PRIMEIRO TEMPO: PALMEIRAS 0 X 0 BOTAFOGO, FALTA QUALIDADE AO NOSSO ATAQUE.
Ainda que goleássemos o horroroso time do Botafogo no segundo tempo,hipótese pouco provável, o jogo de hoje escancara uma verdade indesmentível: não temos qualidade e nem vocação ofensiva.
Vivemos de esporádicos lances de contrataque, embora não tenhamos jogadores para atuar dentro dessa esquematização tática.
Como segunda alternativa, temos a bola parada de Assunção que pode resolver uma vez ou outra, e nada mais.
Não temos saída de bola eficiente e nem chegada dos homens de meio de campo para o ataque, exceção feita a um ou outro lance esporádico de Marcio Araújo ou quando jogamos com Patrik.
Nossos atacantes que se resumem a um, Kléber, nunca estão na área e atuam pelas beiradas do campo, não sei a título de que, se o jogo, em 90% das vezes, é resolvido dentro da “zona do agrião”.
Nossos laterais não acompanham a movimentação do jogo, não têm tempo de bola, não fazem o overlaping, não cruzam e, na maioria das vezes, restringem-se a marcar.
Eu não disse que Kléber é um atacante cuja nota é entre seis e sete, com pico máximo de oito uma vez ou outra?
Kléber, aliás, tem jogado muito mais deitado do que em pé, em constantes batalhas de atrito com os beques adversários e pouco tem produzido do ponto de vista ofensivo.
É preciso que ele chegue mais, tente mais, arrisque mais, ouse mais, posto que é um grande e emérito chutador, mas só pode fazer gols se arriscar,
Não sei porque a exagerada idolatria a esse mediano com salário de craque, Viram o lance do cartão que ele recebeu? Absolutamente infantil.
Sei que ele pode, até, resolver o jogo em um lance fortúito, em uma jogada pessoal, em uma cabeçada e em um arremate, mas é necessário que se diga que seu primeiro tempo foi pífio.
A verdade é uma só: não temos jogadores talentosos do meio de campo pra frente, ecceção feita ao próprio Kléber (quando ele resolve jogar) a Valdívia que está em recuperação e. com muito boa vontade a Patrik. O resto é tudo japonês lutador e esforçado,
Nossa dificuldade em fustigar o adversário, criar repetidos lances de gol e de fazer os próprios gols é imensa, Já que não conseguimos penetrar na defesa deles, que chutemos de longe, de fora da área.
Creiam, todos, (como eu gostaria de estar errado) o Wellington Paulista não é, ao contrário do que muitos pensam, também não é a solução para os nossos problemas de ataque.
Não sei, mas estou achando que estas considerações vão servir para a postagem definitiva sobre o jogo, já que, do meio campo para a frente o nosso time é mais fraco do que caldo de tomate.
O nosso diferencial tem sido o empenho, a raça, a doação, o espírito de luta, a marcação forte e a determinação, caracterísitcas, aliás, de um time que, para que possa figurar entre os melhores, tem de se superar em cada jogo e em cada competição.
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O QUE VOCÊ LEU ACIMA FOI ESCRITO NO INTERVALO DE PALMEIRAS X BOTAFOGO. QUE VIROU ZERO A ZERO.
O COMENTÁRIO NÃO VALEU PARA O SEGUNDO TEMPO PORQUE FELIPÃO TIROU O CONFUSO E IMPRODUTIVO TINGA, COLOCANDO EM CAMPO O PROMISSOR PATRIK QUE MUDOU O PANORAMA DO JOGO.
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O Palmeiras voltou muito melhor para o segundo tempo, reforçado pela ausência de Tinga (por que Felipão insiste tanto com ele?) e pela entrada de Patrick, muito mais jogador.
Com a alteração o time transformou-se em campo tornando-se, consequentmente, mais disposto, mais perigoso, mais objetivo, mais agudo e passou a importunar cada vez a defesa botafoguense.
Aos 6 minutos, Luan fez boa jogada pela esquerda e cruzou na área. Kleber perdeu o ângulo na hora do arremate mas rolou para Patrik, que perdeu grande chance.
De qualquer forma, Patrik já fazia o que Tinta nunca fez enquanto esteve em campo, apresentou-se para finalizar.
