Observatório Alviverde

29/09/2010

QUANDO O FOGO ESTAVA SE EXTINGUINDO, PALAIA ATIROU GASOLINA!

Tenho muito respeito pela opinião de todos os que escrevem neste espaço e não podia ser diferente.

Nem sempre concordo com tudo o que dizem, mas sou convicto de que muitos também não concordam com tudo o que escrevo.

A bem da pluralidade de idéias e visando ao melhor consenso de pensamentos, tem de ser mesmo assim.

Muitos não concordaram com o que eu disse sobre Palaia.

Na verdade fiz, apenas, críticas pontuais ao dirigente, calcadas no comportamento (radical, exagerado, hiperbólico, indomável e irascível) que o caracteriza , nada mais.   

Em nenhum momento o acusei de inepto, de incapaz, de ineficiente, de burro, de incompetente…

Tudo isso, só o tempo vai mostrar,  se Palaia, efetivamente, ganhar um mandato além deste exclusivamente emergencial que ostenta, a que chamamos. na gíria do futebol, de tampão.

A minha maior crítica refere-se à forma brusca, grosseira e desumana com que demoliu o departamento de futebol e a maneira desrespeitosa como descartou Cipullo, Genaro, Savério e até Seraphin Del Grande.

Isso revela a sua falta total de habilidade e de jogo de cintura, fatores, hoje, absolutamente indispensáveis para o sucesso de um administrador.

Para Palaia, o mais importante era chegar com tudo, chutando o pau da barraca para impor a dominação e demarcar uma liderança. Pelo menos é o que ele pensa.

Inconseqüente que fol,  não pensou que o Palmeiras tinha um jogo importante e vital esta noite contra o Internacional.

Imediatista que é, nem considerou que tínhamos eleições no próximo final de semana, isto é, tempo de sobra para tomar a atitude de forma natural. 

Se tivesse cálculo e frieza, ele poderia, perfeitamente, esperar o jogo de hoje, a fim de diluir a dose cavalar de estresse que passou a Felipão e ao elenco.

Ele deveria, a bem da harmonia e da satisfação dos egos que votam nas eleições do Palmeiras, preparar o técnico, os jogadores e os seus pares de diretoria para a tomada de uma medida tão radical, que abala, sem qualquer dúvida, os alicerces do futebol profissional. Foi um tiro no pé.

Ele agiu exatamente como o fez quando dispensou Tite, deixando-se "emprenhar pelos ouvidos" ao escutar a resenha de um dos jogadores mais malandros e indisciplinados que já vestiram a nossa camisa, Edmundo, que estava sendo deixado a margem por um técnico que queria ganhar.

Acho um contra-senso afirmar-se que Palaia tomou as medidas que tomou,  simplesmente, por um extremado amor ao Palmeiras. 

Concordo, sim, que ele tenha muito amor pelo clube, mas  não tenho dúvidas que seu amor ao próprio ego (hipertrofiado) é muito maior.

Por falar em concordar eu digo que concordo com Palaia quanto à dissolução do departamento de futebol.

Não concordo é com a forma abrupta (pronuncia-se ab- rupta) com que tomou a medida atropelando a tudo e a todos.

Se uma simples extração dentária exige anestesia, por que não se usar de tato e boa educação ao efetuar a troca dos dirigentes, todos seres humanos, pais de família, homens, até prova em contrário,  probos, honestos, decentes e não menos apaixonados do que nós e do que o próprio Palaia pelas cores do Palmeiras?

Palaia, paulistano da gema a julgá-lo pelo sotaque, está inserido na sociedade de um centro urbano desumano em que as pessoas não tem nomes, apenas números e são descartadas sem a menor cerimônia desculpa ou consideração. Quem sabe isso possa explicar a sua atitude…

O que ele fez com Tite, anos atrás,  foi patético, vil, de um péssimo gosto e de um total desrespeito.

O Palmeiras teve sorte que Tite, ótimo caráter,  não recorreu à CLT reivindicando danos morais. De posse  de uma simples gravação de áudio ou vídeo, arrolando duas fáceis testemunhas, o gaúcho teria faturado uma fortuna através de uma ação por danos morais.

Certas pessoas ainda não entenderam que estamos vivendo uma outra época, pouco ou nada fértil à irascibilidade, socos na mesa, xingamentos, bravatas, desrespeitos e a atitudes empresariais precipitadas. Precisam abrir os olhos e, principalmente, a cabeça…

O mundo moderno exige tato e jogo de cintura.

Custava alguma coisa a Palaia chamar os demitidos, conversar com eles e explicar os novos planos?  Por que submetê-los à desmoralização e à execração?

Isso faz recrudescer o ódio,  piorando e deteriorando o já péssimo ambiente do clube, potencializando a mesma corrente de pensamento negativa que vem aniquilando as nossas equipes dentro de campo.

PALMEIRAS X INTER

O INTER é um daqueles incômodos adversários que enfrentamos anualmente.

É um dos poucos clubes contra o qual, na história da rivalidade e dos confrontos, não conseguimos levar vantagem.

Além de ser o atual campeão da Libertadores, tem um time espetacular e um elenco invejável.

Vai jogar desfalcado por cinco jogadores, mas isso nada representa para um grupo de 20 titulares.

Quando a nós estamos firmando, pegando no breu.

O time vem se ajustando e encontrando um jeito de jogar.

Resta saber agora se o "Furacão Palaia" (Eta homem inábil) vai interferir no emocional dos jogadores e no rendimento da equipe dentro de campo.

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