Observatório Alviverde

26/05/2014

A BOLA DO PALMEIRAS ESTEVE MUITO CURTA ONTEM EM CHAPECÓ!

 

(Escrito no intervalo do 1º para o 2º tempo)

A chuva, quando cai em grande quantidade, prejudica o time de maior categoria e privilegia aquele de maior força física.

Não que o Palmeiras não tenha força física, mas ela se torna menor em relação ao adversário, na medida em que se tem em campo um jogador de pouca condição física, o antiatleta Mendieta.

Sem querer culpabilizá-lo de nada e por nada, ele, Mendieta, por sua pequena mobilidade e falta da característica de marcação, é o diferencial negativo deste primeiro tempo.

Não se discute que ele bate bem na bola, que tem boa visão de jogo, ou que é bom na bola parada, mas, quem conhece um pouco de futebol sabe, perfeitamente, que Mendieta não tem físico e disposição para ajudar na marcação ou participar mais do jogo, na mesma medida em que não é um jogador de uma qualidade tal que possa ser aproveitado, apenas em função, disso para a armação das jogadas. 

Mendieta não passa de um meia-boca e, dificilmente, ainda que falando o espanhol, dificilmente vai resistir e sobreviver à mudança de treinador no Palmeiras! Foi outra indicação furadíssima de Kleina, de um jogador sem corpo e, principalmente, sem alma!

Ademais, teve a sua atuação prejudicada por uma pancada recebida logo aos oito minutos, o que, evidentemente, piorou ainda mais a sua participação no jogo.

O Palmeiras criou e desfrutou de algumas situações para marcar, das quais, infelizmente, Henrique não participou. Além de estar severamente marcado, ninguém encosta nele ou o aciona com perfeição.

A Chapecoense merece a vitória parcial por 1 x 0 neste primeiro tempo, em face de ter dominado territorialmente o jogo em mais de 60% até agora, e fez do goleiro Fábio, com seis ou sete defesas decisivas, o melhor homem em campo.

Apresentamos vulnerabilidades de marcação, sobretudo (isso é inexplicável) pelo setor de Wendel, embora o gol tenha saído pelo outro lado, o lado de William Matheus.

A jogada aconteceu a partir de uma presepada de Marquinhos Gabriel que quis driblas e perdeu a bola no meio de campo, pela meia direita, ensejando um inesperado contra-ataque ao adversário.

Na sequencia da mesma jogada, o time de Chapecó virou a bola,  da esquerda para a direita e encontrou a defesa alviverde aberta e  desguarnecida. 

O lateral deles Fabiano, então, avançou livre e cruzou para a conclusão de Tiago Luiz em bola muito rápida que nem o milagroso Fábio teria condições de defender. 

Detalhe: a nossa defesa, lenta, ficou sem ação (principalmente Marcelo Oliveira) e marcou o adversário com os olhos.

Pena que o Palmeiras vá continuar com Mendieta e não terá a predominância no meio campo! Isso não me cheira nada bem! 

Não, Mendieta não continua, deixa o jogo. Ainda bem, mas...

Valentim acertou no homem a sair, Mendieta, mas errou na alteração a colocar o insosso Felipe Menezes. Precisamos de força ofensiva, de agressividade. Tinha de entrar com Bernardo!

Chiiiiii. Tomamos o segundo gol. Falha individual feia de Marcelo Oliveira.

Com o Felipe Menezes (mero armandinho) vai ser difícil fazer gols. Tomara que eu esteja errado!

CONTINUAÇÃO DA POSTAGEM:

 

Não vou perder tempo analisando, de forma minuciosa, o jogo de ontem, mas abordarei, exclusivamente, aspectos do jogo, mormente os individuais.

Começo dizendo que o Palmeiras perdeu -mereceu perder-, porque não jogou nada e, -o que é pior-, nem bons lampejos o time teve em campo.

Em um jogo de alviverdes, quem chegasse ao estádio sem conhecer os jogadores, imaginaria que o Palmeiras era a Chapecoense e que a Chapecoense era o Palmeiras. Simples, assim, pois define quem jogo mais e quem foi melhor!

O Palmeiras esteve longe de render o que rendeu em suas últimas apresentações, embora eu não culpe Alberto Valentim pela inclusão de Mendieta, razão precípua da derrota de ontem. 

No post anterior antecipei e disse porquê não escalaria o paraguaio, mas entendo que o técnico, por dever de ofício e coerência tinha de mantê-lo!

