Às voltas com meu problema pessoal e bem longe de casa, deixei de postar após o Palmeiras 0 x 0 Galo Mineiro e senti uma grande falta.
Sob certos aspectos até foi bom porque agora analisaremos o jogo com mais isenção e cabeça fria para dizer, logo de cara, o seguinte:
contrariando aos puristas e àqueles que primam pelo futebol ofensivo, o Palmeiras, reconhecendo que é um time de ataque fraco e sem goleadores natos, encarou o Atlético Mineiro justamente como deveria ter encarado, isto é, jogou fechado na defesa à espera do contra-ataque, definidor que, afinal de contas, não veio.
E não veio por uma razão muito simples... os jogadores atleticanos perdiam a bola na frente e, imediatamente, cometiam falta a fim de evitar o fator surpresa. Cadê o presidente do Palmeiras que não foi à mídia ou à Internet denunciar o problema?
De qualquer forma, há de se registrar que, exceção feita a dois lances (inclua-se o pênalti) o time mineiro, com todas as suas "vedetes", Hulk inclusive, não criou mais nenhuma situação favorável à abertura do placar.
Assim o jogo terminou em 0 x 0, permitindo ao Palmeiras, agora, decidir sua classificação através de qualquer empate diferente de 0 x 0 e isso é muito favorável ao Verdão.
Nesse contexto não há como dissociar-se os méritos do técnico Abel Ferreira.
Em seu sonho dourado de virar um Scolari dos bons tempos e sabedor das limitações de seu elenco, entrou para o mata-mata guarnecido inteiramente na defesa, até porque sou convicto de que ele sabe que com Adriano e Deyverson comandando o ataque as dificuldades de o Palmeiras fazer gols são redobradas.
Aos críticos ferozes do lusitano quero dizer que os respeito, respeito-lhes os pontos de vista, mas faço questão de frisar o seguinte:
Abel foi para o jogo 3ª feira passada, à moda europeia, isto é com cuidados redobrados, escalando e procurando explorar seu time dentro de uma realidade real (o pleonasmo é proposital), sobretudo em função de o Palmeiras não dispor de atacantes, mormente de um centroavante, à altura da extraordinária marca que ostenta e representa. Gagliotte negou a contratação de um nove! Pode?
O retorno de Felipe Melo ao time (não deveria sequer ter saído), deu outra força e outro elã ao time palmeirense, sobretudo pelo fato dele ter sido escalado para encarar Hulk e explicado ao atleticano quem era o dono do terreiro.
Sua atuação, em termos de cobertura (jogou na sobra) e, sobretudo, de liderança e comando foi irrepreensível.
Arrisco-me até a dizer que sem escalação de Melo o Palmeiras não teria apresentado a mesma solidez e a mesma consistência defensiva, tanto e quanto não se imporia no jogo de meia cancha como revelou poder se impor nas poucas vezes que tentou, embora atacar submetendo-se a riscos, jamais tenha -sequer- passado pelos planos de Abel Ferreira.
Uma última palavra sobre o "jogar mal" do Palmeiras contra o Galo.
O time tem de continuar jogando como jogou, isto é, sob medida sem se importar com as críticas, haja vista que, é histórico, a mídia nunca tem uma palavra de ânimo ou incentivo para com o Palmeiras. Jogando bem ou mal as críticas já viraram rotina no dia a dia palmeirense.
Já me acostumei tanto com essa palhaçada (ação orquestrada entre palhaços da mídia) de só críticar ao time e ao clube, que, a mim pouco me importa se o time jogue bem, dê espetáculo ou coisa assim...
O que eu quero mesmo é que o Palmeiras, jogando bem ou mal, bonito ou feio ou tudo ou nada, faça como diz o hino "saiba sempre levar de vencida e prove que, de fato é Campeão!
Enquanto o dia da decisão não chega, que o Palmeiras vá com tudo pra cima do Curica, de preferência poupando os jogadores chamados "chaves de elenco", a fim de não perder ninguém mais importante por contusão no "derby" que, desta vez, será na casa do Curica.
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