Observatório Alviverde

28/11/2011

GANHAMOS DOIS DOS TRÊS “CAMPEONATOS” QUE NOS COUBERAM DISPUTAR. AGORA É DERROTAR AS GALINHAS PRETAS E FECHAR COM MORAL E DIGNIDADE ESTE AZÍAGO 2011!

 

Eu disse aqui no blog que teríamos três “campeonatos” a disputar neste final de Brasileirão.

O primeiro seria a fuga do rebaixamento, campeonato esse conquistado na rodada anterior em Salvador.

O segundo seria eliminar os bambis da Libertadores.

Parece que conseguimos!

Os bambis terão de derrotar o Santos e esperar que uma complicada combinação de resultados os leve à competição continental.

Pior para eles que vão ter de ganhar de Neymar, Borges, Ganso & Cia, que fizeram, hoje, um jogo de compadres com o Bahia.

Certamente não vão fazê-lo contra o Bambi.

O Santos sabe que é prudente eliminar um incômodo concorrente da Libertadores/2012 e não vai deixar barato!.

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O que vi de positivo no Palmeiras diante dos bambis foi o esforço comum, o empenho, e o comprometimento de todos os atletas.

Vi, também, a superação de algumas limitações técnicas e psicológicas da equipe, que pareceu-me muito mais solta.

Entretanto limitações outras ainda perduram em um time limitado, do ponto de vista técnico-individual, condicionado, taticamente, para a retranca.

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A diferença do jogo de ontem para os jogos anteriores, foi que, desta vez, o time não se desgastou inutilmente, marcando a saída de bola.

Marcou, forte, porém, inteligentemente, em meia-pressão, do meio de campo para trás sem ocasionar tanto desgaste nos homens de ataque.

Em razão disso, quando o time chegava na intermediária adversária, todos estavam bem, em condições físicas suficientes para a disputa de bola, de igual para igual, para as tabelas, os arremates e tudo o mais…

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Com uma ou outra vulnerabilidade nos flancos (não existe e nem nunca existiu defesa inexpugnável nem a tal defesa que ninguém passa de nosso hino) o time portou-se, defensivamente, muito bem.

O destaque ficou para os homens o miolo, Leandro Amaro e Henrique, principalmente Henrique, o melhor, entre todos os zagueiros.

Cicinho teve a missão essencialmente tática de fechar o lado direito da defesa e marcar Fernandinho, driblador, veloz e improvisador, tormento constante para as defesas que o deixam jogar.

Por isso, apoiou pouco pela ala direita como o faz sempre em sua melhor característica e o Palmeiras quase não atacou por esse setor, senão nas raras vezes em que Márcio Araújo aventurou-se por lá.

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O meio de campo palmeirense,  como um todo, funcionou muito bem e se impôs ao do adversário na maior porte do jogo, alugando o setor.

O SP só conseguiu realizar uma ou outra jogada mais perigosa enquanto Dagoberto esteve em campo. Foi só ele sair e o trabalho do Palmeiras foi facilitado. Como sabe de bola o Emerson Leão, não? HAHAHAHAHAHAHA

Rivaldo, o deles, o original, sem o menor ritmo de jogo, sem a menor objetividade ou contundência.só tocou a bola para os lados e facilitou o trabalho da equipe do Palmeiras.

Sensibilizada e agradecida, muita gente no estádio gritava a plenos pulmões; ´”Rivaldo é do Palmeiras”! “Leão é do Palmeiras”

Na realidade, a tarde era do Palmeiras!

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O importante foi que, ontem, não abdicamos de atacar.Criamos várias situações de gol, em jogadas bonitas e produtivas de tabela, troca de passes e até em contra-ataques, como há muito não se via.

Para isso, muito contribuiu o retorno de Valdívia, que mostrou, novamente, a dimensão de seu futebol e o craque que é, principalmente pelo que jogou no segundo tempo.

Aliás, o Mago foi perseguido, agredido, caçado, derrubado, chutado, sofrendo sucessivas faltas desclassificantes e, até, cotoveladas desleais da defesa sãopaulina.

