Observatório Alviverde

05/06/2011

PALMEIRAS: SOBRARAM EMPENHO, GARRA, ESPIRITO DE LUTA E DETERMINAÇÃO. FALTARAM TÉCNICA, CRIATIVIDADE E OFENSIVIDADE!

 

O 1 X 0 sofrido que impusemos sobre o Atlético Pr., o pior time das três primeiras rodadas deste Brasileirão, não pode e nem deve servir para desanimar a Leal torcida do Verdão.

Compreendo, perfeitamente, que todos esperávamos muito mais da equipe de Felipão,

Nossa expectativa era de uma vitória tranquila sem sobressaltos, imposta de forma natural sobre um adversário, teoricamente, de menor expressão técnica e individual.

Mas o excelente resultado (eu não disse o excelente jogo) tem de ser analisado e sob o prisma da utilidade, como um trampolim que nos remete à ponta da tabela e, sobretudo, nos proporciona aquilo de que mais necessitamos: paz e estabilidade emocional.

Estamos disputando, creiam, o campeonato mais difícil do planeta queiram ou não os cronistas vassalos, colonizados, que endeusam Messi e que colocam os campeonatos alienígenas sempre em plano superior ao nosso.

O Atlético do Paraná, primeiro campeão brasileiro deste século, não pode, jamais, ser encarado como um time coitadinho ou como mero figurante do campeonato, mas como um adversário sempre difícil de ser batido.

Apesar dos pesares, fizemos por merecer a vitória, arrancada com raça e determinação graças ao empenho tático da equipe e`ao esforço e  doação de cada jogador.

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Marcos, aos poucos, vai voltando a velha forma. Sua liderança e as seguidas orientações aos zagueiros têm dado consistência ao compartimento defensivo. Aliás, todo grande time começa, necessariamente por um grande goleiro,

Impressiona-me, muito, o senso de cobertura da defesa e a solidariedade parece ser o ponto mantenedor da eficiência desse setor.

Com dois zagueiros de boa técnica e de elevada estatura, Danilo e Thiago Heleno, tendo à frente o incansável Márcio Araújo e o dedicado Marcos Assunção, cujo fôlego, ontem foi suficiente para 80% do jogo, o Palmeiras cumpriu mais uma partida sem levar gols.

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Atacamos muito no primeiro tempo, pelo lado direito do campo. Por alí construimos as melhores jogadas de fundo e penetração com Cicinho que ia, mas voltava para recompor a defesa, como deve se comportar um ala moderno e foi figura de destaque na primeira fase.

Com Gabriel Silva, atacamos mais no segundo tempo, quando forçamos o jogo mais pelo lado esquerdo,.

Tudo, porém, apenas, na base da correria e das chegadas de Luan que procurava sempre encostar para trabalhar a jogada.

Luan, táticamente, foi perfeito, mas, individualmente, limitadfíssimo e com pouca confiança, só teve sucesso como marcador, jamais como atacante, tendo errado cruzamentos e lançamentos e arremates de forma infantil.

Não gostei do Palmeiras com Adriano. A falta de bons lançadores invalida e inviabiliza a presença do bahiano, cujo forte é a velocidade e a capacidade de puxar contrataques, mas o Palmeiras não joga assim.

Também não gostei de Kléber que foi, apenas, um lutador, ou, como diz o seu apelido, um gladiador.

No primeiro tempo, quando, teoricamente, era o centro-avante, jogou sempre longe da área e prendeu demais a bola.

No segundo tempo, quando o Palmeiras tinha um centro-avante fixo com a entrada de Wellington Paulista, fiquei sem entender o posicionamento dele, mais pelo lado direito, já sem tanta mobilidade, sem encostar nunca em WP para tabelar..

Lincoln é intligente e sabe jogar, mas, além da fraca disposição física, está, completamente, sem ritmo de jogo.

Ele deu qualidade ao toque de bola mas só jogou com a bola no pé sem marcar ou cobrir nenhum setor. O lado positivo da presença de Lincoln foi o de acalmar a equipe e ajudar na administração do perigoso resultado.

Sorte, a nossa, que o zagueiro Rômulo foi expulso aos 12 do segundo tempo e pudemos nos dar ao luxo de perder o jovem Patrik que correu demais para marcar e de menos para apoiar, de uma obediência canina às ordens de Felipão.

Menos mal a entrada discreta de Lincoln do que Tinga em campo.

Chico vai ganhando confiança a cada jogo e o gol decisivo de hoje contra o ex-clube, em que ele mostrou profissionalismo e comemorou com os companheiros,  sinaliza que vai brigar pela titularidade,

Wellington Paulista, se tivesse sido escalado de cara, poderia ter tido melhores rendimento e aproveitamento. Sabem por quê?

No primeiro tempo, o Palmeiras realizou com êxito várias jogadas pelo setor direito com Cicinho, cruzando muitas bolas na área do Atlético PR sem que aparecesse ninguém para a finalização, já que Kléber jogava atrás como armador.

Mas, ao menos por enquanto, não me iludo com WP, a julgar por tudo o que vi ele fazer aqui em BH com a camisa do Cruzeiro. Em meu entendimento, não passa de um atacante vibrante e esforçado;

Do meio de campo para trás todos jogaram muito bem, mas Danilo, Thiago Heleno e Assunção foram os melhores, em um jogo no qual faltou-nos, mais uma vez, o concurso de um meia mais categorizado e mais ousado.

Sem um jogador assim, apesar de todas as nossas virtudes de raça, empenho, garra, marcação eaplicação, não poderemos aspirar a nada, a não ser uma participação condigna neste brasileiro.

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A TRANSMISSÃO DO PFC

Como é duro acompanhar Odiney Ribeiro na TV transmitindo um jogo do Palmeiras.

Como fala, como palra sem parar querendo exibir conhecimentos em detrimento daquilo que interessa, a identificação dos jogadores. O tempo passa, os caras ficam velhos na profissão e não aprendem!

Se a produção do PFC fizer uma avaliação do tempo de jogo narrado, vai constatar que o “galvãozinho” ou “klebinho”, como queiram, entra fácil fácil no grupo dos enroladores esportivos, pois não deve ter narrado meia hora de bola rolando, posto que enrolou o tempo todo com informações inúteis.

Aliás, tenho verificado que ele só faz isso quando transmite os jogos do Palmeiras, pois é um locutor diferente quando transmite Corinthians, São Paulo e, principalmente o Santos.

Como se não bastassem os narradores que, como Odiney, deixam transparecer que não gostam de transmitir os jogos do Palmeiras, os jornalistas-diretores da Globo, sobretudo dos canais alternativos, continuam o incessante trabalho de acabar com a profissão.

Ex-jogadores, celebridades e tantos outros idiotas nos são empurrados goela abaixo como Miller e outros, que não são do ramo, falam muito mal, erram clamorosamente no português e estão ocupando o lugar dos verdadeiros profissionais.

Infelizmente a nossa classe continua praticando autofagia.

O Miller, o Neto, o Edmundo (medíocres) e tantos outros estão no ar, mas eu não vejo o melhor de todos, Loureiro Júnior, na ativa.

Não, não digam que ele é velho.As TVs americana, argentina, chilena,inglesa, alemã e européia têm coroas brilhantes ainda trabalhando e em plena forma.

A competência não envelhece. A subserviência, a vassalagem e, sobretudo, a traição e o canalhismo, infelizmente, também não! (AD)