COM AS IRRETOCÁVEIS ATUAÇÕES DE SEUS DOIS FELIPES, O PALMEIRAS VENCE A DECISÃO SOBRE O VASCO E É O CAMPEÃO BRASILEIRO DE 2018!
(Comentário publicado no intervalo do jogo)
O Palmeiras não jogou nada neste primeiro tempo contra o Vasco. Sequer teve organização tática. Situações para a feitura do gol, nenhuma digna de registro.
Foram, apenas, um lance de Bruno Henrique, outro de Dudu e nada mais. Neste 1º tempo o Palmeiras teve, apenas, um melhor toque de bola, nada mais que isto.
Ah, antes que eu esqueça, o time jogou com disposição, embora o Vasco houvesse tido muito mais.
Uma figura decorativa do jogo: Borja.
Uma figura dispensável do jogo, Lucas Lima que, individualmente não foi mal, mas taticamente...
Borja pode até decidir o jogo (os centroavantes são assim), mas pela amostra apresentada nesta primeira fase, se ele não mudar a maneira de jogar, não vai rolar. Ele e Lucas Lima foram os responsáveis pela lentidão do time do Palmeiras neste primeiro tempo.
Lucas com a desvantagem da falta de pegada no meio de campo, o que per si explica porque Melo e Bruno Henrique já estão amarelados.
Se o Palmeiras não imprimir velocidade ao jogo e insistir para os cruzamentos em direção à área vascaína, (leva desvantagem porque Borja não ocupa a área e os demais atacantes palmeirenses são de baixa estatura), será difícil o Palmeiras chegar ao gol de abertura insistindo com esse tipo de jogada, a única, aliás que o time apresentou neste 1º tempo, em termos ofensivos.
Eu reiniciaria o segundo tempo sacando Borja e colocando, imediatamente, Deyverson.
Ele é a única saída para a chegada dos volantes e dos atacantes de baixa estatura para as penetrações em velocidade.
Borja, sem o menor sucesso, apenas tenta exercer esse papel.
O Palmeiras que se cuide para o segundo tempo. Do jeito que jogou sem prevalecer na meia cancha, poderá ser surpreendido pelo aguerrido time vascaíno (AD)
COMENTÁRIO FINAL
Quem leu o que escrevi acima no intervalo do jogo, viu que era um jogo de bem fácil diagnostico.
Em minha avaliação Felipão perdeu tempo ao insistir com peças que ele e todos nós já sabíamos que não dariam certo, tipo Lucas Lima e, principalmente, Borja.
Jogando como sabe, pode e deve, o Palmeiras envolveu o Vasco no 2º tempo e criou clima e situações para vencer o jogo.
Venceu por 1 x 0, gol de Deyverson, assistência de William que recebeu uma sub-assistência preciosa de Dudu, o craque do campeonato.
Dudu, que não fora tão decisivo na etapa inicial, certamente por não ter a quem servir e nem com quem trabalhar, foi outro jogador na etapa complementar.
Em face do esquema tático e das peças erradas (Borja e Lucas Lima) escaladas indevidamente por Felipão, só a partir das substituições desses jogadores é que Dudu mostrou, efetivamente, porque é o "Craque do Campeonato"! Daí em diante desequilibrou e arrebentou com o jogo, realizando jogadas espetaculares que deixaram atônitos, confusos e sem ação os zagueiros cruzmaltinos.
Quando Deyverson e Scarpa foram para o jogo (deveriam ter entrado mesmo é no início), o Palmeiras subiu "d-e-e-e-m-a-a-a-i-s" de produção e mostrou ao Vasco qual dos dois era mais time.
Depois do gol, como de hábito, Felipão recuou os jogadores e tentou garantir a vitória em contra-ataques, mas criou poucas chances de gol, preferindo, então, muito mais, se guarnecer na defesa a fim de manter o 1 x 0, resultado que conduzia ao título. E conduziu!
O time do Vasco, então, perdeu a cabeça.
Além de cometer seguidas faltas, procurando sempre o choque com os atletas palmeirenses, Pikachu foi expulso após partir nervosa e agressivamente para cima do árbitro e ameaçar agredi-lo em razão de uma falta que somente ele julgou não ter ocorrido.
