Observatório Alviverde

30/10/2017

QUE NINGUÉM SE ILUDA! ALBERTO VALENTIM NÃO É UMA PANACEIA!!!


Ontem fui obrigado a ir ao médico, a fim de revisar as duas cirurgias que fiz na semana passada. Demorou demais o atendimento! 

Quando cheguei em casa o Palmeiras já perdia por 1 x 0 e a TV mostrava um pênalti escandaloso em Keno que, como sempre, o árbitro não marcou e os locutores sequer registraram.

Mas, se mal pergunto, por que o Palmeiras não protestou contra a escalação do árbitro Héber Lopes antes do jogo? 

Por que, a exemplo do Grêmio não armou um escândalo, um escarcéu que inibisse por antecipação os maus propósitos de Heber Roberto Lopes, conquanto já se sabia que o tendencioso apitador poderia complicar? 

Outra vez, mais uma vez, como de hábito e costume, Héber complicou! Muito. Muitíssimo!  

Após tantas trocas, inversões de marcação e até propositais e convenientes omissões, sempre em detrimento do Palmeiras, chegou ao paroxismo da cara-de-pau com a absurda anulação do gol de Borja, limpo límpido e cristalino.

Sob a falsa alegação de uma falta inexistente (lembrou muito aquele gol de Obina contra o Flu que o intragável Simon, aquele que agora quer dar  lições de conduta, dignidade e de moral pela TV, também absurdamente anulou) preferiu aderir ao sistema mesmo ciente e consciente de que cometia um erro grosseiro que influía diretamente no resultado do jogo.

Eles fazem isso porque sabem que terão sempre o beneplácito da mídia, tanto e quanto de Arnaldo et caterva, referendando e legalizando todo e qualquer lance que prejudique o Palmeiras e que prejudicar essa equipe só os faz progredir no seio profissional. 

Por falar em mídia, decepcionou-me a narração de Luis Carlos Júnior no Première, bom locutor, porém falso, faccioso, falacioso e que torceu visível, irritante, incontrolável e anti-éticamente contra o Palmeiras. 

LCJ que eu imaginara pudesse realizar uma transmissão isenta, deu um show de falsidade e prestidigitação verbal, imaginando que pudesse enganar todos aqueles que compulsoriamente eram obrigados a ouvi-lo em face do criminoso monopólio global. 

Ele só faltou pronunciar em pleno ar que estava torcendo pela derrota do Palmeiras ! O resto ele falou, continuou falando e se repetindo irritantemente trocentas vezes até sem perceber (ou será que percebia e o fez de propósito?) deixando transparecer ressentimentos e antipatias contra o Verdão. Esse cara é um verdadeiro locutor histrião!

E eu que o tinha como uma das minhas referências e exceções do deserto de ideias, concepções, postura, ética e boa conduta da mídia brasileira, obrigo-me a partir do jogo de ontem a refazer meu pensamento, em face da vergonhosa desfaçatez com que narrou o Verdão x Cruzeiro, torcendo e distorcendo em pleno ar, o tempo todo, sempre contra o Palmeiras.

A partir de hoje coloco LCJ, sem qualquer dúvida, remorso ou piedade, na esteira comum dos locutores que não são dotados de atributos imprescindíveis ao exercício da profissão como a isenção, a neutralidade e o respeito a todos os clubes.

Comedido e conveniente embora -só por isto me enganei com ele num primeiro momento-, Luis Carlos Júnior, antes de tudo, é um faccioso, um tendencioso, um injusto! Daqueles de carteirinha, broche de lapela, caneta, relógio e tudo que pode identificar clubismo e, consequentemente, falta de isenção.

Conclúo, então que ele, bom locutor e péssimo profissional, se alguém me disser que  é filiado no PT e amigo de íntimo de Lula, Temer, Aécio, FHC e de Gilmar, eu não vou duvidar! 

Nunca!

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O JOGO

Se eu afirmar que o time não jogou nada contra o Cruzeiro, passarei, publicamente, um atestado de ignorância aos leitores deste blog.

O Palmeiras, sem qualquer dúvida, jogou muito mais bola do que o Cruzeiro e, sem fanatismo algum ou favor, merecia ter vencido por 4 x 2 ou até mais, tantas foram as situações de gol criadas pelo ataque do Verdão, milagrosamente contornadas pela defesa mineira.

