Observatório Alviverde

20/01/2015

VERDINHO, COM SOBRA, ESTÁ NAS SEMIFINAIS DA COPA SÃO PAULO DE JUNIORES!


 

O jogo contra o Vitória não foi, como muitos dizem, um passeio, uma passagem tranquila para a semifinal.

Tampouco foi um jogo que ameaçasse ou assustasse o torcedor do Verdão.

Foi, apenas, o triunfo natural de um time que jogou melhor, dominou mais de 70% das ações e fez por merecer, até, uma  vantagem mais ampla do que um simples 2 x 0.

Esse Palmeiras agressivamente ofensivo de Diogo Jacomini é um time diverso, diferente de tudo o que se viu nesta copinha.

No início, cheguei a desconfiar, precipitadamente, que se tratava de um time mal treinado, 

Tudo em face de um espaço enorme que existe do meio campo à intermediária alviverde, onde o time do Palmeiras inicia o trabalho de marcação mais forte.

O adversário tem relativa liberdade de ação até essa região, mas a marcação individualmente forte começa a partir daí, quando o adversário encontra na defesa palmeirense uma inexpugnável linha "Maginot" e fica sem saber o que fazer com a bola.   

É a marcação meia-pressão de uma defesa sólida, que joga em bloco e que marca logo à frente do goleiro, guarnecendo a grande área, fechando uma linha de quatro móvel, que contra-ataca forte e rápido na retomada de bola, com a subida dos laterais que avançam triangulando com os zagueiros e com os meiocampistas.

Os volantes de contenção recuam, sempre, para guarnecer a zaga e dar o primeiro combate. Quando se soltam, arriscam pouco e deixam a tarefa para os laterais ou, principalmente, para os meias.

Os meias procuram acompanhar as investidas dos adversários e sempre que possível, exercem pressão na marcação, na medida exata da chegada do adversário, compondo com os volantes, povoando e marcando o local por onde a bola e o adversário transitam. 

Marcando a saída de bola quando interessa, mas, na maioria das vezes usando a meia-pressão, o time palmeirense mostra uma peculiaridade importante: 

é um caso raro em que todos os garotos do time sabem jogar e não existe nenhum a que se possa chamar de "grosso".

O importante é que, ontem, o time venceu e convenceu, enfrentando um adversário muito forte, de tradição na categoria e que revela, habitualmente, grandes jogadores.

É importante registrar que nesse time do Palmeiras, os jogadores que estão vindo do banco têm mostrado que estão à altura dos titulares.

Mesmo quando perdeu Juninho, o cérebro do time, por contusão, o Palmeiras manteve o ritmo, a pegada e o seu consistente nível técnico com Lucas Taylor e com os outros dois "bancários" aproveitados, Éverton e Chistofer.

Chistofer, aliás, confirmando a sua condição de artilheiro, marcou o gol que confirmou a vitória do Verdinho e carimbou o passaporte para a semifinal contra o Botafogo de Ribeirão Preto.

Uma citação especial para os dois zagueiros, Lucas Rocha e Brendon, dois zagueiros que se completam, principalmente Lucas, perfeito no desarme, na cobertura, no comando da defesa, e, sobretudo, no jogo aéreo.

No ataque, destaque para Gabriel de Jesus, pela ótima presença ofensiva que preocupou a zaga baiana durante todo o transcorrer do jogo, e, principalmente, pelo golaço que abriu caminho para a importante vitória de ontem!

Devagarinho, sem muito alarde, comendo, sempre, pelas beiradas, o Verdão está na semifinal da Copinha e vai, agora,  enfrentar o perigoso Botafogo de Ribeirão Preto, time de excelentes reputação e tradição em matéria de categorias de base.

Se vencer, o Palmeiras se habilitará para a decisão da competição contra o vencedor do duelo entre bambis e gambás.

VOCÊ ACREDITA QUE O PALMEIRAS TEM TIME PARA SER CAMPEÃO?

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POR QUE, AO MENOS UMA VEZ NA VIDA, O PALMEIRAS NÃO ENFRENTOU A TELEVISÃO?


 


Copa São Paulo, Palmeiras x Vitória, o jogo é hoje, um esfria sol, marcado para as 16 horas a fim de atender o interesse de quem? Advinhe! Da Tv, é óbvio!

É desumano o sacrifício que, em nome de uma pretensa, improvável e inaferível audiência, a televisão vem impondo aos jogadores e às futuras gerações do futebol brasileiro.

Mera comparsa da TV, exercendo o ridículo papel de coadjuvante, quando, na ordem natural das coisas deveria ser a comandante em chefe da Copinha, o papel exercido pela FMF é "grotesco, ridículo e estapafúrdio" (créditos para o inesquecível locutor camisa 10 da Rádio Tupi Haroldo Fernandes). 

Em razão da criminosa irresponsabilidade e da vergonhosa conivência da FPF, submetida de corpo e alma aos interesses da TV, do servilismo das federações estaduais, da impotência dos clubes e com a anuência inconsequente da CBF, tem havido uma exposição desnecessária da garotada que disputa a competição às intempéries sazonais, com sérios riscos à saúde dos jovens jogadores.

