Observatório Alviverde

17/04/2018

BOTAFOGO 1 X 1 PALMEIRAS. A ESTRÉIA MEDIANA DE UM TIME MEDIANO!


Por várias razões o Palmeiras é apenas e tão somente um time mediano ao contrário do que proclama intencionalmente a mídia, objetivando apenas rebaixar e desmerecer o clube,

É assim que procede a maior parte dos jornalistas, com raras exceções.

Exemplifico.

Se o Palmeiras vence eles publicam:

 "com um time milionário desses, tem de ganhar mesmo e se perdesse seria  uma vergonha", como se  possuir um time caro fosse e vencer fosse um defeito ou um crime.

Se o Palmeiras empata ou perde eles riem, tripudiam e alegam:

"nem com um time milionário desses o Palmeiras consegue vencer", como se a derrota de um time caro  fosse algo impossível , considerando-se que, se assim fosse, o Real e o Barcelona não perderiam pra ninguém.

Nessas ocasiões eles aproveitam para intensificar as críticas, carregam nas imagens e fazer o possível e o impossível para que o fato se torne mais grave do que, efetivamente, foi ou é a fim de levar o mal-estar e a crise ao elenco.

Vejam o que disse "A Gazeta Esportiva", segmento midiático dominado tradicionalmente por torcedores do Curica e dos Bambis a propósito do bom resultado (refiro-me ao placar) obtido pelo Palmeiras no Rio de Janeiro onde enfrentou o Campeão Carioca.

"O Palmeiras começou o Campeonato Brasileiro já sentindo um gosto amargo"...

Vejam agora o que disse o portal "Terra" :

"O Palmeiras começou o Campeonato Brasileiro já sentindo um gosto amargo."..

Não parece até que é coisa combinada? 

Fossem os Curicas e os Bambis  e eles diriam

Curica ou SP conseguem um bom empate fora de casa contra o campeeão Brasileiro.

Querem saber o que disse Juca Kfoury?

"São Paulo pro gasto, Palmeiras nem isso!"

Mas se fosse o Curica ele diria: "Corinthians empata com o Campeão Carioca.

Como dizia meu diletíssimo amigo, o falecido Loureiro Júnior, extraordinário comentarista que veio de Jacareí:

"É o cu da cobra, Alcides! Nada pode ser mais rasteiro ou rastejante" do que isso".
(aqui coube o palavrão definidor e permiti-me usá-lo). 

Isto prova, comprova, ratifica e consagra que, de fato, a maior parte da mídia é baixa, mesquinha, fingida e dissimulada, trabalhando abertamente e sem descanso pela desgraça do Palmeiras.

Só não veem isso a diretoria e os torcedores "sangue de barata", os tais que se arvoram em diplomatas e que acreditam que todas essas mazelas podem ser resolvidas através de um diálogo em alto nível.

Está mais do que provado através dos anos que a diplomacia não funciona quando se trata de lidar com inimigos da estirpe e da periculosidade desses indivíduos que há tantos anos perseguem o Palmeiras.

Honestamente há que se dizer neste instante que o Palmeiras tem um técnico mediano, um elenco mediano, um time mediano, uma diretoria mediana e, rigorosamente, não possui no elenco um único craque desequilibrante e em nível de Seleção Brasileira.

Sem tirar nem por, esse está sendo o legado de Mattos, o corretor!

Com boa vontade salva-se exclusivamente o Dudu, um pouco acima da média geral de um elenco que, reconheça-se, tem, até, muitos bons jogadores, mas nenhum craque.

Borja será o único palmeirense a participar da Copa da Rússia, mas ressalvada a sua condição de razoável "matador"  está longe de ser craque.

Guerra foi comprado como craque é pago como craque , mas está longe de ser craque e, pelo que mostrou até hoje,  não passa de um mediano, ou vá lá, um jogador apenas útil .

Scarpa poderia ser esse craque que o Palmeiras tanto procura, mas o jogador não estava livre, do ponto de vista legal, e não se sabe quando ele conseguirá livrar-se do Fluminense e voltar a defender o Palmeiras. Será Scarpa um outro Thiago Neves na vida do Palmeiras?

