Observatório Alviverde

21/10/2019

NOTA ZERO PARA O EMPÍRICO MANO MENEZES, O GRANDE RESPONSÁVEL PELO FRACASSADO EMPATE DE ONTEM EM CURITIBA!!!


Sempre ouvi dizer que enquanto há vida há esperança. 

Com base nesse axioma, eu, que acredito piamente nele, só desisto do título do Brasileirão quando a matemática me provar que estão esgotadas todas as possibilidades de obtê-lo.

Digo isso porque, no que respeita à rodada de ontem, considerando a simulação que fiz do desfecho do campeonato, errei apenas ao prever o triunfo palmeirense sobre o Athlético.

Considerei que o Verdão passaria pelos paranaenses, tanto e quanto o Fla venceria o Flu. O Flamengo venceu, sim, mas, como previ, não com a folga e a facilidade que a mídia esperava.

Sei, perfeitamente, que a missão do Palmeiras -agora- tornou-se (quase) impossível e que as possibilidades de vencer o Brasileiro são mínimas e restringem-se à matemática. 

Convém então que se diga, que o campeonato do Palmeiras a partir de ontem, noves fora o improvável título, é a afirmação da classificação para a Libertadores/20.

São mais onze rodadas a ser cumpridas e, do jeito que o time vem se comportando, será preciso muita firmeza, determinação e, sobretudo, disposição, para que o Palmeiras chegue lá sem a necessidade de disputar a pré-libertadores.

Ontem, se eu tivesse de apontar um responsável pelo mau resultado contra o Athlético, sem qualquer dúvida, hesitação ou titubeio, apontaria o meu dedo indicador para Mano Menezes.

Mano que, no Palmeiras, tem se revelado ao menos até agora, apenas e tão somente um empírico, uma espécie de professor pardal, sacou inexplicavelmente do time, de uma hora para outra, o eficiente lateral Marcos Rocha, substituindo-o pelo o veterano Jean, jogador lento e sem capacidade de recuperação, incapaz de substituir à altura o atleta campeão em desarmes deste Brasileiro. 

Resultado: o gol do Athlético e noventa por cento de suas jogadas ofensivas nasceram pelo lado direito da defesa palmeirense, como vinha ocorrendo anteriormente, mas por outros motivos.

Da mesma forma, Mano também sacou o melhor meia com quem podia contar, Scarpa, sob a alegação de, assim como Rocha, estar esgotado fisicamente. Teria sido por isto mesmo?

Definitivamente, não critico tanto os jogadores pelo mau resultado de ontem. Todos, de um modo geral, se empenharam do início ao final do jogo e deram tudo de si.

É importante ressalvar que sofreram as consequências de um sistema tático arcaico, previsível, perverso, vulnerável defensivamente, desprovido de qualquer senso de profundidade, montado e adotado erroneamente por Mano. Por muito menos Mattos enxotou -covardemente- Felipão!

Confirmando o que observei, basta que se diga que Weverton, sem culpa no gol sofrido e o melhor do time, foi exigido do início ao final do jogo, tendo operado ótimas defesas.

Poupar dois atletas fundamentais (Marcos Rocha e Scarpa), devidamente entrosados com o time, para mim foi um erro mais do que palmar, cavalar, cetáceo ou paquidérmico -escolham o tamanho-  de Mano Menezes.

Poupá-los por quê e para quê se o Palmeiras tinha a necessidade premente e imperiosa de vencer e, a esta altura, só tinha mesmo de se preocupar com o Brasileiro? 

De mais a mais, o banco de reservas existe com que finalidade?  

Custava ter começado com Rocha e Scarpa e à medida que cansassem fossem substituídos?

Ou, da mesma forma, tê-los no banco para entrar e decidir depois com eles, jogadores acima da média?

Ou os problemas não foram esses de poupar mas outros que estão e ficarão guardados a sete chaves?

Na situação em que o time estava, carente e dependente da vitória, como é que Mano pôde tirar do time alguém  agudo e talentoso como Scarpa?

Um jogador que mesmo sem render o que rendia no Flu, seria capaz de definir o jogo em uma bola, fosse através de um chute, de uma cobrança de falta, de uma cobrança de corner, de um improviso em dribles ou coisa assim?

Ainda mais para colocar em campo o desastrado Zé Rafael que até começou bem a sua trajetória no Palmeiras, mas, depois, revelou-se completamente despersonalizado, tosco e sem habilidades, um verdadeiro grosso, totalmente inútil em campo?

Vou além.

Zé Rafael por incúria, falta de interesse e negligência enterrou o time, deixando Cirino livre para cabecear e assinalar o gol do Athlético. 

