Observatório Alviverde

11/08/2011

FELIPÃO A CAMINHO DA FORCA!

 

Estou, novamente, postando no intervalo do jogo.

O 1 x 0 do Vasco não é justo, mas também não seria justo se estivessemos vencendo.

Como em futebol a justiça não prevalece,  melhor para o Vasco que abriu o marcador em lance de sorte, absolutamente fortuito, fez o gol sem querer, mas sabe que o resultado não está garantido.

Nossas virtudes e defeitos são os mesmos de sempre. Hoje, porém, apresentamos um volume muito maior de defeitos.

Nossa principal virtude é a marcação forte embora se perceba um grande desentrosamento entre Henrique e Thiago Heleno, que não se entenderam até agora.

Há um vácuo de marcação já que, ao menos até agora, não marcamos a saída de bola vascaína com a mesma vontade e eficiência de outros jogos.

Nosso meio de campo restringe-se a Marcio Araújo para defender.

Teoricamente, Patrik faz o meio e com dupla função, defender e apoiar o ataque. Só Araújo cumpre bem o papel a ele destinado

Patrik parece atuar sob pressão e se mostra perdido sem descobrir seu espaço, completamente fora do jogo neste primeiro tempo.

Assunção continua sem mobilidade, guarnecendo, exclusivamente, a faixa direita do campo e sem qualquer tino criativo, posto que é um jogador limitado nesse aspecto, fazendo, exclusivamente, o arroz com feijão e a bola parada.

Hoje, pelo que vi neste primeiro tempo, atacamos bastante pelo flanco esquerdo, mas, se Gérley jogou bem, Luan não reeditou as suas melhores atuações.

Cicinho está dividido entre marcar Bernardo ou atacar e é notório que ele, a exemplo de Thiago Heleno, sente bastante a falta de Maurício Ramos.

Seu rendimento ofensivo neste primeiro tempo está baixo e ele não se entende com Maicon Leite, que, novamente, é figura apagada em nosso ataque.

Kléber é o mesmo de sempre, prendendo a bola e sem marcar a saída de bola com a mesma disposição e interesse de jogos anteriores.

O gladiador, cuja atuação foi apagada no primeiro tempo,  tem procurado desmarcar-se e apresentar-se para o jogo mais pelo flanco esquerdo, porém tem levado desvantagem diante dos zagueiros cruzmaltinos de maior envergadura e de porte físico mais avantajado.

Não creio que este resultado de 1 x 0 indique um jogo perdido e creio que temos condições de dar a volta por cima.

Mas para tentarmos a virada eu entraria, de cara, com Diney no lugar de Maicon Leite. Não digo no lugar de Kléber porque nem Felipão teria culhões suficientes para saca-lo do time mediante substituição normal de jogo.

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O SEGUNDO TEMPO

Acrescentar o que em relação ao segundo tempo?

Principalmente isto:

O Vasco soube aproveitar-se da vantagem do gol inicial e foi um time de uma obediência tática de cão adestrado ao seu treinador.

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Sem querer crucificar Felipão, a entrada de Henrique no time foi prematura e precipitada. Maurício Ramos e Thiago Heleno formavam uma boa dupla que se entendia muito bem e deveriam ter iniciado o jogo.

Ademais, Ramos vinha se constituindo em um dos artilheiros do time, aparecendo com eficiência na área adversária quando dos lances originados de bola parada. Não foi de bom senso prescindir da melhor arma com que o time tem contado ultimamente.

A sugestão de um esquema de três zagueiros feita por este e por outros blogs palmeirenses, talvez seja a melhor saída para o Palmeiras se fortalecer defensivamente e aumentar a ofensividade de um ataque fraco, improdutivo e com tão pouco poder de fogo.

Além do aproveitamento de mais um talento como Henrique no time principal, o Palmeiras se reforçaria no ataque com um esquema diferente de projeção dos laterais que se transformariam, definitivamente em alas, apoiando as jogadas ofensivas e ajudando a marcar a saída de bola dos adversários.

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Por falarmos em defesa, Thiago Heleno, do ponto de vista individual, jogou um partidaço.

