Observatório Alviverde

01/09/2014

JAIR PICERNI, UM LUXEMBURGO SEM GRIFE, (ainda) É O CARA!






 Jair Picerni ainda tem fôlego, idade e saúde para fazer um grande trabalho no Palmeiras!

Este OAV partiu na frente e foi o primeiro espaço em toda a mídia palestrina a pedir abertamente, escancaradamente, como é de nosso feitio, a saída de Gareca, desde a humilhante derrota para o Sport em Recife por 1 x 2, menos pelo resultado, mas pelo pífio rendimento do time.

Foi o momento em que, pela nossa experiência de 40 anos como cronista esportivo, constatamos e comprovamos a ineficácia de Gareca, pois estava muito claro e era líquido e certo, que ele não tinha mais condições de dar sequência ao seu fraquíssimo trabalho no Palmeiras.

Agora que o argentino, -que detestava a cor verde- acertadamente, foi demitido (Boa, Nobre, parabéns!) digo-lhes que, fosse em outras circunstâncias e o Palmeiras não estivesse sob a terrível  ameaça de um  terceiro rebaixamento, eu continuaria e persistiria com El Flaco até onde fosse possível. 

O limite, porém, nas circunstâncias atuais vividas pelo clube, havia se esgotado! Completamente! 

Aliás, embora decorridas duas semanas a mais, em relação ao lapso de tempo considerado por mim como limite, ainda há tempo para que, quem quer que chegue, possa escolher o grupo, definir prioridades e titularidades, (este aspecto é importantíssimo), detonar as falsas prioridades e personalidades, preparar psicologicamente o time e partir para a recuperação.

Por  mais simpatia que se tivesse, sim, pela filosofia de Gareca, (eu tinha muita) não dava mais para que se esperasse nem um pouco por sua recuperação que seria a própria recuperação de um time e de um elenco sobre os quais ele nunca se impôs, completamente. 

A demissão de El Flaco era a única saída -não havia outra- de que dispunha o Palmeiras para sair do marasmo, do mau rendimento, da ameaça real e palpável de rebaixamento e voltar ao caminho da normalidade, em consonância com sua grandeza de grande potência do futebol brasileiro.

Não quero, entretanto, eu que fui, por princípio, por conhecimento de causa e por convicção, nos primórdios da contratação, contrário à vinda de Gareca (aconselhei e sugeri contratarem Luxa), censurar a diretoria por ter contratado um argentino! Soaria, até, como discriminação!

Entretanto, faço questão de deixar claro que a sua contratação, malgrado o espaço de tempo de preparo latifundiário (mais de um mês) proporcionado pela Copa, foi um erro, acima de tudo, temporal, em razão da época em que aconteceu. 

Gareca deveria ter chegado ao Palmeiras em dezembro do ano passado, como este blog, outros e a própria torcida reivindicaram, tempestivamente, mas não foram atendidos!

Faltaram aos nossos dirigentes raciocínio e, principalmente, tirocínio, pois era elementar que, por melhor e mais experiente que fosse o profissional contratado, Gareca, além da natural barreira idiomática que o impediria de uma interação total com o elenco,  tinha de, primeiro,  adaptar-se a São Paulo e ao Brasil, antes mesmo de adaptar-se ao futebol brasileiro.

Por isso que propugnei que El Flaco só assumisse, definitivamente, o time depois da Copa, aspecto que, efetivamente, ocorreu, mas que revelou-se, per si, como ficou provado, insuficiente! 

Ficou claro e evidente que a situação requeria muito mais tempo para que o técnico, cuja personalidade é introspectiva e tímida, viesse a vingar. Não vingou!

Agora começa a dança dos nomes e um dos primeiros que desponta é o de nosso ex-volante Dorival Júnior, o primeiro que eu NÃO contrataria!

E não o contrataria em função de sua personalidade débil, semelhante a de Gareca, tanto e quanto os seu fracassos recentes no Galo Mineiro, no Santos e os rebaixamentos de Flu e Vasco, no mesmo ano,  clubes nos quais ele não deixou saudades!

Adianto que o nome de minha preferência é Tite, seguramente o melhor da atualidade entre todos os que militam no Brasil! 

Tite foi expulso do Palmeiras por tentar barrar um veterano, politicamente muito forte mas, que, em campo, pouco ou nada produzia, o então ex-ídolo Edmundo, que, à época, realizou um trabalho de sapa junto ao então diretor Salvador Hugo Palaia para sobreviver no elenco, permanecer no time e  dispensar o treinador, que, certamente, o dispensaria.

