EM 2018 O RODÍZIO DE FELIPÃO "QUASE" DEU CERTO!
O Palmeiras enfrenta o São Caetano hoje às 19 H no Anacleto Campanela, escalado de maneira diferente por Felipão que garante que vai dar sequência ao rodízio nesta temporada.
Sou, por convicção, radicalmente contra a prática, embora reconheça que três ou quatro jogadores menos dotados do ponto de vista fisico, não apenas podem, mas devam ser substituídos.
Já disse, repeti e repito que, mesmo em elencos grandes e caros como o do Palmeiras, há a necessidade premente de se formar um time base com suficientes condições de entrosamento, sem o que as perspectivas de chegar aos melhores resultados e aos títulos, diminuem consideravelmente.
Sei que a minha sinceridade e franqueza em emitir os meus pontos de vista provoca reações contrárias, sobretudo da parte daqueles que acompanham futebol sob a égide dos resultados e que não têm coragem suficiente para antecipar opiniões.
Sei, perfeitamente, e quem é observador arguto também sabe que o tal "rodízio" foi adotado por Felipão exclusivamente por razões de harmonia interna.
Mesmo ele, o técnico de maior status, tanto e quanto aquele de maior influência e liderança entre todos os em atividade, hoje, no Brasil teria dificuldades em manter o equilíbrio do grupo atual, repleto de jogadores de nome e influencia de muitos caciques e tão poucos indios.
Concordo com meu irmão médico (clínico geral) quando ele diz que toda a vasta gama de recursos medicinais e toda a gama de exames que existem hoje falam melhor até do que os próprios jogadores envolvidos quando eles têm de se tratar ou de jogar e que a modernidade exige tais procedimentos.
Também concordo quando ele afirma que o futebol hodierno exige cada vez mais do físico de cada jogador e que nem todos possuem a mesma resistência física, tanto e quanto os acidentes de trabalho não escolhem ninguém, mas, simplesmente, chegam e tiram muitos atletas da atividade.
Concordo, repito, com ele, sim, e reconheço que um ou outro jogador pode e deve ser substituído, mas abrir mão de um time inteiro, sobretudo de um time organizado e, principalmente, entrosado, significa, como se dizia antigamente, "entregar-se aos paraguaios". Hoje significa entregar-se aos argentinos, aos uruguaios, aos colombianos, e, até, aos bambis, aos flamenguistas e aos curicanos.
Ninguém irá me convencer que segundos times formados por jogadores de menor expressão do que os titulares jogará suficientemente para superar os titulares, sabidamente aqueles melhores ou a "nata" de um elenco.
O problema é a carga de jogos?
Que "cazzo" então é esse preparo físico de hoje, ministrado a atletas que não consegue suportar sequer dois jogos por semana? Há algo errado nisto, concordam?
Se estivessemos em final de temporada eu admitiria em gênero, número, gráu, tempo e caso com o rodízio, mas fazer isto em início de temporada quando já se tem disponível a base de um time campeão do ano, eu considero, sinceramente, um desperdício.
De qualquer forma é essa a maneira que Felipão encontrou de conseguir manter todo mundo motivado e ligado, à espreita de poder entrar em campo a qualquer tempo e hora.
Em razão disso quero deixar claro que respeito, não apenas a posição de Scolari, mas a própria escolha do treinador visando à facilitação de seu trabalho em um ambiente harmônico e de competitividade sã e leal.
Felipão, malgrado os bons resultados do ano passado está longe de ser o técnico dos meus sonhos, embora, repito, o respeite pela aplicação no trabalho, liderança, seriedade, honestidade competência e, (por que não dizer?) pelos próprios resultados positivos que ele sempre obtém.
(olha eu direto e franco novamente, provocando a ira dos analistas de resultado)
Felipão gosta de formar, exclusivamente, times que buscam os resultados e eu prefiro times clássicos e capazes de ganhar os jogos sem tanta dificuldade, ou como se diz hoje em dia, sem tanta "sofrência".
Foi por isto que, há tempos, quando o Palmeiras dispensou o esforçado e dedicado Róger Machado, coloquei Felipão como a minha segunda alternativa de contratação.
Róger ainda tem muito a aprender, sobretudo no que concerne à administração de grupos, personalidades e vaidades, aspectos nos quais Scolari é um especialísta de altíssimos nível e estofo.
Dito isto, prometo-lhes, não voltarei ao assunto "rodízio" a fim de dar toda a tranquilidade a Felipão e, -sinceramente- espero que o errado seja eu. Apesar da desimportante opinião que emito, Felipão, preliminarmente o segundo em minha preferência, continua contando com todo o meu apoio e respeito.
O jogo do Palmeiras, hoje, é contra o perigoso São Caetano, lá no território deles.
O mais provável time do Palmeiras é este:
Weverton (Jailson); Marcos Rocha, Luan, Gustavo Gómez e Diogo Barbosa;
Felipe Melo, Bruno Henrique (Moisés) e Lucas Lima;
Felipe Pires, Carlos Eduardo e Borja
Técnico: Luiz Felipe Scolari
Para que você possa comparar o time de hoje com aquele que venceu o Botafogo no Allians:
Prass, Marcos Rocha, Antonio Carlos, Edu Dracena e Vitor Luís.
Thiago Santos, Bruno Henrique, Scarpa (Felipe Melo), Zé Rafael (Lucas Lima).
Dudu (Carlos Eduardo) e Deyverson.
Será que contra o Curica Felipão mantem o time de hoje ou coloca a mesma onzena que venceu o Botafogo? Como vai ficar a importante questão do entrosamento?
Estão vendo porque eu sempre digo que o rodízio, na maioria das vezes, é anti-producente, um desperdício e um verdadeiro tiro no pé?
Em 2018 "QUASE" deu certo!
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