Observatório Alviverde

10/02/2010

O jogo foi pobre, muito aquém das expectativas de palmeirenses e piauienses. Frustrou a torcida que esperava um espetáculo de melhor categoria, não o jogo defensivo, espremido, faltoso, truncado e amarrado, sem jogadas bonitas e sem qualquer criatividade que se viu no Albertão.

Tudo o que se possa dizer sobre o estado ruim do gramado, início de temporada, falta de preparo físico, calor escaldante, não justifica de forma alguma o joguinho feio e entendiante que se viu.

O Palmeiras pecou, como vem ocorrendo sistematicamente, pela falta de criatividade e objetividade. Mais do que isso faltou gana e um esforço-extra para que buscasse a vitória.

Tàticamente, os nossos laterais, outra vez, não foram bem. Novamente, ficou notória a nossa deficiência ofensiva caracterizada pelas limitações de Robert, muito longe de ser o centro-avante ideal. A deficiência na exploração do jogo pelas alas, forçou as tentativas de infiltração pelo meio, justamente o setor mais povoado do Flamengo, um time que só se defendeu.

A forte retranca flamenguista, que marcou atrás da linha da bola, diminuiu os espaços úteis para o jogo. Em razão disso, os nossos volantes e meias eram pressionados assim que ultrapassavam a linha limítrofe do meio de campo e tinham dificuldade para o passe. Por isso, pouco armaram.

Tanto é verdade que a maioria das jogadas de saída de bola ocorreram através de Danilo e Edinho. Na sequencia de uma arrancada de Edinho, no segundo tempo, surgiu a jogada que redundou no gol solitário do jogo. Mas o que se pode esperar de um time que faz a armação por intermédio dos zagueiros?

Nem o costumeiramente criativo Cleiton Xavier conseguiu jogar. Diego, em razão disso, abusou do individualismo, perdido na marcação forte, no excesso de adversários e na falta de inspiração. Mas craque é craque e foi Diego quem decidiu o jogo em lance individual dentro da pequena área aos 29 do 2º tempo.

Francamente, faltou ao Palmeiras mais jogo, mais bola e também mais alma e mais coração. Apesar de todos terem corrido e se esforçado, faltou-nos aquilo que um time da estirpe do Palmeiras tem como obrigação mostrar em partidas difíceis como esta em Teresina, poder de decisão, traduzido pela palavra s-u-p-e-r-a-ç-ã-o.

Com superação e sem pensar tanto no jogo do Paulistão contra o Botafogo de Ribeirão Preto, certamente que teríamos evitado o jogo nº 2 contra o Flamengo(Pi) em São Paulo.

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