Observatório Alviverde

13/11/2015

A IMPRENSA PAULISTANA PRECISA AMADURECER, MAS A DIRETORIA DO PALMEIRAS, TAMBÉM!


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Os cronistas esportivos paulistanos de meu tempo, rotulavam desprezivelmente os cronistas de outros estados de fanáticos e provincianos e não sem justa razão.

O faziam, em face desses companheiros de outros estados defenderem, aberta e intransigentemente, este ou aquele time de suas cidades.

As críticas relacionavam-se à ausência de valores profissionais e, até, morais - neutralidade, isenção e imparcialidade- cultuados e cultivados em São Paulo que, pressupunha-se deveria nortear as ações dos profissionais da mídia esportiva de todo o Brasil.

Provincianos (eles garantiam) eram os gaúchos, os paranaenses, os mineiros, os pernambucanos, os baianos, e, enfim, todos os que exerciam a atividade promovendo algum clube em especial, em detrimento dos demais. 

Os cariocas eram tido, exclusivamente, como bairristas, não como provincianos!

Mal poderiam imaginar os pioneiros idealistas da crônica esportiva paulistana, que o maldito vício, como um castigo, também chegasse a São Paulo e de forma indiscriminada e devastadora.

Quem poderia imaginar que a prática contaminasse a maior parte dos profissionais, tanto e quanto abalasse e apodrecesse a própria atividade, assumindo proporções alarmantes, em face, também, da personalidade competitiva dos paulistanos.

Hoje, sem qualquer dúvida, em nenhum estado brasileiro se encontra tamanhos facciosismo e fanatismo, tanto e quanto semelhantes descaramento e bairrismo no exercício da profissão de jornalista esportivo quanto em São Paulo. Um autêntico descalabro!

Ao contrário do que, via de regra, ocorria naquela época, hoje em dia todos sabem para quem torce qualquer cronista esportivo.

A maioria deles, aliás, faz questão absoluta de divulgar ou de dar a entender a preferência clubística, através de um comportamento deploravelmente faccioso no exercício da profissão. Uma vergonha, embora ainda se constate pontuais e magníficas exceções!

Antes que me critiquem e digam que o meu comportamento neste blog é passional, quero deixar claro que, neste espaço, não sou cronista esportivo, mas, exclusivamente, um torcedor.

Jubilado por própria opção (não trabalho na mídia porque não quero e não preciso), exerço neste OAV, por diletantismo e pelo mais puro idealismo e amor ao Verdão, a função de comentarista esportivo, mas, exclusivamente do Palmeiras e das ações negativas da mídia.

Assumi essa condição pela revolta que sinto, em face das intermináveis perseguições e injustiças perpetradas contra o clube por 80% daqueles que exercem a função em TV, rádio, jornais, revistas e na própria Web.

Sinto, literalmente, asco ao deparar-me com tanta mentira, maldade, armação e com tanta onda, tanto cinismo, tanta deslealdade e tanta implicância e insistência sistemática dirigida a um único e exclusivo clube, o Palmeiras.

Considero-me, pois, apenas e tão somente, simplesmente, um membro da torcida que batizei como a LEAL, a torcida do "green-team", também criação nossa, a SE Palmeiras.

E o fiz em contraponto à "fiel", pois se o Palmeiras, hoje, esperar qualquer antonomásia criativa ou epíteto elogioso da mídia, terá de  esperar sentado, pois em pé vai cansar, e muito! 

Vocês acham que a turma da mídia teria a coragem de usar a expressão LEAL para rotular a torcida palmeirense? É claro que não! 

Mas, com certeza, vão continuar promovendo a "fiel" "per secula seculorum" e sempre dirão amém!

Em compensação quando se trata de esculhambar o Palmeiras ou de submetê-lo à humilhação e execração fazem o impossível a fim de gozar, escarnecer, bagunçar, escrachar e desmoralizar o clube.

Quem, senão a mídia, atribuiu ao Palmeiras a pecha de porco, que nasceu na redação que mais abrigava pés de chinelo metidos a intelectuais e esquerdinhas festivos da mídia naquela época, no falecido NP? O jornal era tão bom, tão lido e tão importante que acabou falindo! 

Mas a mídia nunca se sentiu tão realizada quanto quando atirou lama sobre as tradições do time mais vitorioso do futebol de São Paulo, certamente perseguido sobretudo por essa razão, tachando-o de Porco!

A mídia, há anos, só tem palavras depreciativas de desvalorização e menosprezo em relação ao Palmeiras, tanto e quanto de desestímulo e de desdém.

A mídia (com raríssimas exceções) transformou o Palmeiras no "patinho feio" do futebol de São Paulo e ela é (sempre foi) dos anos 80 a esta data, a maior responsável pelas sucessivas crises e debacles da equipe nos campos de futebol.

Muitos dirão que jornalista não joga, mas eu lhes direi que eles muitas vezes, exercem papéis muito importantes, participando indiretamente dos jogos de uma maneira muito mais expressiva do que pode julgar a vossa vã filosofia.