As falhas de nossa defesa foram decorrentes de desentrosamento, de mau posicionamento e da falta de pegada de Assunção e de Patrik no setor de meia cancha, que sobrecarregou o trabalho de todos os zagueiros.

Outra coisa: como a nossa zaga é vulnerável no jogo aéreo! Quando a tv faz as tomadas em close-up,  a gente percebe a fisionomia nervosa dos jogadores e a tensão que esse tipo de jogada provoca em nossos defensores.

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Tenham certeza os defensores de Kléber, o peladeiro, o carimbador de bola, que ele é o principal responsável pelo engessamento ofensivo do time.

Felipão não tem culhões, repito, não tem culhões para saca-lo do time.

Kléber tem personalidade forte e inibe todos os jogadores que atuam ao seu redor, exigindo, frequentemente, que a bola lhe seja passada.Grita o tempo todo com os companheiros quando procuram outras opções para os passes.

Sei e reconheço que Kléber tem qualidades individuais, mas, taticamente continua sendo um desastre.

Essa contratação de Belluzo que pagou demais por um mediano com rótulo de craque  está custando caro à S.E. Palmeiras.

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Marcos, mais uma vez, foi o grande nome do Palmeiras e graças as suas excelentes intervenções o placar não foi mais dilatado.

Entretanto acho que ele marcou bobeira no lance que originou o segundo gol do Vasco, pela indecisão entre cobrir o canto, ir para a bola ou tentar antecipar-se ao atacante.

Marcos e Tiago Heleno foram os melhores do Palmeiras. Araújo Cicinho e Gérley, em meu modo de ver, salvaram-se da mediocridade geral que tomou conta dos demais jogadores, de Kléber, inclusive.

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Diney entrou e após dois minutos de atuação já houvera feito mais do que Maicon leite em 70 minutos, mas sua atuação parou por aí e, apesar de seu esforço, pouco produziu.

Mas como jogar com Kléber, o peladeiro fominha, o freio de mão, que quer sempre que a bola chegue aos seus pés, mas não pratica a reciprocidade.

Sem fazer gols há 7 jogos vejam o que Kléber declarou no intervalo do jogo:

- Não depende só de nós. A bola tem que chegar, e a gente tem que ter oportunidade. Se a bola não chegar, o gol não vai sair .

Pergunta óbvia: qual foi o atacante do Palmeiras que mais recebeu os passes e que mais tocou na bola?

Outra pergunta: alguém viu o Kléber dentro da grande área em algum momento do jogo que não fosse nas cobranças de faltas ou de córneres?

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Eu não entendo como é que Felipão insiste tanto com Vinicius, um jogador que, ao menos até agora, mostrou ser óbvio, previsível e absolutamente comum.

Como é que se dispensa de graça um jogador criativo que dribla e parte pra cima como o Max Pardalzinho sem lhe proporcionar as necessárias oportunidades e se insiste tanto com cinturas duras.

Tenho toda a paciência com Vinicius, mas ele não mostrou, ao menos até agora, nada que justificasse a sua promoção ao elenco principal.

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Como esperar que Assunção ou Patrik elaborem o trabalho de criação de jogadas, considerando-se que o primeiro é um lançador comum, sem visão ou percepção do chamado ponto futuro e o segundo está muito mais para carregador de bola?

Ontem eu tinha a esperança de que, mesmo sem Valdívia, poderíamos vencer, já que as nossas melhores apresentações este ano, sequer contaram com a presença do chileno, mas me equivoquei.

Cheguei à dolorosa constatação de que se com Valdívia a coisa está ruim, sem ele vai ficar muito pior.

