Observatório Alviverde

12/08/2013

PALMEIRAS FEZ JOGO DE RECUPERAÇÃO NO SEGUNDO TEMPO E VIROU SOBRE O PARANÁ!

 

 

O PALMEIRAS NÃO É MOLE, NÃO! 

Levar mais de 30 mil pessoas ao Pacaembu, justamente na véspera do Dia dos Pais, para assistir a um jogo a mais da série B, em uma cidade com tantas opções de lazer…

Conduzir tanta gente ao estádio, pessoas comuns que saem de casa cedo para voltar somente à noite, em horário impróprio, carregado de perigos e ameaças à integridade física de quem ousa sair e se expor, só um clube de massa tem condições de fazê-lo.

O Palmeiras mostra, prova e comprova:

Aos mafiosos dirigentes globais (FDPs  e arrogantes)

Aos datafolheaticos (clubistas,tendenciosos e parciais) 

Aos mentirosos ibópicos (caras de pau e coonestos) 

Aos jornalistas amestrados (despersonalizados e subservientes)

que é, efetivamente, um time de massa, quer essa gente baixa, desqualificada e mentirosa queira ou não, quer publique ou não, quer reconheça ou não!.

Da mesma forma o Verdão confirma, a cada dia – até quando terá de fazê-lo? – que, apesar dos pesares e de tanto amadorismo diretivo, ainda é detentor da segunda torcida da grande São Paulo.

Mas, se é o segundo na zona metropolitanda denominada paulicéia, continua, apesar das perdas lamentáveis e irreparáveis, sendo o primeiro na computação estadual.

Na velha e conservadora hinterlândia o Verdão lidera, disparadamente em torcida, no seio de uma população de amplitude muito maior do que aquela residente na capital e adjacências!

Minha recente viagem a inúmeras cidades interioranas nos últimos 60 dias, dão-me, mais do que certeza, convicção do que estou relatando.

O resto é invencionice, conveniência, maquiavelismo e manipulação! É assim! Foi sempre assim! Será sempre assim!

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PALMEIRAS 2 X 1 PARANÁ CLUBE.

Foi uma vitória decorrente de virada, fato, ultimamente, raro na saga do Verdão.

O Palmeiras perdeu o primeiro tempo por 1 x 0, em gol proveniente de uma pixotada de Charles.

Em vez de fazer o papel de zagueiro e aliviar para fora da área, ele cabeceou, para dentro de sua própria meta, como se fosse um atacante paranista, pegando Fernando Prass surpreso e no contrapé, estabelecendo Paraná 1 x 0.

Dizem os masoquistas e os que gostam de sofrer para ganhar – está cheio de gente assim – que uma vitória construída sob essa perspectiva torna-se, muito mais agradável e gostosa para ser reverberada, curtida e comemorada.

Pragmático e objetivo, não comungo ou compactuo com a ideologia da sofreguidão, isto é, de sofrer para, depois,ganhar e gozar, no sentido mais puro da última expressão. Isso é puro sadomasoquismo!  Estou fora!

Prefiro começar ganhando qualquer jogo, e partir para o triunfo final sem vacilos, sem erros, sem sofrimentos ou sobressaltos e nunca proporcionar a menor chance aos adversários.

Na verdade, o Palmeiras realizou um primeiro tempo muito aquém disto e do que sabe e pode, sob todos os pontos de vista.

Foi um primeiro tempo, para ser esquecido, mas eu sugiro que o mostrem, frequentemente, em tape, para que a rapaziada veja e aprenda o que o time não deve fazer se quiser ganhar!

Não sei se por excesso de confiança ou em razão de que fator, o time se apequenou e aceitou o jogo “seca-lourenço” que os paranaenses implementaram e impuseram, mormente após o gol de abertura.

Na primeira metade do jogo, pode-se dizer sem exagero ou medo de errar, que ninguém no Palmeiras jogou bem. De Prass a Valdívia não houve um único que se salvasse.

A confusão tática e a falta de iniciativa foram os maiores defeitos do alviverde, dominado no meio de campo e, por incrível que pudesse parecer, sentindo a falta de Vinicius para puxar os contrataques.

O Paraná, verdade seja escrita, em que pese melhor e atuando com mais personalidade, criou muito pouco, mesmo no primeiro tempo, quando predominou em campo.

O gol paranista, assinalado de maneira precoce, acomodou um pouco a equipe araucariana, que preferiu, muito mais, administrar o resultado do que, propriamente, buscar a ampliar o marcador.

Essa atitude, comum no Palmeiras nos tempos de Felipão,. quase sempre fatal no futebol O Palmeiras que o diga, mas, coincidentemente, permitiu a reação palmeirense em cima do tricolor paranaense a partir do segundo tempo!

SEGUNDO TEMPO: PALMEIRAS 2 X 0 PARANÁ 

O Palmeiras, mais do que modificado, voltou transfigurado para a etapa decisiva.

