Observatório Alviverde

14/12/2018

OU SERÁ QUE A CRÔNICA ESPORTIVA BRASILEIRA É A ÚNICA DO MUNDO QUE ESTÁ CERTA?



Estamos há bem  pouco tempo tempo do encerramento do ano esportivo de 2018.

Foi, reconheça-se, um ano muito bom para o Palmeiras mas que poderia ter sido ainda melhor, não houvesse o verdão sido operado (sem anestesia) pela FPF, na final do Campeonato Paulista.

Quem perpetrou a infâmia foi um árbitro subserviente, vassalo, mero cumpridor de órdens "aparecido" de repente, em ajuste e conluio a própria FPF. 

Foi um desrespeito, uma infâmia, um menosprezo, uma vergonha, fatores nauseabundos porém aprovados equivocada e criminosamente pela maior parte da mídia, à qual, visível e definitivamente, não interessava o Palmeiras campeão ! Deu no que deu e a mídia, a respeito do assunto, emudeceu.
 
Da mesma forma, há que se registrar o imensurável prejuízo alviverde no primeiro jogo da semifinal da Copa do Brasil contra o Cruzeiro, perpetrado por um árbitro incompetente que a CBF conseguiu recrutar no mais ignoto interior do Brasil, objetivando a  o serviço.

E recrutou lá nas entranhas do Mato-Grosso do Sul, estado que desde a dissolução do Operário de Campo Grande de Irineu Farina, pode-se dizer que nunca mais existiu com destaque no cenário esportivo brasileiro.

Mas deu pra notar que entre os cronistas esportivos (ô classezinha conveniente, ressalvado um ou outro "gato pingado), ninguém mais fala dos dois escândalos perpetrados contra o Verdão,  (o do Curica no Paulistinha e o do Cruzeiro, na Copa do Brasil), jamais mencionados?

Por que que esses "cronistas restritos e exclusivos às análises de situações que apenas a eles lhes interessam", nunca mais tocaram ou voltaram sequer a tocar nesses assuntos, razões precípuas dos prejuízos perpetrados contra o melhor time em atividade, hoje, no Brasil, o Palmeiras?

Já imaginaram o protesto e os discursos que estariam fazendo até hoje (com mínimas exceções), houvessem sido os decadentes bambis e gambás ou até as anêmicas sereias, os prejudicados?

Voltando ao assunto mudança de plano e da fórmula de disputa com o estabelecimento de um novo padrão de campeonato para o Brasileirão, percebam o seguinte:

Os caras que até já lançaram o assunto ao público, são os mesmos (a maioria absoluta deles) que já entenderam e se convenceram que, na base dos pontos corridos, em que as competições permitem recuperações, recomposições e constantes volta ao páreo, serão necessários erros arbitrais no atacado para proteger os times que ela, a crônica e a própria CBF querem ver campeãs!

Da mesma forma, deu para reparar que, toda a vez em que o Palmeiras vence ou conquista uma competição mais importante eles não se conformam e partem, i-m-e-d-i-a-t-a-m-e-n-t-e, para campanhas revolucionário-radicais de mudanças de paradigma e padrão?

Isto explica porquê que a "campanha" pelo retorno dos "mata-matas" retornou, recrudesceu, tem sido uma pauta constante nos noticiários esportivos e mostrada e comentada com insistência nos programas televisivos. 

Notem que os caras, ora preocupadíssimos com o fato de o Palmeiras ter chegado duas vezes ao título em três anos (só não chegou três por influência negativa dos árbitros em 2017 e da depressão de Cuca) estão tão envolvidos nisso que se esquecem dos temas verdadeiramente importantes que deveriam nortear o noticiário e os programas nesta nova quadra em que vivemos.

Mas quem é que não sabe porquê e a mando de quem já estão começando a introduzir essa ideia, a qual eu vou logo alcunhando, sem o menor receio de errar ou de ser injusto, de " ideia de jerico"!

Voltar o Brasileirão ao status anterior seria -reconheço- até um pouco mais rentável e prazeroso, mas, do ponto de vista técnico, é um retrocesso de proporções inimagináveis o regresso a um passado completamente ultrapassado e demodê.

Só jornalistas parciais, os bobalhões, os inconsequentes e os desinformados ( se não forem alguns que fingem que são tudo e trabalham em prol das causas que defendem), advogam a furadíssima tese a qual, em última análise,  não tem o menor poder ou a capacidade suficiente para apontar o melhor time de uma temporada.

A chamada "morte súbita" só informa, esclarece, explica e justifica o "campeão do tempo e da hora da decisão", sem levar em consideração a trajetória de jogos disputados até ali.

Como todos os amigos que acompanham esta matéria podem depreender, as decisões em situações nas quais os campeonatos têm esse formato, só prejudicam mesmo os times que, como o  Palmeiras, não têm bom trânsito junto às Federações e à CBF. 
(lembrem-se, repito, dos recentes Palmeiras x Curica pelo Paulistão e Verdão x Cruzeiro pela Copa do Brasil, 1º jogo).

Em campeonatos mais longos, aqueles que exigem dos clubes uma media de produtividade para vencê-lo (caso do atual Brasileirão), para que se apure um verdadeiro campeão e para que não haja injustiças, nada substitui um bom Brasileirão por pontos corridos.

É assim que funciona (funciona mesmo!) em 99,9 % dos países do mundo já há largos e longos anos.

Ou será que a (em parte) desacreditada crônica esportiva brasileira é a única que está certa?

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PS - Quem quiser abordar o assunto das contratações em vez do tema sugerido, por favor, sinta-se à vontade! (AD)