Observatório Alviverde

19/10/2017

PALMEIRAS 2X0 PONTE . VALENTIM REPETIU O TIME E O TIME REPETIU A BOA APRESENTAÇÃO CONTRA O ATLÉTICO EM GOIÂNIA!


São 20 minutos do primeiro tempo. Pelo que vi até agora, o Palmeiras, apesar de mandar no jogo, não consegue encontrar a robustez defensiva do jogo contra o Atlético Go.

Da mesma forma fica evidente a falta de um armador ofensivo e que crie as jogadas.

Maycon e Egídio são duas avenidas em dia de feira. Todo mundo passeia por elas.

Com a bola no pé o Verdão é melhor, mas a Ponte já criou várias situações ofensivas e perdeu duas grandes chances. Ainda bem que o Palmeiras tem um goleiro chamado Prass...

Palmeiras abriu a contagem com Keno, após três ou quatro boas situações perigosas criadas pelo ataque verde e dois gols perdidos um com Wilian e outro por Moisés.

A repórter do Premiere já bostejou que o gol do Palmeiras foi irregular. O invasor Willian referendou o bostejo. Irregular? 

Irregular porque a bola foi jogada pelo gandula diretamente às mãos de quem bateu o lateral? A bola é "Raio-X" e passa por dentro da placa?

Ainda bem que o André Hernan colocou as coisas no lugar e esclareceu! É bom esse repórter! 

Foi ruim a saída do Willian, o jogador, por contusão. Quem deveria sair é Willian, o pseudo-comentarista. De qualquer forma o Borja terá a sua grande chance como titular!

Que venha, agora, o 2º tempo de um jogo com cheiro de vitória!

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2º TEMPO

Com Borja, tímido e sem confiança, no lugar de Willian, diminuiu bastante a força ofensiva do Palmeiras.

Em compensação Valentim acertou as alas e fechou as avenida que existiam às costas de Maicon e de Egídio.

Do início do segundo tempo até o gol de Borja, irritou-me outra vez o velho defeito crônico de o Palmeiras querer "administrar" o jogo.

O time só despertou para a realidade a partir de um lance em que o fraquíssimo time pontepretano quase empatou o jogo.

Na sequência, aquele criticado chute de reposição de Prass foi escorado por Keno, que habilitou Borja no comando do ataque gerando o gol que definiu outro difícil e importante duelo deste Brasileirão. 

Pressionado por Aranha que saiu do gol em desespero, Borja aplicou-lhe um chapéu e, mesmo pressionado na hora do arremate, conseguiu chutar esprimido e marcar um gol chorado. Antes de entrar a bola bateu na face interna da trave dando a impressão de que poderia não entrar, antes de morrer no fundo do gol. 

Com muito sofrimento, Borja, emocionado, quase foi às lágrimas. Estava quebrado um tabu de quatro meses sem que ele, acostumado a fazer gols, metesse a bola na rede.!

Após o segundo gol, de novo o Palmeiras voltou com a babaquice de ficar exlcusivamente tocando a bola, tendo passado pelo perigo de sofrer gols em dois ou três lances ofensivos mais perigosos do time campineiro.  

O que será que os dirigentes do Palmeiras têm na cabeça? Em todos esses anos, só Luxa conseguiu formar um time artilheiro em que os adversários é que se preocupavam com o Palmeiras, não o Palmeiras, como de hábito, se preocupa com eles. Continua acontecendo!

Se acham que exagero, sabem por quê o Palmeiras não está em segundo lugar neste Brasileiro? Simplesmente porque não tem o saldo de gols do Grêmio e não tem o saldo do Grêmio porque não tem (nunca tem) vocação ofensiva.

Apesar de tudo foi ótimo o 2 x 0 que acoplado ao empate do Santos, coloca o Palmeiras na terceira posição.

Se vencer o Grêmio domingo em Porto Alegre, o Palmeiras, além de assumir a vice-liderança, dará um gigantesco passo para conseguir o título que eu e aqueles que pensam não com o coração mas com a razão estamos esperando: a conquista de uma vaga na Libertadores/18.

Se vier algo mais além disso (quem sabe venha!), aí será e viverei o cúmulo do êxtase!


FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 2 x 0 PONTE PRETA


Árbitro: Leandro Bizzio Marinho
Assistentes: Miguel Cataneo Ribeiro da Costa e Gustavo Rodrigues de Oliveira
NOTA 8 para os três.


Público: 17.778 pagantes (muito bom, mas na Arena superaris 25 mil)
Renda: R$ 525.802,50
Gols:
PALMEIRAS: 
Keno, aos 27 minutos do 1º Tempo
Borja, aos 27 minutos do 2º Tempo

PONTE PRETA: Aranha; Nino Paraíba, Marllon, Rodrigo e Jeferson; Elton (Jadson), Naldo, Jean Patrick (Felipe Saraiva), e Danilo; Claudinho (Renato Cajá) e Lucca
Técnico: Eduardo Baptista

Cartões amarelos: Elton, Marllon e Nino Paraíba (PON)


PALMEIRAS: 
Fernando Prass - Parece vinho, quanto mais velho, melhor. Salvou o Verdão novamente (ao menos uma vez) ontem contra a Ponte NOTA 8.

Mayke - Fraco na marcação no 1º tempo, melhorou muito na etapa complementar. Cumpridor de ordens, jogou mais atrás no 2º tempo e apoiou pouco, NOTA 7.

Edu Dracena - Outra vez, mais uma vez o melhor zagueiro. A exemplo de Prass, quanto mais velho, mais técnica N0TA 8.