Mudanças individuais? Só no singular, mudança! Uma!

Saiu Charles, o trapalhão que doou o gol do Paraná e p paraguaio Mendieta entrou em campo, por sinal, bem!.

Um elogio a Kleina pela percepção de que precisava atacar para vencer!

Ele acertou no alvo na substituição!

A manutenção de dois meio campistas mais vocacionados ao jogo de contenção, Araújo e Charles, faria com que a vitória ficasse dificultosa e muito mais longe.

É lógico que a alteração funcionou, mas, na real,  o que funcionou, mesmo, foi a atitude e a explosão de toda a equipe na segunda fase, fruto, certamente, do discurso motivador de Kleina..

É óbvio que muitos vão dizer que o ajuste individual no meio de campo e a presença de três meio-campistas de chegada , com a soltura de Wesley e a ordem para os laterais atacarem, foi o fator determinante da virada palmeirense.

Que a alteração de Kleina foi importante, não há como negar! Sim, foi!  Porém, que não se diga que só a alteração foi importante.

Se o time não houvesse retornado com senso de responsabilidade, motivado, ligado, aceso e determinado para jogar a etapa complementar, a virada teria sido transferida para um outro jogo.ainda que com a integente alteração procedida...

É óbvio que a questão do melhor preparo físico também interveio, influiu  e constituiu-se em outro fator relevante da vitória palmeirense.

Muito em função da presença de alguns veteranos paranistas, principalmente Reinaldo e Lúcio Flávio que, no segundo tempo, como diz um velho jargão do futebol, se esqueceram de “soltar o freio de mão”.

Atuando muito mais parados, sem oferecer opção em deslocamentos, sem correr atrás da bola, esperando o passe no pé, facilitaram, sobremaneira, a tarefa do alviverde, pois o tricolor paraense passou a jogar apenas com oito ou nove jogadores em boas condições atléticas contra onze do alviverde, cujo preparo físico foi impecável.

Independentemente de qualquer outro aspecto, ainda que com o pequenino sufoco sofrido ao final do jogo, o Palmeiras jogou mais e melhor do que o Paraná e, portanto, mereceu vencer!.

A rigor, o Palmeiras só mereceu perder na primeira metade do jogo e perdeu, mesmo, por 0 x 1.

Mas o importante – coisa nem sempre frequente em nossa história – conseguiu estabelecer, a virada, construindo um placar de limite, porém justo, que refletiu com fidelidade o andamento do jogo e o mérito das equipes.

Curto e apertado, o 2 x 1 foi o retrato fiel de um jogo em que o Palmeiras esteve longe de reeditar algumas boas perfomances em suas apresentações das últimas semanas.

Vou citar apenas alguns expoentes do jogo, isto é, os jogadores que, em meu entendimento, se recuperaram do vexame e da irreconhecível atuação do primeiro tempo.

Prass, Felipe, Juninho (que fez o gol de empate aos 14 do segundo tempo), Wesley, Mendieta e Valdívia, aos quais dou, no máximo, nota 7, pois só jogaram um tempo!

A personagem do jogo, quem poderia ser ?

Sem qualquer dúvida, Valdívia!

Por que?

Ele preparou as jogadas que redundaram nos dois gols, destacando-se que o desarme do jogador do Paraná, no lance que redundou no segundo gol que levou o Verdão à vitória, foi dele que, mais uma vez, decidiu um embate intrincado e difícil.

O craque do jogo, Wesley!

Não apenas pela excelência de sua atuação, mas pela eficiência de sua finalização, aos 29 do segundo tempo, no lance que levou o Palmeiras a mais uma importante vitória no Brasileirão Série B.

Mudando de assunto:

Esse empréstimo “mandrake” de Wesley para o Galo Mineiro em troca do salário é uma economia porca, estúpida e desnecessária, que não leva a nada!.

Nobre precisa abrir os olhos porque, apesar dos números espetaculares obtidos pelo clube até agora, o Palmeiras ainda não garantiu, matematicamente, a sua volta à elite.

Há um extenso e pedregoso caminho a ser trilhado até que tudo se defina e, de quebra, o Palmeiras vai disputar a Copa do Brasil.

Com o auxílio luxuoso de um jogador da experiência, da categoria e do estofo de Wesley, o Palmeiras pode aplainar o caminho para a Libertadores 2014 e seguir pelo mesmo atalho pelo qual chegou no ano passado, o da Copa do Brasil.

É obrigação moral da diretoria investir nisso a exemplo do que ocorreu em 2012!.

Como Wesley deseja ficar, creio que a permanência desse atleta representaria um investimento espetacular, com amplas perspectivas e condições de lucratividade, dentro e fora de campo.

Que o presidente Paulo Nobre compreenda que a presença de Wesley não deixará o time nem mais rico, nem mais pobre, mas, certamente, muito mais forte!

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