Observatório Alviverde

19/07/2013

LIBERTADORES: GOSTO DO GALO, MAS VOU TORCER CONTRA O GALO! O PALMEIRAS ME IMPÕE ESSA ALTERNATIVA!

 

Continuo em viagem e só volto a BH em agosto, na expectativa de que o Galo não seja campeão da Libertadores. Acreditem, não é nada contra o Galo, mas tudo em favor do Palmeiras. 

Explico:

Em Minas, onde, por caprichos do destino, moro, só não consigo ter afinidades com o Cruzeiro.

O clube em si é simpático, mas a razão de meu desprezo ao time, decorre  da arrogância e da prepotência de sua torcida e do ódio escancarado que eles, os conhecidos "refrigerados" - viados, no melhor mineirês -   nutrem contra o Palmeiras.

Interessante é que Palmeiras e Cruzeiro são águas da mesma "fontana" e outrora mantinham estreito contato e colaboração mútua.

Os irmãos Fantoni - sem trocadilho - entre os quais o fabuloso Niginho, além de outros expoentes cruzeirenses do passado, reforçaram dezenas de vezes o Verdão em amistosos internacionais nas décadas de 30 e 40. 

Niginho chegou a ser fichado pelo Palmeiras duas vezes. 

Jogou as últimas seis partidas do campeonato de 36 sendo campeão, marcando 6 gols, voltando a defender o Palestra em 1939.

O Palmeiras proporcionava a recíproca e autorizava a viagem de suas estrelas a Belo Horizonte, nas ocasiões em que o Cruzeiro também realizava os seus jogos festivos, sobretudo contra equipes do exterior.

Naquela época o time belorizontino estava muito longe de ser a potência que é hoje, dono da segunda torcida mineira.

Registre-se que a segunda potência futebolística mineira até a inauguração do Mineirão era o aristocrático América FC, cuja torcida, marcantemente antiatleticana, cansada de apanhar, aderiu, em massa, ao Cruzeiro, em fenômeno migratório jamais visto em nenhuma outra praça brasileira.  

Em tempos idos, América e Atlético realizavam o clássico das multidões mas o América concedeu de mão beijada ao Cruzeiro a prerrogativa de mudar o curso da história, ocupando-lhe o lugar.

Por favor, não acreditem nessa "roubada" da Data-Folha de que o Cruzeiro tem mais torcida do que o Galo, pois, apesar de todo o crescimento da galera celeste, o Atlético ainda prevalece e ganha de 60 a 40%, se não for mais.

"En passant", é exatamente o que ocorre na irreal comparação desse instituto de pesquisa entre o tamanho das torcidas do Palmeiras e dos Bambis.

Há que se reconhecer o formidável crescimento dos "viados", mas, eles ainda estão longe de alcançar a torcida palmeirense em números absolutos.

Exemplifico:

Além das sucessivas gerações de palmeirenses, muito maior que as dos bambis, ter por hábito seguir os pais, independentemente dos resultados em campo, a camisa e os símbolos palmeirenses são muito mais abundantes do que os dos adversários.

Faço, costumeiramente, essa pesquisa, independentemente da pesquisa maior e mais realista, o Timemania, jamais levado em consideração pela mídia na avaliação do número de torcedores, a fim de favorecer os bambis.

Quem não se lembra de Juvenal fazendo promoções para que a torcida do SP apostasse para derrotar as apostas palmeirenses?

Nesta minha peregrinação, até agora, por oito cidades de Santa Catarina e São Paulo, nada mudou em relação a tudo o que já relatei.

Enxergo e constato, mais uma vez, uma enorme vantagem palmeirense sobre eles, em se considerando os cidadãos com quem falo, aqueles que visualiso vestindo a camisa dos dois clubes ou aqueles que expõem bandeiras e símbolos clubísticos.

E, se querem saber mesmo, o número de camisas que encontro pela rua vestindo os cu-rintianos, também é significativamente inferior, em relação às camisas trajadas por palmeirenses de todas as idades e cidades. 

