Observatório Alviverde

10/02/2017

TEM, EDUARDO BATISTA, CONDIÇÕES DE REEDITAR LUXA?



Embora crendo firmemente nas excelentes perspectivas do Palmeiras em 2017, vou devagar com o andor...

Prefiro -ainda- dar tempo ao tempo antes de qualquer análise antecipativa acerca das possibilidades do time este ano...

Minha cautela, porém, não significa, necessariamente, pessimismo, mas, a esta altura ainda mudo de nome e passo a chamar Tomé pois preciso ver para crer...

Ainda mais porque o Palmeiras contratou um neófito para treinador, uma autêntica incógnita, e, simbolicamente, entrega-lhe uma nave espacial para dirigir mesmo sabendo que ele só tem brevê de piloto de teco-teco.  

Futebol não é aquilo que a maioria da mídia propaga e a maioria dos torcedores imagina, de um craque para cada posição e fim de papo.

Fosse assim seria só contratar onze craques e o time estaria pronto capacitado a ganhar os títulos! O buraco, porém, é muito mais embaixo.

O futebol, creiam, pressupõe uma série de outras coisas que não se encontra para comprar no buteco da esquina, na quitanda e nem no próprio mercado da bola.

Quem não sabe que jamais existiu um grande esquadrão (como se dizia antigamente) sem a presença de dois ou três jogadores esforçados, muito longe da condição de craques.

Quem desconhece que, além do trabalho de cada clube, há dezenove concorrentes, só em termos de Série A, que também trabalham forte no sentido de montar um grande time e ganhar o campeonato?

E os demais campeonatos paralelos? E os torneios continentais? E os mundiais, nestes tempos de globalização?

Como desconsiderar o trabalho no intragrupo com os seus líderes e falsos líderes, com os agregadores e até os desagregadores e seus  maus exemplos, picuinhas, "disse-me-disse", tanto e quanto lutar contra vaidades incomensuráveis de tantos atletas?

Tudo isso conta em relação à formação de um grande time. E olhem que nem falei da fisiologia, da medicina, da psicologia, da sociologia que se amalgamam na formação de um time campeão...

Então, no papel, no papel, no papel, eu lhes digo, neste momento, que o Palmeiras montou um time espetacular para a temporada 2017, mas isto, "per si", não basta, não é suficiente e não garanta absolutamente nada,.

Não significa, necessariamente, a garantia de uma campanha melhor do que até alguns concorrentes que investiram menos e é nesse fato instigante e intrigante que reside todo o encanto do futebol.

A contratação de jogadores de nome e qualidade como Guerra e Borja acrescenta muito ao elenco do Palmeiras, mas não representa necessariamente a garantia da conquista de títulos, mas, apenas um indício, o que já muito importante.

Em face de tudo isso, vamos todos, fazer um pacto e apoiar o novo treinador, uma aposta teoricamente errada da diretoria, mas que, na prática, quem sabe, pode vir a dar certo!

Eduardo Batista, motivadíssimo, está tendo a primeira grande e efetiva oportunidade de dirigir um time realmente grande do futebol brasileiro e, na certa, a está agarrando com unhas e dentes.

Apesar de não ter referendado-lhe a contratação, torço para que ele acerte e ajuste esse novo time do Palmeiras!

Quem sabe Eduardo Batista venha a reeditar aquele que, em meu entendimento, repito, em meu entendimento, seria o treinador mais capacitado a dirigir esse novo Palmeiras-2017 repleto de craques e de excelentes jogadores, Wanderley Luxemburgo!

Estou torcendo para que aconteça!

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