Observatório Alviverde

24/11/2016

PAULO NOBRE CORTA O PRIMEIRO TENTÁCULO DO POLVO GLOBAL!



Não sei se, de fato, o Palmeiras fechou seus direitos de arena com a Turner, leia-se Esporte Interativo.  

Se fechou ou vier a fechar, ficarei muito feliz.

Por que?

Porque entra jogo e sai jogo, não dá mais para aguentar as narrações provocativas dos principais locutores globais de nítido conteúdo anti-palmeiras.

Ontem assisti no Sportv, a Galo 1 x 3 Grêmio com Milton Leite e, como sempre digo, constatei novamente que fora dos jogos do Palmeiras ele é um dos melhores narradores do país.

Porém quando ele narra os jogos do Verdão, só não consegue ser pior do que o fraquíssimo Cléber Machado. Você sabia que "papai é amigo de Boni"? Então tá explicado! 

A desculpa da Globo matriz de que o Palmeiras não dá audiência, é mais furada do que tabuleiro de pirulito, como se dizia à minha época. 

Algum jogo do Curica este ano deu mais audiência do que o Palmeiras x Santos que decidiu a Copa do Brasil ano passado? 

Já o último Palmeiras x Botafogo exibido no Rio rendeu 25 pontos, mas isso os globais não têm o menor interesse em propalar.

A Globo (quem não vê, quem não nota, quem não percebe?) parece mesmo disposta "espanholizar" o futebol brasileiro (royalties para Odir Cunha) e quer dar destaque apenas a dois times, desvalorizando os demais.

Começou a fazê-lo ao direcionar a Fla e Curica as melhores verbas de direitos de transmissão, quase dobradas em relação aos maiores adversários.

Quem não sente que estão forçando uma situação com o objetivo de transformar esses dois clubes em exclusivos protagonistas no Brasil e os demais, em meros coadjuvantes e figurantes.

O Santos e o Inter, verdade seja dita, foram os primeiros grandes clubes brasileiros a dar uma resposta firme ao monopólio Global, ao firmarem um contrato com o Esporte Interativo, não sei em que bases ou circunstâncias.

Atlético-PR, Coritiba, Ponte Preta, Figueirense e Santa Cruz, tanto e quanto o Bahia, que briga pelo acesso, são outros clubes já ajustados. 

Ceará, Criciúma, Fortaleza, Joinville, Paraná, Paysandu e Sampaio Corrêa também assinaram com a Turner e outros estão em negociações.

Como se vê, há uma revoada de clubes deixando a Globo sem a escada e com o pincel na mão (sinal claro dos tempos) em decorrência, não apenas do dinheiro maior que passaram a receber, mas, sobretudo, da linha editorial facciosa e dirigida da empresa, caso específico do Palmeiras. 

As primeiras informações dão conta que o Palmeiras está rompendo apenas com a TV fechada, ao menos por enquanto.

Uma matéria da UOL, edição de ontem, diz o seguinte:
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(SIC)

" O Palmeiras deve fazer o anúncio depois do Campeonato Brasileiro. Este contrato serve apenas para jogos em TV fechada; ou seja, não interfere na agenda da TV aberta, nem do Première.


A princípio, as emissoras poderão transmitir apenas jogos em que tenham contrato com os dois times em campo. Nada impede que SporTV e Esporte Interativo no futuro façam um acordo para conseguir passar partidas de clubes que acertaram com diferentes canais"
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Pelo que depreendo da matéria, o Palmeiras, em TV aberta, em TV aberta, em TV aberta, continua preso ao contrato da matriz global.

Ainda que Paulo Nobre saiba que o tratamento dispensado ao Palmeiras continuará sendo o mesmo, isto é, de total desrespeito e desprezo à instituição, ele também sabe que tem de esperar o momento certo para romper esse vínculo.

Da mesma forma o Palmeiras terá todos os seus jogos exibidos em pay-per-view através dos canais Première, porque existe um contrato vigente e a sua quebra requer uma negociação diferenciada e específica, impertinente neste momento.

Com a nova negociação, o Palmeiras não terá os seus jogos exibidos exclusivamente nos canais do Sportv, o que  não fará nenhuma falta pela pouquíssima frequência com que esse canal exibe os jogos do Verdão.