Afinal, se fazia necessário que fosse escalado o time base, que, até então, vinha vencendo e convencendo, ainda que Mendieta fosse a exceção, e sempre destoasse em relação aos companheiros. 

Para piorar a situação, o paraguaio levou uma pancada logo no início do jogo. Esteve a pique de sair, mas, infelizmente, não saiu, (com contrato de produtividade ninguém quer sair e quando é sacado se revolta! Isso é muito ruim) e foi pior para o Palmeiras.

A entrada de Felipe Menezes não era a alteração mais correta para um time que precisava atacar para, primeiro, reverter um resultado negativo e, em seguida, se possível, invertê-lo. 

Felipe deu mais força ao meio campo palmeirense, nas esteve longe de proporcionar o chamado "choque de qualidade" que, deste elenco, só Valdívia consegue proporcionar, com sobejo e louvor!

Henrique, nossa (quase) única opção de gol, atuava isolado, à frente, -feito recheio de sanduíche- entre dois zagueiros gigantes da Chapecoense, e não tinha ninguém que nele encostasse ou que viesse de trás para finalizar e aproveitar seu jogo de pivô .

Pior do que isso é que todas as tentativas dos jogadores do Palmeiras em encontrar Henrique, eram frustradas não apenas por erros ou precipitações nos lançamentos, mas, principalmente, pelas antecipações dos zagueiros adversários. 

Dizer, porém, simplesmente, que Henrique não foi acionado a fim de poupá-lo de críticas, não condiz com a verdade. Querem a realidade? Ele, até, tentou mas não conseguiu jogar bem!

Houve muita insistência dos jogadores palmeirenses em procurá-lo, sendo que em muitas situações eles próprios poderiam tentar o gol. 

Wendel perdeu um gol, livre, da entrada da pequena área porque, em vez de arrematar tentou tocar para o centroavante artilheiro. 

Se luta, vontade e disposição não faltaram a Henrique, a verdade nua e crua é que ele não teve suficiente mobilidade (não é o seu ponto forte) para fugir da marcação implacável da becada da Chapecoense e, simplesmente, sumiu do jogo!

Como jogou para os lados o Wesley, não? Como fugiu do jogo pegado, como evitou as divididas, como só jogou com  a bola nos pés e como ficou restrito à intermediária esquerda mais defensiva sem nenhuma ousadia, avançando muito pouco, sem reeditar as suas ótimas atuações anteriores!

Sem querer desafiar quem pensa diferente, o Palmeiras bem que poderia pensar em passar adiante um jogador caro, que ganha como craque e rende como um mediano! A não ser que ele melhore, muito!

Diogo que vinha se constituindo em um destaque, sobretudo pelas opções táticas, cumpriu, ontem, a sua performance mais apagada, sem qualquer lance importante que pudesse marcar a sua atuação.

Wendel fez, seguramente, a sua pior apresentação dos últimos tempos. Foi um desastre no apôio e este mal até em seu ponto forte que é a marcação.

Do outro lado, William Matheus, outra vez (pensei que ele já  houvesse superado a timidez, a ansiedade e a depressão) não foi bem!

O tempo todo mostrou-se inseguro na marcação, sem avançar para apoiar e sem ocupar o verdadeiro latifúndio que é o setor esquerdo do ataque do Verdão, sem ninguém -via de regra-, que ocupe aquele imenso espaço!

Interessante que nem a cobrança de arremesso lateral forte (especialidade de WM) ele conseguiu fazer ontem em Chapecó.

No lance do primeiro gol da Chapecoense Matheus foi impotente (faltaram-lhe percepção, reflexo e velocidade) para, primeiro, antecipar, segundo, chegar junto, terceiro, bloquear quarto, impedir (eram tantas as alternativas) que o lateral Fabiano, vindo muito de trás, alcançasse a bola e cruzasse para o aproveitamento de Tiago Luiz. 

Porém, antes de tudo, faltou a Diogo, que então cobria pelo lado esquerdo, a iniciativa de acompanhar o avanço mortífero do ala da chapecoense em um considerável espaço vazio aberto, como de hábito, pelo setor esquerdo da defesa palmeirense. 

A propósito daquele lance, onde estava, também, Wesley, responsável, também, pela marcação no setor?

A Marcelo Oliveira, faltaram-lhe antevisão da jogada, e acompanhamento ao atacante que penetrou livre, sem ninguém a molestá-lo vindo de trás! 

Um meio campista nato como Marcelo, na quarta-zaga, só com o tempo poderá obter os segredos da posição a que está sendo adaptado!