Keno, Moisés, Willian, Tchê, Prass, Vitor Luís, Jailson, Jean, Antonio Carlos, Thiago Martins, Thiago Santos, Felipe Melo, Bruno Henrique, Jean, Guerra e até o veteraníssimo Edu Dracena, são bons jogadores (alguns, até, ótimos), mas (sem qualquer rigor), a maior parte deles tem rendido muito menos do que deveriam render, considerando-se  os altíssimos investimentos palmeirenses que o Palmeiras fez em todos eles. 

Abaixo desses há os que estão chegando há mais ou menos tempo como Lucas Lima, Marcos Rocha, Diogo Barbosa., Mayke, Wevertone, Hyoran e Emerson Santos, os quais, se espera, possam galgar status compatíveis com os altos valores que por eles foram pagos...

Da mesma forma coloque-se, também, as crias da casa integradas ao elenco e que, ao menos até agora, não tiveram grandes chances no time como Fuzato (goleiro) , Pedrão, Artur e até o jovem Rafael Elias o Papagaio.

Há aqueles que, ao menos até hoje, malgrado as chances obtidas, não corresponderam à expectativa neles depositada, casos específicos de Luan, Juninho, Michel Bastos  e Deyverson, que se fossem dispensados hoje, não causariam qualquer comoção ou reclamação por parte da torcida.

O resumo da ópera é que o Palmeiras, na gestão Gagliotte, gastou demais, contratou mal, formou um elenco deficiente sem um único batedor de faltas, e essa história da mídia de melhor elenco e coisa e tal é lenda, historinha plantada para que o Palmeiras não se reforce e cumpra uma campanha pífia e sem títulos em 2018.

Sobre Róger Machado creio que seja prematuro qualquer movimento visando a tirá-lo do cargo.

Em meu entendimento o resultado de ontem se não foi o esperado, ao menos não foi ruim, foi bom.

O time, no 1º tempo, teve uma razoável performance até os 15 minutos, embora com pouca objetividade ofensiva e poucos arremates ao gol, embora tendo criado e desperdiçado a maior chance da etapa inicial (cabeçada à queima-roupa de Willian) por um milagre do goleiro adversário.

Sucumbiu, porém, e deixou de ter o domínio do jogo, a partir do momento em que perdeu o meio-campo em face da falta de pernas de Felipe Melo para atacar e defender, da pífia apresentação de Lucas Lima e da má performance de Bruno Henrique, em uma sequência de falhas e omissões que sobrecarregaram e comprometeram o trabalho da defesa, mas isso pouca gente irá reconhecer preferindo criticar Antonio Carlos e Thiago Martins.

Sorte do Palmeiras que os dois lados do campo estiveram povoados o tempo todo porquanto o Palmeiras jogou, sempre, com (no mínimo) o goleiro, os laterais, os zagueiros e um volante no campo de defesa, isto é, com seis jogadores..

Critique quem quiser criticar mas defensivamente o time esteve bem e não fosse a bobeada de Felipe Melo a defesa não teria sofrido o gol de empate. Repararam que o Bota só chegou chutando de média e longa distância ou através de cruzamentos à área?

Vamos ser otimistas e pensar de maneira diversa com que a mídia está tentando nos impor e convencer, haja vista que empatamos fora de casa contra o campeão carioca que, certamente, tomará mais pontos de  muitos de nossos maiores adversários.

FICHA TÉCNICA
BOTAFOGO 1 X 1 PALMEIRAS

Local: Estádio do Engenhão, no Rio de Janeiro
 
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (Fifa) - Fraco disciplinarmente e caseiro. NOTA 6
Assistentes: Guilherme Dias Camilo (Fifa) e Sidmar dos Santos Meurer        NOTA 7

Cartões amarelos:  
Marcinho (BOTAFOGO); 
Diogo Barbosa, Dudu, Felipe Melo e Marcos Rocha (PALMEIRAS)

Público: 8.033 (7.020 pagantes)  Renda: 207.880,00

GOLS
PALMEIRAS: Guerra, aos oito minutos do 2º tempo.
BOTAFOGO:  Igor Rabello, aos 36 minutos do 2º tempo.

