Observatório Alviverde

04/02/2014

CALA A BOCA, CAIO! OS BAMBIS NÃO SABEM PERDER MESMO! NUNCA SOUBERAM!

Caio, palpiteiro sãopaulino
que a Globo nos impõe!

O que é que ex-jogadores e ex-atletas estão fazendo na mídia? 

Por que estão ocupando o lugar que, por lógica e por direito, deveria ser ocupado pelos verdadeiros profissionais da área?

Luciano do Vale, o Pelé da narração televisiva, introduziu o modismo dos ex-jogadores e celebridades  em TV, atingindo de forma irrefletida e deletéria à função de comentarista, implodindo-a! 

Há muitos anos, ao retornar dos Estados Unidos onde foi transmitir as primeiras partidas da NBA, do Vale e seu sócio e parceiro Kiko, gostando do que viram nos "States", introduziram, ex-atletas no ofício de comentar os jogos na tv, prática abusiva, desrespeitosa e que liquidou com a profissão. 

Osmar Santos, o inovador da linguagem do rádio esportivo-paulistano e brasileiro-, gostou do que viu na TV e, incontinenti, adotou a prática introduzindo-a, também no rádio, fato que colaborou e culminou com a saída do excepcional Loureiro Júnior da Rádio Excelsior, limitando-o, exclusivamente à Globo 1.100!

Em vez de prestigiar seus comentaristas, -Aymar era o outro- disparadamente, os melhores do Brasil, Osmar passou a convidar para palpitar nas transmissões, publicitários, ex-jogadores, seus amigos, ou quem quer que fosse de seu interesse, em detrimento dos companheiros de classe. 

Na realidade, hoje se percebe que Osmar, noves fora o seu imenso talento para narrar futebol -em rádio, em rádio, em rádio, tão somente em rádio, nunca em TV-- não passou de um doidivanas ou de um egoísta ausente e omisso quando o assunto foi a classe. Só pensou em si e em sua família, leia-se, irmãos, primos e alguns amigos!

Por isso, mesmo em sua atual situação de vida, ele, jamais, deveria ser tão paparicado pelos companheiros, em face da aleivosia cometida contra a classe, cujas consequências seriíssimas, aí estão para que todos vejam e sintam na própria pele. 

A principal delas sempre foi a falta de qualidade e o baixo nível da maioria dos ungidos e dos convidados, em muitos casos, medíocres, que desmoralizaram -completamente- a função de comentarista e a própria profissão. Hoje, qualquer borra-botas tem o título de comentarista!

Como se isso não bastasse, Osmar deixou-nos o legado do desemprego massivo de tantos companheiros, de seus tempos até hoje, noves fora poucas dezenas que empregou! A profissão, literalmente, acabou!

O que eu acho mais interessante e lamentável é que o irmão e sucessor de Osmar, Oscar, boa gente, correto, esclarecido, ótimo profissional, embora sem o brilho e o carisma do mano, ainda que sabendo de todas as consequências decorrentes da imprópria ação do "garotinho paulistano", o tenha copiado e imitado servilmente, grotescamente, da mesma forma que tantos companheiros o fizeram por todo o país em detrimento, repito, da classe e da profissão!

Colegas incompetentes, muitos deles inescrupulosos, egoístas e desprovidos, completamente, de vergonha, de caráter, de respeito e de zelo pela profissão, sem o menor sentimento de classe, abriram, também, inexplicavelmente e imperdoavelmente, as sacratíssimas portas de nossa profissão a uma horda de bárbaros, digo, de ex-jogadores, que invadiu a nossa casa e tomou de assalto a nossa profissão, em fenômeno que se espalhou por todo o Brasil!

Tirante Luciano e Osmar, não imaginem os leigos que os jornalistas que, hoje, ocupam o poder de decisão na grande mídia brasileira, mormente na televisiva, os mesmos que arriam as calças para os Netos, para os Casagrandes, para os Milers, para os Edmundos, para os Zés da Fiel (Oscar, nem escolher você sabe), para os Denilsons, para os Edmundos, para os Mário Sérgios e até para os Caio Sabonetes da vida, sejam aqueles que se constituíam em expoentes da classe, ou aqueles, os melhores, que, por meritocracia atingiram o patamar administrativo nessas empresas e hoje exercem o poder quase que em última instância!

Via de regra, esses indivíduos -conheci muitos deles- são os mesmos, incompetentes e frustrados que se esgueiravam pelos estúdios ou pelos sets de rádio e tv e viviam envoltos em ondas e tititis contra os companheiros mais talentosos.