Mas a maior falha de Oliveira ocorreu no segundo gol catarinense, quando ele tentou matar a bola em vez de espanar de primeira, que fugiu de seu controle. Sem querer,  ele concedeu um passe açucarado a Dedé, livre, que chutou, em diagonal, da entrada da área, de forma indefensável para Fábio.

Tudo teve início com um chute rasteiro e forte, de fora da área, desferido pelo lateral direito Fabiano que jogou sempre livre e solto e atacou muito pelo seu setor. 

Vejam quanto que a falta de ocupação da ponta esquerda tem atraído tantos laterais direitos contra a nossa defesa e quantos gols tomamos pelo desequilíbrio e deficiência, especificamente, desse setor!

Marcelo Oliveira nunca foi zagueiro, é volante! Porém, quebra bem o galho atuando nas duas funções, mesmo em se tratando de ser ele, apenas, um bom jogador, um pouco acima das faixas de razoável ou mediano. 

Precisamos, urgentemente, de um quarto beque com mais técnica, mais conhecimento da posição, de mais imposição física e de melhor qualidade individual, com a passagem, -urgente-,  de Oliveira para a frente da zaga, compondo o meio de campo com Renato, onde ele rende muito mais e, melhor!

Como volante, canhoto que é, Oliveira ajudaria a cobrir o nosso setor mais vulnerável, a ala esquerda. Da mesma forma, ainda que não alcançasse a titularidade, seria um excelente reforço para o banco. 

Em suma, trata-se de um jogador utilíssimo e precioso em termos de composição de elenco, que vinha bem, mas, que, ontem, comprometeu e foi um dos piores do time em razão das duas falhas que cometeu (decidiram o jogo) e  que redundaram nos gols da Chapecoense !

Lúcio -eu já disse isso em outras vezes- teria de jogar na sobra e só pode jogar na sobra. 

Se ainda é detentor de boa explosão muscular ele já não tem mais velocidade. 

Precisa ser explorado em suas melhores características, sobretudo as de liderança, mas, considero pouco provável que, sob Garêca, ele sobreviva no Palmeiras!  

Querem um palpite? o novo técnico vai pedir ao Palmeiras a contratação de um novo zagueiro, seguramente um argentino de sua confiança!

Renato, ressuscitado ao time principal por Alberto Valentim, ainda não rendeu tudo o que mostrou antes da contusão que o afastou por tanto tempo! Como Wesley é ineficiente na marcação, ele acaba ficando sobrecarregado! Ontem, novamente, foi assim!

Marquinhos Gabriel esteve perdido em campo, sem reeditar as suas atuações anteriores! Foi substituído (tardiamente) por Bernardo que mostrou ainda não ter ritmo para figurar no time titular. Mas como adquirir ritmo sendo escalado tão pouco e tão tardiamente? Jogador sem ritmo tem mais é que jogar!

Patrick Vieira entrou no lugar de Diogo e não conseguiu se destacar. 

Infelizmente, primeiro Felipão e, depois, Kleina, acabaram com esse garoto, formidável meia de transição que acabou restrito e rendido à mesmice do jogo defensivo.

Pasmem, ele que é um canhoto hábil de bom poder de penetração e bom arremate, atua pelo lado direito do campo. 

Garêca (vou sempre acentuar a palavra, ainda que indevidamente, para que não se pronuncie, equivocadamente, o nome do novo treinador) foi quem pediu a inclusão de Vieira no time.

Da mesma forma colocou na delegação que viajou a Chapecó os jovens Vinicius Silvestre e Victor Luís, sinalizando que, de fato, deve trabalhar com jovens no elenco!

Ontem, só um palmeirense se destacou, o goleiro Fábio! Não fosse ele e o Palmeiras teria amargado o dissabor de uma ampla goleada! 


Obrigo-me, por isto, a publicar-lhe a foto!










Fábio Szymonek não deixou a torcida ter saudade de Prass.

Que a derrota para a Chapecoense -normalíssima, sobretudo em função da forte chuva- não desanime o torcedor! 

Foi ótimo que Garêca não tenha viajado com o grupo, mas com o presidente, funcionado, apenas, na qualidade de observador e supervisor!

Entretanto, seria de bom alvitre que, a partir do resultado de ontem, que "desencanta" e desmistifica a influência do interino na sequência dos resultados, que Garêca já passe, ao menos, a entrar no vestiário na hora do jogo nos dois jogos que, ainda temos a cumprir antes da paralização decorrente da Copa!