Ele sequer esboçou postura de marcação a um jogador que estava sob sua guarda e responsabilidade no momento em que a bola foi alçada à área.  

Como um profissional regiamente pago pode cometer um erro tão elementar de omissão de marcação?

Como justificar a ausência de Marcos Rocha, atleta jovem e cheio de vigor que, sou convicto disto, gostaria de entrar no jogo? 

Rocha estava cansado, exaurido e sem condição física? A culpa é de Mano, sim senhor. Explico porquê.

Este blog (voltem às postagens anteriores os que duvidam do que relato) falou várias vezes do buraco enorme existente pelo lado direito da defesa palmeirense, ao qual chamávamos de verdadeiro latifúndio, ampliando e restringindo a um só tempo o trabalho de Rocha.

Como o senhor Bruno Henrique não cumpre (há tempos) o trabalho de cobertura pelo lado direito da defesa, Rocha ficava com a sua área de atuação ampliada e tinha que marcar constantemente dois ou três adversários (em largo espaço) que, invariavelmente, caiam pelo seu setor. 

Da mesma forma provocava a ira da torcida que o acusava de apoiar pouco o ataque, sem perceber que havia restrições e limitações para que ele exercesse essa tarefa. Preferentemente, ele tinha de marcar!

Tem que se esgotar mesmo, né? Mas cadê que Mano tomou as providências devidas para tapar o buraco, ainda que fosse sacando Bruno Henrique? Bruno Henrique, por acaso, é intocável?

Meus amigos, é importantíssimo o que estou dizendo porque até Dudu, talvez com pena da situação de Rocha, recuava às vezes para ajudar na marcação deixando de decidir o jogo lá na frente, a sua especialidade. 

Da mesma forma, quando Marcos Rocha desamparado por Bruno Henrique saia para o combate, obrigava Gómes a cobri-lo.

Como Gómes saia da área, Vitor Hugo saia de seu setor para cobrir Gómes e Diogo Barbosa deixava sua posição para cobrir Vitor Hugo.

Mas não foi exatamente por tudo isso que aconteceu o gol do Athlético? 

Foi uma sequência de saídas para que um cobrisse o outro, culminando com o desinteresse de Zé Rafael em cercar Cirino.

Num jogo como o de ontem em que, mesmo com os principais jogadores seria difícil, imaginem como ficaram as coisas a partir da escalação de atletas que não jogavam há tanto tempo e que voltavam ao time simplesmente porque havia jogadores tidos como esfalfados? 

Mas não era isto que este blogueiro e a maioria absoluta dos bloguistas deste OAV cobrávamos de Felipão que promovia o tal rodízio para agradar todo o grupo? Mano, nesse aspecto, está conseguindo ser pior que Felipão. 

Além de tudo o que dissemos, Mano, ontem, foi formal, tradicional e óbvio nas substituições.

Ao invés de mandar o time pra frente alterar o modo de jogar e tentar algo diferente para ganhar o jogo, realizou alterações previsíveis, corriqueiras e sem a menor inventividade, completamente incapazes de fazer com que o Palmeiras viesse atingir esse objetivo.

As entradas de Lucas Lima e Rafael Veiga não acrescentaram absolutamente nada ao time sob qualquer ponto de vista, fosse técnico, tático ou físico. 

Pelo contrário a entrada de Rafael Veiga (jogador comum e sem a menor criatividade), no lugar de William foi o corolário da completa falta de inspiração e de conhecimento de elenco do novo técnico palmeirense.

Por que, por exemplo, ele não tirou Deyverson apesar do esforço e da razoável atuação e colocou William como centro avante, fazendo entrar, então um meia de sua preferência?


Isso tudo me faz enxergar Mano como uma espécie Felipão mais moderno, mais educado e mais articulado, mas muito longe da sabedoria, da liderança, da esperteza, da astúcia, da experiência, da malandragem (no melhor sentido da palavra), e, sobretudo, da capacidade que caracterizam o perfil profissional de Scolari. 

No ensejo do encerramento desta postagem quero registrar o pensamento de meu irmão acerca de tudo o que estamos analisando.

Ele diz que o Palmeiras tem de tratar de garantir a sua vaga na Libertadores e reconhecer que se o Flamengo for o campeão havemos, todos, de respeitar o melhor time...

E, enquanto isso, o maior de todos os responsáveis por essa mixórdia continua na Europa certamente fugindo das demandas e responsabilidades que o cargo lhe impõe no momento mais decisivo da vida do clube neste ano de 2019. (AD)

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