FRACASSA O PROGRAMA SÓCIO-TORCEDOR DO PALMEIRAS!
"O Lance" divulgou, ontem, o fracasso do programa sócio torcedor do Palmeiras, mas não era nenhum furo de reportagem.
Hoje o blog do Avallone e outros espaços cibernéticos afins, repercutiram a notícia, divulgada por este Observatório há mais de um mês.
O "programa sócio-torcedor" esperava sensibilizar e mobilizar 100 mil palmeirenses em torno do clube, mas não conseguiu arrebanhar, sequer, 2 mil abnegados contribuintes.
O Lance e o blog do Avallone não acrescentaram nenhuma novidade a nossa publicação. Apenas revelaram o número exato de palestrinos que a campanha conseguiu sensibilizar: 1.937.
Isso, convenhamos, é quase nada para um clube que se jacta de ter a terceira maior torcida do planeta.
*****
Antes de chamar de incompetentes os nossos homens de marketing, como tantos o fazem, prefiro refletir e a analisar coerentemente os fatos.
Apresso-me em dizer que não conheço o programa palmeirense de sócio-torcedor a fundo, mas não creio que ele seja tão ruim.
Esses programas de sócio-torcedor são muito parecidos. Variam muito pouco de clube para clube e, via de regra, um é a cópia do outro.
Portanto, se os outros clubes os vendem aos borbotões, por que só nós não haveríamos de vendê-los?
*****
A resposta desse enigma está, a princípio, ligada à tristeza e ao desencanto que tomam conta da coletividade alviverde nos dias de hoje, e que parecem não ter mais fim.
Quem desconhece que o palmeirense anda muito chateado ultimamente, frustrado, cabisbaixo, desesperançado, e não sabe mais o que pode ser feito no sentido de melhorar o seu time de coração?
Há uma interminável sucessão de fracassos dentro e fora de campo, em sequencia jamais vista na história do clube, nas duas últimas décadas e o fracasso do programa sócio-torcedor passa a ser só mais um.
A falta de títulos e conquistas, a facilidade com que o time é derrotado, a ausência de elencos à altura de nossas tradições, e as inevitáveis comparações com os rivais alimentam essa teia de sentimentos negativos que sufoca o decantado orgulho palmeirense.
A perda do Brasileiro, nas circunstâncias em que ocorreu no ano passado, foi o ápice do desapontamento dos palestrinos, outro banho de água fria sobre a nossa leal torcida, que ainda não acredita no que viu, mas sabe que aconteceu.
*****
Mas há outros aspectos, também.
O Palmeiras, no suceder dos anos, dedicou-se menos ao futebol e muito mais à parte social de nossa sociedade esportiva.
Uma sociedade, aliás, prepotente, elitizada, fechadissima, discriminadora, sem nenhuma tolerância, sem nenhum fair-play, sem a menor simpatia.
Experimente alguém, ainda que de outra cidade ou estado, tentar entrar ocasionalmente no clube ainda que seja apenas para ver a nossa sala de troféus. Vai ter uma enorme decepção. Nem pagando...
Meus amigos, eu só vim a saber dessas nossas idiosincrasias já em idade provecta. Eu não tinha idéia do tamanho dos egos, e nem imaginava a dimensão do orgulho, da vaidade e da prepotência desse clube social do Pameiras, que se antepõe antagonicamente ao futebol e que tanto o prejudica. do ponto de vista popular e da massificação. Uma pena!
**********
Mas nenhum desses aspectos tem mais relevância do que o desprezo que as sucessivas diretorias do Palmeiras devotaram à torcida no suceder dos anos. Isso é histórico e, para mim, explica, em parte a pouca resposta da torcida no "programa sócio-torcedor".
Assim, a torcida palmeirense não está acostumada a ser convocada, a ser chamada, a ser mobilizada, pois nunca lhe ligaram mínima importância.
Estupidamente minimizaram a relevância da participação popular. Sequer perceberam que o Palmeiras, de simples clube da colonia italiana, havia se trasnsformado em um gigantesco clube de massa de dimensões nacionais.