FICHA TÉCNICA DE VASCO 2 X 0 PALMEIRAS
Estádio: São Januário, Rio de Janeiro (RJ)
Data:11/8/2011                                                     /               Público:1.706 pagantes Renda R$ 44.635
Árbitro: Leandro Vuaden (Fifa/RS)
Assistentes: Altemir Hausmann (Fifa/RS) e Erich Bandeira (Fifa/PE)       
Goleadores: Diego Souza e Elton                                              VASCO: Fernando Prass, Fagner, Renato Silva, Anderson Martins e Julinho, Rômulo, Jumar (Felipe, 13'/2ºT), Juninho e Diego Souza (Victor Ramos, 30'/2ºT); Bernardo (Leandro, 18'/2ºT) e Elton. Técnico: Ricardo Gomes
PALMEIRAS: Marcos, Cicinho, Henrique (Maurício Ramos, 28'/2ºT), Thiago Heleno e Gerley; Márcio Araújo, Marcos Assunção e Patrik (Vinicius, 37'/2ºT); Maikon Leite (Dinei, 18'/2ºT), Luan e Kleber. Técnico:         Cartões amarelos: Henrique, Thiago Heleno (PAL)

CONCLUSÃO:

Felipão está dançando na corda bamba. O Palmeiras não pode sequer pensar em perder para o Vasco, domingo, pelo Brasileirão.

O jogo será, novamente, em São Januário e o Vasco, ao contrário de hoje, vai entrar em campo com todos os titulares e reforçado pelo melhor zagueiro brasileiro da atulidade, Dedé, que volta da seleção.

Scolari até que resiste a pressão de perder domingo, desde que consiga classificar o Palmeiras, semana que vem,  para a seqüencia da sul-americana,

Se não obtiver a classificação será sumariamente dispensado, independentemente do tamanho ou valor da indenização.

Nessas circunstâncias, mesmo com todo o beneplácito, boa–vontade e apoio da maior parte de nossa torcida, a presença de Scolari à frente do Palmeiras tornar-se-ia inviável.

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HOJE TEM VASCO E PALMEIRAS PELA SUL-AMERICANA!

 

Toda a vez que escrevo o nome do certame, lembro-me dos locutores de rádio e tv que chamam, impropriamente. o campeonato de sulamericana emendando as duas palavras.

Sulamericana só se for a cantora Sula, a rainha dos caminhoneiros, nascida no continente Sul-Americano.

Para que não digam que não falei de flores, ela foi “um pedaço de bom caminho” que, há alguns anos, segundo as revistas e os colunistas de fofocas, mexeu muito com a cabeça e com o coração de Silvio Santos.

A pronúncia correta desse vocábulo composto,  pressupõe a separação das duas palavras, partindo-se  do princípio de que os substantivos pátrios serão, sempre, separados por hífen.

Ninguém vai dizer “Sul, hífen, Americana”, mas haverá de respeitar o hífen, pronunciando, separadamente, Sul, (espaço), Americano, nunca Sulamericana.

Meus colegas locutores televisivos, “habitués” anônimos deste OAV, anotem, antes de dizer que este blogueiro é um  chato: o nariz-de-cera destes seis primeiros parágrafos é proposital.

O que escrevo tem finalidade, senão didática, informativa, evidenciando o quanto vocês, sim, senhores locutores de tv, se tornam chatos quando ficam introduzindo dados históricos e estatísticos às transmissões.

Quem se interessa pelo ítem liga o CPU, entra no PTD, no Palestrinos, no site oficial e em outros, e fica sabendo de tudo com riqueza de detalhes, para que se fale somente a respeito dos dados históricos do Palmeiras.

Mas, por amor a Deus, poupem-nos disso nas transmissões, amém, nas quais estamos querendo saber, apenas e tão somente, quem está com a bola,  nada mais do que isso.

Há espaços vazios durante o relato? Que tal preenche-los com informações dos clubes que estão jogando? Por que não chamar os repórteres ou o comentarista?

Em poucas palavras, o que se espera de uma transmissão de tv, mais do que qualquer outra coisa, é o casamento do áudio com a imagem, a razão de ser da existência do narrador.

É interessante, também, a atualização constante do noticiário pelos repórteres,  pelos repórteres… (supostamente mais bem informados). Mas na Globo e no Sportv os repórteres não passam de peças decorativas…

É imprescindível opinião do comentarista (não deve ser imposta) para a ampliação da an álise e da visão jornalística do evento focalizado.

