Observatório Alviverde

11/11/2017

VALENTIM LEVA O TODO O ELENCO PALMEIRENSE PARA A SALA DE ENTREVISTAS!!! VAI FUNCIONAR???



Entendi como "federal" a inédita tacada de Valentim da presença grupal do elenco do Palmeiras na coletiva de ontem!

A medida assustou a mídia pegando-a desprevenida, embora, de um ponto de vista prático e no âmbito restrito do time, não passou de um inesperado jogo de cena.

A experiência me ensinou que esse tipo de atitude em relação ao intragrupo não funciona, ou, vá lá, funciona muito pouco sendo insuficiente para alterar tanto o fácies como a atitude de um time que perdeu o foco e o rumo neste Brasileiro.

No extracampo, sim, funciona muito bem em relação à torcida e à imprensa, na medida em que elimina os habituais argumentos nem sempre verídicos da falta de união e do desinteresse do grupo pelo campeonato. 

As críticas, nesse sentido cessam e são, simplesmente, abafadas, asfixiadas,  proporcionando mais tranquilidade ao elenco para trabalhar visando às cinco rodadas finais que determinarão a estratificação final deste Brasileiro e quem vai jogar o que em 2018.  

No âmbito interno, há de se dizer que muitos jogadores, dos descontentes àqueles que não se alinham com Valentim e até outros que já negociam suas saídas do clube, compareceram à sala das entrevistas de uma forma moralmente compulsória, apenas e tão somente por obrigação e pela necessidade de marcar posição.

Premidos pelas circunstâncias, não tiveram como evitar de se apresentar, até porque ninguém quer ser acusado de trairagem, de falta de profissionalismo, de divergência com os companheiros ou de trabalhar contra  o técnico .

Findas as entrevistas que colocaram no banco da frente da sala e em destacado primeiro plano, Dudu, Moisés, Valentim, Prass e Edu Dracena, indubitavelmente, os quatro líderes do time quero acrescentar um detalhe importantíssimo. 

Faltou sensibilidade a Valentim em relação a Zé Roberto, isolado e em segundo plano, que, embora não esteja jogando, é, saiba ou não Valentim, queira ou não Valentim, o grande líder e mentor do atual grupo palmeirense.

O reserva ZR por seu caráter, vivência, carisma, autoridade moral e acima de tudo pelos exemplos positivos que proporciona a esse grupo, reúne e enfeixa nas mãos  muito mais autoridade, influência e carisma do que Dudu, Moisés, Prass e Dracena juntos, os quatro líderes destacados pelo técnico.

Fique sempre bem claro que, não, não quero ZR em campo, atuando, jogando... 

Quero, isto sim, Zé Roberto (ele também tem muito mais status e autoridade do que Valentim) participando, mostrando e orientando os mais novos dentro ou fora de campo, transmitindo a todos eles  a sua experiência, seguramente uma das mais ricas de toda a história do futebol brasileiro. 

Quem sabe poderia ser ele aquele auxiliar de confiança e que representa a diretoria no seio da comissão técnica? 

Ele tem o conhecimento e todas as ferramentas para tal!

Você que lê este OAV considera que Valentim acertou ao realizar a entrevista (literalmente) coletiva do elenco palmeirense?

Terá, a entrevista, o poder de chamar o time aos brios, fazer com que os jogadores corram mais, se esforcem mais e derrotem o Flamengo?

Ou considera que, do ponto de vista prático, tudo o que foi feito não funciona?

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