Observatório Alviverde

04/02/2018

PALMEIRAS 2X1 SANTOS, A VITÓRIA DO MELHOR TIME!



O Palmeiras iniciou o primeiro tempo de maneira avassaladora. 

Logo aos 4 minutos estabeleceu 1 x 0 com Antonio Carlos no jogo aéreo e quase fez o segundo gol em seguida quando da cobrança de uma falta com Lucas Lima.

Só não entendo isto: se o Palmeiras era melhor que o Santos, por que recuou?

Lucas Lima virou lateral, William virou zagueiro, Dudu acabou se tornando um "meio-campista/defensor ", os laterais deixaram de atacar e Borja tentou, ao menos até o final do  primeiro tempo ser uma espécie de centro-avante e meio-campista embora sem conseguir ser nem uma coisa nem outra.

O Santos chegou duas vezes ao gol do Verdão. 

Esbarrou, entretanto, em um paredão chamado Jailson que salvou o Palmeiras nas duas únicas chances que criadas pelo time santista, que abusou muito do jogo pesado e das faltas sob os olhares complacentes do árbitro central.

O meu resumo deste primeiro tempo: 

embora tendo muito mais time o Palmeiras optou pelo jogo em contra-ataques e facilitou a vida do Santos.

Ao contrário do que disse Noriega na TV, a opção  de Róger Machado pelo jogo de resposta, recuando os seus principais jogadores para atuar em contra-ataques, foi o que fez com que o Santos, por alguns instantes, crescesse e ameaçasse o Verdão pelo menos em duas situações.

A tal opção santista para esfriar o Palmeiras a que Noriega deu tanta ênfase, não existiu.

 A não ser que haja uma mudança de atitudes dos dois times, o clássico promete se arrastar no segundo tempo com a ampla prevalência das defesas sobre os ataques.

Importante: Noriega acaba de dizer em outras palavras algo muito certo e pertinente:

"o Palmeiras não soube "puxar" os contra-ataques para aproveitar a pressão santista.

(Comentários acima escritos no intervalo do jogo.

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No 2º tempo o Palmeiras voltou com a mesma disposição objetivando definir o jogo

Aos 4 minutos chegou ao segundo gol e estabeleceu 2 x 0 através de Borja que desencantou e vibrou muito com o gol, ele, que houvera sido fundamental no lance do primeiro gol.

Após o gol, outra vez, mais uma vez, o Palmeiras recuou e permitiu ao Santos que subisse de produção e até diminuísse o placar, aos 17 do segundo tempo.

O gol tomado surgiu após um erro do árbitro (mais um entre os tantos cometidos contra o Palmeiras) em que a bola saiu e em vez de marcar o escanteio ele permitiu que o Santos, que levara vantagem na jogada com Daniel Guedes, continuasse o lance  e cruzasse para a cabeçada de Renato, de costas, que redundou em gol.

O jogo, a partir daí, tornou-se teoricamente perigoso para o Palmeiras, mas, na prática, a teoria foi muito outra. 

Só deu Palmeiras, pois o time parou com a mania de querer administrar o resultado e impôs a sua maior categoria, entrosamento e força de mandante.

O Palmeiras perdeu seguidas chances de ampliar o marcador, três vezes com Tchê Tchê, que, aos 36 minutos deu lugar a Bruno Henrique.

Desde os 28 minutos o Palmeiras já tinha  Keno em campo, substituindo Dudu.

Gustavo Scarpa, que só entrou aos 40 minutos do 2º tempo no lugar de Lucas Lima, cumpriu uma boa performance, mas sua estreia não teve o marketing e o caráter estético que se esperava quando se promove a estreia de um craque. 

O mais impressionante nesse clássico foi a péssima e ridícula atuação do árbitro Flávio Rodrigues de Souza.

Flávio Rodrigues de Souza

Desde o início favoreceu nitidamente o Santos em 90% ou mais de suas decisões.

Permitiu o jogo violento contumaz dos santistas, demorando demais na aplicação dos cartões ou se omitindo.

Deixou de apitar dois pênaltis claros contra o Santos que o Arnaldo (nem na velhice ele toma vergonha) teve o desplante de afirmar que não existiram.

Aquele do David Bras foi tão pênalti (uma "voadora" em Willian) que até Milton Leite e o Noriega viram e apontaram...

Viram e apontaram, mas sem a mesma ênfase que, como sempre, dão nas raras vezes em que o Curica é prejudicado.

