Observatório Alviverde

24/10/2014

UM PAPO DESCONTRAÍDO ANTES DE UM DERBY CARREGADO DE ESTRESSE!

 

Eu não escrevo neste espaço visando a somar adeptos e, sequer, tenho pretensões a ser um formador de opinião. 

Fique claro, escrevo o que dita o meu "feeling" a propósito de meu time, coincidentemente, o seu e o nosso, a S.E. Palmeiras.

Da mesma forma, não pretendo, como pode deixar transparecer o meu estilo de escrever, impositivo, franco e sem meias palavras, no melhor exercício de minha verdade, ser, dela própria, o dono, o proprietário.

Recebo, sempre, muitas críticas pelos meus escritos, a maioria, felizmente, educadas, que me levam à reflexão, mas, admito, já recebi, algumas eivadas de ofensas e, até, de palavrões,  respondidas mas não excluídas do espaço do bloguista.

Muitos frequentadores deste OAV, mormente os novos, os recém chegados, ainda não perceberam que este blog é aberto à contestação e à discussão dos temas que envolvem o Palmeiras, independentemente do que escreve o blogueiro. 

Aqui não existe a figura da censura, a não ser que alguém extreme, exorbite, ofenda alguém ou alguma instituição fora do âmbito tolerável e dos limites da educação.

Tirante isso, cônscio de que cada participante tem sua opinião, ainda que seja incompatível com a minha, peço a todos que se sintam à vontade para publicá-la sem cortes ou censura.

Um dos mais antigos frequentadores deste blog é o Marco, cuja linha de pensamento, em linhas gerais, é muito parecida com a minha, embora tenhamos, é óbvio, algumas divergências.

Mestre dos Magos, um pouco afastado nos últimos dias, tem pensamentos às vezes semelhantes e, outras vezes, muito diferentes a respeito dos mesmos assuntos, mas está aqui desde a primeira postagem, respeitadíssimo.

Ney Verde, do qual discordo bastante e, em contrapartida, ele também discorda deste autor, é dono de opiniões fortes, particularíssimas, interessantes, mas, no fundo, eu, ele e todos, falamos a mesma linguagem.

Edson, embora sem uma habitualidade diária, apresenta as suas opiniões sensatas e ponderadas, dando-me a impressão de que é do signo de libra!

O que dizer, então, de nosso amigo JJ de Rio Preto, que descobriu, há algum tempo o blog e posta, agora, todo dia, com muita frequência, sempre com classe e sensatez.

Em Sampa temos o Dinho Mainasi, que entre todos os tradicionais participantes deste espaço é aquele que está mais perto do Verdão pela sua condição de cidadão paulistano, senão de nascimento, de adoção. 

Estou acostumado às correções que Dinho faz aos meus escritos, corrigindo-me os equívocos, sempre oportunas e esclarecedoras. 

Há outros participantes espetaculares que enriquecem este espaço com suas opiniões e contribuem para a formação de um Palmeiras maior e melhor.

Quero citar alguns nomes que me vêm à memória e alguns, mais recentes, esperando que, aqueles que não forem citados não fiquem magoados comigo por alguma omissão.

Chico Palestrino (meu amigo pessoal), Tânia Clorofila (não tem publicado nada por aqui), Sérgio Biondi (convidou-me para o Linkedin mas não sei mexer com isso) Marcelo Dinardi (escreve muito bem), Victor Tredenski, o esquentado palestrino de Piracicaba,  Marcelo, Jessé, Alexandre Correia, Nailton Pimentel e tantos outros.

A propósito, tudo isso está vindo a tona em face da postagem de ontem do Alexandre Correia em que ele diz algumas coisas a respeito deste blogueiro: confiram:

(Sic)

"É Alcides, o treinador que sempre jogava pra frente você era contra, o argentino Garêca, que foi demitido por causa disso, perguntaram a ele depois da derrota contra o Inter, no Pacaembu, se a formação com três atacantes não foi muito equivocada, o treinador argentino disse o seguinte: "todos os times que eu treinei joga procurando o gol e não pra se defender e conquistando títulos". Na sala da coletiva estava um carequinha de gravata braço direito do Piloto de Rally, que não gostou do que disse o argentino e foi correndo contar para o Paulo Nobre, e no dia seguinte já não era mais treinador do Palmeiras. Não deram tempo pro argentino e parece que não vão dar para o Dorival, gostei do time ontem, jogou certinho contra o líder do campeonato".

