Observatório Alviverde

26/04/2010

FRACASSA O PROGRAMA SÓCIO-TORCEDOR DO PALMEIRAS!

"O Lance" divulgou, ontem, o fracasso do programa sócio torcedor do Palmeiras, mas não era nenhum furo de reportagem.

Hoje o blog do Avallone e outros espaços cibernéticos afins, repercutiram a notícia, divulgada por este Observatório há mais de um mês.

O "programa sócio-torcedor" esperava sensibilizar e mobilizar 100 mil palmeirenses em torno do clube, mas não conseguiu arrebanhar, sequer, 2 mil abnegados contribuintes.

O Lance e o blog do Avallone não acrescentaram nenhuma novidade a nossa publicação. Apenas revelaram o número exato de palestrinos que a campanha conseguiu sensibilizar: 1.937.

Isso, convenhamos, é quase nada para um clube que se jacta de ter a terceira maior torcida do planeta.
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Antes de chamar de incompetentes os nossos homens de marketing, como tantos o fazem, prefiro refletir e a analisar coerentemente os fatos.

Apresso-me em dizer que não conheço o programa palmeirense de sócio-torcedor a fundo, mas não creio que ele seja tão ruim.

Esses programas de sócio-torcedor são muito parecidos. Variam muito pouco de clube para clube e, via de regra, um é a cópia do outro.

Portanto, se os outros clubes os vendem aos borbotões, por que só nós não haveríamos de vendê-los?
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A resposta desse enigma está, a princípio, ligada à tristeza e ao desencanto que tomam conta da coletividade alviverde nos dias de hoje, e que parecem não ter mais fim.

Quem desconhece que o palmeirense anda muito chateado ultimamente, frustrado, cabisbaixo, desesperançado, e não sabe mais o que pode ser feito no sentido de melhorar o seu time de coração?

Há uma interminável sucessão de fracassos dentro e fora de campo, em sequencia jamais vista na história do clube, nas duas últimas décadas e o fracasso do programa sócio-torcedor passa a ser só mais um.

A falta de títulos e conquistas, a facilidade com que o time é derrotado, a ausência de elencos à altura de nossas tradições, e as inevitáveis comparações com os rivais alimentam essa teia de sentimentos negativos que sufoca o decantado orgulho palmeirense.

A perda do Brasileiro, nas circunstâncias em que ocorreu no ano passado, foi o ápice do desapontamento dos palestrinos, outro banho de água fria sobre a nossa leal torcida, que ainda não acredita no que viu, mas sabe que aconteceu.
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Mas há outros aspectos, também.

O Palmeiras, no suceder dos anos, dedicou-se menos ao futebol e muito mais à parte social de nossa sociedade esportiva.

Uma sociedade, aliás, prepotente, elitizada, fechadissima, discriminadora, sem nenhuma tolerância, sem nenhum fair-play, sem a menor simpatia.

Experimente alguém, ainda que de outra cidade ou estado, tentar entrar ocasionalmente no clube ainda que seja apenas para ver a nossa sala de troféus. Vai ter uma enorme decepção. Nem pagando...

Meus amigos, eu só vim a saber dessas nossas idiosincrasias já em idade provecta. Eu não tinha idéia do tamanho dos egos, e nem imaginava a dimensão do orgulho, da vaidade e da prepotência desse clube social do Pameiras, que se antepõe antagonicamente ao futebol e que tanto o prejudica. do ponto de vista popular e da massificação. Uma pena!
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Mas nenhum desses aspectos tem mais relevância do que o desprezo que as sucessivas diretorias do Palmeiras devotaram à torcida no suceder dos anos. Isso é histórico e, para mim, explica, em parte a pouca resposta da torcida no "programa sócio-torcedor".

Assim, a torcida palmeirense não está acostumada a ser convocada, a ser chamada, a ser mobilizada, pois nunca lhe ligaram mínima importância.

Estupidamente minimizaram a relevância da participação popular. Sequer perceberam que o Palmeiras, de simples clube da colonia italiana, havia se trasnsformado em um gigantesco clube de massa de dimensões nacionais.

Tratada pelos diretores com total desdém, a torcida do Verdão sempre foi usada, apenas, como massa de manobra. Os preços que o Palmeiras cobra por um ingresso de arquibancada em seus jogos, o maior que se pratica no Brasil, mostram que a diretoria não está nem aí para o povão.
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Só "as organizadas", respeitadas pela truculência e pela violência com que se impõem, recebem a deferência, a preferência e, até, generosos auxílios financeiros de nossos dirigentes, posto que são politicamente importantes nos processos eleitorais do clube.

Infelizmente, só elas são reconhecidas, não o verdadeiro torcedor que nada quer do clube senão comprar a sua camisa, pagar o seu ingresso, assistir aos jogos e obter resultados que lhe proporcionem alegrias.

As "organizadas" não têm interesse nenhum na formação de outros grupos concorrentes e o grupo dos sócios torcedores a partir do momento em que se complementasse, passaria a ser o maior concorrente delas.

Os que vivem de torcida organizada sabem que eles só tem a perder com uma mobilização diferente da torcida em benefício do próprio clube, uma de suas maiores fontes de arrecadação.