A camisa palmeirense, em Belo Horizonte, é uma verdadeira epidemia, no sentido simbólico do vocábulo.

Isto a Rede Globo - a grande prostituta - não tem como contestar, pois é a voz das ruas e das massas.

Historicamente a Globo sempre se esmerou por tentar manipular, calar e contestar a voz das ruas, desde que o Grupo Time/Life a implantou no Brasil.

Voltemos à relação fraternal entre Palmeiras e Cruzeiro!

Os dois clubes oriundos dos "oriundi da velha Bota", ambos nominados Palestra Itália, sofreram os mesmos problemas e as mesmas perseguições na época da Segunda Guerra, vendo-se obrigados ao extremo de, até, ter de mudar de nome.

A adoção do profissionalismo e a integração do futebol no Brasil,  colocaram um paradeiro na fraternal amizade e colaboração entre os clubes e a velha amizade entre Palmeiras e Cruzeiro desvaneceu-se pela ação do tempo, do progresso e da modernidade.

O profissionalismo impôs a rivalidade, mesmo em um tempo no qual Cruzeiro e Palmeiras já haviam deixado de ser, exclusivamente, times de colônias, para o que contribuiu, demais, o atávico espírito de arrogância das duas torcidas. 

Creiam, a nossa torcida, nesse aspecto, também não é fácil...

Não se sabe por qual motivo, mas a afinidade palmeirense, hoje, está muito mais ligada ao Atlético do que ao Cruzeiro. Os atleticanos nos admiram, os cruzeirenses nos execram...

Então, após dizer tudo isso, por que estarei torcendo para o Galo perder a Libertadores?

Simplesmente porque, quanto menor for o número de clubes brasileiros a conquistar essa copa, mais e mais ficará realçada a nossa presença no panteão das grandes conquistas.

Pode parecer bobagem, mas torço contra qualquer time brasileiro em qualquer competição internacional e, vou mais além, mesmo que os adversários sejam argentinos. Acima de todos, sou palmeirense!

Quando vejo a Rede Globo anunciando que vai transmitir o jogo entre  Figueira e Palmeiras, amanhã em Floripa, - só para São Paulo, só para São Paulo - eu já sei porquê.

Embora o mais corrupto instituto de pesquisa de audiência do Brasil, há anos com eles, sempre ao lado deles, sustente-lhes a audiência e se encarregue de nominar, numerar e legalizar o escândalo mentiroso dos números, os globais sabem que, diferentemente do que propalam, se ficarem fora dos jogos do Palmeiras sofrerão um rombo na audiência.

Nas outras praças, com certeza, sofrerão, mas, a$ praça$ que, efetivamente, pe$am na balança $ão a pauli$tana e a pauli$ta.

De qualquer forma, ainda que em âmbito regional, fica patente a subserviência da Globo, não ao Palmeiras (hoje um clube fraco e mal administrado), não à torcida (arrogante, prepotente, exageradamente crítica e pessimista, com raras exceções) mas ao mercado.

Apesar de toda a conversa mole pra boi dormir de que o Palmeiras não tem apelo popular, que é um clube desprestigiado e que não proporciona audiência, a Globo está se rendendo à voz das ruas e ao apelo da massa.

Ora, raios, se o Palmeiras, como alegam, não dá audiência, porque não deixam a Band fazer o jogo sozinha.

Em que pese, também, a sua estúpida tendência cu-rintiana, (pressupõe-se que do ponto de vista ético, um órgão de comunicação não pode e nem deve se identificar com clubes) a Band tem melhores narradores, melhores repórteres, e muito mais "know-how e simpatia" do que a turma da vênus platinada, na hora em que a bola rola.

Estaria a Globo está, de fato, preocupada com o Palmeiras?

Teriam, a voz do torcedor, das redes sociais e das ruas despertado o entendimento dos gigolôs que dirigem " a grande prostituta da comunicação brasileira"?

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