DADOS TÉCNICOS DO JOGO QUE VALEU AO VERDÃO TÍTULO DE
CAMPEÃO DO BRASILEIRÃO/2018.
FICHA TÉCNICA
VASCO 0 X 1 PALMEIRAS
Local: Estádio São Januário, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 25 de novembro de 2018, domingo
Árbitro: Rafael Traci (PR) - Outra vez bem. NOTA 9.
Assistentes: Ivan Carlos Bohn (PR) e Rafael Trombeta (PR) NOTA 9.
Público: 21.066 pagantes (Casa cheia)
Renda: R$ 596.810,00
Cartões Amarelos:
VASCO: Desábato, Castan e Andrey doVasco;
PALMEIRAS - Jean,Felipe Melo, Bruno Henrique, Gomez e Deyverson
Cartão Vermelho: Pikachu (Do Vasco)
Gol:
PALMEIRAS: Deyverson, aos 26 minutos do 2º Tempo
ESCALAÇÕES
VASCO:
Fernando Miguel; Luiz Gustavo, Werley, Leandro
Castan e Henrique (Willian Maranhão);
Desábato (Raul), Andrey, Yago
Pikachu e Thiago Galhardo;
Kelvin (Marroni) e Maxi López
Técnico: Alberto Valentim
PALMEIRAS:
Weverton - Trabalhou pouco e bem, sem restrições. NOTA 8
Mayke - Um dos melhores do time. NOTA 8,5.
Luan - Foi tão eficiente que, sequer, apareceu. NOTA 8,5
Gustavo Gomez - Muito bem em cima e em baixo, Boa noção de cobertura. NOTA 8,5.
Diogo
Barbosa - Jogo tático e eficiente mesmo sendo muito exigido. NOTA 8,5
Bruno Henrique - Melhor no 2º tempo do que no 1º. Pela importante. NOTA 8,5.
Lucas Lima - Apenas esforçado, mas bem baixo do nível da equipe. NOTA 5.
(Scarpa) - Como previmos, entrou tarde mas a tempo de melhorar o time. NOTA 7.
Willian - Esforçado, aplicado e competente. Foi dele a assistência do gol. NOTA 8,5.
(Jean) - Entrou ao final do jogo como se estivesse no início. NOTA 7.
Borja - Não o julguemos apenas pela fraca atuação de hoje. Destoou. NOTA 4.
PERSONAGEM DO JOGO (1).
(Deyverson) -
Eu o teria efetivado como titular há tempos. De acordo com meus prognósticos, entrou, arrebentou e mudou a sorte do jogo. Sua entrada, como sempre, deu novo ânimo, mais vigor e muito mais presença na área ao -até então- anêmico e ineficiente ataque palmeirense, bastante prejudicado pelas más performances de Lucas Lima, e, principalmente de Borja. NOTA 9.
PERSONAGEM DO JOGO (2)
Dudu -
Sem o brilho de outras jornadas, certamente cansado de ser vítima de violência, deslealdades, pontapés e toda a espécie de anti-jogo, desanimado, talvez, pela péssima escolha inicial de Felipão ao escalar Lucas Lima e Borja Dudu, embora sem jogar mal, não foi o mesmo.
Ainda assim, craque que é, ele teve lampejos de craque e, vez ou outra, desequilibrou.
Foi de uma pré-assistência dele a William, o real assistente que o Palmeiras assinalou o gol que valeu ao Verdão a sua décima conquista de um título brasileiro.
Dudu é um jogador de tal nível que mesmo quando não acerta e deixa de jogar o que sabe, ainda assim, consegue ser um dos melhores em campo. NOTA 9.
O CRAQUE DO JOGO
Felipe Melo -
O Palmeiras tem dois Felipes. Um que joga (este) e outro que só orienta (Felipão, o técnico), ambos de transcendental importância para o time e importantíssimos artífices da décima conquista de âmbito nacional para o Palmeiras. Falemos, primeiro, de Felipe Melo, o jogador.
