RIVER PLATE X PAMEIRAS
River Plate do Uruguai x Palmeiras, em Maldonado, a estreia do Verdão na Libertadores 2016.
Deixe seu comentário antes, durante e após o jogo, até que fique pronta a postagem definitiva.
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CONSIDERAÇÕES ANTES DO JOGO:
Gosto da entrada de Thiago Santos na equipe, o que implica na presença de dois volantes de contenção, tanto e quanto da escalação de Eric no ataque.
E meu entendimento (não sou oportunista e antecipo o meu pensamento) o Palmeiras, mesmo sem Robinho (no banco), está entrando em campo com uma boa formação.
Eu, particularmente, preferia e gostaria de ter Robinho no lugar de Arouca.
A grande pergunta é se o Palmeiras, que mudou o time, irá mudar, também, de atitude, tanto e quanto de seu modo de jogar, fugindo da mesmice do 4-3-2-1 que não vinha dando certo.
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COMENTÁRIO AO FINAL DO 1º TEMPO:
Não disse que na Libertadores a conversa era outra?
Diferentemente do que estava acontecendo no Paulistão, hoje tá todo mundo dando o sangue e correndo para chegar.
O Palmeiras, embora não jogue bem, não joga mal e merece a vantagem mínima estabelecida por Jean aos 34 M.
Apesar das boas mudanças na escalação e no esquema, o Palmeiras continua carecendo de um armador que possa equilibrar a meia cancha e dar um bom toque de bola ao time.
Com um homem desse jaez na zona de raciocínio o Palmeiras, certamente, teria goleado o River Plate em face do espaço que tinha e da velocidade de Eric e de Dudu, tanto e quanto das chegadas de perigosas de Jean.
Outra vez o time abusou das tentativas de ligações diretas via chutão e muitas vezes municiou o adversário para contra-atacar.
Os melhores do Palmeiras no primeiro tempo: Vitor Hugo, Thiago Santos e Jean.
Ninguém, basicamente (nem Lucas, nem Eric e nem Zé Roberto, os menos bons do primeiro tempo) jogou mal em face do esforço e da atitude demonstrados em campo.
Neste instante (intevalo do jogo) está entrando Gabriel Jesus no lugar de Eric. Boa substituição. O time vai ficar mais agudo. Eric, como tem acontecido, esteve muito tímido.
Não creio que o Palmeiras perca ou empate esse jogo. Tem um time muito melhor.
Que venha, portanto, o segundo tempo!
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O 2º TEMPO
Os uruguaios que haviam dado muito trabalho ao final do 1º tempo, voltaram para o 2º tempo ainda com mais disposição.
Forçaram bastante, atacaram bastante e só aliviaram a pressão após marcarem o gol de empate aos 5 minutos.
Deixando de explorar tanto o setor de Zé Roberto (o Palmeiras precisa, urgentemente, de um lateral capacitado para a ala esquerda, promovendo Egídio no novo esquema ou o jovem Vitor Luís) o time uruguaio mudou de tática.
Procurou jogar mais pelo lado direito da defesa palmeirense em cima de Roger e Lucas.
Aliás, Lucas (ele também tem de ir, urgentemente, para o banco) não marcava bem e nem se entendia com Róger, abrindo um clarão para a penetração dos atacantes do River, sobrecarregando o trabalho do jovem zagueiro que até cartão acabou levando e ficou pendurado sem poder atuar com segurança durante boa parte do jogo.
Foi por aí que o veloz Schiappacasse invadiu a área pela esquerda e sofreu pênalti de Fernando Prass, em meu entendimento, evitável.
Entendo que houve precipitação de Prass, embora não o culpe em função de seus desespero e iniciativa por evitar o gol. Na cobrança, Michael Santos converteu e empatou, 1 x 1.
O erro do River após a marcação do gol, foi o de respeitar demais o Palmeiras e recuar em demasia, tanto e quanto o Palmeiras recuara ao final do 1º tempo e no início do 2º tempo.
A intenção do técnico uruguaio talvez tenha sido a de decidir o jogo em contra-ataques e por isto chamava o Palmeiras para o seu próprio campo a fim de obter os espaços.
Mas foi o Palmeiras que recuperando o domínio do jogo fez o segundo gol.
Aconteceu depois de uma retomada de bola na intermediária através de Thiago Santos que tocou a ZR pela esquerda.
Zé recebeu livre e cruzou em direção à pequena área para a assistência peitoral espetacular de Alecsandro a Gabriel Jesus pela meia esquerda.
Com a frieza glacial dos grandes matadores GJ fuzilou o gol do River, fazendo 2 x 1 Verdão. Pelo lindo gol de tão bela feitura Gabriel Jesus foi eleito depois o craque do jogo.
Apesar do prêmio e da boa atuação (ele foi muito melhor que Eric) Jesus esteve longe de ser o melhor pois não jogou tanto quanto jogaram Thiago Santos e Jean, os dois melhores do Palmeiras e da partida.
Com 2 x 1, tudo levava a crer que o Palmeiras venceria, mas após uma cobrança de córner, em falha de posicionamento da defesa (leia-se, de Jean que nem foi para a bola), o River empatou através de seu zagueiro Bruno Montelongo de quase dois metros de altura.
Depois disso o Palmeiras, já com Alecsandro (muito melhor que o discretíssimo, para não dizer fraquíssimo Barrios), o Palmeiras desfrutou de algumas boas situações de gol, sem, no entanto conseguir pontuar.