Para precipitar e facilitar a saída de Tite, Palaia, por sua vez, concedeu entrevistas fortes contra o treinador e, (dizem) acionou os "tontons macoutes" das organizadas!

Tite, então, foi execrado, amealçado, massacrado e humilhado, em outra ação nefasta e irresponsável daqueles que, tradicionalmente, envenenam o ambiente no Palmeiras a serviço, se sabe, muito bem, de quem.

Vocês se lembram que Palaia, em entrevistas concedidas em Recife, a fim de atender os interesses de, (na época) um ex-jogador na ativa, Edmundo (Como pôde a Band contratar semelhante personalidade para comentarista?) mandou Tite calar a boca? 

Vocês se esqueceram que Tite, desassombradamente, corajosamente, pediu demissão, voltou de Recife e desembarcou sozinho em Guarulhos sob uma chuva de ovos, de cebolas, de tomates e de outros frutos e vegetais, desferida por idiotas inconsequentes das organizadas que não sabem nem porquê a bola rola? 

Depois, no Cu-ríntia, Tite fez tudo o que fez e conquistou o mundo! Poderia ter sido pelo Palmeiras, mas as apedêutas das organizadas, como de costume, outra vez, não deixaram e remeteram a competência e a sorte para o outro lado da cidade!

Principalmente por isso, esqueçam de Tite! 

Não julgo impossível que ele topasse a parada, haja vista que ele tem caráter, tem nível intelectual, tem personalidade, gosta de desafios e, acima de tudo é um profissional aplicado, competente e esclarecido! Apesar de todas essas credenciais, imagino que, ao menos neste momento,  Tite não viria.

Não por rejeitar o desafio, mas porque ele (não sem justa razão) não vai querer seccionar a sua identificação com o nosso maior adversário, em razão de tudo o que Edmundo, Salvador Palaia e alguns bárbaros amestrados que se dizem palmeirenses, lhe fizeram em passado recente. 

Além disso, pediria dois caminhões da "Brinks" carregados de dinheiro para firmar um compromisso! Para mim, Tite é uma contratação descartada, sequer, cogitada!

Para resumir, posto que considero que necessitamos de um  técnico que encarne uma liderança sólida e que possa se impor sobre um elenco viciado e vicioso, eu contrataria alguém com pulso firme e de personalidade impositiva!

Alguém que conseguisse extrair um pouco mais de "extrato de bola" de um elenco que, se não é a oitava maravilha do mundo, é parelha em relação a 60% daqueles envolvidos no Brasileirão.

Além disso, com o "plus" da escalação de Valdívia (como nos fez falta um meia criativo que o deficiente visual Gareca não soube indicar) tem capacidade suficiente para brigar, em condições de vencer, com qualquer  time da parte de frente da tabela. 

Dentro desse prisma, eu aceitaria (fique claro, apenas em caráter emergencial e com demissão antecipada para o final do Brasileiro),  até o intragável Émerson Leão.

Entretanto, sou convicto de que há um nome (alguém de 68 anos e gozando de excelente saúde) que teria de ser considerado, em razão de, como define meu irmão, tratar-se de "um Luxemburgo sem grife".

Sem mais delongas, o homem talhado para tirar o Palmeiras desta situação, promover uma radical limpeza nesse elenco de tantas "igrejinhas" , grupelhos, e, agora, por mal dos pecados de Nobre e Brunoro, mantenedor, até, de uma grei de  argentinos, herança e lembrança que nos impõe por um bom tempo o demitido Gareca, chama-se Jair Picerni.

Como se não bastasse ser Jair um grande palmeirense, tem, no sangue e no DNA, a característica de valorar e prestigiar os jogadores da base, justamente a única faceta positiva evidenciada por Gareca, em sua curta permanência como técnico do Palmeiras.

QUAL SERIA O TÉCNICO QUE VOCÊ INDICARIA PARA, NESTA FASE DIFÍCIL E COMPLICADA, DIRIGIR O NOSSO VERSÃO!

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Nota: Não sou ligado por laços ´profissionais, parentescos ou de amizade a Jair Picerni e nem a nenhum técnico entre aqueles citados no blog! Entendo que, neste momento, não existe, no Brasil, entre os técnicos disponíveis, nenhum nome melhor que o de Jair!