Hoje, na decisão contra o Vasco, Felipe Melo, defendeu e atacou, com eficiência. Da mesma forma, cortou, desarmou e entregou redondo nos pés dos companheiros, facilitando a saída de bola. Foi firme sem ser violento e por seu setor o Vasco jamais cresceu ou "se criou". Fez, constantemente, o "jogo falado", gritando, o tempo todo, para orientar a defesa, oferecer opções aos companheiros, influenciar na arbitragem, e principalmente, objetivando desequilibrar e infernizar a vida os adversários. Conseguiu tudo isso em plenitude!
Foi muito bem no jogo aéreo ofensivo e marcado à base do "homem-a-homem" quando incursionava pela área cruzmaltina nos córneres e faltas tentando o gol.
Sua atuação relacionada ao jogo aéreo vascaíno foi perfeita tendo, ele, Felipe Melo, se constituído no defensor que mais vezes cortou de cabeça, diante dos constantes ataques de um time que reunia entre zagueiros, meio-campistas e atacantes, uma leva de gigantes.
Hoje, Melo tem de ser elogiado por um outro aspecto. Ele conseguiu atuar por mais de três quartos do jogo sob a pressão extra de ter levado um cartão amarelo na metade do primeiro tempo sem ser expulso.
Eu poderia enumerar outras virtudes de Felipe Melo (a raça, por exemplo) e ficar elogiando a sua atuação espetacular na importante e decisiva confrontação contra o Vasco, mas prefiro resumir tudo na expressão: Felipe Melo foi "O Craque Do Jogo". NOTA 9,5 pra ele!
Técnico:
Luiz Felipe Scolari
Todas as loas e coroas para Felipão, cujo maior mérito foi pegar um grupo não formado por ele e, ainda assim, levá-lo ao título. Há que destacar, também, que o Palmeiras só não chegou à final da Copa do Brasil, em face do roubo descarado de que foi vítima no jogo da semifinal contra o Cruzeiro que a mídia cultiva esquecer. Da mesma forma, simples detalhes tiraram o Verdão da Libertadores. O principal deles, ao meu sentir, foi o rodízio de times.
Respeito quem pense o contrário, mas a formação de times alternativos, muito longe de ter ajudado o Palmeiras o prejudicou. Em determinados jogos, perdeu a sua melhor característica, que sempre foi o jogo coletivo e o sentido de conjunto.
Sei que muitos dirão que estou procurando cabelo em ovos fazendo a óbvia pergunta: "mas o time não foi campeão"?
Eu responderei que foi campeão, sim, mas se desgastou porque teve tudo para ganhar o título com antecedência e o tal rodízio prejudicou. Na Libertadores isso ficou bem claro, claríssimo.
Voltando a Felipão Campeão, será que ele errou? Claro que errou e errou muitas vezes. O criticamos pelos erros pontuais, sempre inferiores aos seus acertos gerais.
Hoje, por exemplo errou muitíssimo na escalação porque, pelo retrospecto de atuações anteriores, nem Borja e nem Lucas Lima reuniam méritos e condições para começar o jogo decisivo. E, no entanto, eles começaram o jogo, em detrimento de Deyverson e Scarpa, muito melhores do que eles.
Para que não digam que estamos sendo oportunistas nessa crítica, leiam o que escrevemos no intervalo do jogo de uma forma objetiva, clara e explícita, no que fomos apoiados por vários colegas blogueiros deste OAV.
Foi só Felipão corrigir o erro, fazendo entrar Deyverson e Scarpa (muito melhores) e o Palmeiras dominou as ações, impôs seu ritmo, ganhou o jogo e é o novo Campeão Brasileiro.
Ainda bem que Scolari fez autocrítica e não foi teimoso! Parabéns a ele!
Para encerrar quero dizer que, da mesma forma que o criticamos, sempre reconhecemos os méritos de Felipão (como os negar?).
Assim como errou com Borja e Lucas Lima, acertou em cheio pela definição e escalação da dupla Luan/Gomes, a mais indicada para tentar conter o jogo ofensivo rápido do jovem time cruzmaltino. Com Antonio Carlos e Dracena, pela irregularidade de um e pela veteranice do outro, teria sido muito mais difícil.
Por essas e por outras, sobretudo pelo trabalho global de Felipão, isto é, por seu trabalho como um todo, atribuo-lhe a mesma nota que atribuí a Felipe Melo, o seu melhor jogador da decisão. NOTA 9,5!
COMENTE COMENTE COMENTE