O árbitro mais novo da família Oliveira, como sempre ocorre quando qualquer dos irmãos apita os nossos jogos, sequer cogitou de coibi-las através da aplicação do cartão amarelo, como prevê a regra.

Apesar da violência e da truculência que enfrentou, Valdívia provou, novamente, que é craque, um dos melhores em atividade no país.

Mesmo sem fôlego e fora de ritmo e jogo, demoliu a marcação individual que lhe foi imposta em revezamento de homens e faltas, durante os 90 minutos.

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Num jogo em que Cicinho  não apoiou, Gérley defendeu e apoiou, em plano muito superior a Gabriel Silva que vinha sendo o titular, certamente em função de que estava em via de transferência para o futebol italiano.

Diga-se, de passagem, o Palmeiras, como eu disse várias vezes, neste espaço, continua sendo um balcão de negócios. O caso Gabriel Silva ratifica, confirma o que estou dizendo e que é, extremamente, grave!.

Os caras da diretoria não estão nem aí, quando o assunto é uma grana que pode entrar, ainda que seja uma ninharia.

Sacrificam o time e correm até o risco de cair para a segunda divisão, mas exigem a escalação do jogador que vai ser vendido, para efeito de valorização, sustentação e viabilização do negócio.

Mais ou menos na linha daquela personagem da escolinha do professor Raimundo, eu perco a nota, mas não perco a piada.

No Palmeiras eles perdem o jogo e arriscam perder a própria vaga na elite, mas não perdem um negócio. É patético!  Por que só agora fixaram Gérley como titular se ele é muito melhor do que Gabriel Silva?

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Gostei demais das atuações de Márcio Araújo, de Patrick, de Luan e do empenho de Ricardo Bueno.

Entretanto, ainda mais que o desequilibrante craqaue Valdívia, a figura exponencial e decisiva do jogo foi o velho e interminável Marcos Assunção.

Assunção fez um jogo exemplar e aguentou o tranco decorrente da exigência física do clássico.

Isso pode ser explicado pela saída do manga podre, que:

exigia receber o passe nos pés, a toda hora,

que só corria quando era para receber a bola,

que só tocava para os lados horizontalizava o jogo e tornava o time lento,

que tirava a velocidade, a força e a surpresa dos contra-ataques,

que fazia falta o tempo todo,

que reclamava da arbitragem a cada lance,

que jogava mais deitado do que em pé,

que não tinha altura suficiente para a disputa do jogo aéreo

que não passava a bola aos mais novos,

que gritava com os companheiros o tempo todo…

Já o Palmeiras:

passou a jogar com mais empenho, com mais vontade, coletivamente,,,

Melhorou taticamente, jogando com mais inteligência e atacando no sentido vertical,

Começou a criar mais e a arriscar mais chutes ao gol adversário,

Tornou-se um time mais agudo e ganhou outra personalidade ofensiva,

Tudo isso, ainda que sem um meia esquerda de ofício e com centro-avantes de mediana qualidade.

Conclusão:

Todo mundo passou a correr mais, a se doar mais e o time voltou a jogar com onze.

O que ficou claro e explicito é que a tardia saída de Judas, aliada a chegada de César Sampaio, uniu, novamente, o grupo de jogadores, levando-os à superação em campo.

Como cada jogador teve de correr menos, porque o time ganhou mais um par de pulmões em decorrência da saída de Kléber, Assunção aguentou correr o tempo todo, como um garoto iniciante, e foi a personagem do jogo!

Falta-nos, agora, derrotar os “galinhas pretas” domingo que vem, no Pacaembu ou no Morumbi e ganharmos o terceiro título moral desta virada de ano, mas esse é um outro assunto que abordaremos à exaustão durante esta semana.(AD)

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Ultimas Notícias:

1) Um empresário árabe presente ontem ao Pacaembu, éntrevistado no programa do Avallone disse que veio ao Brasil para contratar Valdívia e Felipão para 2012.

2) Felipão rejeitou esta semana uma  proposta para dirigir a Seleção da Colômbia nas eliminatórias da Copa! (AD)