Por que os árbitros prejudicam tanto o Palmeiras? 

Porque a mídia não lhes cobra os erros cometidos contra o Verdão, diferentemente do que faz em relação aos Bambis, às Sereias e, principalmente, aos Gambás.

A FPF faz tudo o que faz com o clube, tanto e quanto a CBF, as comissões de arbitragem, o TJD e o STJD, mas não se vê, não se ouve, não se lê e nem se observa uma única voz isolada que seja, em rádio, jornal, revista, TV e Internet órgãos de comunicação se insurgindo contra as perseguições.

Cereta de Lima, árbitro que, todos sabem, torce pelo Santos e que o Coronel Marinho, propositadamente, escalou para apitar a decisão do Paulistão acabou com o Palmeiras e a mídia o elegeu o melhor árbitro do Campeonato. É preciso dizer mais?

O noticiário do Palmeiras nos meios de comunicação é cada vez mais escasso e diminuto.

Quem não percebe que a maioria dos jornalistas o faz (isso é muito claro) por obrigação?

Mesmo no exíguo espaço reservado ao Verdão, são muito comuns as tergiversações e evasivas de escape para outros temas que gastam com outras notícias e situações o tempo destinado ao noticiário do time e que tanto irritam os palmeirenses.

O noticiário só se estende quando existam assuntos que suscitem críticas ao clube, situações em que o tempo é, até, elastecido.

O que se nota, nesta época em que o Palmeiras se prepara para decidir o título da CdB contra o Santos, é que o mesmo trabalho destrutivo que minou a confiança do time quando da decisão do Paulistão contra o próprio Santos, retornou em proporções geométricas, com muito mais força.

Em razão disso, reconheço que o Palmeiras fez muito bem em retirar os atletas do ambiente moralmente poluído de Sampa e levá-los a Atibaia. 

Só assim será possível elaborar um trabalho de renovação psicológica com o elenco, tão importante quanto os trabalhos técnicos e físicos a que os jogadores estão sendo submetidos. Para alguns, até mais!

Mas a diretoria, paralelamente, tem de fazer, também, a sua parte, e marcar presença constante em Atibaia, dando força moral aos atletas,  mostrando-lhes que o Palmeiras é um clube organizado e que "tem dono", isto é, tem um presidente jovem, íntegro, trabalhador, dono de um caráter a toda prova e, sobretudo, cumpridor "Leal" de suas promessas.

Não vejo, porém, Cícero e Mattos retrucando a mídia tanto e quanto seria necessário e deveriam fazer...

Sobretudo no quesito que a imprensa vem usando e destacando mais forte tendo em mira, claro, desfocar e revoltar os jogadores do time do Palmeiras: o anúncio de contratações.

Cabe aos responsáveis pelo Departamento de Futebol (eles ganham salários que só se paga a  jogadores de ponta para exercerem as suas funções) conceder entrevistas em jornal, rádio e TV e fazer um carnaval, se preciso, desmentindo as ondas da imprensa em relação às propaladas contratações e não municiar, sob nenhuma hipótese, o noticiário adverso, mas, pelo contrário, desmoralizá-lo.

Quem não sabe que também no Palmeiras há negociações em curso para 2016, haja vista que é necessário partir-se bem cedo para as aquisições de reforços...

Mas quem desconhece, também, que a divulgação de nomes não só atrapalham as negociações em curso, como provocam um tsunami devastador de mal estar e desmotivação no grupo de jogadores que se prepara para jogar as duas partidas divisoras de água na vida do Palmeiras nos dias 25/11 e 02/12.

Tivesse eu qualquer poder dentro do Palmeiras, reuniria o grupo de jogadores e diria: 

"eu lhes garanto um prêmio de ... reais e considerarei a continuidade e a renovação do contrato de todos os que quiserem ficar, se conseguirmos vencer essa Copa do Brasil"...

Esse é o signo e a chave, senão para a vitória que ninguém pode garantir se virá, mas para garantir, sim, que o time lute com sangue, alma, empenho, determinação e denodo, como nunca lutou, desde Oswaldo Oliveira aos dias de hoje.

Mas a demissão de Marcelo Oliveira (descartada pelo presidente que deve ter as suas razões), como eu disse ontem e mantenho, seria a MINHA primeira opção.

Se implementada teria o pode de transmitir subliminarmente tudo isso, haja vista que a chegada de um novo comando, per si, sinalizaria tudo o que o Palmeiras terá de fazer, se quiser ter chances de levantar a Copa do Brasil e ganhar a sua vaga na Libertadores-2016.

Mas se o presidente e o diretor de futebol escolheram outro caminho, fique claro que estamos fechados com ele, com Mattos com Marcelo Oliveira, com o time, com o elenco e com a "LEAL", ainda que sabemos que esse caminho não seja a menor distância entre dois pontos, uma linha reta!

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