O empate, ao meu sentir, foi justo e premiou o esforço das duas equipes, mas escancarou novamente a necessidade premente de o Palmeiras conseguir, com a máxima urgência, um armador que controle o jogo, ponha a bola no chão e estabilize a equipe a partir da meia cancha.
Embora em dose menor do que vem ocorrendo em outros jogos, o Palmeiras, ontem, repetiu muitos de seus velhos erros entre os quais nomeio:
1) A já supra citada falta de toque de bola decorrente da ausência de um armador categorizado, posição mais carente do time e para a qual o Palmeiras não contratou ninguém.
Simbolicamente pode-se dizer que o Palmeiras está repleto de flechas ponteagudas (Gabriel Jesus, Alecsandro, Eric, Barrios, Dudu e outros) mas que não dispõe de um arco de precisão que as lance com mestria contra a meta dos adversários.
OBS - Ouvi dizer que o Palmeiras anda não contratou um armador de respeito porque Nobre tem como ponto de honra reabilitar Cleyton Xavier e promover um desagravo não só pela impensada e precipitada dispensa de Valdívia, mas pela contratação a peso de ouro de um jogador que como se diz no jargão do futebol, estaria "bichado". Será?
2) A falta de combate à posse de bola adversária do meio de campo para a frente, ou como gostam de dizer os comentaristas de hoje, a ausência da "marcação alta", tem sido o motivo de inúmeros lançamentos inesperados contra a defesa e até no costado dos zagueiros palmeirenses, gerando perigo e, algumas vezes, como ocorreu contra o Linense, redundando em gol.
Jean e, principalmente, Thiago Santos melhoraram muito o time nesse aspecto, mas não se pode dizer que tenham resolvido o problema pois falta-lhes ritmo de jogo e principalmente entrosamento.
Arouca, lutador e muito esforçado pouco rendeu ou contribuiu nesse sentido, talvez por sua função tática específica de bloquear o avanço do lateral esquerdo adversário e guarnecer mais a faixa direita do campo.
3) A fraqueza de marcação do Palmeiras nas duas laterais, verdadeiras avenidas iluminadas, tanto e quanto o apoio deficiente dos alas.
O time, ontem, correu riscos (mais uma vez) tanto com Lucas como com Zé Roberto que pouco renderam em termos de marcação e ocupação de espaços. Lucas pode fazer mas não sabe e ZR sabe fazer mas não pode.
O setor de Lucas só passou confiança a partir da metade do segundo tempo quando ele, obedecendo o treinador, não ultrapassou mais o meio de campo, deixando de sobrecarregar o zagueiro Róger, já então com o cartão amarelo.
Pelo lado de Zé Roberto (individualmente não jogou mal) que gosta tanto de avançar e fazer as passagens para os cruzamentos, mas que precisa sempre de um taxi para voltar e guarnecer a lateral, o Palmeiras, mais uma vez, correu sérios riscos.
Será que só Marcelo não enxerga que o time melhoraria muito com João Pedro no lugar de Lucas e Vitor Luís ou Egídio no lugar de Zé Roberto?
Tivesse Marcelo Oliveira coragem suficiente para tirar ZR do time, colocando-o com opção de banco o time melhoraria consideravelmente, mas isso ele jamais fará haja vista que o escolheu como seu representante dentro de campo.
4) A falta de equilíbrio e de discernimento de Marcelo Oliveira ficou patente e evidente no jogo de ontem à noite.
Deu pra sentir claramente através de seu semblante carregado estampado no vídeo, o seu desespero e a sua preocupação em relação ao time.
Em meu entendimento isso é bom porque evidencia que MO tem brio, caráter, amor próprio e que está querendo acertar.
Sua vontade em acertar (outra vez ele errou muito) levaram-no a gastar precocemente as três alternativas de substituição que tinha em mãos.
No intervalo sacou Eric e colocou Jesus. Boa alteração.
Aos 12 retirou Barrios e colocou Alecsandro. Boa alteração, embora não fosse prioritária.
Aos 21 fez sair Arouca e entrou Robinho. Ótima alteração mas tardia porque deveria ter ocorrido no intervalo do jogo.
O Palmeiras precisava de um armador mesmo que não fosse um especialista, nem que fosse o menos deficiente de um elenco em que não existe nenhum armador de ofício.
As três alterações gastas precocemente, aos 21 do segundo tempo, colocavam o Palmeiras em risco de perder o jogo, mas Marcelo, nervoso e fora de si, nem se deu conta.
Um minuto antes da entrada de Robinho, Roger Carvalho havia recebido o cartão amarelo, tanto e quanto Lucas e Prass, já o tinham, não obstante a incógnita que representava a condição física de Zé Roberto até o fim do jogo.
Em resumo, ainda que os jogadores tenham atuado com um espírito diferente daquele que mostraram nos jogos do Paulistão, ainda não se pode dizer que o time tenha pegado no breu e que todos os seus problemas tenham sido equacionados.
Há, ainda, um largo caminho a percorrer e pelo que pude notar, ainda sob o tíbio comando de Marcelo!
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NA TV
Conforme prevíamos, transmissão excelente da Fox cujos profissionais, com respeito, vibração e profissionalismo cobriram a estreia do Palmeiras na Libertadores 16.