Observatório Alviverde

03/07/2011

SELEÇÃO? QUEM QUER VER SELEÇÃO? EU QUERO VER O PALMEIRAS NO BRASILEIRO!

 

Há anos que a Seleção Brasileira não me empolga, não me fascina, não me encanta!

Sinceramente, se a Seleção política que temos, nos moldes em que é formada, não existisse e não jogasse, não me faria nenhuma falta.

Prefiro assistir a um amistoso do Palmeiras do que a qualquer jogo oficial desse amontoado de mercenários que a mídia vive a incensar e glorificar.

Vou mais além: dou preferência a um jogo do Fla, do Cruzeiro, do Grêmio, Colorado, do Flu, do Bota, dos bambis, das sereias e dos gambás, para torcer contra eles diante de qualquer adversário, do que ter o desprazer de ver um jogo da Seleção.

Se for feita uma enquete, 90% dos torcedores não estão nem aí para os milionários que residem na Europa, convocados, de tempos em tempos, “para defender a pátria”, como a mídia gosta de proclamar.

Tudo, são raras as exceções, gente sem comprometimento com o time, com a torcida, com o país, com ninguém e com nada!

Os “brasilianos”, como são chamados fora do Brasil, sabem que não serão molestados ou cobrados jamais porque,  terminado o jogo ou o torneio em que atuaram, entram em um avião e retornam, ilesos, novamente, para os países em que residem.

Hoje, o meu domingo foi perdido. Sem outro jogo de futebol mais atraente na TV, vi-me obrigado a assistir à pelada Seleção da Nike x Venezuela, pois o Brasileirão, lamentavelmente, inexplicavelmente, foi suspenso.

A CBF, a televisão e os profissionais da mídia acreditam, piamente, que o povo brasileiro ainda ama e idolatra a Seleção tanto quanto ocorria nas décadas pretéritas de 50,60,70 e 80, mas estão equivocados!.

Na verdade, o brasileiro enjoou da Seleção antes, brasileira, hoje, da Nike, em razão da politicalha vigente e do brutal jogo de interesses que cercam o escrete.

As econômicas comemorações dos títulos de 94 e 2002 demonstram claramente e comprovam o que dizemos..

Pouca gente, em relação às nossas outras conquistas, saiu às ruas nesses dois anos, para saudar os campeões. Alguém se lembra de alguma música comemorativa a esses dois feitos?

A Seleção da Nike, dita Brasileira, hoje em dia, não desperta mais o mínimo interesse da maior parte da torcida, principalmente do público esclarecido. É muito comum encontrar-se pessoas que torcem contra a Seleção. E se vocês querem saber mesmo, eu sou um deles.

No prédio em que moro aqui em BH, entre dez vizinhos, com destaque para um capitão do exército, todos torcem contra a Seleção da Nike. É evidente que ninguém torce contra o nosso querido Brasil, mas contra essa Seleção de interesses e ambições escusos!

A tal Seleção de Mano, Teixeira & Nike, essencialmente política, autêntica ação entre amigos, patrocinadores, empresários e CBF, respaldada por intensa cobertura midiática, não representa, sob qualquer hipótese, nem o Brasil e nem o nosso futebol. É assim que a vejo!

Desde quando passou a ser quase uma exigência para a convocação de qualquer jogador a inclusão do currículo europeu, a Seleção perdeu a graça o glamour e o interesse, transformando-se em um grupo mercenário, uma autêntica camorra, em detrimento dos jogadores que atuam no Brasil. Como torcer por uma Seleção assim?

Hoje a “Seleção da Nike” enfrentou a “PODEROSÍSSIMA”  Venezuela, seleção de “PRIMEIRA LINHA” , um “PORTENTO” do futebol sul-americano, que “ASSOMBRA” o futebol mundial há décadas,,, HAHAHAHAHAHAHAHA

Mesmo se arvorando em ter e ser  o “MELHOR E MAIS QUALIFICADO” grupo, o melhor time do planeta e o segundo melhor jogador do mundo, a Seleção (dos milionários) Brasileira não passou de um magro zero a zero, diante de uma seleção semi-amadora, “dopo-labore” (formada, certamente,  por caras que saem do serviço e vão para o campo treinar).