Juninho - Melhorou, mas ainda está longe das necessidades do Verdão. Fraco na cobertura de Egídio no 1º tempo, superou-se, corrigiu-se e esteve bem, no 2º tempo, embora sabendo que quando Mina se recuperar, o colombiano vai compor a dupla de zaga com Dracena e ele voltará ao banco NOTA 6,5.

Egídio - Por que ele não vira ponta-esquerda? Atacar ele sabe, defender, não! Fraco no 1º tempo, bom no segundo pelo apoio ao ataque, trabalho de  aproximação, deslocamentos e cruzamentos. NOTA 6.

Bruno Henrique - Cumpriu a sua melhor apresentação com a camisa do Verdão, mas eu ouso afirmar que Arouca, recuperado e em ritmo de jogo é melhor do que ele. NOTA 7,5.

Tchê Tchê - Jogou como mais gosta, livre, leve e solto, constituindo-se num dos melhores em campo. NOTA 7,5.

(Arouca) - Atuou apenas por poucos minutos e fica  SEM NOTA.

Moisés: Esforçado, partícipe, lutador ele é uma grande liderança em campo. Correndo, se deslocando, batendo laterais dentro da área, chutando, armando o jogo, cabeceando e fazendo tudo o que sabe e pode Moisés, de longe, é um dos jogadores mais importantes do time. Mesmo sem ter chegado, ainda, ao ápice de sua forma física e ritmo de jogo, devagarinho vai chegando ao nível da temporada passada. NOTA 8.

(Felipe Melo) - Também atuou pouco tempo. Registre-se, apenas, as visíveis satisfação e emoção do Atleta por voltar ao time. SEM NOTA.

Keno - Sem bisar a magnífica atuação contra o Atlético GO e jogando mais para o time, mesmo sem ter apresentado um futebol  exponencial, ele, com um gol e uma assistência, simplesmente, decidiu o jogo. NOTA 8,5.

Dudu - Foi o Dudu de sempre, combativo, lutador, porém sem brilhar. Eu já disse e vou repetir: Dudu armando o jogo é desperdício. Por sua categoria vai acertar um ou outro lance mas não passará disto, a não ser que treine e se dedique especificamente para exercer essa função.  NOTA 7.

Willian: Saiu precocemente de um jogo em que ele começou muito bem dando muito trabalho à defesa da Ponte. SEM NOTA

(Borja) Um ídolo em seu país, esse colombiano de boa cepa teve paciência e caráter para enfrentar humilhações e esperar pela volta de cima que pode levá-lo à consagração, desde que ele tenha personalidade forte para readquirir sua autoconfiança. Afinal, ninguém desaprende. NOTA 7
 

Técnico: 
Alberto Valentim
Manteve sapientissimamente o time que jogou em Goiânia, levantou o moral da rapaziada, impediu que o time quebrasse sua tática defensivista de jogo, corrigiu os erros dos laterais no intervalo, reabilitou os contundidos e exaltou os humilhados. NOTA 8
 
  
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SE EMPATAR COM A PONTE, O PALMEIRAS VAI CANTAR NOVAMENTE AQUELE VELHO SUCESSO MUSICAL "ADEUS ÀS ILUSÕES"


A esta altura do Brasileiro torço, apenas, para que o Palmeiras obtenha a sua vaga na Libertadores/18.

O que vier além disto, seja um 3º lugar ou o vice-campeonato, perfeitamente alcançáveis e factíveis, para mim será lucro.

Se por um viés lotérico, o Verdão se superar, ganhar os seus jogos, realizar a chamada campanha perfeita e vencer o campeonato é óbvio que vou gostar, vibrar, festejar e comemorar...

Mas nem a campanha perfeita bastaria a esta altura do Brasileiro, porque, paralelamente, o Grêmio, o Santos e principalmente o Curica, que estão à frente do Verdão, também teriam de perder pontos. O Curica, muitos!

Esta, fique claro, é uma situação pouco provável de se materializar, haja vista tantas coincidências necessárias para que o Verdão chegue lá.

Em meu tempo de menino a gente dizia em relação a algo muito difícil de ser alcançado ou obtido, "que só iria ocorrer no dia de São Nunca ou no dia em que o Sargento Garcia prendesse o Zorro".

Hoje, mais modernamente, a gente diz que o título de 2017 só irá para o Palmeiras na data de vencimento do aluguel de Lula, isto é, no dia 31 de novembro.

Para não me desgastar espiritualmente, não alimento ilusões em relação ao título, ainda que sabendo que matematicamente o Palmeiras tenha remotas condições de chegar lá.

O jornalismo esportivo me ensinou que quando se diz que um time "matematicamente" tem condições ainda de ganhar uma classificação, é porque "técnicamente" já rodou".

Aliás, ultimamente, só tenho consultado a lista de classificação das equipes tendo em mente a classificação do Palmeiras para a Libertadores, a queda do Curica e o rebaixamento dos bambis.

Fico torcendo para que o Curica perca o primeiro lugar e o campeonato, nem que seja para o Santos. Se for para o Grêmio, menos mal!

Da mesma forma, se os Veados derem com o rabo, os costados e os chifres na 2ª divisão perdendo, definitivamente, a arrogância e a pose, ao menos para mim valerá como a conquista do título.

Hoje tem Palmeiras x Ponte.

O Palmeiras enfrenta um time que sempre cresce e se multiplica em campo quando enfrenta o Verdão, na mesma medida em que afrouxa quando enfrenta os nossos maiores adversários.

A vitória, esta noite, é imprescindível e insubstituível para as duas equipes.

A Ponte, que trocou de treinador, é o primeiro time da faixa de rebaixamento com 32 pontos e, se perder, terá a sua situação ainda mais agravada.

O Palmeiras, da mesma forma, sabe que um simples empate transformará o "matematicamente possível" em "praticamente impossível".

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