Observatório Alviverde

21/11/2014

O PROCEDIMENTO CORRETO QUE NOBRE NÃO TEM CULHÕES PARA FAZER!





Roupa suja, lava-se em casa, mas quando transborda ou ultrapassa a capacidade do cesto, faz-se uma grande trouxa, se atira pela janela no despejo ou no quintal a fim de manter limpo o ambiente.

O Palmeiras chegou a esse ponto, mas Nobre,  mal orientado, desnorteado e desprovido de ousadia, não implementaria uma ação drástica como a que vou propor, de completo rompimento com o presente infausto, infeliz e desafortunado que persegue o Palmeiras.

Fosse eu o presidente, Dorival viajaria, sim, amanhã! Não a Curitiba, mas, para Araraquara, e, se lhe interessasse assistir ao jogo, que o fizesse pelo pay-per-view! 

Mas, assinaria, Dorival, o pay-per-view? Creio que não e explico porquê!

Se assinasse, conheceria, mesmo antes de assumir, o time do Palmeiras, que, ficou provado, ele não conhecia.

Digo isso porque, se conhecesse, ao solicitar reforços,  não teria indicado um goleiro desconhecido que nunca irá jogar e um volante de contenção que não consegue ser titular!

Teria, sim, exigido as contratações de um armador e de um atacante, necessidades prementes da equipe e fatores primaciais da degringolada palmeirense, na iminência de acontecer (Que Deus nos livre).

Como se tudo isso não bastasse, a sua desatualização tática é flagrante, e está mais na cara do que verruga. 

Ipso facto, (ele parece um técnico do tempo do latim), isto é, em razão disso, não seria nenhum exagero afirmar-se que Dorival não passa de uma inútil verruga cravada na face palmeirense, isto é, algo que só enfeia, atrapalha e não serve para nada!

Na qualidade de presidente, sem qualquer receio, medo, dúvida ou temor, eu não hesitaria!  Entregaria, incontinenti, a Valentim o comando da equipe, nesse jogo que define a permanência do Palmeiras na elite!

E o faria, em caráter de urgência urgentíssima, enquanto o Palmeiras ainda pode lutar "per si", sem depender de ninguém mediante seus próprios resultados, com Valdívia, sem Valdívia, de preferência, com ele, mas, se necessário, sem ele!

Seria um importantíssimo procedimento de ordem psicológica, autêntico choque de gestão, gerando um fato novo e motivador que tenderia a elevar o moral de um elenco desmotivado, desgastado pelo próprio presidente em entrevistas intempestivas anunciando, fora de hora, cortes para 2015. 

Quem vai se esforçar ou dar o sangue pelo clube se sabe que está na marca do pênalti, na iminência de ser dispensado?

Mas, saberia, o que, Nobre, acerca disso, ele que não é do ramo e é neófito em gestão de futebol? 

Teria, ele, suficientes culhões para tal procedimento? 

É óbvio que não pois Nobre, lamentavelmente, segue rezando pelo superado e vetusto alcorão do turco aquele que acha que, no mundo, só existem cifrõe$$$$$$ e que, se pudesse, alteraria a razão social do clube para $ociedade E$portiva Palmeira$!

Quando do primeiro rebaixamento em 2002, após dispensar todos os jogadores de marcação (Magrão, Claudecir e outros) a quem Avalone e a mídia, impropriamente, chamavam de brucutus, o turco não deu a Levir Culpi,  o único reforço pedido por ele na metade do campeonato, o veterano Djair.

Djair era um jogador, tecnicamente, completo, que daria ao Palmeiras aquilo de que o time fora carente durante toda a extensão do campeonato:um volante, ao mesmo tempo, de contenção e de armação, de ótima chegada ao ataque, poder de arremate, exímio batedor de faltas, como se não bastasse a sua incontestável liderança.

Além de não investir no reforço, o turco, depois, não substituiu o próprio Levir, desgastadíssimo, indisposto com vários jogadores do elenco na reta final da competição. 

Imóvel, estagnado e inerte, imaginava, certamente, o otomano quanto economizaria no ano seguinte se o clube viesse a disputar a segunda divisão.