O calor deste verão que segue até 21/03,  bate sucessivos recordes de temperatura no estado de São Paulo, e está sendo definido pelos serviços de meteorologia como o maior dos últimos cinquenta anos!

Ainda assim, os produtores de TV,  a FPF, as demais federações e a CBF não se sensibilizam e, nas mesmas proporções, seguem batendo todos os recordes de irresponsabilidade.

Que a primeira fase da Copinha, repleta de jogos e com o calendário apertado, tivesse eventos em horários de pico do sol, explica-se e, até certo ponto, releve-se, embora nada os justifique.

Mas, marcar um Palmeiras x Vitória, quartas de final, para as 16 H, mais do que uma inconsequência ou irresponsabilidade é uma indecência, uma imoralidade, e, acima de tudo, uma desumanidade.

Mas quando se trata de agir assim em relação aos clubes paulistanos, quem é o escolhido, ou, sejamos mais precisos na ironia, o ungido? O Palmeiras, é claro!

Ainda que com a campanha magnífica de seu time ofensivo (o mais ofensivo e o  único com essa característica entre todos os que já disputaram a Copa São Paulo), ainda que levando grandes públicos aos estádios, só porque a TV exige, o Palmeiras se vê obrigado a entrar em campo às 16 horas.

Corresponde, em tempo natural às 15 horas, com o sol a pino neste horário de verão. É muita irresponsabilidade!

A diferença de tratamento por parte da FPF ao Palmeiras, em relação aos bambis e a curicada é brutal, a partir da elaboração da tabela da copinha, que deveria, a exemplo da Copa do Mundo, ter uma tabela dirigida e, no entanto não tem. A tabela parece política, nada mais!

Os caminhos de bambis e gambás na competição (há anos é assim) são, sempre, retificados, como se não bastasse o auxílio luxuoso (crédito para Luis Melodia) das arbitragens. 

O juiz de São Paulo x Atlético Pr, foi o melhor jogador bambi até agora, catapultando o time às quartas-de-final da Copinha. 

Ele será punido ou suspenso?

Como, se ele agiu em consonância com os maiores desejos da tv e da federação!

Aliás, o Palmeiras que se cuide em relação à arbitragem, a partir de hoje. 

Como, de hábito, sói sempre acontecer, o Verdão entra naquela fase em que os adversários entram em campo com 14 jogadores, ou no caso de existir juízes atrás do gol, com16, mais o árbitro reserva, 17, ou (como naquele jogo contra o Inter que o representante anulou o gol de Barcos) com 18 jogadores. 

O extra campo, fator importantíssimo que o Palmeiras, desde que Delfino Fachina nos deixou, (com uma ou outra exceção) não adota, tem sido desprezado pelos nossos dirigentes.

Ingênuos, eles ainda consideram possível ganhar campeonatos sem lançar mão desse imprescindível recurso, que nada têm a ver, é óbvio, com deslealdade ou desonestidade, mas, simplesmente, com esperteza, bom relacionamento e personalidade.

Hoje, contra o Vitória, pela Copa São Paulo -jogo dificílimo-, acredito que o Palmeiras tem condições de prevalecer e de passar às semifinais, pois revelou-se um time melhor, mais equilibrado e, sobretudo, mais ofensivo do que o seu adversário.

Os números, embora não se possa colocá-los como fatores determinantes, não mentem, e dão uma ideia exata do potencial de cada time.

O Vitória, em 5 jogos, obteve 3 vitórias e dois empates, (11 pontos) tendo decidido o jogo das oitavas contra o Coxa através dos pênaltis, após 3 x 3 no tempo normal. Os baianos marcaram 11 gols e sofreram 6, apresentando um saldo positivo de 5 gols.

O Verdinho tem campanha mais consistente com 4 vitórias (13 pontos) em 5 jogos e um único empate na fase classificatória. Marcou 17 gols e sofreu 3, com um saldo positivo avantajado de 14 gols.

Só tenho um receio em relação ao jogo que será travado na fornalha do Limeirão, às 16 horas. O time do Vitória, pelas condições climáticas e seu "habitat" está mais acostumado a jogar sob altas temperaturas.

Esse é o fator que pode (não estou dizendo que vai, mas, que, pode) desencadear um resultado negativo do Verdão. Espero que não!

Os curintianus e bambis da TV e da FPF sabiam disso e como eles não querem que o Palmeiras ganhe pela segunda vez uma Copa São Paulo, tratam de opor os maiores obstáculos possíveis às pretensões do verdão.


Mas, como reclamar, se o próprio Palmeiras não se interessa, não se cuida, não se defende e aceita, passivamente essas esdrúxulas imposições?

Por que, ao menos uma vez na vida, o Verdão não enfrentou a televisão, contestando o ridículo horário do jogo, considerando-se a importância desse título na vida do clube?


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