Aos 19 minutos, Kléber perdeu a bola bisonhamente, mas o Palmeiras recuperou na intermediária e Márcio Araújo viu o próprio Kleber penetrando livre na intermediária em direção à entrada da área e passou-lhe uma bola açucarada.
O Gladiador, pressentindo o espaço e a perspectiva de arremate cortou bonito Lucas Zen e detonou um balaço de canhota, da entrada da área, no ângulo de Jefferson.
Foi um golaço que levantou os quase 15 mil palmeirens que foram ao Biriguizão. Era o prenúncio da vitória que acabou se consumando sem traumas ou grandes sustos.
É bem verdade que o Botafogo alugou o meio campo a partir do recuo palmeirense exercendo um domínio absolutamente estéril que cessava a partir do momento em que os cariocas chegavam na entrada da grande área pelo peso e pela eficiência da defesa esmeraldina.
O Botafogo só preocupou o Palmeiras aos 44 minutos, quando Chico cometeu uma falta na entrada da área, quase na meia-lua, perpendicular ao meio do gol.
Maicosuel cobrou a falta mandando a bola às nuvens e o Palmeiras pode continuar o toque de bola de pé em pé, para os lados, a fim de deixar o tempo passar e administrar a sua primeira vitória no Brasileirão.
Individualmente gostei de todos da defesa e do meio de campo, exceto de Tinga, o peladeiro.
A entrevista de Kléber ao final do jogo, elogiando a postura tática de Patrik como o elemento tático principal da vitória, simplesmente confirma o que este blog e a maioria dos comentaristas deste OAV vem afirmando: Tinga, jogador de ótimo potencial, neste momento, não tem bola suficiente para ser titular. Só Felipão não enxerga isso.
Não gostei de ninguém, do meio de campo para a frente e se voces querem saber mesmo, nem do Kléber.
Sei que ele fez um golaço e só grandes jogadores conseguem converter uma bola daquelas.
Reconheço, também, todo o esforço e doação do Gladiador em seu centésimo jogo com a “maglia verde-esmeralda”.
Entretanto, fica a pergunta: “se Kléber não tivesse feito aquele gol, o que teria feito no jogo?”
Apesar do poder decisivo daquele gol, creio que Kléber tem de melhorar muito para ser um jogador a altura das expectativas da torcida do Verdão.
Gostei do Patrik que entrou e ajudou a mudar o jogo, gostei do Luan pelo que fez no segundo tempo, mas ninguém nesse time joga mais bola do que Márcio Araújo, Nem na seleção do corintiano Mano.
FICHA TÉCNICA:
PALMEIRAS 1X0 BOTAFOGO
Estádio: Teixeirão, São José do Rio Preto (SP)
Data/hora: 22/5/2011 - 16h (de Brasília)
Árbitro: Marcio Chagas da Silva (RS)
Auxiliares: Altemir Hausmann (Fifa-RS) e Julio Cesar Santos (RS)
Renda/público: Não disponível / 13.700 pagantes
Cartões amarelos: Thiago Heleno, Kleber (PAL); Lucas, Marcelo Mattos (BOT)
Cartões vermelhos: -
GOLS: Kleber, 20'/2ºT (1-0)
PALMEIRAS: Marcos, João Vítor (Chico 30'/2ºT), Danilo, Thiago Heleno e Gabriel Silva; Márcio Araújo, Marcos Assunção e Tinga (Patrik, intervalo); Luan (Pierre 45'/2ºT), Adriano e Kleber. Técnico: Luiz Felipe Scolari.
BOTAFOGO: Jefferson, Antônio Carlos, Lucas Zen e Fábio Ferreira; Lucas (Cidinho, intervalo), Arévalo, Marcelo Mattos (Alexssander 23'/2ºT), Thiago Galhardo (Bruno Tiago 12'/2ºT), Maicosuel e Cortês; Caio. Técnico: Cassius Hartmann.
Na próxima rodada, o Verdão vem jogar aqui em Minas Gerais contra o Cruzeiro, que perdeu em Floripa para o Figueira por 1 x 0.
O jogo será domingo, 29/05, na Arena do Jacaré e eu estarei lá torcendo pela segunda vitória do Verdão, ao vivo.
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