Em função da falta de capacidade para estar na linha de frente, estiveram sempre confinados às salas sujas das redações, outrora esfumaçadas, cheirando a café vencido e a nicotina, exercendo trabalhos modestos de retaguarda impedidos pela própria mediocridade de participar da festa das transmissões externas e das viagens com diárias!

Pode-se dizer que esses caras vingaram-se, terrivelmente, de seus companheiros, que, em tempos idos, lhes causaram tanto ciúme e tanta inveja!

Diante da situação caótica, hoje, do cronista esportivo brasileiro e do desemprego galopante que grassa em nossa profissão por todo o Brasil, é o caso de se perguntar:

Onde estão os líderes das associações de classe, das entidades de classe e os presidentes dos sindicatos? 

Para que existir sindicatos distintos de radialistas e jornalistas, se nenhum dos dois faz nada em qualquer estado do país, sob a infantil alegação de que não têm mais poder do que a televisão? 

Companheiros lotados nessas entidades, por dignidade, ao menos lutem pela classe! Se não der pra fazer nem isso, demitam-se!

O que faz Luiz Ademar, nesse aspecto, o presidente da ACEESP e funcionário global que não prestigia a própria classe da qual é um líder e nem luta por ela? 

Não, eu não estou falando em ética ou em colisão de interesses por ele trabalhar na Globo,- ele não nos deve isso porque tem de viver da profissão, não importa onde ele se empregue- mas da omissão da mais importante associação de classe do país que deveria ser a primeira a levantar a bandeira da moralização profissional!

Onde estão e o que fazem os outros presidentes das associações de classe estaduais para combater a anomalia e o desrespeito, exigindo uma mudança urgente do atual "status quo"?

Onde está o presidente da ABRACE, entidade desmoralizada publicamente porque escreve na carteira dos jornalistas que, "de acordo com a lei tal, o radialista tem ingresso livre em qualquer estádio brasileiro"?

Não sei quem é o presidente atual da associação, -ainda seria o Maia, do Ceará?- mas lanço-lhe um repto: Sem avisar ninguém, sr. presidente, tente entrar em um estádio de futebol do estado de São Paulo em jogo da primeira divisão.

Ontem eram os Dárcios (pior e mais perversa criatura humana (?)
que encontrei na face da terra), os Reinaldo(s), os Gaúcho(s) 
(apelido de um funcionário bandido) e outros da mesma laia, da Federação Paulista de Futebol, que perpetravam, covardemente, toda a forma de empecilhos, maldades e, tantas vezes nos impediam de entrar para trabalhar, assumindo poderes mais que ditatoriais, celestiais na porta de entrada dos estádios paulistas, espécies de "tontons macoutes"de Farah e de outros presidentes da FPF...

Hoje, não sei quem os sucedeu -faço questão de não saber- embora eu saiba que os companheiros, principalmente do interior, ainda que credenciados, sofrem, tremendamente, até os dias de hoje, para poder ter acesso a uma cabine de transmissão na maioria dos estádios do país, principalmente -ainda- em Sampa!

Os presidentes de todos os órgãos citados sabem de tudo isso, mas nenhum deles tem hombridade, autoridade e iniciativa para peitar qualquer braço dessa máfia que se impõe ao arrepio da ordem e da lei e toma conta do atual futebol brasileiro, que seja mediante a acordo ou por via judicial!

Se, de fato, se julgam impotentes e não podem fazer nada, por que, então, não pedem demissão, mormente os sindicalistas, muito mais preocupados com a segurança do emprego do que com os colegas?

Seria legal e, principalmente, moral se o fizessem!

Tudo isso que foi dito até agora, tem uma justa e perfeita razão!

O invasor da profissão e palpiteiro Caio, inventado e parido por algum imbeciloide global como comentarista (?) de televisão, mas que não passa, quando vai ao ar, de um palpiteiro conveniente, desses, tipo "vaselina" ou "bagre ensaboado", inépto e inapto para
o exercício da função, protegeu seu amigo Rogério Ceni em pleno ar, em rede nacional, depois de tudo o que o goleiro da genuflexão fez com Valdívia e com Kardec  durante o clássico de domingo passado no Pacaembu!

