Observatório Alviverde

05/07/2025

O PALMEIRAS CHEGOU AO FIM DA PICADA!

Um goleiro, excepcional em alguns tipos de lances, porém falho em outros, não pode ser titular em um clube do tamanho, envergadura e responsabilidade do Palmeiras.

A falta de um goleiro completo, daqueles que saibam jogar com os pés e sejam pegadores de pênaltis, já tirou do Palmeiras algumas classificações e alguns títulos. É preciso corrigir isso, i-m-e-d-i-a-t-a-m-e-n-t-e.

O pior de toda essa situação é que o atual goleiro reserva está bem longe de tornar-se a solução do crucial problema que parece não ter mais fim

Viram onde chegaram nos últimos anos Botafogo (ganhou o Brasileiro), Bambis (Ganhou o Paulista) e a gambazada (voltou a ser mediana), times que, até antes de mudar os goleiros, eram perdedores, fraquíssimos, verdadeiros sacos de pancadas? 

Tive o privilégio de viver e conviver com um dos maiores centro-médios (antigamente se falava assim) da história do futebol brasileiro, Danilo Alvim, titular absoluto da Seleção Brasileira na Copa de 50 e ele me dizia isto a propósito de goleiros:

"Quero sempre ter um goleiro que defenda as bolas fáceis. Se possível, que me defenda as difíceis. Longe de mim, porém, querer um goleiro que defenda bolas impossíveis e deixe passar as fáceis."

Ultimamente tem sido assim: Weverton pega as bolas impossíveis mas deixa entrar algumas fáceis. Contra o Chelsea foi assim!

Considerando tudo o que Weverton já fez e a sua boa condição como goleiro, eu não o dispensaria, mas contrataria um goleiro de melhor calibre do que ele, bom de pênaltis e que saiba jogar com os pés.

Para  que eu não me estenda em minha análise quero dizer que Abel entregou o segundo mundial consecutivo do Palmeiras, na medida em que não soube indicar e contratar os reforços necessários para a montagem de um time de primeira grandeza. 

Aliás, no quesito indicar jogadores Abel, sem qualquer exagero, tem sido um zero à esquerda. 

Quem foi o responsável pela aquisição do contundido Paulinho? 

Quem foi o responsável por deixar o Palmeiras fazer o papel de idiota, resolver uma problema grave do Atlético Mineiro e levá-lo à Copa, deixando de contratar jogadores saudáveis? 

Há quanto tempo, neste espaço, eu vinha solicitando a contratação de meias-atacantes e centroavantes? 

Menos mal que Paulinho, com aquele gol no Bota se pagou em termos de $$$, mas parece que tudo vai ficar por aí até que ele faça a cirurgia e volte às atividades de maneira normal.

Não quero citar a condescendência de Abel pela continuidade de Marcos Rocha (FOI um esplêndido lateral, mas não tem mais velocidade) e pela ida desse atleta à Copa. 

Se ele não tinha capacidade de ocupar a posição quando dos jogos, por que, então, viajou?

Cito, também, a bobagem que virou a mania, de Abel não improvisar nas escalações dando preferência, sempre, aos reservas imediatos, ainda que, eventualmente, não sejam as melhores alternativas. Vanderlan tímido e submisso, mostrou hoje que omelete só se pode fazer com ovos! 

E a mania de Abel esperar quinze ou vinte minutos após a volta do intervalo, para mexer na equipe por pior que esteja o quadro? 

Quem não percebe que quando entram os jogadores de fôlego novo, entram com o jogo se encaminhando para quase a metade do tempo final e atuam por menos tempo.

Quero citar, finalmente, (há dezenas de outros aspectos a serem citados  muitos abordados ontem pelos companheiros de OAV) outro detalhe do  jogo que, se não fosse trágico, teria sido cômico.

O Palmeiras, não sei se por medo ou por falta de visão, iniciativa ou personalidade de seu treinador exigiu que seus jogadores atuassem obedecendo os ditames de uma retranca feroz, razão precípua do fracasso alviverde, diga-se de passagem.

Foi assim e aconteceu também N vezes no primeiro tempo dos outros jogos: Tigrinho se apresentava, corria, marcava, tomava a  bola dos adversários e subia em desabalada carreira para o ataque.

Só que o time palmeirense, preocupado -apenas- em marcar não o acompanhava e ele, mesmo com a bola, não tinha nunca para quem cruzar ou passar, restando-lhe o recuo de bola ou o lance individual, os quais ele, invariavelmente, perdia.

Outros assuntos inerentes ao Palmeiras já foram levantados pelos companheiros que me ajudam a fazer este blog e eu me permito, ao final da minha participação dizer mais o seguinte:

O departamento de futebol do Palmeiras e seu respectivo diretor têm capacidade e estofo para estarem à frente de um clube da grandeza do Verdão?

Ou são, apenas, pilotos de teco-teco querendo dirigir "Boeing"? 

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