Observatório Alviverde

03/12/2013

CHEGA DE VETERANOS! XÔ FEBEAPA!



A torcida palmeirense que se manifesta via Internet está repleta de "sabichões", gente se arvora em conhecer futebol mais do que qualquer técnico, em que pese a maioria jamais ter calçado uma chuteira e participado, sequer, de um jogo oficial nem em campeonato de colégio.

É por isso que se assiste pela web, diariamente, a um desfile monumental de estultícias, imbecilidades, excentricidades, opiniões estúpidas e estapafúrdias de gente que, talvez, não saiba nem porque a bola rola.

É óbvio que, também, existe o outro lado, aquele em que se assiste a opiniões sensatas, inteligentes e, muitas vezes, surpreendentes, melhores do que as de qualquer cronista.

Do alto dos meus mais de quarenta anos de observação profissional do futebol, fico surpreso e admirado com algumas dessas opiniões e, muitas vezes, paro para refletir sobre elas, falando para mim, mesmo: 

"Como é que eu pude não ver ou perceber isso?" 
"Por que não raciocinei da mesma forma"? 
" Era tão fácil e estava tão na cara e eu não enxerguei"!

Isso, simplesmente, evidencia que em um esporte no qual nem sempre a lógica prevalece, nunca existirá o chamado "dono da verdade" ou o conhecedor supremo da matéria!

A vetusta e surrada expressão dos locutores pioneiros do rádio, segundo a qual "o futebol é uma caixinha de surpresas", prevalece até hoje e, muitas vezes se confirma. 

Porém não se pode caracterizar resultados inesperados como regra geral.

Conclui-se, então, que existe uma linha de coerência e equilíbrio no futebol que, obedecida à risca, conduz os clubes, na maioria das vezes, às boas campanhas, aos bons resultados e aos títulos.

Porém o torcedor comum não está nem aí para o bom-senso ou para o equilíbrio. No afã de ver seu time campeão rasga o verbo desbragadamente, sem se importar se está ou não ferindo a lógica ou proferindo disparates.

Os absurdos que se tem visto e lido, da torcida do Palmeiras em relação ao time, pode-se defini-los mais adequadamente, adaptando-se a eles uma expressão do imortal de Stanislaw Ponte Preta o maior cronista social da história deste país, quando cunhou o abreviador FEBEAPA, isto é, o "festival de besteiras que assola o país".

Volto ao assunto porque já falei acerca disto certa vez. É só chegar o final de temporada, na chamada entresafra, que o fenômeno volta ao Palmeiras, cada vez mais, com muito mais força e virulência.

Não será preciso, sequer, parafrasear ou mudar letras, porque a expressão é justa e cai como uma luva para caracterizar aquela que é a mais "cricri" (parece-me que esta também é do Lalaw) entre todas as torcidas do país, a torcida paulistana do Palmeiras em sua maior parte!

FEBEAPA, podemos definir, também,  como "festival de besteiras que assola o Palmeiras". 

Fazem parte dele não apenas essa parte -desavisada e inconsequente- da torcida do Verdão, como a maior parte da mídia e de muitos de nossos dirigentes demodês.

O FEBEAPA do acesso começou com a campanha sórdida e mesquinha direcionada a Márcio Araújo, o jogador mais regular do Palmeiras e líder do time na competição.

O FEBEAPA continuou quando alguns paus mandados que não queriam Kleina, iniciaram um "lobby"  a fim de exigir o retorno de Leão como técnico do Palmeiras.

Esses torcedores têm memória curta e parece que já se esqueceram dos péssimos trabalhos desse treinador em todas as vezes que passou pelo Palmeiras.

Também se esqueceram que Leão, pseudo palmeirense, deu títulos ao Cu-rintia como jogador, tendo aceitado jogar lá mesmo sendo considerado "persona non grata" pela torcida e pelos jogadores da "bebocracia curintiana"!

Leão foi o responsável único e exclusivo pela dispensa de Neto jogador consagrado contratado por uma fortuna pelo Palmeiras.

Sem levar em consideração o alto investimento do clube e a categoria do jogador, Emerson Leão, um poço de orgulho, vaidade e ostentação trocou-o, de forma humilhante, pelo desconhecido Ribamar. 

Pela inexplicável besteira e pela atitude impensada de  Leão, Neto, na qualidade de jogador decisivo, deu dois títulos nacionais ao nosso maior adversário.

Quem, senão ele, depois, humilhou Zetti, obrigando-o a mudar para os bambis? 

O que representou o desprezado e rejeitado Zetti no time deles? Quantos títulos ganhou? É preciso dizer mais?

Mas os caras do FEBEAPA não se contiveram e pediram Leão que, a exemplo de Luxemburgo, jamais deveria ser cogitado para dirigir nem o time "chupetinha" do Palmeiras.

O FEBEAPA - festival de besteiras que assola o Palmeiras - continua com a campanha de grande parte da torcida pela contratação de veteranos gastos e ultrapassados. Brincadeira!

Estão pedindo Alex que pouco fez com a camisa do coxa neste Brasileirão -o time briga para não cair- e, na relação custo-benefício está devendo ao time paranaense.

Como é que podem querer impor a contratação de "um ex´-jogador na ativa" que há bem pouco tempo "esnobou" o Palmeiras, clube que o projetou no cenário do futebol nacional e internacional, e o primeiro a procurá-lo em seu "apagar das luzes melancólico" na Turquia?

Como é que podem elogiar um jogador -ressalvada a sua grande intimidade e classe com a bola- que não marca ninguém e atua parado esperando a bola o tempo todo, sem condição física suficiente para um pique de dez metros?

O FEBEAPA  teve sequência com os louvores imerecidos a Elano, que não consegue ser titular nem no razoável time do Grêmio.

Ele poderia vir, talvez, pelos seus dotes na bola parada, mas o que fazer se ele também para em campo e já não é o mesmo jogador de alguns anos atrás?

Eu, particularmente, não gostaria que Elano vestisse, n-u-n-c-a  a nossa camisa, por tê-lo visto e ouvido tripudiar sobre o Palmeiras, há algum tempo, em um programa do Sportv. Enojou-me!

Ele, que não teve respeito, também não tem DNA compatível para vestir nossa camisa!

Interessante é que não tenho ouvido tantas loas ao zagueiro Lúcio e nem muitos pedidos para que o Palmeiras o contrate.

Encostado no SPFC, os bambis querem livrar-se dele em decorrência de seu altíssimos salário.

O tal (Ái) Jesus, Lopes, grosseiro e arrogante, já disse que não divide o salário do atleta com o Palmeiras.

De todos os veteranos oferecidos, Lúcio é aquele mais enxuto e em melhores condições físicas.

Trata-se de profissional sério, dedicado e disciplinado que, além de sua incontestável categoria, consegue agregar uma liderança ao time, muito mais forte e eficaz do que a atual, exercida pelo modestíssimo Márcio Araújo.

Entendo que Lúcio pode, ainda, jogar mais dois ou três anos através de um esquema de sobra (líbero atrás da zaga) e ser muito útil ao Palmeiras.

Mas, para que não digam que eu, também, estou aderindo ou incluido no FEBEAPA, confesso-lhes que, com todo o estrelismo e com todas as exigências, ainda sou mais pela renovação de Vilson!

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