O Palmeiras selou sua classificação para a sequência da Libertadores, goleando o Táchira por 4 x 1.
Invicto e com inúmeros recordes batidos, o Verdão, para o desespero da mídia inimiga, vai decidir todos jogos, a partir das oitavas de final da Libertadores em pleno Allianz Parque.
Muita gente não atribui valor ao fato de o jogo decisivo ser em casa, alegando que quem tem time ganha em qualquer lugar. Não é bem assim!
Sei, perfeitamente, que as decisões em casa podem, algumas vezes, levar o time mandante à derrota, mas, verdade seja dita, na esmagadora maioria dos jogos, quem joga em casa fica mais perto da vitória e passa o "handicap" para o adversário.
O Palmeiras, ontem, contra o Táchira, entrou em campo aceso e prevenido com a escalação do melhor time possível por parte da comissão técnica comandada por Abel Ferreira.
Técnico e jogadores queriam quebrar todos os recordes sul-americanos da Libertadores, e, ao mesmo tempo, guardar forças para o clássico de domingo na Vila Belmiro contra o Santos.
Talvez por isto que o time jogou apenas 60% do que sabe e pode, sem aplicação total, sem a desenvoltura costumeira e sem a gana de demolir o rival e sem o desembaraço e a alegria com que está acostumado a atuar.
Ainda assim, o Palmeiras aniquilou completamente o adversário fazendo 2 x 0 em apenas 20 minutos, através de um gol de falta e outro de pênalti, ambos cobrados por Scarpa, sendo que a falta foi convertida em razão da falha do goleiro venezuelano que tomou um frangaço deixando que a bola passasse bem no meio de suas pernas.
De qualquer forma, na volta para o 2º tempo, o Táchira deu um susto no Palmeiras quando Gutierrez fez 1 x 2, mas o Verdão recuperou-se a tempo e voltou a marcar aos 11 minutos (de pênalti) com Scarpa e se tranquilizou, continuando a tocar a bola o máximo tempo possível e obedecendo a lei do menor esforço.
As cifras finais do marcador foram escritas aos 22 do 2º tempo em outro pênalti cometido sobre Breno Lopes que acabara de entrar, convertido outra vez por Scarpa de maneira categórica.
Ao fim de tudo, um coisa tem de ser dita: A vitória palmeirense foi justa, mas o placar elástico, a goleada, não!
O Palmeiras, repito, mereceu vencer, mas nunca por 4 x 1. 2 x 0 refletiria melhor a verdade do jogo.
Weverton, em meu entendimento, foi, a um só tempo, o melhor em campo e o craque do jogo, realizando três ou quatro intervenções dificílimas em que salvou o Palmeiras e garantiu o resultado.
Perceberam porque eu disse que 4 x 1 foi um placar demasiadamente elástico e injusto para o time visitante?
Quero enfatizar novamente para que fique bem claro.A injustiça a que me refiro, não diz respeito à condição de o Palmeiras ter sido o vencedor, porque o Verdão, esteve melhor, foi melhor e mereceu vencer.
Diz respeito às dificuldades encontradas pelo time de Abel Ferreira, sobretudo em função do que os times apresentaram no 2º tempo.
Da mesma forma, discordo dos que alegam que Scarpa foi o melhor em campo e craque do jogo.
Essas alegações estão ligadas não a uma estupenda atuação desse excelente jogador, mas apenas ao fato dele ter feito três gols, todos eles, coincidentemente, nos chamados lances originários de bola parada.
Se me disserem, porém, que Scarpa foi a personagem principal e o homem que decidiu o confronto, aí, sim, eu vou concordar em gênero, número, grau e sobretudo, futebol!
Jogaram m-u-i-t-o bem, ontem, além de Weverton e Scarpa: Rafael Navarro, Murilo e Jorge.
Jogaram bem: Marcos Rocha, Zé Rafael, Gustavo Gòmes, Dudu, Rôny e Vanderlan.
Jogaram razoavelmente: Gabriel Menino, Fabinho e Breno Lopes.
Não tiveram tempo para aparecer: Jhonatan e Wesley.
Abel Ferreira entrou com o melhor time possível e pareceu-me feliz e descontraído nas entrevistas, com a fisionomia de quem tinha a certeza do dever cumprido,
Agora, com uma série incontável de desfalques, o Palmeiras se prepara para descer a serra e enfrentar o Santos no Brasileirão.
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