BOTAFOGO: Gatito Fernández; Marcinho, Joel Carli, Igor Rabello e Gilson; Rodrigo Lindoso, Bochecha (Maros Vinícius) e Matheus Fernandes (Kieza); Léo Valencia e Leandro Carvalho (Rodrigo Pimpão); Brenner
Técnico: Alberto Valentim

PALMEIRAS: 
Jailson - A magia está acabando. Saiu mal quando do gol do Botafogo. NOTA 6

Marcos Rocha - Cumpriu ordens e só marcou, mas é melhor para atacar. NOTA 6

Antônio Carlos - Excelente no jogo aéreo. Melo e Henrique sobrecarregaram seu trabalho NOTA 7

Thiago Martins - Por imaturidade falhou feio no gol do Bota ao virar as costas para o chutador. Em todo caso, evolui e esteve bem pelo alto - NOTA 5

Diogo Barbosa -  Cumpriu ordens e só marcou sem apoiar. Batido algumas vezes na corrida NOTA 5.

Felipe Melo - Atuação fraca, mal na marcação, excesso de toques laterais, falho na cobertura e no primeiro combate sem nunca apoiar. NOTA 5.

Bruno Henrique - Sumido do jogo atuou excessivamente recuado, Deveria ter saído muito antes. Ele e  Felipe Melo sobrecarregaram a defesa e agora quem paga o pato é Antonio Carlos. NOTA 4.

(Moisés)  - Longe do jogadoraço de 2016. Apenas e tão somente lutou e esteve muito longe de render tudo aquilo que pode e sabe NOTA 4.

Lucas Lima - Assim como Borja está jogando mal posicionado. Róger precisa rever seus conceitos táticos e colocar Lucas Lima à frente dos volantes, apoiando, não atrás deles. NOTA 2  

Keno -  Como sempre, jogou mal posicionado e cumpriu ordens, Ainda assim foi, depois de Dudu, o melhor atacante palmeirense NOTA 7

Willian - É outro jogador sacrificado pelo esquema excessivamente defensivista e mal elaborado para a exploração dos contra-ataques.  Ele é atacante, não é zagueiro. NOTA 4

(Deyverson) - Mostrou espírito de luta e nada mais. Gostaria de estar enganado mas parece-me que Deyverson não tem bola suficiente para atuar no Palmeiras.  Que ele me desminta NOTA 4
  
(Guerra) - Esforçou-se, correu, lutou, fez o time correr mais, fez o gol e foi  a personagem palmeirense no clássico. NOTA 7

Dudu - Melhor no segundo do que no primeiro tempo, foi o autor intelectual da jogada que redundou no belíssimo gol de Guerra. Cai muito de produção quando o time recua mas, ainda assim, a julgarmos pelos seus repentes e improvisos individuais, o coloco na condição de craque do jogo. NOTA 7,5.


Técnico: Roger Machado NOTA 6

Escalou bem, substituiu bem no intervalo ao colocar Guerra no lugar do nulo (hoje) Lucas Lima.
Ele deveria ter sacado, também, Felipe Melo, cuja atuação (hoje) esteve pífia. 
Demorou demais para sacar o escondido Bruno Henrique e quando o fez o porco já houvera atolado. 
Em relação ao esquema tive a impressão de que com a fixação dos laterais e com os mesmos subindo apenas "na boa", ele ajustou a defesa (malgrado as fracas atuações dos volantes de contenção e da falha grotesca de Thiago Martins no lance do gol de empate.  As falhas individuais têm sido a nossa ruína.
Penso que o meio de campo e o ataque sejam mais fáceis de ajustar desde que Róger escolha os melhores entre os quais está Tchê-Tchê que consegue, além de marcar, estabelecer o necessário elo defesa e ataque em um time que, pela estatura diminuta de seus atacantes dificilmente obterá êxito no jogo aéreo.
O ajuste definitivo, na atual conjuntura, só virá se Róger se dispuser a escalar  Edu Dracena.