Outro dia eu disse que, esses indivíduos que a TV e a mídia em geral foram buscar no meio do futebol, são, todos, uns grandes fazedores de média, principalmente com os dirigentes, ex-atletas, times e as torcidas aos quais se ligaram ou pertenceram, e exercem a função de analista sem a menor imparcialidade -com raríssimas exceções- procurando, sempre, proteger os times dos quais provieram ou aqueles com os quais se identificam!

Vejam o que disse Caio (só por isso ele deveria ser, sumariamente, advertido e afastado da câmeras), a respeito da agressão clara, cristalina, visível, desleal e lamentável de seu particularíssimo 
amigo e dileto companheiro Rogério Ceni sobre Valdívia e Alan Kardec.

Aliás os boleiros são marcantemente oportunistas, classistas e coorporativistas -todos-  e a TV ignora e desconsidera essa faceta que deveria ser fator impeditivo para o exercício da função de comentarista que tem de ser, acima de tudo, isenta e imparcial.

Ao falar na TV sobre a atitude marginal de Rogério Ceni, seu companheiro e líder de tantos anos quando vestia a camisa dos bambis, Caio, o "bom moço global saiu-se com esta": 

“É feio para ele, (Ceni) não precisa se expor dessa maneira. Claro que não é uma agressão, não precisa de punição, nada disso. Mas é desnecessário tentar dar um pontapé como ele tentou”.

Então, Sr. Caio, seu amigo de fé e irmão camarada, o goleiro da genuflexão, apenas se expôs? Desde quando agressão mudou o nome para "exposição"? 

Pare de brincar, Caio, porque esta sua postura na TV, definitivamente ridícula e grotesca, é um insulto a minha inteligência!

Então você diz:

"Claro que não é uma agressão"!?

Tão novo e já precisando de óculos, Caio? 

Ou você age assim porque por respeito - ou seria por medo- a seu amigo e líder Ceni?

Em vez de rasgar o véu diáfano da fantasia, você prefere interpretar aquilo que não precisa ser interpretado porque tá mais na cara do que muita coisa que você parece não ter?

Responda-me, por favor, Caio, para que eu e a torcida palmeirense possamos bem discernir: 

"Se aquela forma de partir para cima dos adversários não é uma agressão, o que seria, então uma agressão? 

Mas o pior veio depois quando ele disse:

 “Valdívia jogou muito, foi decisivo e não é nenhum santo, gosta de uma confusão”.

E, concluiu a respeito do técnico do Santos que nada tinha a ver com o embrulho: 

"Ser expulso não combina com você, Oswaldo"!

Essa crítica que em outra circunstância seria até didática e admissível, o que tinha a ver com o assunto da agressão de Ceni? Nada, absolutamente, nada! Ele precisou citar um caso que nada tinha ver com o problema para poupar Ceni.

Para salvar a banda do amigo, Caio também levantou suspeitas de que Valdívia provocou a confusão, em rota de colisão com o que foi mostrado pela TV. Por que ele briga tanto com as imagens? 

Eu sei, você sabe e todo mundo sabe, até a Globo, que finge não saber!

E sobre Kardec, agredido de forma contundente, Caio preferiu silenciar, pois seu espírito corporativo de "bambi", não permitia que ele criticasse o mau caratismo da agressão a partir de quem a perpetrou, o seu amigo Ceni! Isso não é fazer jornalismo, mas, fazer média!

Fico triste que, neste cenário lúgubre, triste e sombrio montado e provocado por alguns de nossos próprios companheiros, -traíras da profissão- um Mauro Betting, jornalista legítimo, honesto, correto, preparado, competente e de boa cepa esteja fora da TV aberta.

Mais lamentável ainda é que seu lugar seja ocupado por ex-jogadores, quase todos milionários, sem o nível cultural e de conhecimento exigidos, despreparados, muitos dos quais corporativistas como Caio que não tem coragem de dizer com contundência e pra fora, sem subterfúgios ou considerandos que dois e dois são quatro para não magoar o um ou o três! 

Acho que eu já usei outras vezes esta citação, mas, no caso, não existe outra expressão que a substitua de forma mais adequada!


Conclusão:

Caio, que nunca passou de um mediano, que jamais foi, sequer, um líder nos times em que atuou, que nunca teve e não tem carisma, só palavreado bonito e conveniência, desprovido, totalmente, de qualquer senso crítico, como todo o ex-atleta, só enxerga em seus comentários a camisa do São Paulo.

Até quando os canais de televisão que transmitem ou priorizam o futebol e os esportes vão continuar nos enfiando goela abaixo gente tão ruim de serviço quanto os tais ex-jogadores, com raríssimas exceções?

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