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NA TV
O relato de Odinei Ribeiro, atento e afeito ao jogo, sem digressões, trocando pouco o nome dos jogadores, foi muito bom! Parabéns ao Odinei (ele já vinha muito bem narrando o basquete) pelo brilhante relato!

Não houve as costumeiras piadinhas que só agradam a quem as faz, nem as dispensáveis indiretas e ironias ao Palmeiras e à sua torcida, bem como os risos subliminares embutidos ao grito quando o Palmeiras toma gols (especialidade de Milton Leite que só os leigos não percebem)!

Crítica construtiva:

Odinei -a exemplo do narrador Bachin no Palmeiras x Vitória- relatou, ontem, mais um jogo do "Palmeras", no Campeonato "Brasilero", melhor do que o "estrangero" ele, que entre os narradores não é o "primero", quem sabe o " verdadero tercero"!

Além de ter começado a chamar impropriamente Garêca de Garéca, (depois corrigiu)  Odinei disse que Marcelo "Olivera" ex jogador do Cruzero não é melhor nem do que o Ferrera, filho do Zé Perera... 

Que carnaval de erros! Pare de errar, Odinei e procure ser o melhor em sua atividade, amigão! Você só tem a lucrar, nada a perder!

Com perdão pelo exagero (aqui, sim, não tem i) o Odinei irrita quem não é paulista (a maioria esmagadora da população) para a qual soa mal a impropriedade de dicção em que ele não pronuncia os "is". 

Não fosse esse um erro crasso e imperdoável, vá lá, mas em outros estados (já morei em oito) soa como falta de escolaridade e ignorância do cidadão! 

Pelo que ouço e vejo, Odinei pode não ser nenhum intelectual mas não está incluído nessa lamentável relação! Ele, que se cuide, pois quem percebe-lhe os erros e não o adverte, não é seu amigo!

Em tom de blague, já pensaram se ele fosse obrigado a defecar os "is" que engole a cada jogo? 

Hajam penicos, mas que estes não sejam, nunca, os nossos ouvidos!

Esteve muito bem o Luiz Ademar na leitura do jogo! 

Ontem a Globo (via pay-per-view) fiel à desonrosa escola da quinta-coluna jornalística, lançada em rádio por Osmar Santos e em TV pelo finado Do Valle, colocou no ar mais uma celebridade, Ricardinho, ex-curintia, ex-seçeão, também conhecido junto aos bambis e ao futebol brasileiro como Trezentinho!

Sei que são e serão inúteis as minhas críticas contra outra lamentável, imperdoável e injustificável invasão profissional, mas cumpro o que determina a minha consciência, eminentemente classista, sem qualquer interesse pessoal, haja vista que, nesta vida, seguramente, meu tempo já decorreu e não devo mais voltar à ativa em minha profissão! Graças a Deus!

Interessante é que quem deveria cuidar disso não cuida. Pelo contrário, por questões de subserviência e de sobrevivência, até estimula a criminosa invasão da profissão!

Os acomodados colegas das associações de classe, além de não terem peito e crista para negar o credenciamento aos bicões, submetem-se ao opróbrio de se curvar para estender tapetes vermelhos com inscrições de boas-vindas a cada milionário do futebol que chega para arrebatar-lhes os postos de trabalho. 

Uma vergonha! Que classe, "arre égua", a dos jornalistas, infelizmente, a minha! Inclua-se aqui, também, por importante questão de justiça, Milton Neves, réu confesso na inclusão de Neto à profissão!

Da mesma forma outros colegas ambiciosos, (todos criticam tudo mas cada qual quer sempre uma boquinha no sistema) aboletados nos sindicatos, que visam, oportunisticamente, a ganhar mais dinheiro ou manter a estabilidade empregatícia, fingem que o problema não é com eles! Como são ordinários, como são calhordas!

Eu ia mencionar um rosário de erros cometidos pelo estreante  Trezentinho, (que disse estar emocionado) mas prefiro me calar pois, como disse certo dia a intelectualíssima filósofa (do mal, do mal) Dona Marta Matarazzo, "se o estupro é inevitável, relaxe e goze"! 

Seguindo-lhe a tese e cumprindo-lhe as determinações,  estou gozando, sim, porém na cara da maioria de meus convenientes e lamentáveis companheiros de profissão. 

Parafraseando alguém a quem conheço ou não, que já deve ter proferido o pensamento, quero dizer: "Já não se faz mais jornalistas (ou seria melhor dizer cronistas esportivos?) como antigamente"! (AD)

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