De qualquer forma, desta vez dei-me por satisfeito com a dupla porque Leite conseguiu narrar um clássico que envolvia o Palmeiras, com entusiasmo, vibração, disposição e menos clubismo.

Noriega, ontem, conseguiu sair-se muito melhor do que em vezes anteriores nas quais comentou os jogos do Palmeiras.

Malgrado sentir-se sempre obrigado a  acompanhar o relator (da profissão e das ideias), Milton Leite, que não consegue conter-se e ser apenas narrador, metendo-se o tempo todo a comentar e atrapalhando demais o trabalho do comentarista, Noriega esteve bem.  


FICHA TÉCNICA DE PALMEIRAS 2 X 1 SANTOS
Local: Allianz Arena, em São Paulo (SP)
Data: 4 de fevereiro, domingo
Público: 37.867 pagantes (só palmeirenses, jogo de torcida única)
Renda: R$ 2.821.680,24 (nenhum clube brasileiro arrecada tanto quanto o Palmeiras)


Árbitro: Flavio Rodrigues de Souza (SP)  (Extremamente prejudicial ao Palmeiras)
Assistentes: Emerson Augusto de Carvalho e Daniel Luis Marques (SP) (Boas atuações, bem superiores ao árbitro.


Cartões amarelos:
Quatro para palmeirenses; Lucas Lima, Tchê Tchê, Felipe Melo e Victor Luis (PAL);
Quatro para santistas: Caju, Arthur Gomes, Alison e Copete (SAN)

Gols:
PALMEIRAS: Antônio Carlos, aos 2 minutos do 1º Tempo, e Borja, aos 4 minutos do 2º Tempo
SANTOS: Renato, aos 17 minutos do 2º Tempo

ESCALAÇÕES:
SANTOS: Vanderlei, Daniel Guedes, Luiz Felipe (Robson Bambu), David Braz e Caju (Rodrygo); Alison; Copete, Renato, Vecchio e Arthur Gomes; Eduardo Sasha (Rodrigão)
Técnico: Jair Ventura

 PALMEIRAS:
Jailson - Duas defesas decisivas. Faz por merecer a titularidade. Nota 8

Marcos Rocha - Cada dia se entrosa mais. Bom no apoio precisa melhorar na marcação. Nota 6.

Thiago Martins - Vai solidificando uma ótima dupla com Antonio Carlos. Nota 7

Victor Luis - Bem mas com Michel Bastos o time andou melhor tanto na frente como atrás. Nota 6.

Willian - O mais lúcido, criativo e participativo atacante do Palmeiras. Nota 7,5.

Lucas Lima - Sem a regularidade e o brilho dos jogos anteriores, ainda assim teve bons momentos . Nota 7.

(Gustavo Scarpa) - Jogou 7 minutos com muita personalidade e manteve a força do time. Sem nota.

Tchê Tchê - Esplêndida atuação, está voltando à velha forma. Nota 8.

(Bruno Henrique) - Atuou pouco mais de 10 minutos com toda a disposição. Nota 7.

Dudu - Burocrático, não jogou o que sabe e nem reeditou suas grandes performances Nota 6,5.

(Keno) - Pela primeira vez não se destacou embora muito esforçado. Nota 6.

Borja - Deu tudo de si entre bons e maus lances. Fez um gol e cumpriu seu papel. Nota

A PERSONAGEM DO JOGO: 
Antônio Carlos - Excelente no jogo aéreo, na marcação  e na cobertura. Fez um gol. Nota 8.

O CRAQUE DO JOGO
Felipe Melo - Com introspecção, seriedade e dedicação foi o melhor em campo. Nota 8,5.

Técnico: Róger Machado
Não deveria ter permitido que o time recuasse tanto no 1º tempo após o gol de abertura. O Palmeiras era muito melhor e poderia ter decidido o jogo com facilidade logo na primeira fase.

Sei, perfeitamente, que todos os técnicos, obtida a vantagem no placar procuram  guarnecer seus times na defesa e explorar os contra-ataques.

A tática seria válida, estivesse o Palmeiras jogando sem Borja, porém com alguém mais veloz e mais lúcido, haja vista que lançadores o Verdão tem entre Lucas Lima e Scarpa, dois dos melhores do país.

O grande mérito de Róger Machado foi o de ter mantido o time titular no clássico de ontem, dando muito mais entrosamento e confiança à rapaziada nessa sequência perfeita de Pauistão até agora. Nota 7.
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ATENÇÃO - De segunda para terça-feira vou aposentar quem pediu a minha aposentadoria. Entre hoje e amanhã tudo segue tudo igual!
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