Observatório Alviverde

29/10/2016

VAMOS AJUDAR O PALMEIRAS,



O palmeirismo pode não ser mais extenso que o curintianismo, mas, creiam, é muito mais poderoso, volumoso, consistente e irracional.

Se, como disse  Euclides da Cunha em os Sertões, obra prima da literatura nacional, "o brasileiro, antes de tudo, é um forte", por analogia eu lhes digo neste OAV, talvez o site menos importante da mídia palestrina, que "o palmeirense, antes de tudo, é um passional"!

Nem tanto ao mar, nem tanto à terra, nem tanto ao céu, nem tanto ao inferno, num momento em que a situação do Palmeiras se deteriora no campo de jogo e se agrava fora dele, necessário se torna que o palmeirense dispa-se da paixão que o envolve, caia na real, pare de xingar, mude de atitude e passe a ajudar o clube.

Como disse o tibetano Lobsang Rampa, em "A Terceira Visão",  "é melhor acender uma vela do que amaldiçoar a escuridão". Infelizmente nós,  palmeirenses, só estamos imprecando inutilmente, quando o momento exige reflexão e atitudes. Temos todos, então, de "cair na real!" 

Cair na real não significa, por exemplo, contestar este blogueiro ou outros colegas, simplesmente pelo prazer de contestar e afirmar que a arbitragem sacaníssima arbitragem de Vuaden não interveio diretamente no resultado do jogo.

Quem conhece a mortadela sabe, perfeitamente, que o Curica, mais uma vez, jogou com 17, a computarmos o trio principal, os árbitros auxiliares atrás dos gols, e o juiz reserva que habitualmente fica entre os bancos, perto da mesa do representante.

A quem me contesta endereço uma única pergunta;

Por acaso, Vuaden, gaúcho bronco e ignaro teria apitado o "derby" ao nível do argentino que apitou o Palmeiras em Guayaquil? 

Aquela, sim, foi (é) uma arbitragem que tem de ser tomada como parâmetro porquanto está longe, muito longe mesmo da arbitragem brasileira,  muito mal vista no Brasil e fora do Brasil, tida como política, conveniente, facciosa, sem parâmetros reguladores e eivada de interpretações descabidas motivados por individualismos e idiossincrasias de árbitros que se portam de maneira a fazer inveja à mais sofisticada "prima-dona" operística.

Ou, como de hábito, ele que é useiro e vezeiro em prejudicar o Palmeiras
que com subidas razões testemunham o Palmeiras ser esmagado pelas arbitragens e pela mídia há mais de sessenta anos 

mas há um instante em que temos de parar antes de transformamos nosso clube em uma espécie de estado islâmico e nos matarmos, todos, uns aos outros.

CUCA PROMOVE UMA NOVA RESSURREIÇÃO DOS MORTOS E O PALMEIRAS PERDE PARA O SANTOS


O MEU RESUMO AO FINAL DO PRIMEIRO TEMPO


O 2 x 2 entre Galo e Fla foi o melhor resultado possível para as pretensões do Palmeiras, mas para que este placar possa ser útil o Verdão tem de fazer, também, a lição de casa.

Foi um primeiro tempo espetacular entre Santos e Palmeiras.

Para quem não entendeu a entrada do Allione, foi essencialmente  tática! 

O argentino, sob esse aspecto, está sendo de uma enorme utilidade para aquilo que, taticamente, Cuca propõe.

O time está bem, começando por uma defesa sólida, passando por um meio de campo combativo mas sem criatividade. O ataque, disperso e apenas esforçado, está muito mal posicionado.

O goleiro estreante mostra que é calmo, uma das maiores virtudes de qualquer camisa um, mas não foi testado pelo menos até agora.

A TV registra que Cuca reclama que estamos sem jogada dentro da área do Santos.  

De fato ele está certo não só pela ausência de um camisa nove de ofício, (opção dele) como pela falta de alguém que ocupe o setor. Cuca tem razão quando reclama disto mas quem escala e define as opções tátoca é ele mesmo!

Eu não mexeria em nada neste início do segundo tempo pois o time está muito bem, repito, para aquilo que deseja em relação ao jogo o técnico palmeirense.. 

O SEGUNDO TEMPO 

O Palmeiras voltou, exclusivamente, para se defender e esse foi o grande erro de Cuca, na medida em que chamou sobre sua defesa o jovem e rápido time do Santos.

O envolvimento dos atacantes palmeirenses na marcação desperdiçou os nossos melhores talentos e tirou bastante a força ofensiva do time.

Da mesma forma, os recuos de Moisés e Tchê para marcar retiraram a conexão meio de campo-ataque. 

É o preço que o Palmeiras tem de pagar para escalar Zé Roberto, mas Cuca, convenientemente, finge que não compreende e que não vê.

A derrota em si por 0 x 1 para o Santos na Vila é normal, haja vista que se trata de um clássico. 

O que não dá para engolir é a ressurreição dos mortos promovida por Cuca.

Querer virar um placar adverso recorrendo a Rafael Marques, Cleyton Xavier e Leandro Pereira é acreditar demais em milagres ou no impossível.

De qualquer forma, mesmo com a derrota, o Palmeiras continua à frente de todos os adversários a apenas cinco jogos do final da competição.

Três deles o Verdão fará em casa contra a Inter, Chape e Botafogo e com amplas perspectivas de título.

Agora, porém, com a incômoda perseguição do jovem time do Santos. 

O Palmeiras que se cuide!

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SAUDADE DOS ANTIGOS BRASILEIROS QUE ANTECEDERAM OS PONTOS CORRIDOS!


