Observatório Alviverde

17/05/2022

EU ENTRARIA COM O TIME COMPLETO DO PALMEIRAS AMANHÃ NO ALLIANZ CONTRA O EMELEC DO EQUADOR!

 

Tenho um irmão formado em medicina com quem discuto de vez em quando, aspectos relacionados ao futebol de hoje. Ele se baseia na ciência e eu, na vivência, na experiência.

O aspecto mais debatido entre nós refere-se à estafa, isto é, o desgaste dos jogadores e, por consequência, dos times que disputam, a um só tempo, vários torneios.

Resumindo as nossas linhas de pensamento, ele, profissional da medicina e clínico geral, entende que os jogadores, hoje em dia, desgastam-se muito mais do que os jogadores de antanho...

Acredita que, em razão disso precisam ser observados, examinados e controlados, a fim de que não percam a condição de jogo para a estafa, para o cansaço ou para as contusões.

De minha parte eu argumento que o futebol é jogado duas vezes por semana -sempre o foi- desde que os estádios passaram a ter luz artificial, a partir da década de 40. 

O calendário sempre prevê dois jogos, sendo um no meio de semana (4ª ou 5ª feira) e outro nos finais de semana (sábado ou domingo).

O que ficou exagerado foram as viagens, em razão da demanda geográfica dos torneios, mormente os internacionais, nos quais um time joga fora de casa, no meio de semana e retorna ao Brasil quase que em cima da hora dos jogos pelos outros torneios que cumprirá no fim de semana.

Ora, se analisarmos bem, o futebol era assim também nas décadas de 50 e 60, embora a maior parte do tráfego dos times fosse feita por um meio muito cansativo do que os modernos aviões de hoje, os ônibus sem conforto que iam e vinham por estradas quase carroçáveis. 

Para que eu não aumente brutalmente este texto já abordado recentemente, aliás, eu só quero dizer que, por tudo o que sei e vivi, sou favorável à definição de times titulares nos quais os reservas só entram em caso de necessidade, contusão ou desgaste de um titular.

Vejam que o melhor time possível montado no Brasil nos últimos cinco anos foi o Flamengo quando treinado por Jorge Jesus, que jogava qualquer confronto com força máxima sem essa bobagem  de rodízio ou "mimimis" de cansaço, estafa ou coisa assim...

Respeito todos os pontos de vista, conquanto não concorde com aqueles que defendem um time diferente e diverso do outro a cada jogo. Para onde vai ou onde é que fica o entrosamento?

Nossos técnicos têm muito a aprender com Jorge Jesus, principalmente a arte de transformar os jogos menores em treinos, visando aos confrontos mais importantes, mais disputados e às decisões.

Por tudo isso e, também, por outras razões eu destaco a necessidade de um time base sempre entrosado.

É exatamente isso que o Palmeiras teria de fazer quando enfrentar o EMELEC depois de amanhã no Allianz, entrando em campo com a sua força máxima!

E você que nos lê? 

Acha que o Palmeiras deve correr riscos de perder os jogos decisivos da Libertadores no Allianz, simplesmente para poupar jogadores que atuam, no máximo, duas vezes por semana e que a mídia sempre diz que estão cansados e desgastados sem nenhuma prova disso e, simplesmente, por dizer ? 

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