Ainda, segundo a Uol, o Palmeiras vai receber de imediato 100 milhões de luvas por um contrato que abrange o período compreendido entre 2019 a 2024. 

Isso significa que o Verdão e a LEAL torcida terão de sofrer por mais um ano antes de cortar o primeiro tentáculo desse polvo voraz que os abraça e os ameaça de morte, a RGT.

RESPOSTA DA TORCIDA À GLOBO

A RGT sempre justifica a sua omissão em apresentar os jogos do Palmeiras nos chamados horários nobres (4ªs feiras após a novela das nove e domingos às 16 ou 17 horas), dando preferência sistemática aos rivais Curica, Bambis e muitas vezes até às sereias. 

Este ano, ainda que o Palmeiras fosse o líder do Brasileiro desde as primeiras rodadas e seus jogos se revestissem de muito maior importância do que os de todos os rivais, a RGT optou, na maioria das vezes, por exibir jogos do Curica que só brigava (ainda briga) pela parte intermediária da tabela e nem sabe se chegará à Libertadores.

Sempre que podem os executivos globais atuam nos bastidores, alteram os horários dos jogos e remetem os jogos do  Palmeiras para a TV fechada (menos vezes) ou para o Premiere (na maioria das vezes). 

É um absurdo o desrespeito da Globo em relação ao Palmeiras. 

O último Curica x Chape, que a tabela marcava para sábado 28/10 foi transferido -a pedido da Globo- para domingo, a fim de que não fosse transmitido em TV aberta o clássico Santos x Palmeiras que se digladiavam pelas primeiras posições. 

Coincidentemente os dois clubes estavam, um fechado e o outro prestes a fechar contrato com o Esporte Interativo.

Com essas e outras atitudes mesquinhas da RGT, a torcida do Palmeiras, para não colocar azeitonas no pastel global, migrou, em maioria absoluta para a TV fechada ou para o "pay-per-view".  Por isso baixou a audiência da Globo e por outras razões também.

Como ouvir Cléber Machado, repito, fraquíssimo e um dos piores narradores da história da TV brasileira, sabidamente um adversário ao microfone? Também por causa dele, muito, muitíssimo, o palmeirense não vê a Globo.  

Só que ao migrar da RGT para o "pay-per-view" o torcedor palmeirense sai do espeto de Cléber e cai na brasa de Milton Leite, aquele que engole a voz e narra coloquialmente os jogos do Verdão, principalmente os decisivos, sem a menor vibração

De qualquer forma uma vez ou outra eles escalam Jota Júnior cujas narrações se não são aquelas mais emocionantes com que os palmeirenses tanto sonham, ao menos são tecnicamente perfeitas, isto é, discretas, corretas,  e, principalmente, honestas.

Como que a torcida palmeirense pode perdoar a Globo que não exibiu o Galo x Palmeiras em TV aberta, para transmitir a obscura pelada entre o Curica e o rebaixado Figueirense? 

Esse fato, bastante significativo e tão grave, é a demonstração maior que a opção global por não transmitir os jogos do Palmeiras nada tem a ver com audiência. Trata-se exclusivamente de política sórdida e mesquinha que passa pela linha editorial dessa decadente rede televisiva.

Deu pra notar por quê o Palmeiras é tão difamado, tão perseguido e tão enxovalhado pelos comentaristas globais nos programas diários ?

É preciso dizer mais o que?

Que a Globo corta o áudio da torcida do Palmeiras quando toca o hino nacional?

Que a Globo mostra com pouca frequência a torcida do Palmeiras e não valoriza-lhe as coreografias em campo, por mais bonitas que sejam?

Que a Globo sequer menciona a palavra Allianz Park?

Que seus cinegrafistas nunca enquadram bem a camisa dos jogadores palmeirenses para não divulgar as marcas que apoiam o clube? 

Que a condição "sine qua non" para que qualquer ex-jogador, ex-técnico, ex dirigente ou qualquer daqueles que são contratados para virar comentarista (um crime contra o jornalismo e contra os próprios jornalistas) é a de não ser ligado ao Palmeiras

Eu poderia mencionar dezenas de outras situações mas vou deixar para vocês, muito mais bem informados do que eu, perdido na distância de meu estado de origem e de meu clube de coração.

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