Vou dizer novamente pela enésima vez o que todos já estão "carecas" de tanto ler neste espaço e que se trata de uma verdade absolutamente incontestável e indesmentível:

Para derrotar o Cruzeiro e (como está provado) o Curica, basta recuar o time, dar campo a eles, esperar que venham pra cima e aplicar o mesmo veneno que eles aplicam, o contra-ataque.

Ocorre que algumas vezes pela falta de visão dos treinadores (não se deixem iludir em relação a Valentim, ainda na casca do ovo) ou pela necessidade de aparecer e ganhar aplausos da torcida, abdicam de táticas elementares em nome da sofisticação e entregam  na bandeja os resultados, os pontos e os campeonatos.

O Palmeiras, em tudo e por tudo foi melhor do que o Cruzeiro, tanto no quesito toque de bola, na criação  de jogadas ofensivas e, até, de arremate a gol.

Há que se ressaltar novamente e sempre, a péssima arbitragem de Héber Roberto Lopes como outro fator importante nesse tropeço do Palmeiras. 

Infelizmente o futebol do Palmeiras continua "ao deus dará", completamente sem voz para certas demandas do extra-campo, importantíssimas conquanto desprezadas, mas que têm o poder de decidir os campeonatos!

Custava a Matos, o diretor de futebol mais bem pago do país, ter ido à mídia neste final de semana (a exemplo do que fez o Grêmio) e proclamar que o Palmeiras não se sentia à vontade com a escalação de Heber Roberto Lopes e que se considerava ameaçado a partir da indicação desse "soprador de apito" a quem muitos chamam de árbitro de futebol?

Matos, como sempre, acomodado e conveniente, não tomou nenhuma iniciativa e sequer se deu ao trabalho ou cogitou disto.

Diante de tudo isso a pergunta é obrigatória: Afinal, Matos é um diretor de futebol ou, apenas, um projeto?

Na realidade ele sabe que tem sobre a cabeça a "espada de Dâmocles" e que a qualquer momento pode receber o bilhete azul e tomar outra direção que não seja o Palmeiras.

Conveniente (isso é próprio de seus coestaduanos) Matos vai defendendo o cargo que ocupa sem eficiência, eficácia ou grandeza, pois um grande diretor de futebol não pode ser alguém limitado à negociações e transações de jogadores.

Em resumo, há muito mais o que fazer na lida diária e na saga de um diretor de futebol profissional do que, simplesmente, negociar!

Enquanto isso o presidente e a diretoria, todos, sem exceção, amadores em suas essências, têm em mente que o atual diretor de futebol exerce um extraordinário trabalho de bastidor em prol do clube e que a partir do término do Brasileiro "estará contratando os melhores jogadores do mercado" para fazer do Palmeiras novamente, um time Campeão.

Ledo engano pois o que ele fez com muita grana nas mãos, foi apenas contratar jogadores medianos a preço de craques e "craques" a preços recordes, superfaturados e muito acima da tabela, ainda que sabendo que havia N jogadores de melhor qualidade a ser contratados na maioria dos clubes brasileiros!

Em relação a Matos eu quero dizer agora justamente o que disse outro dia neste OAV: apesar das verbas que manuseou e de todo o dinheiro de que dispôs nesta temporada, mostrou parcos conhecimentos no que tange  formação de times de futebol.

Suas contratações (a maioria absoluta delas) não deram certo o que gerou uma imensa movimentação no elenco em termos de compra e venda, contrariando aquilo que Sr. Alcides Reinaldo, meu sapientíssimo pai, já dizia na década de 50. "Pedras que muito rolam não criam limo"!

Mas não será isso que cria jogadores descompromissados com os clubes? 

Meros aproveitadores de contratos, não estão nem aí para o time e para a torcida, se escondem atrás de contusões lotando os departamentos médicos e nem querem saber se o time será campeão ou não!


FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 2 x 2 CRUZEIRO
Data: 30 de outubro de 2017, segunda-feira no Allianz
Local: Estádio Palestra Itália, em São Paulo
 
Árbitro: Héber Roberto Lopes - Péssimo, interferiu no resultado do jogo deixando de marcar dois penais em Keno e anulou um gol legítimo de Borja. Vade retro curicano. Nota 3.

Assistentes: Helton Nunes e Thiago Americano Labes - Quase ao nível baixo de Héber, pois, na dúvida, decidiram sempre pro Cruzeiro. Nota 4.
 O Palmeiras tem de fazer uma lista dos árbitros que o prejudicam sistematicamente e ao menos tem de pedir para que não sejam escalados nos jogos do time.

