Observatório Alviverde

13/02/2010

EMPATE SOFRIDO EM RIBEIRÃO. QUAL SERÁ A PRÓXIMA DESCULPA?

Não sei se Muricy leu este OAV, porque voltou atrás em sua decisão e colocou em campo a melhor formação posssível diante do Botafogo de Ribeirão Preto.

Fez muito bem o técnico em manter o time principal nesse jogo importante contra o Botafogo. Apenas empatamos, mas uma derrota nos afundaria em incontornável crise. Foi melhor prevenir

Nosso 1º tempo contra o Botafogo foi bom. Nada de excepcional, porém, bom.

Impusemo-nos defensivamente, territorialmente. Tivemos muito mais posse de bola e chegamos mais vezes ao gol.

Conquanto não tenhamos ainda a formação ofensiva ideal, devido a falta de um centro-avante agudo e eficiente, ameaçamos muita mais o adversário do que ele nos ameaçou.

Apesar do gol perdido por Robert, que tocou para fora com o gol vazio e da bola palmeirense no travessão botafoguense, foi um zero a zero muito justo o resultado do primeiro tempo.

Porém, um gol-relâmpago do Botafogo logo no início da 2ª fase, pegou o Palmeiras de surpresa e mudou inteiramente o jeito e a formatação tática do jogo.

A partir daí, o Botafogo passou a ditar o ritmo e a ameaçar por seguidas vezes o gol de Marcos.

O Botafogo esteve muito perto de liquidar o jogo, antecipando a definição de uma vitória mas perdeu vários gols.

O Palmeiras só acordou e reagiu por volta dos 20 minutos quando partiu para cima e começou a alçar bolas na área do Botafogo.

Era uma atrás da outra, sem resultados práticos, mas...

Numa bola levantada no bolo formado sobre a área, Léo em forte cabeçada decretou o empate.

A essa altura Lenny já estava em campo no lugar de Márcio Araújo e o Palmeiras abdicava da utilização de três volantes, exatamente como deveria ter iniciado o jogo.

O Palmeiras quase chegou a vitória numa falta na entrada da área, cobrada por Cleiton Xavier que beijou o travessão.

Nada a comemorar nesse empate em Ribeirão. É empate com sabor de derrota.

O Palmeiras empaca no sétimo lugar, com 13 pontos e vai ter de lutar muito se quiser estar entre os quatro finalistas deste Paulistão.

O esperado reforço, o centro-avante, Everthon, vai ser anunciado na semana que vem.

Com a chegada de Everthon, qual será a próxima desculpa?

EU NÃO QUERO NEM SABER! GANHAR DO BOTAFOGO É OBRIGAÇÃO!

Eu não quero nem saber se o Botafogo é co-líder do Paulistão.

Também não quero nem saber se o Botafogo tem um elenco experiente, forte e qualificado...

Ou se começou a prepararação para o Paulistão em outubro do ano passado e já está devidamente engrenado, entrosado.

Por que dizer e para que dizer que o time de Ribeirão Preto tem a melhor defesa do campeonato até agora?

Que vai jogar em casa, descansado e com o alento de sua enorme torcida?

Que é um adversário tradicional, duríssimo de ser batido, mormente no Estádio Santa Cruz?

Que já amargamos incontáveis derrotas para esse time de camisa tão feia, parecida com a dos bambis?

De nada disso eu quero saber, porque isso todo mundo sabe.

Olha, mas eu também não quero nem saber se o nosso time está cansado.

Cansado? Cansado como se a temporada ainda nem sequer começou?

Está com estafa?

Depois de um mês inteirinho de férias e só um mês de atividade?

Após confortáveis viagens aéreas, translado de luxo, hotéis parasidíacos e restaurantes de primeira linha?

Se o elenco estiver estafado hoje, imaginem daqui a três ou quatro meses. Contem outra! Essa não cola nem com super-bonder.

Eu não quero nem saber se não temos um centro-avante goleador eficiente e efetivo.

Aliás, de há muito não temos.

Desde que Evair foi embora. Faz tempo, mas não queremos nem saber.

Para que não me alongue mais, eu quero dizer de novo que não quero mais saber de nada.

Chegou a hora H irreversível da grande arrancada que deve começar com uma impagável vitória sobre um dos líderes do campeonato, o Botafogo.

É questão de sobrevivência com dignidade!

Chega de marasmo, chega de malemolência, chega de resmungos. Esta é a hora de ganhar. Eu não quero nem saber!

Na verdade o que está faltando mesmo é o ajuste do time.

No ano passado, a esta altura do calendário, ningúem falava estas coisas do Palmeiras porque o time correspondia dentro de campo e atropelava os adversários.

Já chega de desculpas para a velha incompetência palestrina, traduzida pelo medo de se impor, de mostrar que é grande e que tem camisa.

Eu não quero nem saber!