Observatório Alviverde

05/05/2018

O PALMEIRAS DEVE ENTREGAR O JOGO PARA ELIMINAR O BOCA?



Fosse o futebol um esporte na verdadeira acepção da palavra e eu lhes diria num átimo: NÃO, nem pensar!

Mas em um futebol de rede esgoto, fpf, cbf, tribunais parciais, imprensa tendenciosa e outras camorras, em um futebol  nutrido pelo mais pútrido lixo que um ser humano pode produzir em suas ações...

Em um futebol em que  tudo é manobrado no sentido de atender às demandas de clubes apadrinhados, amadrinhados, protegidos, adrede e infamemente escolhidos para se tornar campeões, eu lhes diria, SIM.

Observem, nem mencionei os arnaldos, pcos, gacibas, rezendes, simons, congêneres e afins, outrora autênticas massas de manobra decisivas dentro do campo, muito bem substituídas, aliás, por novas gerações de assemelhados...

Do mesmo modo, ainda que indiretamente, essa gente continua ainda influindo diretamente nos jogos através de opiniões parcialíssimas, ao mesmo tempo em que concede apoio logístico completo a seus sucessores, compondo uma autêntica tropa de choque via câmeras e microfones...

Para que "o circo da bola" continue, novos palhaços têm de substituir os mais antigos e assim, sucessivamente, "ad-aeternum", isto é, por toda a vida.

É exatamente assim que funciona o circo arbitral para o desencanto, sofrimento e frustração da minoria de homens sérios que, felizmente, ainda compõem a reserva moral deste país grande e bobo.

Fico pasmo diante de tanto desrespeito, de tanta ignomínia, de tanta falta de caráter e de tanta desonra da parte de gente que cultiva chafurdar no lamaçal do mau-caratismo e da ambição desmedida em que "os fins justificam os  meios adotados em quaisquer ocasiões e sob todas as circunstâncias"! 
  
Muitas vezes eu fico me perguntando se vale a pena acompanhar o futebol e torcer para um time que, muito provavelmente, não vai ganhar, mesmo, em tese, sendo melhor do que os outros...

Percebo, então, que o futebol passou das medidas e está completamente envolvido, contaminado por interferências exógenas, alheias ao mínimo de dignidade que deveria pressupor qualquer disputa esportiva.

O que tem ocorrido no futebol brasileiro, sobretudo nas decisões, é como se alguém que fosse para um duelo fraudasse-lhe as regras, descarregando o revólver no adversário antes mesmo da autorização do juiz para a troca de tiros e esse juiz referendasse a fraude e sustentasse que tudo ocorreu dentro das regras e dos parâmetros adredemente combinados.

Essa gente a que me refiri, eles, após anos de serviços prestados ao sistema, perpetradores constantes de erros gritantes que mudaram a sorte de jogos decisivos e o resultado final de tantos campeonatos, como que por reconhecimento dos "bons" trabalhos realizados, foram cooptados pela TV, onde ganharam um prêmio, uma espécie de "plus", uma nova aposentadoria de final de carreira como autênticos guardiões do eternamente, Curica, do Flamengo e respectivas maiorias.

As funções dessas pessoas são exatamente aquelas de admitir e sustentar legalidade àquilo que qualquer pessoa enxerga e sabe que não foi legal, a fim de justificar o injustificável dentro dos campos, como que convalidando as fraudes arbitrais.

Na verdade querem nos convencer, de forma contrária à lógica, à razão e a tudo aquilo que os nossos olhos enxergam e eles (pretensiosos ou estúpidos, talvez as duas opções) creem que estamos todos enganados ou não estamos enxergando absolutamente nada.

Em suma, diante de tanta aberração, clube algum, dirigente algum (nem os bem-intencionados dirigentes do Palmeiras)  devem colocar o clube como a palmatória do mundo no que diga respeito a uma, digamos, facilitação para que o Júnior permaneça na Liberta e o Boca seja eliminado.

