Observatório Alviverde

06/10/2017

FALTA VOZ AO DIRETOR DE FUTEBOL DO PALMEIRAS!



Os doze (12) pontos que separam o Palmeiras do Curica, não podem frear a trajetória de uma equipe em busca de, ao menos, um melhor posicionamento no Brasileiro.

Primeiro porque, matematicamente, o Palmeiras tem (ainda) uma minúscula chance de ser campeão e, quem sabe, possa salvar o ano via esta improvável alternativa!

Depois, porque se impõe a necessidade de classificação ao menos em quarto lugar, para que o time entre direto na Libertadores.

Se chegar a partir do quinto lugar, enfrentará os incômodos de uma pré-disputa com times de menor expressão, em que correria severos riscos de deixar precocemente a competição findos apenas dois jogos.

Há, ainda, um aspecto especial importantíssimo embutido na questão. 

O time campeão nacional de 2016, cujo "year after", isto é, o ano subsequente, está sendo, ao menos até agora, um fiasco total, com a perda de todos os títulos disputados na temporada. 

Um esforço final coroado de êxito, teria a chance de, senão apagar, ao menos minimizar o mal estar que permeia as discutíveis performances de Mattos e Cícero na condução do futebol profissional palmeirense.

Não, não estou dizendo o que digo ou afirmando o que afirmo simplesmente por achismo.

O faço, primeiro, pela constatação de tudo o que ocorreu neste morno 2017.

Depois, pelo levantamento que fiz até agora das contratações e campanhas, sob Matos e Cícero no departamento de futebol. 

Elas mostram que o Palmeiras gastou mares de dinheiro no mercado da bola com resultados em campo incompatíveis com os investimentos.

De mais a mais, ou, melhor, de menos a menos, a atuação da dupla no trabalho de bastidores e no que respeita a impor a força do clube junto à CBF, FPF, às arbitragens, aos tribunais e junto à própria mídia tem sido pífia.

Muita coisa negativa tem sido atribuída ao presidente sem que ele mereça, em face da omissão silenciosa inexplicável dos diretores remunerados.

Nos momentos em que time mais precisa dos bastidores, eles se escondem, se omitem e parecem, literalmente, se preservar, quem sabe visando a um novo contrato em outro clube. Afinal eles são, ambos, profissionais.

Encarar os fatos negativos, criticar quem os perpetra e defender aberta e radicalmente os interesses do clube via mídia, faz parte integrante da missão de um diretor de futebol! 

Pragmaticamente, convenhamos, o Palmeiras não tem tido, ao menos como deveria e merecia, este tipo de respaldo e cobertura, importantíssimos! Seria por que mineiro trabalha em silêncio?

Não se vê não se ouve, sequer se lê, as vozes e as palavras de nossos diletos diretores que estão entre os mais bem remunerados do futebol brasileiro, quando o Palmeiras é prejudicado dentro e fora de campo. 

Eles usam a mídia paulistana para se manifestar?  Ao menos aqui em BH não chega qualquer informação nesse sentido!

Em razão de sua conduta taciturna, Mattos passa publicamente a imagem de que só funciona mesmo em termos de compras, vendas, trocas e negociações e que deixa a desejar se o assunto é administração. 

Nenhum clube tem sido tão prejudicado quanto o Palmeiras e, do mesmo modo, nenhum tem ficado tão calado quanto o Verdão! Em uma frase, "o futebol palmeirense carece de voz, precisa soltar a voz!"

Tentarei publicar o trabalho acerca das contratações de Matos ainda antes de minha internação hospitalar prevista para os próximos dias, reconhecendo como válidas as críticas e as cobranças da mídia a ele e a Cícero em relação à situação atualmente vivida pelo futebol do Palmeiras.

Fique claro que estas críticas francas e diretas ao trabalho de Matos não significam que estou pedindo-lhe a cabeça ou reivindicando a sua saída.

No duro, no duro, estou exigindo que ele atue com menos discrição e mais disposição em um cargo importantíssimo, através do qual, muitas vezes, a palavra mais forte de um diretor ajuda a direcionar o time, e até a decidir jogos e campeonatos.  

Você considera ruim, razoável, bom ou ótimo o trabalho do departamento de futebol palmeirense?

De minha parte considero razoável, mas carente de voz e de ajustes que o tornariam, primeiro, bom e depois até a alcançar a condição de ótimo.

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