Dois jogos deste sábado fazem-me sentir como se eu estivesse vivendo a semifinal dos saudosos Campeonatos Brasileiros, aos quais se chamava antigamente de classificatórios. 

Diferentemente de um certame por pontos corridos, o campeonato classificatório filtra -por exemplo- os oito melhores times da primeira fase da competição (esta sim jogada em pontos corridos) e, a partir daí, os coloca em duelos mata-mata até filtrar os dois finalistas que o decidem.

Sei, perfeitamente, que essa não é (jamais será), a melhor forma de aferição técnica do melhor time de uma temporada, porquanto afere, apenas, a pior ou melhor condição de um clube na fase da decisão.

Falo em termos de emoção, motivação e, principalmente, "R&@i$" e sou convicto de que o campeonato classificatório é aquele que mais motiva as torcidas e sempre leva mais público aos estádios. 

Os "Brasileiros" de antigamente eram (foram) espetaculares, até que a inefável inteligência da crônica esportiva brasileira (dos Juca(s), dos Prado(s) dos Trajano(s) dos Helena(s)  e de tantos outros, (que mania estúpida de copiar a Europa!) criminosamente os alterou. 

Tiraram da cartola a antiga fórmula de disputa ainda em prática no velho continente, do campeonato por pontos corridos e os Campeonatos Nacionais no Brasil jamais foram os mesmos em termos de interesse, motivação, presença de público e -principalmente- arrecadação.

E sabem o que os europeus vieram buscar no futebol brasileiro além de nossas estrelas de campo? Simplesmente a idéia dos 3 pontos por vitória para acabar com a predominância do empate em seus campeonatos. 

Com perdão pela digressão, os jogos de hoje fazem-me retornar a uma época em que não havia jogo desimportante no Brasileiro, nem a menor perspectiva de entregas de jogo, pois todos tinham de lutar por um objetivo ou pela própria sobrevivência. 
PS: O Verdão, várias vezes foi vítima dessa indecência e até rebaixado)

Fosse há alguns anos e teríamos uma rodada como a de hoje definindo os dois finalistas do Brasileiro. Seria sensacional!

Dá para calcular a dose de emoção que uma rodada como essa esparramaria pelo pais na semifinal de um Brasileiro?

Voltemos à realidade.

Atenção para os horários dos dois jogos mais importantes da rodada:

Galo x Fla, às l6,30H no Mineirão 

Santos x Palmeiras, na Vila, às l8,30H. 

Antes de tudo, um elogio à CBF que tanto criticamos.

A entidade teve personalidade para "peitar" o Fla e a maior parte da mídia, que inexplicavelmente reivindicavam os dois jogos disputados simultaneamente, em um mesmo horário. Na verdade a CBF apenas cumpre o regulamento! 

Tradicionalmente os clubes (há anos) já sabem que apenas nas duas  rodadas finais do Brasileiro a entidade efetua o remanejamento dos jogos. 

Nessas eventualidades coloca em um horário comum todos os jogos que valem o título, as vagas na Libertadores e até o descenso, para que os clubes não aleguem vantagens ou desvantagens em relação aos adversários ou a eles próprios.

Quando afirmo que a rodada de hoje simula a semifinal de um campeonato classificatório, o faço em razão de colocar em confronto os quatro melhores times do Brasileirão, jogando o 4º (Santos) x 1º (Palmeiras) e o 2º (Fla) x 3º (Galo) mas sei que não passa, apenas, de uma grande coincidência.

Nem quero entrar no assunto das perspectivas e alternativas dos resultados e deixo essa projeção para vocês. 

Eu apenas digo que, de acordo com o site Infobola, as possibilidades de título por parte do Palmeiras são da ordem de incríveis 90% enquanto o Flamengo tem 5%, o Galo, 3% e o Santos, apenas 2%.

É óbvio que esses números refletem a situação vivenciada pelos clubes apenas antes da rodada de hoje e que a partir dos resultados os números podem mudar, profundamente.

O fato é que o Palmeiras ainda pode queimar a gordura de duas rodadas e independentemente de quaisquer resultados, manterá a liderança.


Melhor, porém, que vença o Santos esta noite na Vila, pois além de afastar do caminho um adversário impertinente, aumentará, até, o percentual de possibilidade de título. 

Sei que é difícil vencer na Vila, ainda mais com um árbitro como o paraense escalado do qual o Palmeiras se não tem tão amargas lembranças, boas, certamente, também não as tem.

Fique claro e indubitável que eu queria -muitíssimo- uma vitória, mas se o Palmeiras obtiver e trouxer um empate da Vila eu já vou começar a olhar no espelho e começar a imaginar-me campeão!


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Complemento:
Lista com os 24 jogadores relacionados por Cuca:
Goleiros: Vinicius Silvestre e Vagner
Laterais: Egídio, Fabiano, Jean e Zé Roberto
Zagueiros: Edu Dracena, Mina e Vitor Hugo
Volantes: Arouca, Gabriel, Tchê Tchê e Thiago Santos
Meias: Allione, Cleiton Xavier e Moisés
Atacantes: Alecsandro, Dudu, Erik, Gabriel Jesus, Leandro Pereira, Lucas Barrios, Róger Guedes e Rafael Marques

O provável time: 
Vinicius Silvestre (Vagner); Jean, Yerry Mina, Vitor Hugo e Zé Roberto;
Thiago Santos (Fabiano), Tchê Tchê e Moisés;
Gabriel Jesus, Dudu e Lucas Barrios (Allione).

Que o Verdão derrote o Santos na Vila  e dê mais um grande passo rumo ao título. (AD)