OS EQUÍVOCOS DE FELIPÃO!
Muitos não vão concordar com o que penso e até dirão que me comporto como um comentarista de resultado pelas críticas que farei a Felipão.
Não, não é por aí.
Eu seria, sim, um incoerente, se elogiasse, hoje, a filosofia de nosso treinador, absolutamente equivocada, ao mudar a posição marcada no sábado e colocar um time misto para o jogo decisivo contra a Ponte.
Começo dizendo que Felipão imitou Luxemburgo, que foi quem introduziu essa artimanha inútil, essa estratégia idiota, essa estúpida frescura de poupar não apenas jogadores, mas times inteiros em determinadas circunstâncias de jogos e de torneios, desnecessariamente.
Após anunciar a presença de quase todos os titulares, Felipão mandou a campo um time misto, cometendo suicídio, um verdadeiro harakiri à brasileira, pois ele conhece, perfeitamente, a extrema limitação de seus reservas, como também conhece a tradição e o potencial da “macaca” campineira
Consequência 1: o Palmeiras perdeu o jogo para a Ponte e a liderança para os bambis. Lamentável!
Consequência 2: o Palmeiras interrompeu a série invicta de 15 jogos e perde a possibilidade de superar o recorde do time de 1999. Uma pena!
Consequência 3: o Palmeiras se desgasta moralmente, fiel ao roteiro costumeiro de fracassos e ao rotineiro rótulo de amarelar nas decisões. Chega disso!
Consequência 4: o Palmeiras deu motivos para que a imprensa voltassse a campanha de desgaste e solapamento. (leim as manchetes da Gazeta Esportiva Net) e concluam. Era preciso?
Consequência 5: a torcida segue a sua sina de frustrações e começa a perder novamente a confiança no sucesso da equipe neste Paulistão. Até quando?
Até quando, meus amigos, continuaremos sofrendo tantas decepções?
Não, não me venham dourar a pílula com essa conversa de que Felipão, estrategicamente, optou pela derrota para não enfrentar a Portuguesa.
A lusa esteve sempre longe da classificação e só conseguiu chegar ao octogonal ao final de seu jogo contra o São Bernardo. Isso é lenda!
A perda desse jogo para a Ponte, alegue Felipão o que alegar, foi uma ducha de água fria no entusiasmo da “Leal” torcida verde.
Deixa marcas na torcida e em boa parte do elenco, principalmente entre os menos experientes.
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HÁ MALES QUE VÊM PRA BEM!
Apesar da falta de visão e da insensibilidade de nosso treinador, o segundo lugar acabou se encaixando até melhor do que se fossemos os campeões da fase classificatória.
Em um primeiro momento, está tudo ótimo. Senão, vejamos!
Ficamos livres dos perigos de uma confrontação com a Portuguesa, um jogo que, apesar da nova órdem e das circunstâncias atuais do futebol paulista, segue sendo um clássico e os clássicos são sempre muito mais difíceis.
Fosse o São Caetano ou o Paulista o time classificado, o gráu de dificuldade não dimuiria, mas quem ficou na pior foram os bambis.
Eles terão muito trabalho, com apito amigo, pressão e todo o arsenal de maldades e irregularidade que utilizam normalmente em decisões, para derrotar a Lusa de Jorginho!
De todas as equipes ditas menores, todas difíceis, bem armadas e bem estruturadas, parece-me que o Palmeiras acabou ficando com o adversário mais ao feitio de seu modo de jogar, o Mirassol.
Embora um adversário difícil e complicado, entre todos não poderia haver nenhum mais favorável, considerando-se que o jogo será fora de Mirassol em estádio indicado pelo Palmeiras.
Ademais, nossa sequência fará com que enfrentemos, se a lógica prevalecer, possivelmente, os gambás na semifinal.
Com o time que têm, será, teoricamente, menos difícil derrotá-los do que o Santos ou os bambis, que disputam o outro chaveamento e que, possivelmente, também vão se enfrentar nas semifinais, um matando o outro.
Até aí, tudo bem! Temos todas as condições de vencer.
Tudo isso, como eu disse nos primeiros parágrafos, em um primeiro momento.
Nossas chances crescem um pouco por causa do mando de campo, que significa a escolha do estádio em que serão disputados os dois primeiros jogos pressupondo-se a presença maior da LEAL torcida do que a dos adversários, já que o Palmeiras é o mandante.
Mas, eu pergunto, e se formos a uma final com as bibas e tivermos de jogar no Panetone enfrentando as pressões, as armadilhas, as safadezas e as arbitragens?
Aí é que entra o segundo momento, decisivo e fatal!
Espero que a entrega de hoje não nos tire o almejado título!
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TÓPICOS:
* Tinga vai revelando a cada jogo, a cada nova oportunidade que recebe de Felipão que seu lugar no time está no banco de reservas. Chega de maus dribladores, de enfeitadores e de condutores de bola.
**O grupo de jogadores do Palmeiras parece que não gosta de Pardalzinho. O que me leva a esse raciocínio é o fato de ninguém passar-lhe a bola. Quando passam, nenhuma chega redonda, só caixa de sapato. Devagarinho estão queimando o jovem e promissor atacante que veio de Goiás que é um ponta à antiga que encara os beques, dribla e cruza muito bem. Anotem aí: os jogadores que mandam no time, Kléber e outros, tá mais na cara do que bigode, não querem deixar o goiano aparecer. Parece que o têm como um concorrente perigoso por sua enorme habilidade. Pardalzinho, se Felipão não tomar uma providência, será queimado e esturricado no Palmeiras.
***Chico, hoje, não passou de um chico. É sempre assim: os bambis vão ao Paraná, buscam Borges e nós trazemos Cristian. Os bambis contratam Rodolfo e nós contramos Chico. Até quando?
****E os críticos de Márcio Araújo, idiotas que pululam em nossa torcida? Viram o que vira o time sem ele? Fica sem força defensiva, desarticulado, vulnerável pelo lado direito do campo, sem saída de bola e apoio ao ataque pelo meio. Araújo, disparadamente, é, hoje, o melhor volante do futebol brasileiro. Só os imbecis que querem grandes nomes não o aceitam e nem querem entender isso. Anotem de novo: Pierre e Araújo vão compor a nova dupla de volantes titulares do Palmeiras tão logo Pierre esteja em condições de jogo.
*****Falam maravilhas de Vinicius, mas, até hoje, o jovem não decolou. É claro que tenho paciência de sobra para esperar que esse jovem desabroche e deslanche. Entretanto, pelas amostras colhidas de seu repertório, hoje, inclusive, parece-me um jogador óbvio, sem ginga, sem drible, sem criatividade, pouco ousado para ser um centro-avante, sem imaginação e absolutamente burocrático. Como os nossos dirigentes se encantam com esse tipo de jogador! Em todo o caso, vou esperar mais um pouco, torcendo para que eu esteja errado. Mas é decepcionante ver Gilsinho e toda aquela equipe da Copa São Paulo do ano retrasado, todos de um potencial superior ao de Vinicius, irem mofando, encostados no Palmeiras B assim como ocorreu com Elias, Bruno César e tantos outros jovens promissores e muito bons de bola que o Palmeiras não sabe aproveitar.(AD)
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