Se for possível, repercutir notícias e fatos de momento, pois a informação útil, eu disse a útil,  complementa o que o telespectador inteligente espera ver e ouvir em  transmissões de futebol na televisão. O resto é perfumaria!

Infelizmente a famigerada escola do estrelismo-individualismo, em voga no rádio, contagiou, ainda com mais virulência, a turma da televisão.

Hoje, qualquer narradorzinho pé-de-chinelo da tv se julga um notável, uma celebridade. Os caras, quando assumem o microfone têm ânsia incontida por falar e viram verdadeiros palradores esportivos.

Milton Leite, cujo trabalho é diferenciado e eu admiro, o que não o poupa de minhas críticas construtiva, tem incorrido nesse erro elementar de falar em demasia, e de querer ser a um só tempo narrador e comentarista, tipo Galvão Bueno, hoje a suprema chatice da narração esportiva televisiva no Brasil.

Não há nada de pessoal nessa crítica forte a Galvão, simpático enquanto profissional e cordial como pessoa, desde quando o conheci na década de 70, trabalhando na Rádio Gazeta de São Paulo, sem imaginarmos (eu e ele) que, um dia, teria o estatus profissional que, a sua custa e por seus próprios méritos, conquistou.

A chatice de Galvão não é implicância minha, mas uma constatação em âmbito nacional, comprovada e consagrada pela mobilização popular via Internet da época da copa africana, no movimento denominado “cala a boca Galvão” que entupiu a rede e teve amplas repercussões.

Milton Leite e outros narradores globais, postulantes naturais ao cargo de Galvão, são míopes e ruins de percepção quanto imitam a forma de atuar do titular. Senão, vejamos!

Eles não conseguem enxergar que não há e nem nunca houve restrições a Galvão como narrador, quesito em que, apesar da garganta ruimm da voz cansada e da idade, ele ainda figura entre os melhores.

As restrições a Galvão referem-se, sempre, às suas indevidas incursões como comentarista, ao excesso de conversa mole que introduz nas transmissões e às suas constantes interferências no trabalho dos companheiros de equipe, direta ou indiretamente.

É exatamente isso que vêm fazendo Leite, Machado e De Múccio e outros que exorbitam de suas funções e se transformaram em “galvãozinhos como se fossem ele os novos proprietários das transmissões.

Mesmo escoltado por um comentarista da categoria de Noriega, Leite parece querer açambarcar a transmissão, chamando-o muito pouco. 

Quando o faz, pauta o comentarista com uma pergunta indutiva, sem permitir que o colega aborde o assunto como gostaria de fazê-lo.

Duvido que a Globo esteja exigindo padronização de estilos. Seria a padronização da chatice, da mediocridade e do desvirtuamento de funções.

A Galvão, pela idade, pelo nome e pela imagem se tolera. Aos outros, não! Já basta o Galvão! Seria demais para o meu “áudial”!

Em suma: Os narradores globais imaginam que estão imitando  Galvão, mas, na prática, imitam a decadência de Galvão que é tomada como paradigma.

Estão se perdendo na vala comum da imitação barata que soa muito menos como respeito ou homenagem, mas como vassalagem! Todos!

Não sei quem narra o Palmeiras X Vasco desta noite. Possivelmente será um narrador do Sportv Rio. Tomara que seja o Robby Porto.

Ele não tem a técnica e a qualidade vocal de Milton Leite, mas acaba sendo melhor para o telespectador porque se limita a narrar o jogo, não interfere no trabalho do comentarista e não fica tirando do baú dados estatísticos pretéritos sem a menor importância.

Com Robby narrando eu sei sempre com quem está com a bola e não que o Palmeiras tem uma grande vantagem histórica sobre o Vasco ou que Mazola comandou uma virada histórica sobre o bacalhau saindo de um 0 x 2 para um 4 x 2 no final dos anos 50s.

SOBRE O JOGO DESTA NOITE ESPERO QUE, MESMO SEM VALDIVIA, CONSIGAMOS UM GRANDE RESULTADO.

ALIÁS, NOSSOS RESULTADOS MAIS EXPRESSIVOS FORAM CONQUISTADOS ESTE ANO SEM A PRESENÇA DO CHILENO.

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