Público: 37.961 pagantes Renda: R$ 2.832.058,34  (Se o preço é indivisível, por que há centavos na renda?   

Gols:
PALMEIRAS: Borja, aos 34 minutos do 1º Tempo e aos 40 minutos do 2º Tempo
CRUZEIRO: Juninho (contra), aos 5 minutos do 1º Tempo, e Robinho, aos 18 minutos do 2º Tempo

CRUZEIRO: 
Fábio; Ezequiel, Manoel, Murilo (Digão) e Diogo Barbosa; 
Henrique e Lucas Romero; Rafinha, Thiago Neves e Arrascaeta (Lucas Silva); 
Rafael Marques (Robinho)
Técnico: Mano Menezes
   
Cartões amarelos: Lucas Romero e Robinho (CRU)
 
PALMEIRAS: 

Fernando Prass;  Cada dia melhor e mais seguro. Não teve culpa nos gols que sofreu e ainda salvou o Palmeiras no início do segundo tempo com uma defesa espetacular. Nota 8.

Mayke: o primeiro gol do Cruzeiro surgiu pelo seu setor. Fez o que pode e lutou, mas está longe de ser o lateral titular de um time que deseja ser campeão. Nota 5.

Edu Dracena: outra vez foi o melhor da defesa. Nota 6.

(Luan): entrou muito no fim devido à contusão de Dracena e quase não participou do jogo. Sem Nota.

Juninho: por falta de categoria e experiência fez um gol contra que mudou a tendência do jogo e descontrolou psicologicamente o time palmeirense. Nota 4

Egídio: ofensivamente bem, com bons e maus cruzamentos. Defensivamente razoável, driblado e envolvido muitas vezes, nota 7.

Jean: lutador, empreendedor, participativo, mas faltou o principal, bola. Nota  5,5

(Roger Guedes). Demorou a entrar e entrou sem ritmo de jogo. Valeu só pela abnegação e esforço. Nota 5.

Tchê Tchê: não sei porque criticam tanto esse jogador que marca e apoia muito bem e é, sem qualquer dúvida, um dos grandes destaques do time. Nota 7.

Moisés: joga improvisado pois não é um armador, mas um meia de chegada. Esta sendo sacrificado pelo esquema porque Matos esqueceu de adquirir reposições para a posição. Nota 7

Keno: Muito marcado só apareceu a partir dos 20 minutos. No todo, não foi mal, mas usou muito pouco os seus recursos do drible e da velocidade. Nota 6,5.

(Deyverson) entrou muito tarde em um time que explorou demais o jogo aéreo jogando com Dudu e Keno. Nota 6.

Borja: é jogador para atuar perto do gol, com todo o esquema de jogadas voltado para ele. Fez três gols. Eder Roberto Lopes deu uma de Simon e incompreensivelmente anulou um, justamente o mais bonito, um gol de cabeça legítimo do colombiano. Apesar de muitos erros de passe, mostrou que tem qualidades e que deve ser mais bem aproveitado e explorado. Constituiu-se, ontem, na personagem do jogo. Nada mal para quem estava mergulhado no ostracismo e recebia o desprezo de Cuca. Nota 7,5

Dudu: foi o Dudu de sempre, ágil, rápido, inteligente e muito acima da média geral.  Em minha avaliação o melhor entre os palmeirenses. e o craque do jogo Nota 8 

Técnico: Alberto Valentim:
Com ele o  time pelo menos teve atitude, espírito de luta disposição e tudo o que faltava no tempo de Cuca. 

Foi afobado ao mandar o time pra cima do Cruzeiro levando vários contra-ataques mortais nos quais a bola acabou entrando duas vezes na meta palmeirense. 

Como este blog alertou, o sistema de jogo do Palmeiras, mesmo jogando em casa, deveria ser aquele de defender e, depois, se possível, atacar e ganhar. Mas foram os mineiros que jogaram assim. Faltou visão a Alberto Valentim para detetar o problema

Domingo que vem contra o Curica, lá no penico do Lula, o Palmeiras terá de jogar do mesmo modo pois se tentar jogar tomando as iniciativas do jogo, atacando o tempo todo e se lançando para cima da mulambada, o Palmeiras vai perder de novo.

Eu só quero dizer, com muita antecedência, que Alberto Valentim não é uma panaceia!

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