Observatório Alviverde

26/08/2014

PALMEIRAS, 100 ANOS DE FEITOS E GLÓRIAS! EXALTEMOS, POIS, OS PALMEIRENSES E O CLUBE MAIS VENCEDOR DO BRASIL,



         

Nos idos de 1860 Antonio Gonçalves Dias, um inspirado poeta, maranhense de Caxias, irretocável romântico-indianista, concebeu uma poesia épica, a que denominou "Canção do Tamoio"!

Hoje, 26 de agosto, sacratíssima data em que o Palmeiras celebra um século de liderança nacional, na qualidade de clube mais vencedor da história do futebol brasileiro, fui buscar esse excerto poético precioso, um dos maiores clássicos da literatura brasileira em todos os tempos, cujo teor adapta-se, perfeitamente, à saga palmeirense.

Infelizmente, a "Canção do Tamoio" é uma poesia que, como tantas outras, dormita no interior dos livros nas bibliotecas e jaz esquecida em sites pouco procurados da internet, embora seu conteúdo seja uma verdadeira lição de vida!

Se me permitem uma sugestão, vamos, todos, primeiro, ler a poesia, com atenção.

Em seguida, vamos meditar em seu teor, retirando da mesma as lições necessárias para a sobrevivência de nosso amor maior , o Palmeiras, a partir de nossas próprias atitudes em face de nossos múltiplos inimigos.

Em pleno século XXI, guardadas as devidas proporções históricas, o Palmeiras parece encarnar e repetir a saga de nossos antepassados indios.

Quem desconhece que o Verdão vem padecendo toda a sorte de perseguições sob a guante de tantos inimigos figadais?

A partir de setores do poder político federativo central e estadual, da CBF, passando pelos tribunais judicantes, pelas arbitragens, pela maior parte da mídia, e, principalmente pela grande prostituta Global!  

 
 
Canção do Tamoio

Antônio Gonçalves Dias

 
    I                
  
  Não chores, meu filho;
  
  Não chores, que a vida
  
  É luta renhida:
  
  Viver é lutar.
  
  A vida é combate,
  
  Que os fracos abate,
  
  Que os fortes, os bravos
  
  Só pode exaltar.
  
  
    II
  
  Um dia vivemos!
  
  O homem que é forte
  
  Não teme da morte;
  
  Só teme fugir;
  
  No arco que entesa
  
  Tem certa uma presa,
  
  Quer seja tapuia,
  
  Condor ou tapir.
  
  
    III
  
  O forte, o cobarde
  
  Seus feitos inveja
  
  De o ver na peleja
  
  Garboso e feroz;
  
  E os tímidos velhos
  
  Nos graves concelhos,
  
  Curvadas as frontes,
  
  Escutam-lhe a voz!
  
  
    IV
  
  Domina, se vive;
  
  Se morre, descansa
  
  Dos seus na lembrança,
  
  Na voz do porvir.
  
  Não cures da vida!
  
  Sê bravo, sê forte!
  
  Não fujas da morte,
  
  Que a morte há de vir!
  
  
    V
  
  E pois que és meu filho,
  
  Meus brios reveste;
  
  Tamoio nasceste,
  
  Valente serás.
  
  Sê duro guerreiro,
  
  Robusto, fragueiro,
  
  Brasão dos tamoios
  
  Na guerra e na paz.
  
  
    VI
  
  Teu grito de guerra
  
  Retumbe aos ouvidos
  
  D'imigos transidos
  
  Por vil comoção;
  
  E tremam d'ouvi-lo
  
  Pior que o sibilo
  
  Das setas ligeiras,
  
  Pior que o trovão.
  
  
    VII
  
 
a mão nessas tabas,
  
 Querendo calados
  
 Os filhos criados
  
 Na lei do terror;
  
 Teu nome lhes diga,
  
 Que a gente inimiga
  
 Talvez não escute
  
 Sem pranto, sem dor!
  
  
    VIII
  
 Porém se a fortuna,
  
 Traindo teus passos,
  
 Te arroja nos laços
  
 Do inimigo falaz!
  
 Na última hora
  
 Teus feitos memora,
  
 Tranqüilo nos gestos,
  
 Impávido, audaz.
  
  
    IX
  
 E cai como o tronco
  
 Do raio tocado,
  
 Partido, rojado
  
 Por larga extensão;
  
 Assim morre o forte!
  
 No passo da morte
  
 Triunfa, conquista
  
 Mais alto brasão.
  
  
    X
  
 As armas ensaia,
  
 Penetra na vida:
  
 Pesada ou querida,
  
 Viver é lutar.
  
 Se o duro combate
  
 Os fracos abate,
  
 Aos fortes, aos bravos,
  
 Só pode exaltar. 
 
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QUE A CANÇÃO DO TAMOIO SEJA A DIRETRIZ DE  UM NOVO PALMEIRAS E DE TODOS OS PALMEIRENSES!
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PARABÉNS,  PALMEIRAS!

VOCÊ É GRANDE E O MAIOR DE TODOS, 

 À SUA CUSTA!

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