Tratada pelos diretores com total desdém, a torcida do Verdão sempre foi usada, apenas, como massa de manobra. Os preços que o Palmeiras cobra por um ingresso de arquibancada em seus jogos, o maior que se pratica no Brasil, mostram que a diretoria não está nem aí para o povão.
*****
Só "as organizadas", respeitadas pela truculência e pela violência com que se impõem, recebem a deferência, a preferência e, até, generosos auxílios financeiros de nossos dirigentes, posto que são politicamente importantes nos processos eleitorais do clube.
Infelizmente, só elas são reconhecidas, não o verdadeiro torcedor que nada quer do clube senão comprar a sua camisa, pagar o seu ingresso, assistir aos jogos e obter resultados que lhe proporcionem alegrias.
As "organizadas" não têm interesse nenhum na formação de outros grupos concorrentes e o grupo dos sócios torcedores a partir do momento em que se complementasse, passaria a ser o maior concorrente delas.
Os que vivem de torcida organizada sabem que eles só tem a perder com uma mobilização diferente da torcida em benefício do próprio clube, uma de suas maiores fontes de arrecadação.
A elas também não interessa em ter o clube como concorrente no processo de cooptação, formação e adoção de novos adeptos, ainda que aparentemente argumentem que uma coisa nada tem a ver com outra.
Para mim não será nenhuma surpresa se por trás do fracasso do programa de sócios estiverem as digitais dos que vivem da exploração das torcidas organizadas e que fizeram dessa atividade as suas profissões.
O Depto de Marketing do Palmeiras tem de averiguar se existe isso e, se existir, como tudo o indica, tomar as providências que o caso requer. As organizadas já provaram que são capazes de tudo!
PERGUNTA SIMPLES, INGÊNUA, INOCENTE, MAS MUITO ÚTIL:
" POR QUE CADA COMPONENTE DAS TORCIDAS ORGANIZADAS NÃO SE INTERESSA EM SER TAMBÉM UM SÓCIO-TORCEDOR ?"
DEIXE O SEU COMENTÁRIO:
Hoje o blog do Avallone e outros espaços cibernéticos afins, repercutiram a notícia, divulgada por este Observatório há mais de um mês.
O "programa sócio-torcedor" esperava sensibilizar e mobilizar 100 mil palmeirenses em torno do clube, mas não conseguiu arrebanhar, sequer, 2 mil abnegados contribuintes.
O Lance e o blog do Avallone não acrescentaram nenhuma novidade a nossa publicação. Apenas revelaram o número exato de palestrinos que a campanha conseguiu sensibilizar: 1.937.
Isso, convenhamos, é quase nada para um clube que se jacta de ter a terceira maior torcida do planeta.
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Antes de chamar de incompetentes os nossos homens de marketing, como tantos o fazem, prefiro refletir e a analisar coerentemente os fatos.
Apresso-me em dizer que não conheço o programa palmeirense de sócio-torcedor a fundo, mas não creio que ele seja tão ruim.
Esses programas de sócio-torcedor são muito parecidos. Variam muito pouco de clube para clube e, via de regra, um é a cópia do outro.
Portanto, se os outros clubes os vendem aos borbotões, por que só nós não haveríamos de vendê-los?
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A resposta desse enigma está, a princípio, ligada à tristeza e ao desencanto que tomam conta da coletividade alviverde nos dias de hoje, e que parecem não ter mais fim.
Quem desconhece que o palmeirense anda muito chateado ultimamente, frustrado, cabisbaixo, desesperançado, e não sabe mais o que pode ser feito no sentido de melhorar o seu time de coração?
Há uma interminável sucessão de fracassos dentro e fora de campo, em sequencia jamais vista na história do clube, nas duas últimas décadas e o fracasso do programa sócio-torcedor passa a ser só mais um.