Se houver necessidade que o Palmeiras faça e que sejam revogadas as disposições contrárias. O Palmeiras, em campo, fez por merecer gozar de semelhante regalia.
Ou o Boca, em caso contrário, não o faria?

Vou dizer, agora, uma frase que não está nos livros e que nenhum jornalista entre as dezenas que vi, li, ouvi e interpretei teve vislumbre para enxergar e nem foi capaz de dizer. 

O futebol que o Palmeiras disputa não é amador, é profissional. 

A Libertadores é uma competição profissional, decisiva para a conquista do mundial de clubes, quem por sua vez, é meta, objetivo, e, como se diz mais modernamente,  "target" (alvo) de qualquer clube de primeira grandeza como o Verdão.

A finalidade do Palmeiras na competição é conquistar um título, do qual depende para, simplesmente, o seguinte: 
1) encher sua arena mediante ingressos caros, (não gosto disto!)
2) vender suas quotas de sócio-torcedor, 
3) vender cada vez mais seu material esportivo,
4) aumentar o valor dos patrocínios no uniforme, 
5) embolsar a maior cota financeira da competição, aquela destinada ao campeão,
6) aumentar a sua quota de televisamento de transmissões de TV.
 e tantas outras coisas mais...

Isto, vou repetir novamente, tem nome: futebol profissional e envolve responsabilidades sobretudo as financeiras, haja vista o elevado custo de um título.

Então, se para obter o título o Palmeiras tiver de entregar um jogo que tire um adversário da parada por considerar que isto o facilita na empreitada, deve fazê-lo, tranquilamente, de consciência leve e solta, sem arrependimento ou remorsos.

Repto:
"qualquer, entre os 20 clubes que disputam o Brasileiro que, nesse aspecto, estiver sem pecado, que atire a primeira pedra!" 

Ninguém mais do que eu cultiva o exercício constante da ética mas no caso em epígrafe não se trata de nenhum problema ou situação que a envolva e nem se constitui em defeito que um clube busque, sempre, o melhor caminho para o seu objetivo em qualquer competição.

A tradução literal da palavra "fair-play", tão difundida mas tão desrespeitada é "jogo justo". 

Antes de ser justo com os outros, o Palmeiras terá de ser justo com sua torcida e por mera questão de coerência, tem de ser justo principalmente, consigo mesmo!

Se ao perder para o Júnior de Barranquilla consegue tirar do caminho um adversário emblemático, uma espécie de Corinthians argentino, isto é, um time acostumado a ganhar à base da imposição da violência em campo, da pressão ameaçadora sobre os adversários ou, principalmente, em razão do auxílio luxuoso de árbitros covardes, o Palmeiras deve fazê-lo.

Como se trata de uma tomada de posição drástica, esse é um assunto que tem de ser resolvido em sigilo lá na cumeeira pela diretoria e pelo técnico com extremo cuidado e discrição, posto que pode resultar num escândalo.

De melhor alvitre seria não comunicar nada a nenhum atleta e o técnico, simplesmente, escalar o pior time possível com a inclusão, até, de jogadores da base. 

Repito, não há que se falar em entrega numa circunstância como essa que lembra o recuo de um general em batalha para contra-atacar com mais força colimando a vitória.

Estivesse o Palmeiras prestes a se classificar ou ser rebaixado, vocês acham mesmo que os bambis e os curicas fariam qualquer esforço para dar ao Verdão a classificação ou tirá-lo de um rebaixamento?

Fariam como o Santos fez, ganhando do Vitória em Salvador? Paulo Nobre sabe a que custo!

Prefiro que o Palmeiras vença a tudo e a todos e que vá para a cabeceira da Libertadores pelos meios normais, com ética e dignidade.

Mas, se precisar entregar um jogo (só faz isto quem pode e o Palmeiras, neste momento, pode) para brigar de forma mais cômoda e menos difícil pelo título, eu não vou aplaudir, mas, irei, sim entender, compreender e (dependendo das circunstâncias) aprovar.

PS- O termo dependendo das circunstâncias foi acrescentado agora, sábado, 05, às 16 H, para a melhor compreensão do texto> (AD)

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