Por isso, jamais cogitou de remeter a famosa "mala branca" aos clubes que enfrentaram os concorrentes diretos do Palmeiras naquele ano. Deu no que  deu!

Sabe, por ventura, Nobre (se não souber, fique sabendo), que quando dos jogos derradeiros da competição, os jogadores líderes, até dentro de campo, negociam e combinam resultados, por amizade ou por grana, nos jogos em que os times ameaçados pelo descenso sustentam contra equipes que não têm mais ambições e nem estão disputando nada?

Se perder para o Coritiba, ou mesmo empatar, o Verdão passará, arriscadamente, perigosamente, lamentavelmente, a depender de outros resultados para sobreviver na elite.

Paralelamente, se a mala branca (recurso a ser adotado, não sejamos hipócritas) não correr e rolar (em sigilo e realidade), time algum correrá em campo para livrar o Palmeiras do descenso e, sim, para rebaixá-lo.

A propósito da dispensa de Dorival, que, está provado, não deu certo, quero dizer ao nosso Nobre presidente que "quem não arrisca, não petisca e quem não ousa não alcança ou realiza"! 

Bem melhor seria arriscar tudo no domingo, sob um contexto de novas e melhores perspectivas, do que insistir em trilhar velho e rotineiro caminho das más performances e das derrotas, mais uma vez aberto a nossa frente.

O momento grave pelo qual passa o Palmeiras circunscreve a solução a duas alternativas: 

o retorno de Valdívia ou a superação de uma equipe pinçada de um elenco gigantesco que chegou a esse ponto porque Dorival não teve peito e visão para enxugá-lo, que, hoje, dividido em guetos, é limitado em campo, e, fora dele, acéfalo, anárquico, estéril e improdutivo. 

Alguém apontaria outra ou outras alternativas de solução?

Livre da presença inútil do atual treineiro, com Valentim ou qualquer outro, se o Palmeiras for derrotado pelo Coxa, a quota de críticas e achincalhes que sofrerá Nobre, não será maior ou menor do que se perdesse com a presença de Dorival.

Fica claro, porém, que, com Valentim, ao menos de omissão Nobre não poderia, jamais, ser acusado, da mesma forma que, caso o lance de ousadia viesse a dar certo, ele, certamente, se consagraria e recobraria o prestígio perdido.

Tivesse, Nobre, esse arrojo e essa coragem, como um lance final desse poker de tantos lances em que não temos mais as cartas que tivemos há duas ou três rodadas, que nos proporcionariam um imbatível Royal Flush, tentaria, agora, com um jogo mais modesto nas mãos, decorrente da mudança de treinador vencer ainda que fosse blefando .

Agisse, Nobre, assim, ninguém poderia criticá-lo pela medida, pois, muito pior, será, em nome de uma lógica administrativa ilógica, sem pé nem cabeça, manter um técnico fraco, que coleciona maus resultados, um atrás do outro e não consegue fazer, sequer, o time jogar com eficiência.

Sei, também, que se Nobre descesse do pedestal em que se aninha e tomasse a corajosa medida que propomos, a mídia cairia de pau e o criticaria, esculhambaria e ridicularizaria a atitude afirmando que este não era o momento para uma mudança de treinador e coisa e tal.

Que se dane a mídia porque além de não pagar os salários do treinador, age assim, secularmente, rotineiramente, com o Palmeiras nas boas e nas más escolhas.

Como o presidente, autor do erro crasso da contratação de Dorival, cujo perfil, se conhecia, -só ele e Brunoro não sabiam-  vinha na contramão das necessidades do Palmeiras, Nobre, neste momento, tem em mãos, a alternativa de tentar se redimir.

O que o Palmeiras está precisando, neste momento, é de união, arregimentação de elenco, motivação e, principalmente, de superação,  para um salto de qualidade de jogo que o conduza à insubstituível vitória que pode, evidentemente, advir, ainda que Dorival, com as suas irritantes fleugma e mesmice, esteja no comando da equipe.

Mas, nessas circunstâncias, quem não sabe, será muito mais difícil!

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