A falta de títulos e conquistas, a facilidade com que o time é derrotado, a ausência de elencos à altura de nossas tradições, e as inevitáveis comparações com os rivais alimentam essa teia de sentimentos negativos que sufoca o decantado orgulho palmeirense.
A perda do Brasileiro, nas circunstâncias em que ocorreu no ano passado, foi o ápice do desapontamento dos palestrinos, outro banho de água fria sobre a nossa leal torcida, que ainda não acredita no que viu, mas sabe que aconteceu.
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Mas há outros aspectos, também.
O Palmeiras, no suceder dos anos, dedicou-se menos ao futebol e muito mais à parte social de nossa sociedade esportiva.
Uma sociedade, aliás, prepotente, elitizada, fechadissima, discriminadora, sem nenhuma tolerância, sem nenhum fair-play, sem a menor simpatia.
Experimente alguém, ainda que de outra cidade ou estado, tentar entrar ocasionalmente no clube ainda que seja apenas para ver a nossa sala de troféus. Vai ter uma enorme decepção. Nem pagando...
Meus amigos, eu só vim a saber dessas nossas idiosincrasias já em idade provecta. Eu não tinha idéia do tamanho dos egos, e nem imaginava a dimensão do orgulho, da vaidade e da prepotência desse clube social do Pameiras, que se antepõe antagonicamente ao futebol e que tanto o prejudica. do ponto de vista popular e da massificação. Uma pena!
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Mas nenhum desses aspectos tem mais relevância do que o desprezo que as sucessivas diretorias do Palmeiras devotaram à torcida no suceder dos anos. Isso é histórico e, para mim, explica, em parte a pouca resposta da torcida no "programa sócio-torcedor".
Assim, a torcida palmeirense não está acostumada a ser convocada, a ser chamada, a ser mobilizada, pois nunca lhe ligaram mínima importância.
Estupidamente minimizaram a relevância da participação popular. Sequer perceberam que o Palmeiras, de simples clube da colonia italiana, havia se trasnsformado em um gigantesco clube de massa de dimensões nacionais.
Tratada pelos diretores com total desdém, a torcida do Verdão sempre foi usada, apenas, como massa de manobra. Os preços que o Palmeiras cobra por um ingresso de arquibancada em seus jogos, o maior que se pratica no Brasil, mostram que a diretoria não está nem aí para o povão.
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Só "as organizadas", respeitadas pela truculência e pela violência com que se impõem, recebem a deferência, a preferência e, até, generosos auxílios financeiros de nossos dirigentes, posto que são politicamente importantes nos processos eleitorais do clube.
Infelizmente, só elas são reconhecidas, não o verdadeiro torcedor que nada quer do clube senão comprar a sua camisa, pagar o seu ingresso, assistir aos jogos e obter resultados que lhe proporcionem alegrias.
As "organizadas" não têm interesse nenhum na formação de outros grupos concorrentes e o grupo dos sócios torcedores a partir do momento em que se complementasse, passaria a ser o maior concorrente delas.
Os que vivem de torcida organizada sabem que eles só tem a perder com uma mobilização diferente da torcida em benefício do próprio clube, uma de suas maiores fontes de arrecadação.
A elas também não interessa em ter o clube como concorrente no processo de cooptação, formação e adoção de novos adeptos, ainda que aparentemente argumentem que uma coisa nada tem a ver com outra.
Para mim não será nenhuma surpresa se por trás do fracasso do programa de sócios estiverem as digitais dos que vivem da exploração das torcidas organizadas e que fizeram dessa atividade as suas profissões.
O Depto de Marketing do Palmeiras tem de averiguar se existe isso e, se existir, como tudo o indica, tomar as providências que o caso requer. As organizadas já provaram que são capazes de tudo!
PERGUNTA SIMPLES, INGÊNUA, INOCENTE, MAS MUITO ÚTIL:
" POR QUE CADA COMPONENTE DAS TORCIDAS ORGANIZADAS NÃO SE INTERESSA EM SER TAMBÉM UM SÓCIO-TORCEDOR ?"
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