A elas também não interessa em ter o clube como concorrente no processo de cooptação, formação e adoção de novos adeptos, ainda que aparentemente argumentem que uma coisa nada tem a ver com outra.

Para mim não será nenhuma surpresa se por trás do fracasso do programa de sócios estiverem as digitais dos que vivem da exploração das torcidas organizadas e que fizeram dessa atividade as suas profissões.

O Depto de Marketing do Palmeiras tem de averiguar se existe isso e, se existir, como tudo o indica, tomar as providências que o caso requer. As organizadas já provaram que são capazes de tudo!

PERGUNTA SIMPLES, INGÊNUA, INOCENTE, MAS MUITO ÚTIL:

" POR QUE CADA COMPONENTE DAS TORCIDAS ORGANIZADAS NÃO SE INTERESSA EM SER TAMBÉM UM SÓCIO-TORCEDOR ?"

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VALDIVIA, PALMEIRAS E AL AIN, CADA VEZ MAIS PERTO DO ACERTO! BAMBIS ANUNCIAM QUE TAMBÉM QUEREM O MAGO! VEJAM OUTRAS POSSÍVEIS CONTRATAÇÕES DO VERDÃO!

Ronaldinho e Deco continuam nas manchetes como possíveis contratações do Palmeiras, mas estas são informações imprecisas e inexatas, a que chamamos de factóides.

A diretoria do Palmeiras não tem se dado ao trabalho de desmentir semelhantes "balões de ensaio", haja vista que, neste momento, interessa-lhe a difusão dessas pseudo-informações.
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Na realidade é uma forma de desviar a atenção para o avanço das negociações com Valdívia, que estão chegando, a cada dia, a um desejável denominador comum.

O próprio Valdívia está tentando, de todas as formas, viabilizar a sua volta ao clube de onde jamais deveria ter saído, a S.E. Palmeiras, mantendo constantes conversações com o principe árabe detentor de seus direitos federativos e econômicos.
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A desclassificação do Al Ain da Copa Asiática pode contribuir muito para a volta do mago, embora a sua equipe esteja em terceiro lugar no campeonato local e com perspectivas de ganhar o título.

Segundo informações que obtivemos, o Palmeiras tenta trazer Valdívia por empréstimo de um ano e esse ano seria acrescido no contrato do chileno com o El Ain.
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Voces acreditam que ontem, no programa do Avallone na CNT o Marco Aurélio Cunha deixou transparecer que os bambis estão no páreo para tentar contratar o chileno?

É muita cara-de-pau do SPFW! Esse time não tem escrúpulos e não respeita memo os co-irmãos!
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De qualquer forma a notícia referente a Valdívia é auspiciosa. O que se nota é que a diretoria está, pouco a pouco, tirando a força da Traffic (apesar do Cipullo) e dando a Zago tudo o que foi negado a Muricy.
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Com a possibilidade da suspensão de Danilo, o Palmeiras está em negociação com o zagueiro Toninho, do Santo André, que deve ser contratado tão logo termine a decisão do Paulistinha.

O lateral Carlinhos, também do Santo André, já concluiu negociações com o Verdão e também aguarda o término do campeonato para assinar contrato.

Espero, para esta semana, que o Palmeiras contrate um ou dois jogadores do São Caetano, ex-clube de Zago que está decidindo o campeonato do interior.

Isso sempre acontece quando um treinador deixa um time pequeno e vai para um grande. O atacante Eduardo, que fez 10 gols no Paulistão pode ser um dos nomes.
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O Palmeiras também fala em Deivid, atualmente no Fenerbace da Turquia, cuja contratação só seria viável após a Copa do Mundo.

O plano B para o ataque é o luso-argentino Ernesto Farias que, dizem, voltou a jogar bem com a camisa do Porto, mas cujo contrato com o time tripeiro vence no final do mes de junho.
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Já Diego, Cleiton Xavier e Pierre podem ser negociados a qualquer momento, embora seja desejo da diretoria preservá-los até o fim da participação do Palmeiras na Copa do Brasil.

A Traffic quer fazer dinheiro em cima do investimento e a diretoria do Palmeiras acha muito justo que as coisas ocorram dessa maneira.
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Diego, entre os tres, apesar do imenso potencial, não vai deixar saudades pois não consegue render em campo um futebol pleno, à altura de sua capacidade total.

Cleiton é muito bom, mas além de contundir-se com grande facilidade, não encarna a figura daquele jogador diferenciado que deveria liderar o time a partir do meio de campo.

Pierre, certamente, vai deixar muita saudade pelos desarmes, pela forte marcação e pelo grande empenho mostrado ao vestir nossa camisa que ele soube transformar em sua segunda pele.

Só não deixará saudades pelo excesso de faltas, pelo excesso de cartões que o tiravam sempre do jogo seguinte e pela falta de qualidade no passe e, principalmente, na saída de bola.
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E você, o que pensa dessas contratações e dessa política adotada de renovar aos poucos o nosso elenco mirando o próximo Brasileirão?

Estaríamos no caminho certo?

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