NÃO dispensaria Cuca.

Digo isto porque errar, todos nós erramos e não obstante, ele, além de ter contrato vigente, e ser palmeirense já provou possuir capacidade suficiente para -como ele diz que tanto gosta- armar um time de respeito para 2018.

A grande vantagem da manutenção de Cuca, seria aquela de o Palmeiras não ter de voltar ao marco zero e assim recomeçar 2018 muito à frente da maioria dos clubes brasileiros.

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