Observatório Alviverde

30/03/2018

O PALMEIRAS DEVE PARTIR PRA CIMA OU ESPERAR O CURICA E CONTRA-ATACAR?



Aproxima-se a hora da decisão do Paulistão e o Palmeiras tem de tratar de cuidar com muita cautela desse primeiro jogo contra o Curica, no Lulão, que, sem qualquer dúvida, servirá de encaminhamento para o título.

Sem querer chover no molhado, é óbvio que o melhor resultado amanhã (hoje) é um pouco provável placar por diferença de 2 (dois) ou mais gols pró Verdão. 

Um 1 x 0 apertado também teria esse poder, tanto e quanto qualquer empate, embora em proporções muito menores.

Para encerrar a minha antevisão (palpites decorrentes de minha experiência no futebol) em relação a uma possível classificação palmeirense, quero lhes dizer que um 0x0, da mesma forma, retificaria bastante o caminho Verdão em relação à conquista. 

Em meu entendimento, mesmo que perca por 1 (um) gol de diferença, ainda assim haverá chances para o Palmeiras, embora eu já imagine a conta do sofrimento que nós, os torcedores, teremos de pagar. 

Entretanto já começaria a não acreditar na perspectiva do título, se o Palmeiras viesse a ser derrotado por 2 (dois) gols ou mais de diferença já no primeiro jogo, haja vista o estilo de jogo, a formatação tática e o entrosamento do adversário, tanto e quanto a ação devastadora dos árbitros sempre auxiliando o Curica.

Exposta a situação, gostaria de saber como cada um dos participantes deste espaço concebe como ideal a definição tática, isto é, a forma de jogar do Palmeiras para a primeira das duas batalhas que vão decidir o Paulistão.

De minha parte eu gostaria que o Palmeiras jogasse amanhã de forma cautelosa, guarnecendo mais a defesa, articulando melhor na meia-cancha  e atraindo o time de Carile para o seu campo de defesa, visando a explorar os contra-ataques ou as jogadas de cruzamento caso Borja venha a ser escalado.

Quero alertar a todos que "é bonito e nos causa orgulho" exigir que o time jogue o tempo todo agredindo, que parta para cima do adversário, que se imponha o tempo todo em campo como se estivesse treinando e não houvesse um adversário categorizado a ser batido e outras baboseiras típicas de torcedores que pensam mais com o coração do que com a razão.

A história palmeirense nos ensina que os times mais vencedores do Verdão (eu vi todos, dos anos 50(s) a estes dias muitas vezes), foram times cerebrais que jogavam, antes, para não sofrer gols e, se possível, fazer um e vencer por 1 x 0.

Poucos times do futebol brasileiro (creio que nenhum) ganhou mais pelo placar de 1 x 0 do que o Palmeiras da chamada "Academia", incluindo-se e todos os times montados pelo Palmeiras que a sucederam a partir do início da década de 60.

Lembro-me até de uma manchete de "A Gazeta Esportiva" depois de um jogo no qual o Palmeiras havia perdido por 0 x 1 para o Curica, após umas dez vitórias seguidas por 1 x 0:

"QUEM COM FERRO FERE, COM FERRO SERÁ FERIDO". 

Os torcedores nem sabem que Thomás Mazzoni, o mais famoso jornalista da época, cognominou o Palmeiras de Academia justamente por sua condição de fazer um gol e tocar a bola e escondê-la com tal maestria que os adversários ficavam envolvidos e sem ter como reagir ao imponente domínio alviverde. Mas os placares, ressalvadas as exceções eram quase sempre magros.


O que poucos sabem é que o sofrimento dos palmeirenses àquela época era enorme malgrado o domínio da equipe que, também, tinha dificuldades em virar os poucos jogos em que tomasse o primeiro gol.

No entanto esses times que ganhavam apertado e que faziam gols com muita parcimônia e economia chegavam quase sempre ao título ou muito próximo dele. 

A propósito, lembro-me da decisão de 74, gol de Ronaldo, exatamente nessas circunstâncias.

Os únicos Palmeiras que não sofriam para vencer e que arrebentavam os adversários com goleadas foram aqueles dos tempos da Parmalat em que o Verdão tinha um craque em cada posição porque os times de Scolari que também logram beliscar algumas conquistas levaram muitos palmeirenses à cardiopatia.

Em suma, eis o meu entendimento:

Se o Palmeiras partir irresponsavelmente para cima do Curica pode se dar mal e se arrebentar...

Os últimos jogos do Verdão contra o Curica em que levamos sempre desvantagem e fomos inapelavelmente derrotados,  são o atestado evidente de que estamos enfrentando um time que só gosta de contra atacar e que não sabe (ou não tem condição técnica) para atacar se tiver de tomar iniciativas para tal.

Quem não se lembra quando Wagner Mancini retrancou o Vitória e venceu o Curica em plena Arena Lula, tanto e quanto os adversários que o enfrentaram posteriormente o derrotaram usando exatamente a tática de deixar para eles o que eles não sabem fazer, isto é, a iniciativa do jogo.

Lembram-se de quando este blog publicou e anunciou, antes mesmo da vitória de Mancini, que quem imitasse a retranca curicana quando enfrentasse o time de Carille venceria o jogo?

Se o Palmeiras jogar fechado, mas sem abdicar do contra-ataque e explorando os erros curicanos, tem chances até de construir uma vitória tranquila sobre o nosso maior adversário.

SEGUNDO TEMPO
São 5 ms do segundo tempo e o Palmeiras continua mandando no jogo, mesmo jogando na retranca.

O melhor jogador em campo até agora era Bruno Henrique. Continua sendo porque ao menos até agora anulou Rodriguinho.

Diogo Barbosa está entrando em lugar de  e pelas alterações processadas o Palmeiras tende a se fechar ainda mais.

Para você "o Palmeiras deve partir pra cima ou esperar o Curica e contra-atacar?"

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