Respondendo, respeitosamente ao Alexandre.

Se o evento do careca de gravata ocorreu, foi a única coisa boa que ele fez, até hoje, em sua gestão!

Fique claro, jamais fui contra Gareca, reconhecendo que o erro foi de Nobre ao contratá-lo, não para iniciar um trabalho, mas para dar sequência a um trabalho previamente iniciado. 

Pode ser, e, é, até, possível, que, nessas circunstâncias, Gareca acertasse o time e impusesse um novo formato de jogo. 

Essas coisas, porém, não ocorrem da noite para o dia, como ficou provado pelas próprias circunstâncias da passagem do argentino pelo Verdão.

Existem técnicos de várias tendências táticas na formação de seus times entre os que chegam e provocam imediatas transformações e aqueles que necessitam de mais tempo para a imposição de um trabalho. 

Há, por exemplo, os retranqueiros, a maioria provinda da escola gaúcha (Felipão, Tite, Roth), que só montam esquemas fundamentados na defesa e só a partir daí, se possível, atacam. Dorival os copiou no Cruzeiro x Palmeiras de 4ª feira.

Outros existem, que privilegiam o toque de bola, como era Telê, como era Jair Picerni, como é Luxa, como é Marcelo Oliveira e os de tendência mista, como Dunga, assim como tivemos o meu amigo João Avelino que privilegiava o preparo físico e Cilinho dos chamados times de velocidade e de bola comprida. 

Nenhum, porém, como Brandão que só dizia isto: "vamos lá meu filho, vamos pegar, vamos marcar, vamos tocar, vamos jogar com raça quando a gente estiver sem a bola. Fulano marca o 9 e não sobe. Beltrano cola no 10. Ciclano ataca. O resto do time faz o que sabe. Vamos lá gente!" 

Quem entre todos os citados é mais campeão, no Brasil, do que Brandão?

Creio que com mais tempo, Garêca poderia ter imposto a sua filosofia e acertado, mas se o Palmeiras houvesse continuado com o argentino, a considerarmos os números que ele obteve, aonde estaríamos a esta altura do brasileiro? 

Este blog foi o primeiro entre toda a mídia brasileira a pedir a saída de Gareca e não me arrependo por isto! 

Se eu aceitaria a volta de Gareca? Para iniciar um novo trabalho, com todo o tempo necessário, sim, por que não? Embora esteja convicto de que há, no Brasil, dezenas de treinadores bem melhores do que ele!

Da mesma forma, repito, com todo o respeito, discordo de sua análise de resultado a respeito do jogo contra o Cruzeiro. 

Se o jogo tivesse tido um transcurso normal, teríamos levado, minimamente, de cinco. 

Não fosse Prass, mas qualquer de nossos goleiros, (excluo Jailson a quem não conheço), nem estaríamos comentando este assunto, mas, simplesmente, lamentando outra goleada, a perda dos três pontos e preocupados com a ameaça de rebaixamento, da qual, diga-se de passagem, ainda não estamos livres.  

No mundo do futebol não se pode ter dó nem piedade daqueles que participam do circo, muito bem remunerados, por sinal. 

A partir do momento em que diretores remunerados, preparadores físicos, técnicos e jogadores, não sirvam mais, têm de ser, necessariamente, urgentemente, substituídos pois o nível de exigência vai além da estratosfera!

Não me importo que o Palmeiras monte uma retranca para encarar o Cu-rintia, desde que não sejamos sufocados e que tenhamos a opção de, sempre que possível, também atacar!

A experiência do jogo contra o Cruzeiro me propele a clamar pela manutenção dos laterais, João Pedro e Juninho.

Penso que a nova dupla de zaga, Tóbio e Nathan tem de ser prestigiada e que o lento Lúcio esquente o banco, mas esta alternativa, creio, dificilmente vai rolar. Se rolar vou passar a acreditar mais em Dorival do que o pouco que acredito!

Desejo que o Palmeiras tenha um meio de campo sólido, forte, porém criativo com Renato, Wesley, Valdívia, Victor Luís e Mouche e com Henrique no ataque, na função de pivô ou cambando pelos flancos, como vem acontecendo.

Por que, desta vez, não peço Washington no time? Pelo simples fato de considerar que Renato voltou contra o Cruzeiro e que Dorival tem de mexer o menos possível nos titulares, a fim de que o time obtenha o necessário entrosamento!

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