Milton Leite, Maurício Noriega e Paulo César Vasconcelos que transmitiram muito bem o jogo pelo Sportv e tiveram a minha preferência de audiência, fizeram uma força danada, como a mídia, costumeiramente, o faz, tentando encontrar motivos para elogiar, não apenas a Seleção, mas, principalmente, os protegidos e intocáveis de sempre, Neymar, Ganso, Robinho e, depois, Lucas que não jogaram bulhufas..

Diante de tanta mediocridade, como faze-lo? Eles jogaram? Ou só vestiram a camisa e entraram em campo? Ponto de reflexão: “ será que eles são tudo, mesmo, o que andam dizendo, a primeira maravilha do mundo do futebol? Ou se trata de uma alienação coletiva?

Permitam-me uma digressão pois tem a ver com a Seleção:

O que a mídia, de um modo geral, torceu para que o Santos ganhasse a Libertadores, foi uma grandeza. Houve como que um desespero coletivo dos profissionais que, precipitadamente, elogiaram e incensaram, além dos limites, Ganso e Neymar. Se o Santos perdesse a Libertadores, ficariam desmoralizados.

Ninguém da mídia queria perder prestígio pelas opiniões fantasiosas, irreais, exageradas, açodadas e precipitadas, acerca de Neymar e Ganso que são ótimos, sim, mas muito longe do que a mídia proclama e desejaria que fossem.

Esta semana Neymar foi capa nas revistas Veja e Isto É, as principais do Brasil. Um exagero!

A Veja, irresponsavelmente, cravou e radicalizou: “finalmente, um craque da linhagem de Pelé!” Isso é papo de quem não sabe nada de futebol como devem ser os intelectualóides que escrevinham naquele magazine.

Finalmente?  Quer dizer que se passaram mais de trinta anos e ainda não havia surgido um jogador da “linhagem” de Pelé? HAHAHAHAHAHAHAHA 

Para que não digam que eu falo como palmeirense, citarei, entre dezenas, alguns poucos exemplos de jogadores, apenas de outros times, que foram, sim, da linhagem de Pelé, mas que jamais seriam Pelé, porque Pelé foi singular.!

Neymar é melhor do que foi Careca? Tem mais bola e visão de jogo do que Zico, do que Muller, do que Bebeto? Tem mais habilidade do que Reinaldo?

Chegará onde chegaram Romário,  Ronaldinho e, principalmente, Ronaldo  quando em forma, magro?  Quanto imediatismo irresponsável da mídia!

Por enquanto, Neymar é, apenas, craque e, sem qualquer dúvida, candidato a supercraque, numa geração de poucos jogadores de grande expressão individual, mas há, ainda, um longo caminho a ser percorrido.

Ganso tem excepcional visão de jogo, muita classe e habilidade mas corre pouco, não é participativo além de jamais ter sido o mesmo jogador após operar o joelho.

O Santos ganhou a Libertadores na “bacia das almas” diante de um Peñarol que, hoje, só tem camisa, nada mais. Foi o suficiente para que Neymar e Ganso, que renderam aquém das expectativas, mormente Ganso, fossem elevados à condição de gênios da bola e de os maiores jogadores em atividade do futebol brasileiro.

O grande vencedor desta rodada da Copa América, certamente, foi Dunga. Ficou provado, a julgar-se pelo jogo de hoje, que ele tinha razão ao afirmar que Ganso e, principalmente, Neymar, ainda não estavam prontos para a Copa da África. Cabe a ambos, na seqüencia, desmentir o ex-treinador da Seleção. Será que conseguem?

Assim é essa Seleção de Mano Menezes, muito mais marketing do que bola, ao menos pelo que demonstrou no jogo de hoje contra a fraquíssima Venezuela.

Marcos, Cicinho, Pirulito, Miranda e Kléber. Marcio Araújo, Arouca, Ronaldinho e Thiago Neves. Liedson e Kléber (Leandro Damião) .

Bem rapidamente formei uma seleção de jogadores que atuam no Brasil, embora alguns estejam em vias de sair,

A Seleção de Mano é melhor do que esta que escalei ou do que aquela que você consegue formar só com gente que atua no Brasil ?

O que nos espera nesta Copa América? A consagração ou a depressão?

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